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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

COMO ESCREVER UM ROMANCE


 Quando pensei em escrever um romance - nos finais de 2013 - tomei uma série de decisões entre as quais aprender as ferramentas básicas, ou seja, algumas técnicas de escrita porque sempre me pareceu que só as regras de gramática não chegavam e, escrever livremente sem qualquer plano, poderia ser arriscado para uma principiante. Confesso que apesar de ter adquirido algumas noções de como começar a tarefa, não tinha noção das dificuldades que se iam apresentar a partir do momento em que escrevesse a primeira linha. 

Fiz um curso de escrita criativa com um dos nomes do top português ( não vou dizer quem, como é óbvio,) que em pouco me ajudou senão no empurrão inicial. Depois da frustração de seis meses de curso, decidi começar a procurar livros com técnicas de escrita e foi neles que encontrei parte das respostas que procurava, ou seja, técnicas que me ajudassem a estruturar o livro.

Mantive-me no campo das indecisões durante muito tempo, mas há muito que tinha uma história verídica na cabeça que me atormentava diariamente e da qual me queria livrar através da escrita. O meu primeiro romance foi "Princesa do Pai" e foi o único até hoje que não precisei de esquema, pois ele estava todo na minha mente, mas, apesar disso não me podia limitar a escrever os acontecimentos reais sem serem trabalhados antes. Foi uma tarefa árdua em que passei muitos momentos de desespero e de obscuridade. Vou para onde a seguir? Estou a ir bem? Será que os leitores irão entender o que estou a escrever? Será que o assunto não irá chocar demasiado os leitores?

Foi com estas interrogações que nasceu o meu primeiro roteiro/esquema individual, uma espécie de fórmula que utilizo em quase todos os livros que escrevi, depois deste. Vou descrever cada uma das etapas que sigo para escrever livro  e esta é a minha modesta contribuição para partilhar com os autores independentes

Neste artigo estou apenas dando uma visão geral sobre o meu método ao qual pode sempre acrescentar o seu cunho pessoal, tal como eu fiz, depois de muito trabalhar no livro. É importante realçar que o meu esquema não vai ninguém aprender a escrever bem. Desta vez não vamos falar de técnicas "mostrar vs dizer", gramática, ponto de vista entre outros aspectos. Importa também dizer que todas as ideias que tenho - e acreditem que tenho muitas- vão dar boas estórias. Recentemente abandonei um livro por achar a estória pouco convincente. Já sabem que anoto as ideias que vão surgindo enquanto ando na rua, vou às compras, vejo um filme ou uma série, faço uma viagem...num caderno A5 que transporto sempre comigo. 

O que eu faço depois de surgir a primeira ideia e reflectir muito sobre ela é o seguinte:

1- Ideia principal

2- esqueleto da ideia

3- quem são os personagens ( faço arvore genealógica e genograma)

4- uma breve sinopse ( a primeira)

5- uma sinopse mais ampliada

6- decisão - avanço com a estória ou não

7- desenvolvimento dos personagens

8- onde se passa a enredo

9- esquema do romance em traços gerais

10- pontos de vista do personagem

11- estórias secundárias ( se existirem)

12- primeiro rascunho

13 - segundo rascunho ( reescrever o livro todo)

14- rascunho final 

15 - pedir a um revisor ou mais que faça uma revisão dos erros e das ideias

16 - ler e deixar passar um tempo até ler de novo

17 - fazer capas e publicar



Ideia principal

Se tem uma ideia e a quer transformar num romance tem que se assegurar que existe:

Um protagonista

Um objectivo - o que é que o protagonista quer/ deseja

Um local

Um antagonista

Um problema

Exemplo 

Um protagonista - Adriana

Um objectivo - sair de casa dos pais, ser independente

Um local/ tempo - Porto ( 2014)

Um antagonista - O pai

Um problema- Adriana viveu num lar onde a violência domestica era o pão nosso de cada dia. Desce criança que protegia a mãe dos ataques do pai.

Coloque todas as ideias numa única frase como esta:

Quando Adriana pensava que essa noite ia ser diferente, como se tivesse existido um milagre, eis que a chave a entrar na fechadura e o arrastar dos pés do pai, negaram-lhe o desejo. 

