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sábado, 10 de outubro de 2015

Autores independentes: como interagir com os seus leitores


Alguma vez você já terminou um livro e pensou para si mesmo que gostaria de enviar um email ao autor sobre o livro mas não encontrou forma de o fazer? Eu já. 
Ou já enviou um email ao autor sobre o quanto gostou do livro e não recebeu resposta? Eu já. 
Claro que autores consagrados raramente gerem as suas redes sociais ou o email, mas mesmo assim é de bom tom responder aos leitores. Para além do leitor gostar dos seus livros, saber que por detrás daquele livro está uma pessoa sensível e responsiva é o que faz a pessoa voltar a comprar mais livros seus.  

 Na minha opinião, por não incluir informações de contacto no final de seus livros, os autores estão perdendo uma grande oportunidade de interagir com os seus leitores, especialmente os leitores independentes que tem que reforçar o trabalho para chegar ao público, uma vez que não tem uma máquina de marketing na retaguarda.

Aqui estão algumas coisas que pode incluir nos seus livros para chegar ao coração dos seus leitores:

1)Incluir o primeiro capítulo de seu livro seguinte:
Incluindo o primeiro capítulo de um outro livro, se é uma sequela ou uma história completamente diferente, é uma óptima forma de chamar a atenção dos seus leitores para a sua existência e para incentivá-los a procurarem mais livros seus. Se não tem outro livro pronto, pode incluir uma breve nota sobre o tema que vai desenvolver. Aguce a curiosidade do leitor.  

2) Mostre um pouco mais de si nos agradecimentos:
Não há nada mais chato do que encontrar apenas uma lista de nomes nos agradecimentos. Fale sobre você e porque está a agradecer àquela pessoa em especial. O que ela fez para contribuir para o livro, ainda que seja só apoio emocional. Escrever é desgastante por vezes e sabe bem ter alguém que nos apoia. Tenho no meu marido um grande apoiante embora brinque comigo sobre os meus livros de “ príncipes e princesas” como ele costuma dizer a brincar comigo.  

3)Inclua o seu site/blog e email para contacto
No meu blog existem vários botões de apelo ao contacto, desde twitter, Wattpad, Facebook, email e caixa de comentários. Para além disso, no final dos livros comecei a incluir uma carta simples ao leitor em que peço que depois de lerem, se gostarem, deixarem a avaliação na amazon, se não gostarem contactem-me por email e deixem a sua opinião para que possa ponderar e até modificar algo que esteja menos bem. Ou então que devolvam o livro à amazon, caso não gostem.  


É sabido que autores bem-sucedidos, consagrados, com contractos muito favoráveis com editoras não precisam de interagir com os seus leitores para vender mais livros, mas nós os autores independentes devemos fazer tudo o que possam para se darem a conhecer.
Ser autor independente é ter a certeza que tem que percorrer um longo caminho de aprendizagem e de conquista de leitores, mas tem valido a pena. Não há nada que me dê mais prazer enquanto escritora do que receber uma boa avaliação de um livro meu, sinal que o cliente gostou. Obrigado a quem comprou os meus livros e deixou comentários tão simpáticos *****.  

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dez verbos a evitar



Dez verbos que dizem em vez de demonstrar. A regra é: “ não diga, demonstre”. Claro que é um exercício difícil e que só consegue com alguma prática em escrever.  
  1. Aparecer
  2. Decidir
  3. Sentir
  4. Ouvir
  5.  Meditar
  6.  Realizar
  7.  Parecer
  8.  Pensar
  9.  Perguntar
  10. Perceber

Como é que evita usá-los, pergunta você? Demonstre as acções do seu personagem ao invés de dizer.
Não diga: Maria entrou em casa muito zangada.
Diga: Maria entrou em casa e fechou a porta com estrondo.

Não diga: João passeava na rua completamente distraído.
Diga: João parou no meio da rua. Um carro parou quase em cima dele e o condutor gritou-lhe “ Vê por onde andas ou anormal!”

Não diga: Susana sentiu o coração a partir-se quando viu o namorado com outra rapariga.
Diga: Não queria acreditar no que via. Os seus olhos deviam estar a pregar-lhe partidas. Não! Não era o Pedro e aquela mulher não ia pendurada nele! O estômago embrulhou-se e a vontade de vomitar obrigou-a correr em direcção a casa.

No primeiro rascunho é difícil evitar dizer em vez de demonstrar e não deve ficar muito preocupado com isso. Quando terminar o livro fique atento a este tipo de armadilhas que tiram a “graça” ao texto e fazem com que o leitor decida se continua a ler ou abandona o livro.
Deve evitar sempre usar estes verbos e dizer o que o personagem vai fazer? Claro que não. Há situações em que deve dizer ao invés de demonstrar, sobretudo em diálogos. No entanto, quando estiver a falar na terceira pessoa evite dizer, demonstre.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Homem do Deserto - Romance Contemporâneo


Disponivel na Amazon hoje!!

Foi lançado hoje na amazon o meu último livro "O HOMEM DO DESERTO", É um livro que aborda um tema polémico mas que não vou revelar o conteúdo por razões óbvias. 
O livro está disponivel no formato Kindle, em português, para todas as lojas da amazon em exclusividade e em breve vai ficar disponivel em papel. Podem adquirir o livro aqui. 

