terça-feira, 29 de janeiro de 2019

TAG - PERGUNTAS LITERÁRIAS


Descobri esta TAG no blog As Leituras da Fernanda, que lançou um desafio geral. Senti-me desafiada. Aqui está. Quem quiser sinta-se desafiado a responder.

#1 Gostas de ler? - Mais do que gostar, a leitura está entranhada em mim, desde que tinha uns nove anos. É portanto, quase uma questão de pele. AMOR mesmo. 

#2 Qual foi o último livro que leste? - Os Loucos da Rua Mazur, do João Pinto Coelho. 

#3 Com que frequência lês? - Todos os dias, mesmo. 

#4 Qual foi o último mau livro que leste? - Não existem livros maus, pelo menos na minha perspectiva. Tem sempre algo de bom, no entanto, posso não o ler até ao fim, coisa que em mim, também é difícil, raramente desisto de um livro. Que me lembre desisti de um da Danielle Steel o ano passado.

#5 O que te faz não gostar de um livro? - O enredo não correr de forma ligeira e a facilidade em adivinhar o próximo passo. 

#6 Gostarias de ser escritora? - Até agora já escrevi dez livros - todos romances - mas ainda tenho duvidas se serei escritora. Sem falsa modéstia mas com um pouco de ironia, sim, gostaria muito de ser escritora num país que só reconhece quem é mediático. Mas como isso é impossível, publico na amazon, como independente. 

#7 Um livro que influenciou a sua vida? - Todos influenciam, porque alimentam a minha alma. Mas o que mais influenciou a minha vida, que me fez compreender muito do ser humano, foi sem  duvida o LOBO DAS ESTEPES de Herman Hesse. Este livro, que só consegui ler à terceira vez, foi uma espécie de catarse. Até hoje e já lá vão muitos anos que o li, ainda tenho gravadas na memória as sensações que me provocou. 

#8 Lês literatura erótica? - Já li alguma, quando era mais jovem, penso que faz parte do desenvolvimento, mas actualmente não. É um género que não me atrai. 

#9 Escreverias um romance erótico? - Já escrevi. JARDINS DE LUAR, é erótico. Foi um desafio que coloquei a mim própria. Passo a explicar. Nessa altura estava muito activa na plataforma de escritores e leitores WATTPAD, e o género literário mais lido e procurado era esse. Um tanto frustrada por as histórias mais "sérias" que eu e outros escritores produzíamos, não terem essa visibilidade, resolvi fazer a experiência. Resultou, foi uma experiência curiosa, pesquisei imenso porque situei o livro no final do século XVII, mas foi o único. Respeito que escreve e lê o género, mas é mesmo uma questão de gosto pessoal. Acrescento que numa sociedade muito erotizada pelos mídias, cada vez mais cedo os jovens consomem este género literário. Confirmei nas estatísticas do Wattpad que a faixa etária que consumia o género era muito nova. 

#10 Qual é o teu livro e/ou série favorito? - Os livros são todos favoritos, mas tenho duas séries da Netflix que sou fã incondicional de Peaky Blinders e The Last Kingdom. 

#11 Escritor/a favorito/a? - Gabriel Garcia Marquez, Lesley Pearse, Deborah Smith, Jude Dvereaux, Paullina Simons, Sandra Brown, Elizabeth Adler, Colleen Hoover, Judith MacNaugt,  Carla M. Soares, João Pinto Coelho, Célia Loureiro, Rui Conceição Silva, Rosa Lobato Faria entre tantos que não me recordo agora. 

#12 Género literário favorito? - Romance, Thriller, histórico.

#13 Género literário que não lês? - Fantasia e erótico.
#14 Ficas sempre na tua zona de conforto na leitura? - Depois de muitas décadas a ler, sim. Até aos meus vinte anos, devorei muitos livros de muitos géneros, e sinto-me mais confortável nos três géneros mencionados acima. 