Esqueleto do romance

Há um conjunto de pontos de viragem que convém contemplar no livro. Cada um desses pontos pode ser interpretado de um numero infinito de formas, por isso não se preocupe se o seu livro seja como os outros, pois não será de certeza. Uma vez que tenha os pontos de viragem estabelecidos pode passar a um esquema mais detalhado em que pode definir o numero de páginas para cada ponto de viragem. Se o seu livro tiver entre quatro a cinco pontos de viragem não deverá ter mais que 250 páginas. 

Primeiro ponto - o protagonista entra em açção.

Segundo ponto - o protagonista enfrenta o desafio

Terceiro ponto - entram as outras personagens

Quarto ponto - as estórias desenvolvem-se ( do protagonista e as paralelas)

Quinto ponto - o protagonista chega onde quer e a estória acaba. 


Introdução das personagens

Os personagens são a vida da estória por isso é conveniente conhece-los bem e cedo. Para este passo faça anotações sobre todos os personagens principais do livro. Não se preocupe com a profundidade do personagem nesta fase, apenas precisa de um esboço como aparência, motivação...Recomendo fazer anotações de nome, idade, profissão, aparência física, características, resumo do papel na história. 

Breve sinopse

Muito simples. Expanda o esqueleto da história numa página grande ( pode ser uma cartolina), inclua todos elementos chave do seu enredo e qualquer coisa que ache importante. A sinopse é curta para que possa pensar sobre os detalhes posteriormente. Na próxima etapa adiciona mais detalhes. 

Sinopse ampliada

Agora pode acrescentar detalhes colando folhas nos lados da cartolina. Com este esquema fica com a escrita muito facilitada. 

Decisão 

Antes de avançar muito no enredo tenha a certeza que está bem estruturado, sem lapsos temporais ou históricos ou de lugar. O melhor método para ter a certeza que vai continuar é voltar a verificar se o seu personagem tem um objectivo, se alcança o conflito, se existe o aumentar do problema, se o personagem é confrontado com o dilema, se o personagem toma uma decisão, o que significa que o personagem tem um novo objectivo. 

Se o seu livro passar por estas etapas, objectivo, conflito, desastre, dilema, reacção e decisão, então o seu romance pode ter pernas para andar. 😏 Estes elementos não precisam de ter o mesmo peso e, dependendo da atenção que dá a cada um deles isso vai afectar o impacto/sensações da sua estória. 

Desenvolvimento do personagem

A estória está agora tomando forma e é tempo de se dedicar a cada um dos personagens. Existem alguns métodos que pode usar para obter a "pele" dos seus personagens. Inclua a infância, adolescência, idade adulta/jovem até ao presente em que se encontram no livro. Pense no que as personagens querem alcançar. Faça saltos no tempo, recuando à infância para elucidar algum acontecimento ou tomada de decisão. 

Localização

O titulo por si só já é bastante claro. Faça uma lista dos locais onde a acção decorre e faça anotações sobre esses lugares. O local afecta o humor dos personagens, tenha isso em conta quando muda de cenário. Se foi feliz naquela casa, pois o humor é de felicidade,  se sofreu algum trauma, é natural que tenha medo, e evite o lugar. 

Sinopse longa

Nesta altura pense se está tudo alinhado e os personagens estão todos no sitio. Pense no desenvolvimento dos personagens, nos enredos, pistas e pontas soltas que precisam ser ligadas. Perceba se está tudo certinho, porque é mais fácil do que quando tiver cinquenta mil palavras para rever. 

Pontos de vista do personagem

O ultimo passo antes de começar a esboçar o primeiro rascunho do livro é verificar se está a dar a importância devida a cada personagem, não vá um personagem secundário ser mais interessante que o protagonista e assim desvirtuar a estória. 

Primeiro rascunho

Conseguiu! Tem na sua frente um primeiro rascunho do seu livro. O primeiro rascunho demora sensivelmente um mês. Ao fazer o primeiro rascunho não se preocupe com a qualidade da escrita, gramática, pontuação...preocupe-se em mostrar a sua história. O objectivo do primeiro rascunho é obter as palavras escritas. Aprende-se imenso com a escrita do primeiro rascunho. 