Descrição do enredo:

Lara Santiago possui tudo o que uma mulher poderia desejar na vida: uma carreira bem-sucedida como designer, um marido rico, charmoso, prestigiado como advogado, e uma beleza invulgar que a torna numa das mulheres mais bonitas e invejadas dos círculos sociais onde se movimenta. Mas guarda um segredo com ela que a obriga a tomar uma decisão drástica: fugir de casa. Apaga todos os sinais que a possam localizar e inicia uma longa viagem até às portas do deserto do Saara, onde se esconde. Mas o destino reserva-lhe uma surpresa que não estava nos seus planos. Conhece um homem, Mansur Janvier Mustapha «o homem do deserto», como é conhecido na cidade, e a sua vida nunca mais é igual. Lara conhece um amor improvável, arrebatador, carregado de erotismo e num lugar exótico: a combinação perfeita para viver um romance de sonho. E é então que um dia Lara desaparece misteriosamente…


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Diário de viagem - Atenas

Hoje foi assim. Visitei a cidade de Atenas na Grécia. Uma cidade com três mil anos de história onde o moderno se mistura com as rúinas espalhadas pela cidade. Chocou-me bastante ver grande parte do comércio da cidade fechado em virtude do estado do país. Não é a primeira vez que visito a Grécia e fiquei com a mesma impressão de quando estive em Creta em 2005; um povo sem demasiadas simpatias, mas prestável sem ser servil, um povo que aprendeu com a história sob o jugo turco durante quinhentos anos, a levantar a cabeça sem ser arrogante. O comércio de turismo existe em torno dos monumentos e na zona central da cidade ( à volta da praça Sintagma), tudo o resto tem ar de abandono. Subimos à Acrópole sob um sol tórrido que inside no mármore do chão e quase nos cose vivos. Mas valeu a pena ver a cidade do alto da Acrópole e imaginar como era a vida ali, quando parte da europa ainda vivia nas cavernas. À noite a temperatura ( mesmo há pouco) passava dos trinta graus. O facto de a cidade estar cosntruida num vale entre montanhas torna-a num autentico forno durante o verão. Amanhã vamos visitar o porto do Piréu e  a cidade. Para além de passear ainda consegui começar outro capítulo de "O Homem do Deserto". 

Partemon visto da cidade

Reconstrução da Acrópole

Vista da cidade do alto do Partemon

Vista nocturna da Acrópole e à esquerda uma mesquista transformada em igreja
Vista nocturna de uma praça

sábado, 1 de agosto de 2015

Diário de Viagem - Hungria- Budapest



Museu das armas


Vista do Danúbio do outro lado da cidade (Buda). Foto tirada do Castelo de Buda

Edificio do Parlamento

Escultura

Hoje escrevo-vos de Budapeste, cidade e país que ainda não conhecia. Povo simpático, amistoso e paisagens fantásticas do rio Danúbio. Apesar de estar em viagem continuo a escrever e conto terminar O HOMEM DO DESERTO, nos próximos dias. Entretanto, vou partilhando convosco alguns aspectos e fotos desta viagem pela Europa que começou aqui e vai terminar em Nápoles. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Diário de "O Homem do Deserto"


Este é o meu novo romance, sobre o qual estou a trabalhar e deve estar terminado em duas semanas. Vai ser publicado na amazon em finais de Agosto e por enquanto podem ler um primeiro rascunho no Wattpad e deixar sugestões, são sempre bem vindos. Convido as leitoras a fazerem uma primeira apreciação do enredo. O livro tem algumas cenas mais chocantes e trata de um assunto comum a muitas mulheres. 


Sinopse de “ O homem do Deserto”

 Lara Santiago possui tudo o que uma mulher poderia desejar na vida: uma carreira bem-sucedida como designer, um marido rico, charmoso, prestigiado advogado, e uma beleza invulgar que a torna numa das mulheres mais bonitas e invejadas dos círculos sociais onde se movimenta. Mas guarda um segredo com ela que a obriga a tomar uma decisão drástica: fugir.
 Inicia uma longa viagem até às portas do deserto do Saara, onde se esconde. Mas o destino reserva-lhe uma surpresa com a qual ela não contava. Conhece um homem, Mansur Janvier Mustapha «o homem do deserto», como é conhecido na cidade, e a sua vida nunca mais é igual. Lara conhece um amor improvável e arrebatador, num lugar exótico. E é então que um dia Lara desaparece misteriosamente quando tudo parecia estar bem. 

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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Quer construir uma plataforma de autor? Saiba como. Parte 1.


Como construir uma plataforma de autor? Vou partilhar com vocês durante algum tempo a forma como fui construindo a minha marca de autora. Ambra Blanchett é uma marca, tal como fizeram muitos escritores ao longo dos séculos. Muitos dos escritores clássicos da literatura mundial que você leu usavam pseudónimos. Uma vez usado o pseudónimo não crie outros. Isso baralha os leitores e até o escritor.

Os autores independentes defrontam-se diariamente com as dificuldades em tornar os seus livros visíveis no meio de milhares do mesmo género, seja na Amazon, na Kobo, Google Play entre outras plataformas de venda de livros online que aceitam publicações independentes.
Muitos dos autores independentes, como eu, fomos aprendendo com os erros e a ler blogs e sites de colegas que não se importam de partilhar a sua experiência.

Há centenas de sites “especializados” em vender os livros dos autores independentes por preços que variam do baixo, ao razoável e até quantias exageradas. Esqueça. A maioria só quer apanhar o seu dinheiro. Usam a estratégia de tweetar durante uns dias o link do seu livro e depois acabou-se, mesmo que lhe prometam que é válido por um ano. E depois quem é que lê continuamente o tweet? Ninguém. A passagem da informação é tão rápida que só se as pessoas estiverem o dia todo em frente ao computador conseguem ver tudo.

Quando comecei a publicar na amazon em português, cometi os mesmos erros que todos cometem: demasiada pressa em publicar sem passar por um revisor ou editor (é fundamental), e ao início pensei mesmo que não ia vender livros. Passaram mais de dois meses até vender o primeiro livro e, hoje, passados um par de anos, todos os dias vendo livros em português e já cheguei e ter dois livros meus entre os 100 mais vendidos na amazon.br; o livro Anna (o primeiro livro de uma saga familiar que termina com o livro Gabrielle) foi durante um dia o livro mais vendido em português na amazon.com.
Como é que isso é possível?

Elaborando uma estratégia de Marketing que passa por construir uma plataforma de autor.  
Marketing é simplesmente criar conexões duradouras com as pessoas e, em seguida, tornar-se útil aos colegas.

Vai publicar o seu primeiro livro? Pense numa marca de autor. Pode ser o seu nome, como pode ser um pseudónimo. Há vantagens em usar um pseudónimo? Sim e não. Sim, se você tem outra actividade que quer manter bem separada da escrita. Não, porque uma vez criada a marca, passa a ser conhecida por ela e, criar uma marca de autor pode demorar anos até ser conhecida. Exige empenho, dedicação à escrita e lidar com frustrações.