#15 Livros físicos ou e-books? - Físicos sem dúvida, mas não tenho duvidas que o digital irá ganhar daqui por muito tempo, até por uma questão ecológica. Vou deixar como legado aos meus filhos uma boa biblioteca de livros físicos.

#16 Onde aprendeste a ler e/ou quem te ensinou as primeiras letras? - A minha mãe ensinou-me as primeiras letras e, mais tarde aprendi na escola primária a desenvolver essa capacidade. 

#17 Os teus hábitos de leitura mudaram depois de teres o blog? - Não. O blog é um reflexo do que sou, do que escrevo e leio. 

#18 Livro favorito na infância? - Cresci com os livros do Walt Disney e com os contos de Henderson. 

#19 Personagem favorito? - Tom Shelby dos Peaky Blinders. Aproxima-nos do lado negro, e transgressor que existe em todos nós.

#20 Algum livro já te transportou para outro lugar? - Todos. Viajo imenso com as minhas leituras. 

#21 Livros que gostarias que tivessem uma sequência? - Nunca achei que um livro merecia uma sequência. Das poucas que tenho lido, acho sempre que não valeram a pena, à excepção de três livros de Lesley Pearse que foram continuação. 
#22 Livro que não necessitava de uma sequência? - Não me recordo.  

#23 Qual o teu pior hábito de leitura? - Ler deitada. 

#24 Quanto tempo levas a ler um livro? - Depende do tamanho. Mas quase sempre uma a duas semanas. 

#25 Gostas quando um livro é adaptado ao cinema/televisão? - Não. Fica sempre aquém do livro.
#26 Livro arruinado pela adaptação ao cinema? O Código Da Vinci de Dan Brown. 

#27 Lês jornais ou revistas? Qual preferes? - Leio jornais online e algumas revistas, Sábado, Visão. 

#28 Lês na cama, casa-de-banho, automóvel, autocarro, praia, jardins públicos ou cafés? - Leio em todos esses sítios. Sou uma adicta confessa. 

#29 Local favorito para ler? - Cama, com uma boa almofada de apoio para os braços. 

#30 É difícil concentrares-te na leitura? - Não. Quando leio desligo do que está à volta. Aliás, a leitura tem a função - entre outras - de me "limpar" a mente ao fim de uma tarde de consultas. É a minha forma de mudar de registo, porque é preciso, para manter a sanidade mental. 

#31 Precisas de silêncio total para ler? - Não. Como disse, leio em qualquer lado.
#32 Quem te transmitiu o amor pela leitura? - Penso que foi um conjunto de circunstâncias. A minha mãe em primeiro lugar, por ser analfabeta e falar-me sempre da importância de saber ler e o facto de nos anos setenta não existir televisão na nossa casa, e morar numa quinta isolada do mundo. Foi através dos livros que aprendi a conhecer o mundo, ou seja, as pessoas e o que pensavam. Consegui contagiar a minha filha mais velha com este hábito tão saudável e ainda não perdi a esperança de fazer o mesmo com o meu filho mais novo. A neta de dois anos e meio já vive no meio dos livros por influência da mãe. 

#33 Escritor/a que gostaria de entrevistar? - Lesley Pearse. 

#34 Escritor/a que daria um/a excelente amigo/a. - Não sei. É difícil, uma vez que não conheço nenhum pessoalmente. 

#35 Livro que releste mais vezes? - Ainda não me aconteceu. Estou sempre à procura de novas histórias. 

#36 Escritor/a clássico favorito/a? - Camilo Castelo Branco. Era dono de um humor fantástico. 

#37 Livros que deviam ser indicados na escola? - Livros mais fáceis de ler.  Hoje em dia os miúdos tem poucos hábitos de leitura - devido à presença constante das tecnologias - e ao depararem-se com leituras difíceis ficam com má impressão da literatura. 

#38 Livros que deviam ser banidos da escola? - Não acho que os livros, sejam quais forem, devam ser banidos do plano nacional de leitura. Devem é ser acrescentados novos autores portugueses uma vez que temos bons escritores. 

