domingo, 29 de novembro de 2015

De Amor e Sangue - Lesley Pearse


De Amor e Sangue é mais um livro de Lesley Pearse que foi traduzido para português. Lesley Pearse é a minha autora preferida no género e não podia deixar de divulgar aqui mais um grande romance desta escritora. Embora nos tenha chegada com alguns anos de atraso, valeu a espera. O livro foi publicado em 2006 e o título original é Hope (Esperança). Hope, a personagem principal é uma sobrevivente forte e carismática como todas as personagens da autora que nos faz manter colados ao livro ao longo de mais de seiscentas páginas. A trama do livro passa-se em Inglaterra nos meados do século XIX e Lesley mostra-nos - da forma especial que ela sabe fazer e escrever - a moral vigente na sociedade de Inglaterra. Descreve-nos o contraste social da época onde a riqueza estava nos bolsos da burguesia e dos aristocratas e os pobres ( como Hope), não passavam de criados dos ricos. A autora traz de novo para este livro um tema tabu naquela época : a homossexualidade.  Transporta-nos até à guerra da Crimeia fazendo-nos ter a sensação de estarmos no cenário de guerra, onde Hope e o seu amado vivem momentos de angústia.
 Hope atravessa cidades e continentes, perdes entes queridos e ganha outras relações, mas nunca baixa a guarda até ao final. Um romance cinco estrelas superior. Deixo-vos aqui uma entrevista  à autora publicada no blogue "As Leituras da Fernanda", um blogue sobre livros.   

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SANDRA CASACA , a autora por detrás de "A Profecia"




Entrevista a Sandra Casaca, uma jovem autora e sonhadora no sentido que faz o mundo pular e avançar tal como nos diz o poema "A Pedra Filosofal". Uma mente aberta e sedenta de conhecimento, mas com muita generosidade e empatia com os outros. Sandra publica na amazon, como autora independente e no Wattpad, um site para escritores e leitores. 
Sandra Casaca vai estar na Biblioteca Municipal de Évora no dia 28 de Novembro de 2015 pelas 15 horas para nos apresentar em sessão publica, o seu livro " A Profecia" uma história baseada em factos reais que a autora tão bem compilou e transmitiu com todos os aspectos da cultura da época. A história passa-se no Alentejo, Vila Viçosa - no inicio do século XX - de onde autora é natural e, só pela recolha que ela fez sobre os costumes, cultura, e condições socioeconómicas da época, vale a pena ler, mas a história é deliciosa, sobretudo da forma tão própria como ela a conta. 

1)      Quem é a Sandra Casaca? Conte-nos um pouco sobre si.

A Sandra é uma jovem de 27 anos, licenciada em enfermagem e que divide o seu tempo entre os turnos no hospital, a leitura, a escrita e os estudos.
Desde muito cedo comecei o gosto pela leitura, ainda na fase de pré-adolescente.
Depois os livros passaram de juvenis a livros com nomes mais conceituados e assim fui crescendo no mundo da leitura.
Hoje em dia compro praticamente todos os livros que leio, o meu maior sonho é ter uma biblioteca em casa.

2) Por que escreve? Qual foi ou quais foram as motivações para escrever?
Lembro-me de quando era criança me pediam para escrever histórias para a aula de português, e escrevi sempre histórias de grande fantasia e acho que nessa altura já tinha uma imaginação muito fértil.
Hoje escrevo porque me liberta das coisas que se vivem no dia –a- dia. O tempo em que estou a escrever, a que chamo tempo criativo, é só meu e das personagens que descrevo nos livros. É um mundo à parte que nos permite viver várias vidas numa só, contamos histórias de pessoas e é como se vivêssemos lá.
No final quando se termina o livro é a sensação de dever cumprido que fica, de darmos vida aquelas personagens, dar-lhes voz e ao mesmo tempo aprender muito com elas, pois gosto de escrever livros históricos e isso exige sempre muita pesquisa.

3)      Quais são as maiores dificuldades de um escritor na sua opinião?
As maiores dificuldades prendem-se com o facto de muitas vezes querermos chegar a um determinado público e neste país não ser muito fácil.

4) Sandra, como escreve? Planeia a história antes ou escreve de forma intuitiva? Fale-nos um pouco sobre o seu processo criativo.
As ideias muitas vezes surgem-me depois de ouvir alguma música importante e nesse momento parece que se dá o click e a história surge na minha cabeça.
Tenho um caderninho de anotações onde registo nessa altura sobre o que vai ser a história e dou nome às personagens. Depois de lhes dar nome, é como se lhes desse vida e a partir daí e depois de feitas algumas pesquisas históricas, escrevo de forma intuitiva.

