segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como veste os seus personagens?


Um dos aspectos mais importantes na literatura é a descrição. Sem ela, o leitor não iria entender o que nós queremos transmitir. A arte de escrever é algo que se aperfeiçoa com o tempo e estudo, e muita prática. Passámos das descrições exaustivas de pormenores de alguns clássicos (como os chapéus ridículos em Madame Bovary de Flaubert) para palavras que não dizem exactamente o que o personagem faz, mas demonstram e deixam ao leitor o prazer de construir a sua fantasia (é a arte de demonstrar em vez de dizer), pensar e deduzir.

Por exemplo:
1 -Maria está triste e a chorar
 2 -Maria tem os ombros descaídos, olhos baços e uma lágrima teima em aparecer.
A primeira diz, não deixa espaço ao leitor para pensar, e a segunda demonstra, o leitor pode deduzir o que a personagem sente.

Portanto, as emoções e a linguagem corporal são importantes para demonstrar a personalidade das personagens, mas a roupa tem igual importância. Não podemos escrever um livro de época sem fazer uma pesquisa sobre os trajes que se usavam na altura, assim como se dissermos que um personagem tem roupa descosida e suja, já estamos a falar de uma pessoa com personalidade desleixada, ou de uma condição social desfavorecida, abandonada, doente mental, entre outras situações.

Existem vários tipos de pessoas que se identificam pela forma como se vestem, e, se quiser retratar a personagem de uma forma mais completa, não se esqueça que a roupa tem tanta importância como as emoções e a linguagem corporal.

Exemplos de personalidades e como se vestem:
1-     Tímidos/ tristes – roupas simples, disformes, largas e de cores escuras.
2-     Seguros e confiantes – Roupa curta, moldada o corpo, de marcas famosas, sedutoras, e com tons fortes.
3-     Alegres e simpáticos – roupa estampada com padrões florais ou geométricos e colorida.
4-     Práticos – roupas que podem usar em várias ocasiões como calças, saias, vestidos, e blusas simples mas de boa marca.
5-     Casual – Gangas, camisas simples, t-shirts, calções. Não se importam com o que os outros pensam deles.
6-     Criativos – usam sempre o mesmo tipo de roupa, não perdem tempo a pensar no que vestir.  
7-     Histriónicos – jóias em demasia, roupas de griffe, sapatos coloridos e na moda.
8-     Dóceis – copiam os modelos dos outros. Vestem-se como os amigos, ou como as estrelas de cinema.



Até ao próximo post.

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Ambra Blanchett

domingo, 14 de junho de 2015

COMO CONSTRUIR UMA PLATAFORMA DE AUTOR - 3



Já construiu o seu site ou blog? Óptimo. Mas que blog você está usando?
 O blogger, o Wordpress, ou um site que precisa de conhecimentos de programação para conseguir mantê-lo actualizado?
 O blogger é fácil de trabalhar mas tem algumas limitações. Uma delas é não poder anexar o Mailchimp, uma ferramenta de web muito versátil para campanhas de publicidade de que iremos falar noutro post.
 O Wordpress é a melhor opção e o mais usado em todo o mundo. É a ferramenta web de eleição de muitos escritores independentes. Em breve irei passar todo o meu blog para o Worpress. Mas vou avisar com muito tempo para que possa subescrevê-lo antes de este ser apagado. 
 O site com programação, se você não for perito na matéria, esqueça. Vai precisar de um administrador, sai caro e consome muito tempo.
Agora vamos falar um pouco das redes sociais. Muitos escritores independentes pensam que o Facebook, o Pinterest, o Twitter entre outros, podem ajudar a fazer a publicidade aos seus livros e até a vende-los. Uma parte é verdade. Quem conseguir uma legião de fans atreves do facebook e consiga trabalhar com eles, é um felizardo. Claro que quem não existe nas redes sociais, não existe, sobretudo os escritores. Todos os escritores, mesmo os que publicam em editoras convencionais, com nome feito e consagrado, possuem uma destas três redes sociais.
Mas não se iluda. Esta não é a melhor forma de divulgar o seu trabalho. Poucas pessoas têm as páginas abertas durante o dia, muitas trabalham, e só de noite vão ver as novidades e, mesmo assim, só uma pequena percentagem vê tudo o que se passa nas redes sociais. O Facebook ainda possibilita ver a informação do próprio dia, mas muita passa incógnita.
 Já o Twitter é para esquecer. É impossível manter-se actualizado. A velocidade a que as pessoas colocam as mensagens torna difícil os seus livros serem vistos. Se lhe prometerem que a troco de uma quantia vão mandar o link do seu livro para uma quantidade enorme de pessoas, pois saiba que não passam de truques para ganhar dinheiro. Poucos sites são de confiança, e os que são exigem algumas condições para publicitar os livros, nomeadamente um número de revisões acima de três estrelas. Marque presença no Twitter mas esqueça-o como meio de publicidade. Ele serve apenas para quem ficar curioso com a sua escrita, ir investigar mais sobre si.  
O Pinterest pode ser uma ferramenta mais útil por usar a imagem. Se fizer uma pesquisa por “livros, capas, ebooks, livros para ler, entre outras relacionadas com o assunto” vai encontrar muitos livros, inclusive os seus, se tiver uma conta onde regularmente ( 3 a 5 vezes por dia faça pins), portanto, também não é a mais eficaz.
Então o que devemos usar para publicitar os nossos livros, já que não temos editora que o faça?
Mais simples do que possa imaginar. Use o velho email que muitos desprezam.
Caros leitores e colegas o email é a forma mais fácil e rápida de publicitar o seu trabalho. Adicione uma ferramenta de recolha de emails (a velha newsletter) e convença as pessoas a inscreverem-se. Seja qual for a plataforma que use, o email da pessoa fica seguro, e ela pode desistir quando quiser. No blogger você nem sabe quantas pessoas assinam o seu blogue.