No próximo post vou continuar a escrever sobre a construção da plataforma de autor. Se quiser acompanhar esta matéria, subescreva a nossa newsletter no campo superior esquerdo do blog. O seu email fica anónimo ( até para mim) e pode deixar de seguir quando quiser).
Até ao próximo post.


Ambra Blanchett

domingo, 26 de abril de 2015

O PROCESSO CRIATIVO


Quem escreve sabe que cada escritor o faz de forma diferente. Os recursos internos que cada um usa para criar são completamente díspares. Se perguntar a dez escritores como fazem para criar a história, obterá provavelmente alguns consensos mas ainda assim, bastantes diferenças. Sentar-se ao computador e escrever – ou à mão – e olhar para uma página em branco pode ser aterrador mas para também um desafio e um prazer enorme. Para mim tornou-se em algo do qual já não prescindo. Todos os dias escrevo nem que sejam apenas algumas frases.  
Para criar preciso de silêncio e muito raramente uso música – apenas quando tenho alguém por perto para servir como barreira – e é pela manhã que as ideias fluem com mais facilidade. Há quem funcione precisamente ao contrário: escrevem de noite ou de tarde. Portanto são processos individuais que não obedecem a receitas, tal como na psicanálise, cada caso é um caso.  
Depois de delinear o enredo, pensar nas personagens que vou envolver na história e fazer as respectivas biografias e características físicas e psicológicas, esquematizo os capítulos um a um. Só depois deste processo concluído – o que consome sempre mais tempo que escrever – é que passo à escrita do livro o que em geral não demora mais de dois meses.
Terminado um primeiro esboço do livro deixo-o repousar algumas semanas enquanto penso noutra história e só depois faço uma segunda revisão acrescentando ou retirando frases, factos, aspectos dos personagens ou excesso de palavras para descrever uma cena ou cenário. O processo repete-se e depois de algum tempo em que me distancio o suficiente do livro, volto a rever tudo. Concluída a segunda revisão imprimo o romance e peço a um leitor Beta que o leia, assinale erros e buracos na história e dê a sua opinião. Este processo que passei a utilizar recentemente facilita muito a tarefa de revisão, difícil é encontrar alguém que esteja disposto a isso e seja de confiança. Podemos sempre usar os comentários da plataforma da Wattpad, mas também é um processo complicado. Quem não tem tempo para acompanhar as histórias dos outros leitores acaba por também não ter muitos leitores, já que funciona – e muito bem – por troca de leituras.
Escrevo em qualquer lado tal como faço com a leitura: na secretária, dentro do carro numa paisagem campestre – escrevi alguns capítulos de “Gabrielle” na serra da Estrela em Portugal e em Font Romeu na França enquanto a família esquiava-, no avião ou na rua quando me lembro de algo e anoto num bloco que me acompanha sempre.
Se você é daqueles escritores que fica stressado se não escrever todos os dias, porque acha que não está a criar nada, não fique. Mesmo se não estiver a escrever está certamente a pensar como vai organizar o seu próximo livro ou até como vai escrever o próximo capitulo e, tudo isso faz parte do processo criativo. Basta estar a pensar para estar a criar.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Os conflitos e as personagens do romance/novela

Imagem retirada da intenet


Na literatura só os conflitos fazem a diferença entre uma boa história e um livro que ao fim do primeiro capítulo se abandona na estante fazendo companhia à lista dos que nunca vamos terminar de ler, a não ser num dia em que não tenhamos mais nenhum à mão e esteja num dia arrojado. Estou a brincar. Todos já abandonamos livros por falta de acontecimentos instigantes, acções a acontecer encadeadas umas nas outras, e personagens insipidas. Claro que conseguir escrever um livro que contenha uma série de sarilhos a acontecer em simultâneo, ou ao longo do livro, tem que ser tudo muito bem planeado. Convém planear primeiro o enredo, depois as personagens que vai meter ao barulho e depois capítulo a capítulo. Não se esqueça: não diga, mostre e não desvende cedo demais o enredo principal. Deixe o leitor sonhar e construir hipóteses. O papel do escritor consiste em arranjar problemas entre as personagens, arranjar situações altamente venenosas, conflitos abertos, conflitos velados, personagens dissimulados, crimes, roubos, enfim… todos ao barulho, dedos nas teclas do computador e a imaginação a funcionar. Divirta-se ao fazê-lo. Escrever é muito divertido. Os conflitos mais comuns são os interpessoais (maridos, mulheres, irmãos, mães, pais, sogras, patrões, filhos em conflitos diversos), estes são também chamados de conflitos de caracter, mas há mais conflitos: com a doença, a natureza, destino, sobrenatural, sociedade, entre outros. Há escritores que misturam tudo isto muito bem e nos tem dado grandes maravilhas, volto a citar “ Segue o coração” de Lesley Pearse, um dos melhores romances que li nos últimos anos. Ou Carlos Ruiz Zafon “ A Sombra do Vento”, um estilo diferente, mas onde as surpresas estão sempre a acontecer. Por vezes basta colocar várias personagens num espaço limitado e deixar a imaginação fluir: quem odeia quem e porquê, quem é o invejoso e porquê, quem ama quem e quais são os obstáculos para que fiquem juntos, quem é o criminoso e porquê…ponha a sua imaginação a trabalhar e conte a sua ideia a um amigo ou familiar que seja isento (é difícil mas há quem consiga) e considere a opinião dessa pessoa. Estou a escrever um novo romance, onde me atrevi a misturar um pouco de todos estes ingredientes e contei ao meu marido (sempre muito critico em relação ao que escrevo, mas no bom sentido, até porque é o meu aliado nesta aventura) e a resposta dele foi “ é um bom enredo, dá um bom romance, mas o título não pode ser esse”. Pronto lá vou ter que arranjar outro título para o livro, mas esse pode ficar para o final, o importante é continuar a escrever. A vida e o dia-a-dia estão repletos de conflitos e gente que se mete em sarilhos constantes. Se tomar atenção ao que se passa à sua volta e usar a técnica de que já falei aqui várias vezes (apontar as ideias num bloco de notas) vai ter material de sobra para escrever os seus livros.
Aproveito para vos informar que vou transferir a publicidade dos meus livros para um site bilingue (inglês e português) que vai ficar pronto no final da semana.
Esquecia-me de vos dizer que não tenham problemas de consciência em complicar a vida aos personagens sejam eles heróis ou vilões, afinal sem conflitos não existe livro que prenda o leitor. Ser mauzinho sabe muito bem quando se trata de construir personagens.