Segundo rascunho

Finalmente pode começar a limar arestas no seu livro. Verificar a gramática e pontuação, livrar-se de clichés, cortar frases desnecessárias, eliminar advérbios desnecessários. Certificar-se que está a MOSTRAR, não a DIZER. 

Rascunho final

Durante a escrita do rascunho final, tem que ser muito paciente, impiedoso no corte de palavras e cenas desnecessárias, ter atenção aos detalhes. Agora basicamente é editar, editar , editar...ou seja, polir a sua escrita. Mas calma, ainda não acabou. Agora guarde o seu livro durante umas semanas. Não lhe toque. 

Revisão

A primeira revisão/leitura deverá ser feita por si, quando o livro já tiver saído da sua cabeça, ou seja, quando já amadurou uns tempos. Se ler o livro quando o acabar de escrever, não vai perceber metade dos erros que ainda lá estão. Então arrume numa pasta do seu computador ( não se esqueça de fazer cópia de segurança) e deixe ficar. Já leu? Óptimo. Corrigiu muito erro não foi? Bom, parece que já está bom para ser publicado. Não, não está. 

Revisão final

A ultima revisão deverá ser feito por um revisor oficial, ou seja, alguém que tem formação para essa tarefa. No entanto, é quase impossível a um escritor independente pagar um serviço que é pago à palavra, e num livro de 250 páginas rondará os 600 euros. Então como contornar esse problema? Peça a alguém conhecido ( que não seja seu amigo) que faça essa tarefa se a pessoa estiver de acordo, fazendo o pedido como se o livro fosse de um conhecido seu. Não assine o seu nome na cópia impressa e acrescente uma série de perguntas para o leitor responder no final. Peça a opinião final sobre o livro, enredo, personagens, factos históricos, credibilidade da estória, sentimentos que o livro despertou no leitor. 

E pronto! Este é método que uso para escrever os meus romances. Não é único nem original, é produto de muita pesquisa e estudo. Espero que lhe sirva de alguma coisa o meu modesto contributo para ajudar os autores independentes a aventurarem-se na escrita. 

Um último conselho

Prepare-se para criticas negativas porque nunca vai agradar a todos. Mas ignore e siga em frente. 


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Música das estrelas - conto


Nas rugas adivinhava-se a imensa emotividade de Maria: fora uma vida inteira a viver em pleno e a sentir. Naquela noite ao ouvir os primeiros acordes do piano e a voz cristalina da solista os olhos de Maria encheram-se de lágrimas a transbordar de contentamento e prazer. À memória chegou-lhe as longas noites de inverno acompanhadas pelos gemidos dos nocturnos de Chopin e o firmamento estrelado que vislumbrava através da janela da sala enquanto ele tocava. A sua alma poética conseguia nesses momentos escutar a música das estrelas.
 Foi nesse estado de saudade e embalo poético, que um breve instante do passado se desenhou na sua memória: nublado, distante, mas tão vivo. A idade que tinha não sabia, só sabia que aquela música estava entranhada na sua pele até ao último acorde. Ouviu-se uma enorme onda de aplausos e ela rejubilou de alegria e orgulho. O seu filho tinha alcançado a glória naquela noite. O piano, a guitarra portuguesa – que quase chorava – e a fadista que entoou “ Povo que lavas no rio”, arrancam-lhe lágrimas de alegria e saudade. Saudade da meninice em que a mãe lhe dizia «o pai toca a música das estrelas Maria, vê como elas saltitam» e apontava para os pontinhos luzentes lá no firmamento, escuro como breu, através da vidraça da janela. Era uma saudade boa, sã.