Quantos emails você lê na sua caixa de correio diariamente? Todos. Pois esta é a melhor ferramenta para chegar às pessoas que apreciam o seu trabalho e querem segui-lo. 

Mãos à obra e até ao novo post. 

Ambra Blanchett

domingo, 7 de junho de 2015

Como construir uma plataforma de autor? Saiba como. Parte 2.


Muito antes de publicar o primeiro livro, comece a sua plataforma de autor. Você deve ter um plano  para o que está tentando construir antes de usar todas as ferramentas disponíveis. A maioria de nós foi aprendendo por tentativa e erro, até descobrir colegas que são generosos ao ponto de partilharem o que sabem. Comigo foi assim e com muitos outros também. Os colegas brasileiros e americanos são fantásticos a partilharem informação nas suas plataformas. 

 Já construiu o seu blog ou site? Muito bem, se já o fez agora é começar a colocar conteúdo. Mas o quê?

Tudo o que diga respeito a livros e escritores independentes, ou escritores com editoras se assim o entender. Fale sobre os seus livros, estabeleça contacto com outros escritores independentes e partilhe conhecimento. O autor independente não ganha nada em hostilizar os outros colegas. Disponibilize-se para ajudar no que sabe, torne-se útil e assim ganha mais visibilidade. Quem gostar do seu trabalho vai falar de si para outros leitores.  

Não se esqueça de actualizar o seu blogue pelo menos uma vez por semana. Sabe quantas palavras tem que escrever para que os motores de busca coloquem o seu blogue visível nas páginas do Google? Pelo menos trezentas. Menos que isso fica muito difícil ser detectado.
Se tem um livro na calha prestes a ser publicado, comece a falar sobre ele no seu blogue. Mantenha os leitores informados e curiosos sobre a sua história e peça para deixarem comentários. Ui! Como é difícil obter comentários!  

Mas, para além do blogue existem outras formas de divulgar o seu trabalho: Facebook, Twitter, Pinterest, Instagram, Linkedin entre outras. Mas atenção à quantidade de ferramentas que usa. Se tiver contas em todas as redes sociais e pretender mantê-las actualizadas, não lhe sobra tempo para mais nada. Pessoalmente, uso o Facebook, Twitter e Pinterest em conexão com o blogue, ou seja, a partir do blog partilho os meus posts nestas redes.

Não peça apenas aos seus seguidores para comprar os seus livros, eles desaparecem. Porquê? Fazem deslike na página de Facebook ou deixam de seguir você. Interpretam essa atitude como Spam. Já entrou numa loja a fim de ver algum produto e imediatamente uma vendedora cai em cima de si a oferecer ajuda e a tentar impingir-lhe uma quantidade de produtos? O que é que você faz? Sai da loja assim que se consegue desenvencilhar, não é? Já cheguei a não entrar numa loja por causa dessa técnica agressiva de vendas, mesmo que esteja interessada num produto.

