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sábado, 28 de junho de 2014

Capítulo 15 (excerto)

Oregon 1964

Quando Mary a chamou à biblioteca sabia que o assunto era sério. Os assuntos importantes eram tratados naquela divisão. Não lhe apetecia ouvir sermões mas não lhe restava alternativa. Pensou seja o que Deus quiser e abriu a porta. Mary lá estava sentada na poltrona azul com ar sério. Como ela estava envelhecida. Há muito que não reparava nela e fazia o possível para que não a vissem durante o dia e, de noite fechava-se à chave e mesmo tendo pesadelos não deixava ninguém entrar no seu quarto. 
Sim Mary, não volto a desaparecer durante todo o dia. Sim Mary! Sei que ficas preocupada. Sim Mary! Sei que sou uma neta para ti. Sim Mary! Já me disseste inúmeras vezes que criaste o meu pai e que é como um filho para ti…Sim Mary! Um pai não se trata assim, mas tu não sabes o que ele me fez…nem vais saber…prefiro morrer.
- Chega aqui filha. Quero falar contigo.
Gaby sentou-se e recatadamente virou as longas pernas de lado, unindo-as para que não ficasse visível mais do que o necessário. Nos últimos tempos baixou muito a bainha dos vestidos – ela própria o fez-, e começou a vestir na maioria das vezes calças e blusas largas. Disfarçar as generosas formas femininas que os seus treze anos lhe ofereceram era o seu propósito. Sentou-se pacientemente junto de Mary, a única pessoa que não a tinha traído dentro daquela casa, a única não, não estava a ser justa com o velho índio. Nos últimos três anos tinha sido ele o aliado nas suas fugas e desaparecimentos misteriosos.

- Sabes que estou a ficar muito velha Gaby, tenho setenta e seis anos e sinto-me cansada e, o que mais preocupa é ver-te nesse sofrimento. De uma vez por todas, filha, diz-me o que se passa contigo! Mudaste muito nos últimos três anos e, eu não sou cega. És uma jovem linda e trajas como se fosses um homem. Para além disso que eu considero ser um atentado à tua beleza, desapareces dias inteiros quando não estás na escola. Gaby! Algo de muito grave se passa contigo! Diz-me filha! Confia em mim.- suplicou de mãos postas .
Capítulo 15 (excerto)

Oregon 1964

Quando Mary a chamou à biblioteca sabia que o assunto era sério. Os assuntos importantes eram tratados naquela divisão. Não lhe apetecia ouvir sermões mas não lhe restava alternativa. Pensou seja o que Deus quiser e abriu a porta. Mary lá estava sentada na poltrona azul com ar sério. Como ela estava envelhecida. Há muito que não reparava nela e fazia o possível para que não a vissem durante o dia e, de noite fechava-se à chave e mesmo tendo pesadelos não deixava ninguém entrar no seu quarto. 
Sim Mary, não volto a desaparecer durante todo o dia. Sim Mary! Sei que ficas preocupada. Sim Mary! Sei que sou uma neta para ti. Sim Mary! Já me disseste inúmeras vezes que criaste o meu pai e que é como um filho para ti…Sim Mary! Um pai não se trata assim, mas tu não sabes o que ele me fez…nem vais saber…prefiro morrer.
- Chega aqui filha. Quero falar contigo.
Gaby sentou-se e recatadamente virou as longas pernas de lado, unindo-as para que não ficasse visível mais do que o necessário. Nos últimos tempos baixou muito a bainha dos vestidos – ela própria o fez-, e começou a vestir na maioria das vezes calças e blusas largas. Disfarçar as generosas formas femininas que os seus treze anos lhe ofereceram era o seu propósito. Sentou-se pacientemente junto de Mary, a única pessoa que não a tinha traído dentro daquela casa, a única não, não estava a ser justa com o velho índio. Nos últimos três anos tinha sido ele o aliado nas suas fugas e desaparecimentos misteriosos.

- Sabes que estou a ficar muito velha Gaby, tenho setenta e seis anos e sinto-me cansada e, o que mais preocupa é ver-te nesse sofrimento. De uma vez por todas, filha, diz-me o que se passa contigo! Mudaste muito nos últimos três anos e, eu não sou cega. És uma jovem linda e trajas como se fosses um homem. Para além disso que eu considero ser um atentado à tua beleza, desapareces dias inteiros quando não estás na escola. Gaby! Algo de muito grave se passa contigo! Diz-me filha! Confia em mim.- suplicou de mãos postas .

quinta-feira, 12 de junho de 2014

GABRIELLE

Gabrielle Chardon Foster.
Uma vida a fugir do passado e à procura do amor perdido da infância.

 Rejeitada pela mãe quando ainda estava no ventre é abandonada por esta assim que nasce. Anos mais tarde, ainda na infância a mãe desaparece de vez da sua vida. Pelo empenho e dedicação do pai e de uma criada da família cresce com muito amor dos dois. Torna-se na princesa do pai. Um dia quando tinha quase onze anos um incidente veio alterar a sua estabilidade e segurança. O castelo encantado onde se sentiu princesa durante anos passa a ser a masmorra e o pai o seu carrasco. Gabrielle foge de casa para escapar ao inferno em que a sua vida se tornou e durante anos sente-se perseguida pelas sombras do passado. Percorre vários estados e países na tentativa de conseguir paz. Já adulta vai viver para Paris e conhece um homem mais velho, por quem se apaixona. Poderá o amor curá-la de todos os tormentos do passado? 

GABRIELLE

Gabrielle Chardon Foster.
Uma vida a fugir do passado e à procura do amor perdido da infância.

 Rejeitada pela mãe quando ainda estava no ventre é abandonada por esta assim que nasce. Anos mais tarde, ainda na infância a mãe desaparece de vez da sua vida. Pelo empenho e dedicação do pai e de uma criada da família cresce com muito amor dos dois. Torna-se na princesa do pai. Um dia quando tinha quase onze anos um incidente veio alterar a sua estabilidade e segurança. O castelo encantado onde se sentiu princesa durante anos passa a ser a masmorra e o pai o seu carrasco. Gabrielle foge de casa para escapar ao inferno em que a sua vida se tornou e durante anos sente-se perseguida pelas sombras do passado. Percorre vários estados e países na tentativa de conseguir paz. Já adulta vai viver para Paris e conhece um homem mais velho, por quem se apaixona. Poderá o amor curá-la de todos os tormentos do passado?