sábado, 28 de março de 2015

Dicas para escrever um romance



Escrever um romance é mais simples do que imagina. Em primeiro lugar convém estudar técnicas de escrita criativa, embora muitos escritores nunca o tenham feito e sejam autores de sucesso. Há imensos livros e cursos que ensinam a escrever, mas o que faz um bom escritor de romances é ser um leitor “obsessivo”.
Em média escrevo uma hora por dia, mas desde que me lembro que devoro livros de todos os géneros literários. Quando um dia (devia ter uns quinze anos) disse numa aula de português que já lera “ O vermelho e o Negro” de Stendal, o professor sorriu duvidando de mim e os colegas acharam que eu devia ser um crânio. Mas este post não é para falar sobre minhas experiências pessoais. Então, se você é um leitor ávido, já leu diversos estilos de autores, e tem imaginação, comece por colocar as ideias que lhe vão surgindo no papel. Como? Compre um daqueles caderninhos que servem para anotações (alguns têm um elástico que envolve o livro e tem capas muito bonitas) e faça um título: ideias para livros. Mais tarde pode socorrer-se delas para escrever um livro. Uma discussão que assista na rua, um artigo de jornal, uma cena na praia, uma conversa que apanhou no ar no restaurante, podem servir para construir um enredo.
Construa o seu enredo em torno das decisões que você deseja que o seu protagonista tome e estruture o livro como se fosse uma montanha-russa. Deve ser uma viagem física que obriga o leitor a experimentar uma série de emoções. Depois mantenha uns capítulos mais tranquilos para depois voltar a crescer até atingir o climax do enredo, o ponto onde já aconteceu tudo. Mantenha-o simples. Conte a história. Certifique-se de que você tem um início claro meio e fim.
Há quem construa a ideia original no pensamento e escreva sem qualquer plano. Pessoalmente como já disse noutros artigos esquematizo todo o livro, até para ser mais fácil alterar aspectos da história e dos personagens.
Use a sua empatia para escrever, o que lhe vai no coração.
Comece o seu romance no final da história de fundo que você criou. Comece com um momento incitação de tirar o fôlego. Algo deve acontecer que leva a uma revelação de um fato chocante, uma visão surpreendente, ou uma perspectiva única. A posição do protagonista deve mudar e ele ou ela precisa de agir ou reagir. Mova a sua história para a frente. Não olhe para trás.
Incluir apenas as partes mais importantes da história. Seu romance é muito parecido com um pacote destaques de um episódio na vida de uma pessoa. Recorte as partes chatas. Mova-se de uma cena emocionante para outra. Lembre-se sempre o fim. Onde você está levando seus personagens? Você deve mantê-los no caminho certo para chegar ao objectivo que delineou. Se você não fizer isso, você corre o risco de perder seus leitores ao longo do caminho.
Use a linguagem corporal. Use descrições simples, com muitos detalhes sensoriais. Descreva através dos sentidos. Mostre, não diga. Claro que esta técnica leva tempo a treinar. Aproveite as revisões do livro para corrigir aspectos que estão menos bem. Corte frases, palavras e até cenas e pensamentos se forem excessivos para a história.
Retire o excesso de gírias e palavras de ordem a partir do seu manuscrito. Palavras que parecem tão 'com ela' agora, vai envelhecer o seu livro no prazo de um ano.
Limite o uso de técnicas de ponto de vista enigmático. Demasiado enigma aborrece o leitor, mas mantenha o suspense. Crie ganchos para o capítulo seguinte.  
Nunca deixe o seu protagonista continuar a ser uma vítima por muito tempo. Um protagonista impotente não é uma boa ideia. A maioria dos leitores identificam-se com protagonistas fortes e combativos, querem ler sobre personagens que fazem a diferença.
Coloque sempre um antagonista forte (ou vários) para que o romance não seja apenas água com açúcar. Explore as motivações humanas, os segredos mais escondidos, tabus sociais e dê ao seu romance um lugar na literatura. Não se preocupe se o acusarem de escrever romance de cordel ou literatura menor, o que interessa é que se diverte a escrever.
Defina a sua imagem de marca, pode ser um pseudónimo, que separa as várias actividades profissionais que pode ter. O nome do autor é uma marca, seja o seu nome verdadeiro seja um pseudónimo. Não escreva biografias longas sobre si, diga apenas o essencial. Crie o seu estilo de escrita, e não tente imitar outros, embora lhe possam servir de modelo.
Não prolongue o final do livro. Uma vez que o conflito que começou a história está desvendada, deixe os seus personagens e os seus leitores continuar com suas vidas.

Reveja o livro pelo menos três vezes e tenha em atenção que a primeira versão é isso mesmo, um texto pronto para ser limado. Procure emendar erros de ortografia, construa melhor as personagens, corte palavras desnecessárias. Veja que tipo de palavras você usa com frequência e não fazem falta no texto e, por último, antes de publicar peça a alguém que leia e corrija. Se puder pagar a um revisor melhor, ou socorra-se de amigos e familiares.

Agradeço a quem me visita aqui e a quem compra e lê os meus livros. 



domingo, 22 de março de 2015

A REVISÃO DO LIVRO

Imagem retirada do google

Depois de alguns meses de trabalho ali está o resultado do seu empenho: o seu livro está acabado. E agora?
 Ah, revisão! Aquele processo que quase todos os escritores detestam, mas que é fundamental, mesmo para quem vai tentar a sorte nas editoras convencionais. Confesso que também não era a minha parte favorita do processo de escrita, mas aprendi a gostar e hoje divirto-me imenso quando faço a revisão, é como se estivesse dentro da história, não como escritora, como leitora. A parte mais difícil já está concluída, é uma primeira versão do livro. Podemos dizer que é uma versão tosca e a precisar de ser retocada em vários sentidos.