#39 Preferes ler um livro de cada vez ou vários ao mesmo tempo? - Um de cada vez.
#40 Qual a tua política de empréstimo de livros? - Só empresto a quem confio que mos devolvem e não os estragam. Sou "comichosa" com os meus livros. 

#41 O que estás a ler? - Regresso a Casa de Deborah Smith. 

#42 Qual será a tua próxima leitura? - Não sei. Tenho uma "Pilha" enorme por ler ( cerca de 50) e, logo verei o que se segue. Talvez um thriller. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

"Os Loucos da Rua Mazur - Opinião"

João Pinto Coelho

Só não estou em "choque" porque já conhecia os factos históricos nos quais o autor se baseou para escrever o livro. No entanto, a forma como João Pinto Coelho construiu a narrativa deixa-nos em sobressalto até ao fim do livro. Acompanhar os três personagens do livro é uma aventura de horror por vezes e, por outras, uma delicia e um hino ao amor e à inocência.
As atrocidades cometidas contra os judeus, é do conhecimento mundial, se bem que, pormenores deste tipo, escapam aos livros de história, pois só os estudiosos conhecem o horror por detrás da guerra e dos principais responsáveis: os nazis.
Em tempo de guerra as pessoas enlouquecem, mas, os mais loucos, veio a verificar-se, não estavam no manicómio ao fundo da Rua Mazur. Estavam cá fora e eram bem mais perigosos. 
Confesso que não é fácil falar sobre este livro, a impressão que nos deixa é tão atroz que quase paralisa. Imaginar que homens e mulheres que se dizem bons cristãos, um dia atentaram contra os da sua espécie só porque eram judeus, é avassalador. Não se recomenda aos espíritos mais sensíveis que o leiam, mas atrevo-me a dizer que devia ser obrigatória a sua leitura. Quiça fazer parte do plano Nacional de leitura. Porque não? A lição a tirar destes factos é tão forte e pedagógica que os nossos jovens deviam conhecê-los.
Recomenda-se o livro e o autor vivamente. Parabéns João Pinto Coelho, e que venham mais.

O AUTOR


João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz (Oswiécim), na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e implementou o projeto Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012. Perguntem a Sarah Gross é o seu primeiro romance.
Em 2017, venceu o Prémio Leya com o romance Os Loucos da Rua Mazur.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

"Novidade - O Príncipe da Meia Noite"


SINOPSE
Lady Leigh Strachan tem sede de vingança. Após o violento massacre da sua família, está determinada a ver sofrer aqueles que lhe destruíram a vida. Mas, para isso, precisa de aprender a disparar uma pistola, a manejar uma espada, a montar um cavalo… e a única pessoa que a poderá ajudar é o lendário Seigneur du Minuit - o Príncipe da Meia-Noite.

Mas, ao encontrá-lo, Lady Leigh depara-se com um cenário inesperado: o outrora ágil e sedutor salteador encontra-se debilitado e a viver num castelo em ruínas com apenas um lobo por companhia. A jovem, porém, não desiste. Pois não acredita na derrota do herói cuja fama ainda corre de boca em boca… e não resiste ao seu olhar, no qual brilha ainda uma chama feroz.

Conseguirá Leigh despertar o tão amado Príncipe da Meia-Noite, fazer correr novamente nas suas veias o sangue de um bandido?

E será isso que ela realmente quer?

A AUTORA


Laura Kinsale, autora bestseller do New York Times, é vencedora do prémio Best Book of the Year da Romance Writers of America, e presença frequente nas listas de nomeados. Após uma breve carreira como geóloga, dedicou-se inteiramente à escrita. Flores da Tempestade, publicado pela ASA, foi eleito pelos leitores da Glamour Magazine e do Washington Post como Uma das Melhores Histórias de Amor de Sempre.
Laura e o marido dividem o seu tempo entre Santa Fé e o Texas.