5) Como promove os seus livros?
Os meus livros são promovidos através das redes sociais a internet é verdadeiramente um mundo, através de amigos e conhecidos.

6) Deixe uma frase de motivação para quem quer começar a escrever.

Não pensem que escrever é só para pessoas conhecidas e famosas, todos nós temos histórias a contar e passa-las para o papel é uma arte que está acessível a todos. Acreditem em vocês mesmos. 

domingo, 22 de novembro de 2015

O diálogo interno das personagens – 5 aspectos importantes


1 - O diálogo interno replica a vida real.

Quando escrevemos, nós queremos que o nosso trabalho seja sentido como autêntico (mesmo que se passe num planeta estranho, inclui mágica, ou tem dragões e elfos que vivem ao lado do nosso personagem. Queremos que o leitor sinta que essas pessoas (ou seres estranhos) poderiam ter vivido e feito as coisas que descrevemos. Quando me lembro do Harry Potter, penso sempre que aqueles seres estranhos existem mesmo e é isso que dá magia ao livro ao filme (confesso que só vi os filmes) e nos mantêm colados à história.
No dia-a-dia, estamos sempre percebendo coisas acontecendo ao nosso redor, tentando resolver problemas, e conversando com mais ou menos intensidade. Se quisermos que nossos personagens pareçam reais, é preciso que eles façam a mesma coisa. Os personagens pensam e falam consigo próprios, ou seja, estabelecem um diálogo interno que nos transporta ao longo do livro.

Como aplicar isso ao nosso livro de ficção:

Certifique-se de que o seu personagem reage a acontecimentos importantes por meio do diálogo interno. Por exemplo, se revelar uma de informação chocante o personagem tem que reagir ( chora, grita, fica sisudo, etc…) sozinho e deixando fluir os seus pensamentos através do discurso interno. Só assim o leitor se interessa pela história, caso contrário o leitor abandona-a. Se você estiver a ler um livro onde aconteceu um drama ao personagem e ele fica igual – a não ser que seja propositado, como ficar em choque – você também não vai gostar pois não? Lembre-se que a ficção é suposta ser "melhor" do que a vida real em alguns aspectos. Isso significa que não devemos partilhar cada pensamento que passa pela cabeça de nosso personagem, mas apenas os que são importantes, senão corremos o risco de um livro se tornar aborrecido e o personagem também. Nós só partilhamos os pensamentos que importam para a história, inclusive para o crescimento emocional do personagem.

 2 - O diálogo interno cria uma ligação mais profunda entre o leitor e os personagens.

Para um leitor que investe o seu tempo a ler a nossa história, precisa de se importar com que acontece ao personagem. O diálogo interno é uma das ferramentas à nossa disposição para fazer o leitor se importar porque ele cria uma ligação íntima entre o leitor e o ponto de vista do personagem. Nós ouvimos os seus pensamentos, da mesma forma que ouvimos os nossos, o que nos permite como leitores, partilhar os seus sentimentos e preocupações, experimentando-os como nossos. Conhecemos melhor o personagem, e ele fica mais real para nós por esse motivo.

Como aplicar isso ao nosso livro de ficção:

Uma grande parte do diálogo interno resume-se a que o nosso personagem forme opiniões sobre o que está acontecendo ao seu redor. Certifique-se que a deixa julgar e interpretar os acontecimentos e as pessoas que encontram. Isso mostra a sua personalidade de uma forma profunda e pessoal, porque o personagem não está tentando colocar uma máscara para o mundo exterior. Os seus pensamentos privados são destinados apenas para si. Eles são honestos e crus. Se no final o personagem descobrir que afinal estava errado ainda mais credibilidade vai ter junto do leitor. Há dia uma leitora comentava comigo, acerca do meu livro A Prenda da Noiva que o factor surpresa e o diálogo interno da personagem não a deixavam despegar do livro. Para além de ficar muito “babosa”, é sempre muito gratificante receber respostas gratificantes dos nossos leitores, levou-me a pensar em escrever sobre esse tema.  

 3 - O diálogo interno ajuda a controlar o ritmo do livro.

A estimulação do leitor na ficção é como criar o passeio perfeito numa montanha russa. Se você subiu uma montanha-russa, e a seguir cai no precipício não houve antecipação do que irá acontecer a seguir, portanto não teve graça. Para ser bom tem que passar por vários níveis. Na escrita tem que existir um planeamento rigoroso do andamento do livro e, no caso do diálogo interno da personagem, passa por ir desvendando aos poucos a sequência da acção.