Se acabou o seu romance deixe-o repousar várias semanas antes de o trabalhar outra vez. Distanciar-se do que escreveu permiti-lhe ver os erros, as incongruências de datas e até de nomes, e outros aspectos que numa segunda leitura vai perceber melhor.
Se publica na amazon (como eu) descarregue o template formatado da plataforma da createspace.com com o formato (6x9) o mais usual e que deixa um livro bem atractivo e transfira o ficheiro Word onde trabalhou para o template. Faça  as revisões a partir desse documento. Não se esqueça que tem que formatar outro ficheiro para a versão Kindle, as versões da createspace não costumam dar bons ebooks, desformata o texto e dá um livro de má qualidade.

Pronto para começar a revisão? Vamos a isso! Atenção que esta é apenas a primeira revisão que pode ser feita no ficheiro definitivo para a amazon.
Comece a ler e veja se as frases estão bem construídas; emende os erros; veja se não há outra forma mais simples de descrever alguma cena; marque os lugares que fazem você rir ou chorar. Confesso quando fiz as revisões de Anna e Gabrielle, chorei. Marque onde você está entediado ou confuso ou onde as palavras são repetidas e muito juntos e modifique o texto.
Observe se muitas frases começam sempre com a mesma palavra e substitua por sinónimos; se não há descrição insuficiente ou excessiva dos lugares e paisagens, ou se você tem poucos diálogos.
Veja se você usou palavras excessivas. Utilize parágrafos curtos, ninguém tem paciência para ler um parágrafo com dez linhas.
Chegou ao fim da primeira revisão? Guarde o texto mais uma semana e volte a fazer o mesmo processo, vai verificar que encontra sempre erros e frases que pode modificar, isto quando não tem que incrementar as personagens ou acrescentar/tirar algum aspecto. Corte o que não é necessário. Se pode explicar em cinco palavras não use vinte, isso torna-se massador para quem lê. 
Volte a fazer o processo pelo menos três vezes. É aborrecido? Pois é, a menos que você possa pagar a um revisor (é muito caro), tem mesmo que o fazer.
Se você tem amigos em cuja opinião confia, este é um bom momento para lhes pedir que leiam e façam uma revisão ao texto. Imprima o texto e peça a um amigo que assinale os erros, e as áreas que não estão perceptíveis.

Volte a rever o texto e veja se há buracos no enredo, se os capítulos tem mais ou menos o mesmo número de cenas, se está a desvendar o mistério cedo demais, se as cenas são demasiado paradas e não acrescentam nada ao enredo, se os personagens estão bem construídos de acordo com a biografia que fez previamente; e corte todas as palavras que não fazem falta.
Se passadas algumas semanas de todo este trabalho, você ler o seu romance e se divertir com a leitura, provavelmente as outras pessoas também se vão divertir e o livro está pronto para ser lançado nas plataformas que você quiser. Ou quem sabe concorrer a algum prémio literário se achar que tem qualidade para isso.




sexta-feira, 13 de março de 2015

O ponto de vista na escrita criativa


Seleccionar o ponto de vista do narrador é uma das decisões mais importantes a tomar, antes de começar a escrever um romance. Existem três possibilidades: o narrador na primeira pessoa (um “eu” conta a história do ponto de vista da personagem), o de segunda pessoa (é muito raro) e o de terceira pessoa (o mais comum). Destas três hipóteses o narrador na primeira pessoa é talvez o que mais envolve o leitor, sobretudo quando é também o protagonista da acção. Nestes casos, sofre-se, ri-se ou sonha-se com a personagem. O leitor consegue vestir a sua pele. O narrador na terceira pessoa, o mais comum, pode adoptar o ponto de vista de várias personagens ao longo do romance e, podemos afirmar que é quase omnipotente.
Mas como encontrar um estilo próprio? Será possível resistir à influência dos seus escritores preferidos, aqueles que você admira e leu todos os seus livros? Quando se começa a escrever é natural tentar uma imitação, mas ao fim de algum tempo se o escritor não se libertar dessa amarra, não consegue criar o seu próprio estilo. Portanto não despreze os seus escritores favoritos, aqueles com que aprendeu a arte, mas vire-lhes as costas no bom sentido e seja você próprio. Isso não significa deitar fora os autores que ama. Respeite-os escrevendo da melhor forma possível: sendo você próprio, no seu estilo.
É certo que todos os escritores tem um modelo que seguem, a originalidade é algo que é discutível, cria-se através do vemos e lemos, e não há mal nenhum em ter um estilo mais parecido com este ou outro escritor, é diferente de copiar o estilo do outro. Outro preconceito que existe é precisamente o da originalidade. Há quem olhe os escritores de romances como se fossem um estilo menor da literatura, sobretudo se forem histórias de amor. E quem mal tem uma boa história de amor? Nenhum é claro. Portanto se escreve romances não ligue a pretensos seguidores de Saramago ou outros do género ( a quem prezo muito) que dizem que andam todos a escrever o mesmo ( os escritores de romances), porque se escreve o que gosta, decerto haverá quem o leia. Boa escrita.


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sábado, 7 de março de 2015

Dez coisas a saber sobre a personagem principal.

"As palavras que nunca te direi" de Nicolas Sparks

Quando o leitor pega num livro para decidir se o compra, em primeiro lugar vai tentar saber qual é o tema da história e quem é a personagem principal. Só depois de vislumbrar – porque se trata apenas de um pequeno vislumbre – é que toma uma decisão. Muitas das críticas que tenho lido nas lojas da amazon, prendem-se quase sempre com enredos mal construídos e personagens fracas. Os leitores não perdoam, se gostam compram e fazem boas avaliações (entre 3 estrelas e 5), se não gostam dão 1. Acontece que já vi críticas que apenas destilavam fel, sem qualquer tipo de argumento válido. Há quem goste de destruir, no entanto convença-se que não vai só obter críticas boas e, se tiver algumas menos boas, também é sinal para o comprador futuro que elas são autênticas. Mas este post não é sobre críticas, é sobre a personagem principal do livro. Em primeiro lugar deve construir pelo menos um minibiografia da personagem principal, deixando em aberto futuras inclusões de características de personalidade. Seja fiel ao que pensou para a personagem, e para ter a certeza que ela corresponde aquilo que pensou e que os leitores vão entender quem é ela, socorra-se sempre dos leitores beta. O site Wattpad é óptimo para ter feed back sobre os seus livros. Deixo-vos aqui alguns pontos importantes sobre a personagem e que devem ficar claros no livro.