Os apreciadores da escrita da autora já podem pré encomendar o livro com 10% de desconto. Aqui. 

domingo, 13 de janeiro de 2019

"Novidade - Uma Noite em Lisboa"


Erich Maria Remarque

Sinopse

A Alemanha nazi ocupava grande parte da Europa. Terra de todos e de ninguém devido ao jogo duplo de Salazar, Lisboa foi durante toda a guerra um território neutro. Num cenário de conflito e perseguição, tornou-se num paraíso à beira-mar plantado. Para além da sua beleza natural e da paz, foi uma das poucas portas de saída para os que desejavam uma oportunidade para construir uma nova vida do outro lado do Atlântico. Depois… uma noite em Lisboa, quando um refugiado olha cobiçosamente para um transatlântico, um homem aproxima-se dele com dois bilhetes de embarque e uma história para contar.

É uma história perturbante de coragem, traição, risco e morte. Onde o preço do amor vai para além do imaginável e o legado do mal é infinito. À medida que a noite evolui, os dois homens e a própria Lisboa criam um laço que vai durar o resto das suas vidas…

O AUTOR 
Erich Maria Remarque nasceu a 22 de Junho de 1898 para se vir a tornar num dos mais importantes escritores do séc. XX. Banido pelos nazis por ser alegadamente descendente de judeus franceses, viu os seus livros serem atirados para a fogueira e foi exilado em 1933 sob acusação de fazer propaganda contra o nacionalismo alemão. Remarque viu, ainda assim, o seu trabalho reconhecido ao mais alto nível da literatura e chegou mesmo a ser um dos grandes candidatos ao Nobel na sua época. Este foi o seu último trabalho completo e a sua obra foi eternizada pelos seus leitores em todo o mundo. Dono de uma escrita magistral e de um profundo conhecimento da alma humana, Remarque ficará para sempre na história da literatura.



Caros leitores, o mês de Janeiro traz imensas novidades no género romance. Vou deixando aqui aquelas que me parecem mais "apetecíveis". Boas leituras para uns e força nesses dedos para outros. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

"6 de Abril de 96 - Opinião"

Sveva Casati Modignani

Opinião
Apesar deste livro já ter saído em Portugal há algum tempo, só agora o li. Tenho lido todos os livros do casal que usa o pseudónimo - embora só ela apareça como autora - , e não me tem desiludido. Os autores têm explorado muito bem a vida dos italianos de todas as classes sociais. Gostei deste livro, especialmente porque fala da vida do camponeses de uma forma tão real que quase nos imaginamos no meio das cenas. As personagens, muito bem construídas, prendem o leitor ao livro querendo saber mais, no entanto a certa altura, creio que o facto de a história estar dividida por personagens, baralha um pouco. A escrita é fluída, como sempre, e rica de pormenores descritivos, sem chegar ao ponto de chatear o leitor.  Como sempre os autores privilegiam o feminino em todo o seu mundo. Quanto ao titulo creio que IRENE, teria ficado melhor, já que a história é a vida da personagem.
 Uma boa leitura.



Sinopse
Para recuperar a memória, depois de ter sido violentamente agredida, Irene tem diante de si uma difícil tarefa - uma dolorosa viagem ao passado. Ainda jovem e bela, Irene carrega uma pesada herança - a mãe e a avó tinham pago caro as tentativas de afrontar a moral vigente e as convenções de um mundo rural que as subjugava. Também ela não será poupada quando abandona o campo e parte em busca do seu próprio caminho. Apesar do sucesso profissional e bem-estar económico que alcança, Irene não encontra o equilíbrio emocional. Será necessária uma crise profunda para que ela encontre forças para aguardar o futuro com serenidade e confiança.

6 de abril’96 é um romance empolgante dedicado às mulheres: as que lutaram por assumir as rédeas do seu próprio destino e as que hoje usufruem das conquistas alcançadas então.