Como aplicar isso ao nosso livro de ficção:

Se todo o nosso livro é composto de cenas de acção de alta velocidade, os nossos leitores vão ficar tão aborrecidos como se em todo o nosso livro o personagem fica sentado e é só pensamento. Precisamos do diálogo interno para criar a expectativa para a acção, permitir que o leitor respire e se prepare para a próxima cena. Para fazer isso, devemos ter pequenas sequelas, seguir o nosso personagem em adiamentos e indecisões até à decisão final, que pode ser certa ou errada. No meu próximo livro “Cortesã de Luxo”, a personagem principal resiste bastante a enveredar pela vida que abomina e rejeita e, antes que o leitor a veja cair ela tem várias “quedas” mais pequenas que induz o leitor a ter esperança e até a formular o próximo passo da personagem.

 4 - O diálogo interno minimiza a confusão ao revelar motivações.

O coração da ficção é o “porquê”. Porque é que o nosso personagem principal está agindo daquela forma? Por que ela quer alcançar seu objectivo tão depressa que ela está disposta a sofrer as possíveis consequências?
Quando essas motivações não são claras para o leitor, este acaba quer sentir-se confuso ou menos preso à história. Quando o leitor não sabe ou não entende as motivações do nosso personagem e as suas acções parecem aleatórias e estúpidas convém não o deixar muito tempo nessa situação.

Como aplicar isso ao nosso livro de ficção:

Tem que ser claro quanto às acções do personagem, porque é que ela está fazendo aquilo ou tomando aquela decisão. Se não for claro o leitor abandona o livro. Não perca muito tempo em descrições que não levam a lado nenhum, apenas são palavras para encher o texto. 

 5 - O diálogo interno transmite informações que não podem ser dadas de qualquer outra forma.

Se, por exemplo, você tem um personagem que precisa enganar todos ao seu redor, você vai pôr a agir de uma maneira e pensar de outra. Outro exemplo disso são as influências que os nossos personagens sofrem e porque eles agem de determinada forma.

Eles não podem pensar que os eventos do seu passado estão influenciando a sua vida, porque eles não teriam nenhuma razão para falar sobre isso com mais ninguém e o livro acabaria, mas podemos fazer o leitor ficar ciente da importância do passado do personagem através de seus pensamentos, do diálogo interno.

Como aplicar isso ao nosso livro de ficção:

A chave é partilhar uma única história de fundo que é essencial para todo o livro e alimentar a história com um conta-gotas, ou seja, aos poucos, e usar um evento no presente para accionar os pensamentos do nosso personagem sobre os acontecimentos passados. Em “A Cortesã de Luxo”, um acontecimento político da época (1938) em Portugal, junta o par amoroso do livro.


Caros leitores. Apresento-vos a minha marca de autora independente. O próximo livro a ser publicado e finais de Janeiro terá este símbolo na capa e sempre que o vejam associem-no aos meus livros, aos livros de Lídia Craveiro. A autora deixou o pseudónimo por enquanto. Seria caso para um titulo do género:
 “ A autora que matou o seu pseudónimo”?



Com  afecto, até ao próximo post. Nas próximas semanas vou dedicar-me na integra ao livro.  


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Posturas de leitura


Hoje trago-vos algumas sugestões de posições de leitura. Para os viciados em ler - como eu -, de vez em quando surgem as dores nas costas, membros, e dores reflexas, como dores de cabeça, provocadas pela má postura. Aqui ficam as sugestões encontradas num blogue de leitura. 

sábado, 14 de novembro de 2015

A Profecia - Sandra Casaca

Hoje venho apresentar-vos um livro muito especial escrito por Sandra Casaca, e digo especial porque conta-nos uma história passada com gente do Alentejo no inicio do século passado. A autora fez uma pesquisa intensiva sobre a cultura do povo alentejano na época. Originária de Vila Viçosa, Alentejo, fala da sua gente, do meio onde cresceu e da cultura que conhece tão bem.  Sandra Casaca é uma jovem autora que  está a dar os primeiros passos na literatura. Podem ver uma amostra do livro aqui. Em breve sairá uma entrevista com a autora que vai fazer o lançamento publico do livro no dia 28 de Novembro às 15 horas na biblioteca pública de Évora.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Entrevista concedida a Eldes Saullo - Livros que vendem


Eldes Saullo escreve livros para escritores, blogueiros e para quem tenha interesse em marketing digital. É professor, escritor best-seller da amazon.com e descobriu os meus livros na amazon. A partir dai convidou-me para uma entrevista, publicada no seu site, que podem ler aqui na integra. Agradeço esta oportunidade ao Eldes.