1. Quantos anos têm a personagem? E quantos anos ela possui mentalmente? Ela é uma mulher de 40 anos no corpo de uma garota de dezasseis anos de idade, ou vice-versa?)

2. Ela teve uma infância feliz? Por quê? Não. Por que não?

3. Passado / presente. Relacionamentos? Como a afectaram?

4. O que ela gosta? Quais são os seus hobbies?

5. A personagem está obcecada com alguém ou alguma coisa?

6. Qual o seu maior medo?

7. Qual foi a melhor coisa que já lhe aconteceu? E a pior?

8. Qual a coisa mais embaraçosa que já lhe aconteceu?

9. Qual o seu maior segredo?

10. Qual a palavra ou palavras, que melhor definiriam a personagem.

Não se esqueça que o leitor adora personagens fortes que possa amar, mas também odiar. Boa escrita. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O que é que o impede de escrever?


Quando comecei a aventura da escrita, estava convencida que só publicando numa editora convencional conseguia vender livros e ser uma autora conhecida. Hoje, passado mais de um ano de ter publicado o meu primeiro titulo na amazon, em português, já vendi algumas centenas de livros para paises como a Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal, França, Canadá, Japão e a maioria para o Brasil. Mais internacional não podia ser. Claro que estou a ironizar. 
Mas, preparo-me para novas aventuras, no final de Março, dois dos meus romances vão estar disponíveis em língua inglesa e, em breve serão traduzidos também para espanhol. A auto - publicação veio para ficar e possibilita a muitos autores que viram o seu sonho deitado por terra por receberem, dia após dia, recusas das editoras para onde enviaram os seus manuscritos, ou até, nunca receberam qualquer resposta, concretizarem-no. Pessoalmente aventurei-me logo na producão independente e não estou arrependida. 

Portanto o que é que o impede de escrever? Nada, só você. Por isso mais à obra.
O que precisa para escrever?

Em primeiro lugar vontade. Depois desenvolver competências de escrita, tais como técnica, gramática, e como se escreve um livro dentro do género com o qual se identifica. 
Para além de poder fazer um curso de escrita criativa online ou presencial, pode, acima de tudo, estudar sozinho. Fiz um curso de escrita criativa online, onde aprendi os rudimentos da construção frásica e a seguir entendi que não valia a pena gastar mais dinheiro com uma competência que só eu podia desenvolver. Por mais cursos que façam, ninguém vos vai escrever por vecês, então, toca a estudar. Há dezenas de livros que ensinam a fazê-lo. Passei e ainda passo horas a investigar sobre escrita, publicação e marketing.  A própria amazon lança para o facebook todos os dias dois textos de autores autopublicados com dicas de escrita. 
O truque para escrever bem é escrever, escrever e escrever. E depois fazer revisão muitas vezes, ou então pedir a alguém que o faça por si: um familiar ou amigo com competências de escrita, ou de preferencia, alguem que esteja ligado a si por laços afectivos e possa ser muito sincero consigo. Por mais que custe ouvir algumas criticas, acredite que elas são um bom empurrão para a sua escrita. Uma das editoras que está a trabalhar num dos meus romances, fez-me uma anotação numa página, sobre uma frase que pretendia ser uma piada de humor negro, mas que ia resultar numa ofensa a um povo, portanto um assunto delicado. Aquilo custou ler, mas doeu mais eu nem ter precebido no que é que aquela frase podia resultar. Ela disse simplesmente " desculpe, a sua história é muito interessante, estou a gostar, mas se eu encontrasse uma frase destas, num livro, ia fechá-lo e não o abria mais. Tomei a liberdade de perguntar a uns amigos editores o que fariam e eles responderam o mesmo." Estou muito agradecida à minha editora e tradutora pela sinceridade embora fosse dura comigo. 

Mas não preciso de uma boa estória para escrever um livro?

Precisa. Mas pode começar por um livro pequeno.

E como é que consigo uma boa estória? Fácil. Leia, leia e leia. Não quer isso dizer que vá copiar o que os outros escrevem, isso seria plágio, mas só lendo muito consegue encontrar inspiração para escrever e até para perceber como outros o fazem. Você consegue um bom tema se olhar à sua volta. As pessoas gostam de livros que falem de pessoas comuns e que transmitam valores.  Refiro, como exemplo a minha autora preferida Lesley Pearse. Ela escreve sobre pessoas comuns, com grandes dramas de vida e que conseguiram sobreviver. Esta é uma grande fórmula para quem gosta de romances dramáticos. Eu gosto. 

Outra fonte de ideias podem ser jornais e revistas, lá encontrará temas que podem dar um bom romance. 

Então o que é que precisa para escrever? 

Um computador ou similar porque estamos na era do digital, mas caso não tenha, pode sempre escrever à mão. Há muitos autores que ainda o fazem. Mas, acima de tudo, precisa de vontade e muitas horas de trabalho, a ler, estudar e a escrever.

 Boa escrita e não se esqueça que eu também sou uma autora. Pode ajudar-me a crescer como autora consultando a minha página de autora na amazon e comprando os meus livros. 

Se quiser dicas sobre autopublicação entre em contacto comigo através do email ou assine a nossa newsletter em cima à direita. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Não tem tempo para escrever? Faça a gestão do seu tempo.