E aquela música recordava-lhe outras musicas, tão diferentes, às vezes dançadas, outras só sorvidas em milhares de sítios, quando ainda era jovem: bares, salas de cinema, viagens, ruas. A música de quando era jovem e conheceu o homem que a acompanhou a vida toda, na dor, na alegria, mas também na partilha de ideias e pensamentos. Nos livros que leram, nas batalhas que travaram, na educação doa filhos. Aquela música era a sua alma, a alma de uma menina que cresceu a ouvir o piano dedilhado pelos dedos firmes do pai, homem sensível, e um muro de protecção. Imersa nos pensamentos nem reparou que o marido estava a observá-la, ali, a dois passos dela com um ar que era de amor e complacência. Já sabia que sempre que o filho tocava aquela música, viajava para a infância, não com tristeza, mas com uma nostalgia de quem já viveu mais de metade da vida e quer aproveitar todos os momentos que lhe restam. Avançou até ele – admirou-lhe as têmporas brancas – e de mãos dadas caminharam até ao palco para abraçarem o artista da guitarra portuguesa: o filho.  

sábado, 29 de novembro de 2014

Book trailer de Jardins de Luar

                           

Excerto do livro. 

Com quem é que ele não queria cometer um pecado? Quem seria a mulher de quem ele estava a fugir? Seria dela? Não teria decerto interesse suficiente para levar um conde a fugir dela. Ou teria? E depois, porque não podia tomá-la para si, como fazia certamente com as outras? Seria assim tão detestável?
Uma névoa densa toldou-lhe o pensamento e a raiva apareceu sem que a conseguisse controlar e, pior que não se conseguir controlar era desconhecer a proveniência do descontrolo. Acaso teria pretensões a ser amada por um homem na posição dele? Um nobre jamais iria olhar para uma rapariga que imagina da plebe, ainda que seja versada na escrita e na leitura e tenha mais cultura que ele. Sim, era muito mais culta. Na realidade quase todos os nobres eram uns labregos ignorantes. Vestiam-se com roupas de veludo e emproavam as caras e os cabelos imitando os franceses, mas a ignorância era visível. Talvez ele não fosse assim, mas a raiva que tinha aos homens estava a ser canalizada para a pessoa do conde de Évora Monte.
Afastou-se do corpo dele com brusquidão deixando-o boquiaberto e a pensar no que teria feito agora. Ergueu-se ajeitando a saia de montar e, com o rosto vermelho de despeito encarou-o profundamente, estendeu o dedo indicador perigosamente na direcção de Manuel Afonso – hábito que lhe valeu muitos castigos em criança- e disse:
- Faça muito boa viagem Vossa Senhoria e oxalá não apanhe tempestades como as que causa. Passar bem. Não se incomode de algum dia voltar e…- continuava de dedo estendido.
- Não gosto nada de si, ouviu? É uma pessoa detestável.
O céu continuava escuro e a trovoada não cedia. Sair no meio de tamanha borrasca era tolice e perigoso. Com uma agilidade que as senhoras não costumam ter, desamarrou as rédeas do cavalo, colocou o pé esquerdo no estribo e saltou para a cela esporeando o animal que reagiu de imediato e largou a galope chuva adentro.
Manuel Afonso ficou sem reacção. Esperava tudo menos raiva da parte dela. Ficou a vê-la galopar à chuva em direcção ao Solar de Santa Maria com os cabelos soltos a agitarem-se ao vento. Uma imagem bela apesar de trágica. Que mulher decidida e opiniosa. Aquela, ninguém pisava. Sentiu aguçar-se o apetite de a domar. Tomá-la como sua e possui-la era o que mais desejava embora não quisesse desonrar uma virgem. Tinha a certeza que estava perante uma mulher virgem de homem e, tinha a certeza que ela queria dizer precisamente o contrário daquilo que deitou para fora. Aquela mulher gostava dele. Gostaria muito de acreditar nela, mas não podia arriscar.
 A chuva amainara em poucos minutos depois da partida de Isabel e a trovoada deu lugar a um sol de meio-dia envergonhado. Sentia fome mas não estava em condições de se sentar à mesa na frente dela sem que tivesse uma erecção daquelas que só cediam ao fim de algum tempo. Há muito tempo que não estava com uma mulher e até o cheiro o excitava. A coberto da noite, do luar, podia fantasiar as mais variadas cenas eróticas, os sinais exteriores da sua excitação não eram visíveis, mas durante o dia era recomendável afastar-se daquela tentação.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O PONTO DE VISTA


O que é e para que serve?