Pois bem nas redes sociais funciona da mesma forma. Prepare-se para ganhar seguidores, mas também para perder alguns. Os que não gostam do seu género de escrita, desistem e apagam a sua página. Mas não desanime, outros a encontram e aos poucos vai aumentando a sua cota de participação nas redes sociais. Não se esqueça que a internet veio para ficar, é o meio de comunicação mais usado e quem não está na internet arrisca-se a não existir. Até mesmo os escritores que publicam com editoras convencionais já têm a sua presença marcada no Facebook, como Lesley Pearse, Jude Deveraux, Nicolas Sparks entre muitos outros. Faça o mesmo.

 Divulgue os seus livros e quem quiser comprar sabe como o fazer. Não apele à compra directamente. No entanto é conveniente que tenha os seus livros no blogue. As pessoas podem comprar mais facilmente tendo um link para a sua página de autor da amazon. Ao publicar um livro na amazon, torna o seu livro disponivel para todas as lojas, ou seja, para o mundo. 

No próximo Post vamos saber como os leitores descobrem os livros na amazon. Se quiser seguir a matéria assine a Newsletter no canto superior direito.
Até ao próximo post,


Ambra Blanchett

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Quer construir uma plataforma de autor? Saiba como. Parte 1.


Como construir uma plataforma de autor? Vou partilhar com vocês durante algum tempo a forma como fui construindo a minha marca de autora. Ambra Blanchett é uma marca, tal como fizeram muitos escritores ao longo dos séculos. Muitos dos escritores clássicos da literatura mundial que você leu usavam pseudónimos. Uma vez usado o pseudónimo não crie outros. Isso baralha os leitores e até o escritor.

Os autores independentes defrontam-se diariamente com as dificuldades em tornar os seus livros visíveis no meio de milhares do mesmo género, seja na Amazon, na Kobo, Google Play entre outras plataformas de venda de livros online que aceitam publicações independentes.
Muitos dos autores independentes, como eu, fomos aprendendo com os erros e a ler blogs e sites de colegas que não se importam de partilhar a sua experiência.

Há centenas de sites “especializados” em vender os livros dos autores independentes por preços que variam do baixo, ao razoável e até quantias exageradas. Esqueça. A maioria só quer apanhar o seu dinheiro. Usam a estratégia de tweetar durante uns dias o link do seu livro e depois acabou-se, mesmo que lhe prometam que é válido por um ano. E depois quem é que lê continuamente o tweet? Ninguém. A passagem da informação é tão rápida que só se as pessoas estiverem o dia todo em frente ao computador conseguem ver tudo.

Quando comecei a publicar na amazon em português, cometi os mesmos erros que todos cometem: demasiada pressa em publicar sem passar por um revisor ou editor (é fundamental), e ao início pensei mesmo que não ia vender livros. Passaram mais de dois meses até vender o primeiro livro e, hoje, passados um par de anos, todos os dias vendo livros em português e já cheguei e ter dois livros meus entre os 100 mais vendidos na amazon.br; o livro Anna (o primeiro livro de uma saga familiar que termina com o livro Gabrielle) foi durante um dia o livro mais vendido em português na amazon.com.
Como é que isso é possível?

Elaborando uma estratégia de Marketing que passa por construir uma plataforma de autor.  
Marketing é simplesmente criar conexões duradouras com as pessoas e, em seguida, tornar-se útil aos colegas.

Vai publicar o seu primeiro livro? Pense numa marca de autor. Pode ser o seu nome, como pode ser um pseudónimo. Há vantagens em usar um pseudónimo? Sim e não. Sim, se você tem outra actividade que quer manter bem separada da escrita. Não, porque uma vez criada a marca, passa a ser conhecida por ela e, criar uma marca de autor pode demorar anos até ser conhecida. Exige empenho, dedicação à escrita e lidar com frustrações.

No próximo post vou continuar a escrever sobre a construção da plataforma de autor. Se quiser acompanhar esta matéria, subescreva a nossa newsletter no campo superior esquerdo do blog. O seu email fica anónimo ( até para mim) e pode deixar de seguir quando quiser).
Até ao próximo post.


Ambra Blanchett