A gestão do tempo é absolutamente fundamental para alcançar o sucesso na escrita independente e no resto de sua vida também. O tempo é o grande equalizador: todos nós temos 24 horas em apenas um dia e, se não o aproveitarmos torna-se difícil escrever. Os escritores independentes, quando começam, não vivem da escrita, só passado algum tempo e se os livros tiverem qualidade, ou seja, se tiverem um bom plot, escrito numa linguagem simples, sem erros e com uma capa atractiva é que consegue vender. Mas, ainda vai demorar algum tempo até o público começar a ter curiosidade sobre os seus romances. Todos os escritores, mesmo os profissionais, fazem o melhor uso do relógio para a gestão do seu tempo. Há dias um colega escritor perguntou-se como é que eu arranjo tempo para escrever, uma vez que trabalho noutras duas profissões, dou aulas de manhã quatro dias por semana e trabalho em consultório todas as tardes, e tenho família. Bom, é uma gestão de tempo complicada, mas fiz opções. Escrevo e leio pelo menos uma hora por dia e, a manhã de quarta-feira é inteiramente dedicada à escrita. E todos os poucos momentos que tenho livres durante o dia aproveito para trabalhar em ideias que me surgem e aponto-as num bloco que me acompanha sempre.

 A grande questão é o que vai fazer com o seu tempo para poder escrever?

 Comece por pensar como é que gasta seu tempo – quando escreve e com que intensidade o faz – a forma como se dedica à escrita vai determinar se você tem uma boa gestão de tempo. Não tem tempo para escrever e fica frustrado? Se pensar bem, vai encontrar mais de uma hora por dia desperdiçada como por exemplo em frente ao televisor, no café, a preguiçar, a dormitar… Melhore as suas habilidades de gestão de tempo e facilmente gera uma hora extra por dia, mais provavelmente 2 ou 3 em que consegue escrever. O que você poderia escrever se durante a semana arranjar cerda de 10-15 horas? Talvez o romance que tem planeado há tanto tempo e vai adiando sempre por falta de tempo. 

 Aqui está o que você pode fazer para arranjar tempo extra: 

1. Comprometer-se consigo próprio e esquematizar o seu dia-a-dia com um plano. Parece uma coisa um pouco obsessiva? Pois parece, mas quem não tem um pouco de obsessividade não realiza nada, fica pela inércia. Decida melhorar continuamente as suas habilidades de gestão de tempo. Quanto melhor gere o seu tempo, melhor se sente na vida e realizado enquanto escritor.
 2. É importante criar objectivos claros e realistas.

 Ser verdadeiramente bem-sucedido na vida requer que você faça o máximo em cada momento que você está vivo, que persiga os seus objectivos importantes. Se decidiu que vai escrever um romance durante três meses, cumpra o objectivo. Escreva sem medo durante todo o tempo que estipular para o efeito. Mas, veja se o prazo que estabeleceu é realista, porque pode ser apenas a sua vontade de terminar depressa que está a funcionar. Um limite de 500 palavras por dia, para quem combina a escrita com outras actividades é realista. Um objectivo de 3000 palavras por dia para quem tem outra actividade é irrealista e só vai contribuir para que se sinta frustrado. Mas, não se foque apenas na escrita, fazer outras actividades é de suma importância para a vida de qualquer escritor. Brincar com os filhos, alimentar-se, ir ao cinema, à praia, passear, viajar também são de igual importância, entre outros aspectos pessoais e que dizem respeito a cada um.

 3. Despenda o seu tempo em coisas mais importantes
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 Concentre-se em tarefas mais importantes e não permita distrair-se com itens menores e preocupações triviais.
 4. Concentre-se na tarefa que têm em mãos 

 Quando está a fazer uma tarefa faça só isso até terminar. As mulheres têm tendência a distrair-se por inúmeras tarefas pelo facto de terem uma atenção divida. Já os homens, por terem uma atenção selectiva concentram-se muito mais numa só actividade. Dê o que você faz a sua atenção e o empacotamento completo de seus recursos físicos e mentais. Na maioria dos casos a multitarefa é ineficiente, especialmente quando você está escrevendo. Coloque como objectivo terminar a tarefa. Pensou em escrever três páginas de um capítulo? Então termine-o.

 5. Mantenha a sua saúde É vital cuidar de sua saúde. Comer bem, beber bastante água, dormir o suficiente, e tomar todas as medidas necessárias para manter um elevado nível de saúde mental. Quando você se sente bem, você faz tudo mais rápido e melhor. 

6. Decida que tipo de coisas não vai mais fazer na sua vida.

 Qual dos seus hábitos vai roubar tempo à escrita, prejudicar a sua saúde ou qualidade de vida? Para muitas pessoas, várias horas entorpecendo em frente à televisão todas as noites, pode ser um desperdicio de tempo. Outros comem alimentos não saudáveis que drenam a sua energia. Somos o que comemos e, se comer uma refeição pesada vai ter sono e a vonte de escrever e a creatividade desaparecem.  Identifique esses desperdicios de tempo e vida e pare de fazê-los.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Conselhos aos autores independentes

As publicações de autores independentes são a maior fatia de vendas das principais plataformas de auto-publicação ( Amazon, Barnes&Noble) que vieram possibilitar a centenas de autores que viram recusados os seus trabalhos pelas editoras tradicionais, realizar o seu sonho. Mas, nem tudo são facilidades e, só quem apresenta qualidade consegue singrar no meio. 
  • Em primeiro lugar tem que apresentar uma história e um texto bem escrito, nada pior para um autor que apresentar erros, por isso, reveja dez, vinte vezes o seu têxto, ou arranje um revisor ( é um serviço caro), ou, peça a alguém de confiança que lhe reveja o livro. 


  • Em segundo lugar, tenha noção que os olhos são os primeiros a "comer" o livro e, se a capa não for atrativa, o leitor não lhe vai pegar. Se domina os programas Ilustrator, Photoshop, poderá efectuar uma boa capa. A plataforma da Creaespace contém todas as explicações  em inglês de como efectuar a capa por sua conta. Ou contrate um bom designer de capas, que lhe crie um tipo de capa pela qual o leitor passe a identificar os seus livros. Todos os autores têm um tipo de capa. 


  • Em terceiro lugar crie uma página de Facebook, Twiter, Pinterest...onde possa anúnciar os seus livros e interagir com os seus leitores. Não venda os livros, anúncie, aos poucos, conquista leitores que vão trazendo outros. 


  • Faça amizades com outros autores independentes com quem possa partilhar esta dura tarefa de ser escritor independente. Os colegas escritores independentes, não são seus concorrentes, são aliados. Foi com a generosidade da escritora brasileira Cristina Pereyra que eu aprendi sobre a autopublicação. 