Um dos maiores problemas com os textos que todos começamos a escrever é por vezes estarem muito focados sobre uma parte da vida do autor, seja num momento, numa situação ou até sobre uma pessoa da vida do autor; ou até do que vive e sente no momento.
Uma das formas de se descolar deste problema é abandonar-se por momentos, deixar de ver pelos seus olhos e adoptar um outro modo de ver.
Como é que aquela personagem veria este problema? E porquê? Nem todas as pessoas conseguem adoptar o ponto de vista do outro (pôr-se no lugar de) e nesse caso é muito difícil deixar de ver a personagem como se fosse um alter-ego do autor. O ponto de vista tem que conter as circunstâncias de quem narra e deve manter coerência interna em relação ao mundo próprio e à forma de ver o que narra. Sempre que o escritor se sinta fechado no que conhece, só nas suas experiencias, hábitos, visões do mundo muito próprias, tente adoptar outros pontos de vista para as personagens.
O que fazer para ultrapassar este problema?

Ler…ler…ler…e praticar. Veja como os outros escrevem e de que forma apresentam o ponto de vista dos diversos personagens. Isso não é plagiar e aprender com quem tem mais experiencia. Pessoalmente escrevo tanto quanto leio. 

O PONTO DE VISTA


O que é e para que serve?

Um dos maiores problemas com os textos que todos começamos a escrever é por vezes estarem muito focados sobre uma parte da vida do autor, seja num momento, numa situação ou até sobre uma pessoa da vida do autor; ou até do que vive e sente no momento.
Uma das formas de se descolar deste problema é abandonar-se por momentos, deixar de ver pelos seus olhos e adoptar um outro modo de ver.
Como é que aquela personagem veria este problema? E porquê? Nem todas as pessoas conseguem adoptar o ponto de vista do outro (pôr-se no lugar de) e nesse caso é muito difícil deixar de ver a personagem como se fosse um alter-ego do autor. O ponto de vista tem que conter as circunstâncias de quem narra e deve manter coerência interna em relação ao mundo próprio e à forma de ver o que narra. Sempre que o escritor se sinta fechado no que conhece, só nas suas experiencias, hábitos, visões do mundo muito próprias, tente adoptar outros pontos de vista para as personagens.
O que fazer para ultrapassar este problema?

Ler…ler…ler…e praticar. Veja como os outros escrevem e de que forma apresentam o ponto de vista dos diversos personagens. Isso não é plagiar e aprender com quem tem mais experiencia. Pessoalmente escrevo tanto quanto leio. 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Escrita criativa - O título.

O título é o cartão-de-visita do livro. Fala por ele para o bem e para o mal. Quem vai a uma livraria muitas vezes comprar um romance porque o título lhe chama a atenção. Escritores e editoras prestam imensa atenção ao título do livro.

Qual o segredo de um bom título?

Os títulos devem ser simples e ficarem no ouvido. A escritora inglesa Lesley Pearse que vende milhares de romances em todo o mundo escolhe títulos bem simples mas que suscitam curiosidade. Estou-me a lembrar do primeiro livro que li da autora (talvez o melhor) desconhecida para mim até então. Foi o título “ Segue o coração, não olhes para trás” que me fez agarrar no livro. Ou, do ultimo livro de Pedro Chagas Freitas, um romance ternurento “ Prometo Falhar”.

Outros livros, para além do título acrescentam palavras-chave que suscitam a curiosidade do leitor como Ruta Sepetys fez no seu romance que foi «melhor livro do mês» na amazon “ Sonhos de Papel” e a seguir diz «quem diz que só se vive uma vez nunca leu um livro».

Ou outro exemplo mais dentro do «hot» um livro que a escritora brasileira Mila Wander está a postar no Wattpad cujo titulo é “ O safado do 105” e que já tem mais de 200 mil leituras. Este título breve, prende a atenção, aguça a curiosidade e fica na mente.

No meu romance “Gabrielle”, uma saga familiar que fala de incesto e que atravessa quatro gerações, fiz uma lista e estava indecisa entre “ Sombras negras do passado” e o título que acabei por escolher. Porque é que escolhi um e não outro? Gabrielle foi o nome que dei à protagonista, achei simples e curioso e o outro demasiado pesado para um tema deste género.