  • Se escreve em português não tenha ilusões sobre o número de livros vendidos. A amazon só existe em português do Brasil e a percentagem de livros vendidos é muito baixa. A percentagem alta de vendas de autores independentes acontece na amazon americana e inglesa. 


  • Quer vender livros como autor independente? Traduza para outras linguas, sobretudo para inglês. É caro? É sim, mas existem outras possibilidades. Procure nas plataformas online de freelancers. Há profissionais a fazerem a tradução por preços bem acessiveis, mas...há sempre um mas...no final a revisão tem que ser feita por um nativo da lingua, senão arrisca-se a que as expressões idiomáticas sejam autenticas anedotas e, isso será mau para o escritor. 


  • Um escritor independente, vive de vendas e de criticas. Prepare-se para ter criticas negativas. Todos têm. É a garantia que as suas criticas são genuinas. 


  • E, por último, se é autor independente e conseguiu sucesso com um livro, saiba que tem que continuar a escrever para replicar o fenómeno. Ainda não é um fenómeno ( agora estou a brincar), continue a escrever de igual forma. Só publicando pode ver o seu trabalho reconhecido. Há autores independentes que vivem da escrita, em quase todos os países. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

De que falam os escritores?

Quando comecei a escrever todas as pessoas me perguntavam sobre que escrevia e, sempre que dizia que escrevia romances que contassem uma história de vida, havia sempre um sorriso ou outro, como se fosse um género literário menor. No entanto, quase todas as pessoas que conheço os lêem. Outros, colegas escritores que pretendem marcar a diferença no mundo literário, dizem com alguma arrogância que «eu não escrevo romances, andam todos a escrever o mesmo», mas no entanto é isso mesmo que fazem, tentam é dar-lhe um ar intelectual, sempre tentanto imitar génios como Saramago, Tolkien...e por aí fora que a lista não teria fim. 
Assumo que gosto de ler e escrever romances. Os escritores escrevem sobre aquilo que sabem e é o que faço. Se existisse uma categoria literária " estórias de vida", seria aí que me encaixava, mas não deixaria de ser um romance. Parafraseando um escritor inglês que colabora com a Createspace na ajuda aos autores indie, também que não tenho pretensões a mudar o mundo, escrevo porque gosto de seguir o desenvolvimento das minhas estórias e dos meus personagens e, há quem me leia e goste. 
Se eu acho que os escritores mudam o mundo? Sim acho, mas não serão todos e, eu não sou esse tipo de escritora. Escritores escrevem sobre o que sabem, embora em todos os géneros literários, se quiserem fazer um trabalho sério, tenham que pesquisar bastante sobre o tema que escrevem, no entanto há escritores que pelo conhecimento e genialidade que possuem deixam um autentico legado de obras que se destinam ao aparelho pensante do homem, pretendem e conseguem mudar mentalidades.  
Os meus livros, são livros de entretenimento embora alguns deles falem de assuntos sérios da aréa da psicologia, a minha profissão. A minha inspiração para escrever vem do conhecimento que possuo sobre as motivações humanas, sobre o comportamento social e psicológico do ser humano e pretendo sempre deixar qualquer coisa para pensar. Em ANNA e GABRIELLE, abordo o tema do incesto, em BRINCOS DE PRINCESA falo da condição da mulher muçulmana e da loucura dos homens, e em SONHOS ADIADOS, abordo as doenças sexualmente transmissíveis e as relações amorosas. Falo de pessoas, alegrias, tristezas, mudanças de vida, perdão, lutas internas, e viagens. 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Escolha dos cenários

Foto da autora ( Maiorca)
Quando pensamos num livro, pensamos nos cenários, porque ao ler, o leitor faz uma viagem também. Quantos livros já leram que vos proporcionaram viagens de sonho, mesmo nunca tendo estado nos sitios descritos pelo autor?

Os cenários, tal como os personagens marcam o livro e ficam gravados na nossa memória. A memória é selectiva e guarda a informação pela importância que tem para a pessoa. Se eu gostar de determinado país, absorvo tudo o que oiço ou leio sobre ele. Se me vierem com uma descrição de um quadro abstracto, pois de certeza que não vou reter nada, porque simplesmente não aprecio. Nos cenários das cenas dos livros é a mesma coisa. Uma vez uma leitora do Wattpad disse-me que a forma como eu descrevi o Dubai prendeu-a até ao fim do livro. Conheço o Emirado pelo que apenas conduzi os leitores pelos sítios através dos meus olhos. É assim que os escritores fazem. Elisabeth Adler é magistral na forma como o faz, todos os livros dela contêm belos cenários que nos fazem sonhar.

 Lembro-me do livro de Lesley Pearse, Segue o coração e da descrição que ela fez da pradaria do norte da américa, no trilho do Oregon, das montanhas e do rio e ainda as revejo mentalmente como na época em que li o livro.

Mas como é que escolhemos os cenários? Simples. A internet é uma óptima ferramenta para escolher cenários, bem como a experiência do escritor. Pessoalmente gosto de usar os lugares e países que conheço, para localizar os meus romances. Vou dar-vos o exemplo do meu próximo livro no qual estou a trabalhar ainda o Plot e o desenvolvimento da história, personagens e organização do romance por capítulos. Precisava de um sítio descontraído e fora de Portugal (escolhi Maiorca, ilha que conheço bem) e de uma casa antiga em Maiorca que pudesse utilizar para as cenas do livro. Recorri à internet e seleccionei uma casa com 150 anos, recuperada, e que está à venda. Gravei as imagens para poder usar quando fizer a descrição das cenas. Claro que se mantém sempre o anonimato quando ao imóvel, para evitar confusões com os proprietários, ou, caso tenhamos a autorização, quem sabe até se os proprietários vão ficar orgulhosos de terem a sua casa a servir de cenário para um livro. Cada escritor encontra a melhor forma de conseguir os seus cenários, mas acreditem que todos o fazem. Podemos sempre imaginar um cenário, mas se não se trata de um livro de fantasia, convém não inventar cenários pouco reais, isso descredibiliza o livro e o escritor. Força nesses dedos e boa escrita.