Tem uma história para contar ou pretende escrever um romance? Então faça uma lista e peça ajuda a amigos e familiares. Veja se é adequado ao tema, se é original (nada é original todos nos baseamos naquilo que conhecemos) ou se já existe esse nome no mercado.
Para finalizar, digo-vos que um titulo muitas vezes também serve se inspiração ao escritor e a partir dai constrói o romance.
Boa sorte.


Escrita criativa - O título.

O título é o cartão-de-visita do livro. Fala por ele para o bem e para o mal. Quem vai a uma livraria muitas vezes comprar um romance porque o título lhe chama a atenção. Escritores e editoras prestam imensa atenção ao título do livro.

Qual o segredo de um bom título?

Os títulos devem ser simples e ficarem no ouvido. A escritora inglesa Lesley Pearse que vende milhares de romances em todo o mundo escolhe títulos bem simples mas que suscitam curiosidade. Estou-me a lembrar do primeiro livro que li da autora (talvez o melhor) desconhecida para mim até então. Foi o título “ Segue o coração, não olhes para trás” que me fez agarrar no livro. Ou, do ultimo livro de Pedro Chagas Freitas, um romance ternurento “ Prometo Falhar”.

Outros livros, para além do título acrescentam palavras-chave que suscitam a curiosidade do leitor como Ruta Sepetys fez no seu romance que foi «melhor livro do mês» na amazon “ Sonhos de Papel” e a seguir diz «quem diz que só se vive uma vez nunca leu um livro».

Ou outro exemplo mais dentro do «hot» um livro que a escritora brasileira Mila Wander está a postar no Wattpad cujo titulo é “ O safado do 105” e que já tem mais de 200 mil leituras. Este título breve, prende a atenção, aguça a curiosidade e fica na mente.

No meu romance “Gabrielle”, uma saga familiar que fala de incesto e que atravessa quatro gerações, fiz uma lista e estava indecisa entre “ Sombras negras do passado” e o título que acabei por escolher. Porque é que escolhi um e não outro? Gabrielle foi o nome que dei à protagonista, achei simples e curioso e o outro demasiado pesado para um tema deste género.

Tem uma história para contar ou pretende escrever um romance? Então faça uma lista e peça ajuda a amigos e familiares. Veja se é adequado ao tema, se é original (nada é original todos nos baseamos naquilo que conhecemos) ou se já existe esse nome no mercado.
Para finalizar, digo-vos que um titulo muitas vezes também serve se inspiração ao escritor e a partir dai constrói o romance.
Boa sorte.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tenho histórias para contar e não sei como pô-las no papel. O que devo fazer?

Em primeiro lugar saber qual é o tema da história que vai contar. Depois do tema definido, deve pensar se tem ferramentas adequadas para dar vida à sua história.
O ideal seria fazer um curso de escrita criativa e hoje em dia não é difícil faze-lo mesmo que seja online. Em Portugal há escritores consagrados a darem cursos quer na internet quer presencialmente. Aconselho-vos a procurarem o nome de Pedro Chagas Freitas ou João Tordo, dois escritores com um nível de excelência na escrita e que dão cursos online para quem não tem tempo de assistir a aulas. Se tiver tempo inscreva-se num ou em vários ( um de cada vez)é bem mais divertido pela partilha que se estabelece entre os alunos e professores. Em Lisboa existem sempre cursos de escrita criativa dados por professores universitários a decorrerem, façam uma boa pesquisa e decerto encontram.
Quanto custa um curso deste género? Algumas centenas de euros (300/400 ou mais) por cada um, quer sejam online ou presenciais.
No entanto, por mais que estude escrita criativa se não tiver «queda para a coisa», não adianta. Não desanime. Comece por ler muitos livros e de todos os géneros porque todos os escritores são também leitores. Observando a forma como outros escrevem serve para definir o seu estilo pessoal e saber em que género literário se sente mais à vontade.
Mas comece por fazer uma auto-avaliação. Já escreveu alguma coisa? Artigos científicos, pequenos contos, romances que ficaram na gaveta ou está mesmo a começar?
Para se avaliar pegue em algo que já tenha escrito e veja:
A forma como usa a pontuação.
A construção frásica.
Os erros ortográficos
As figuras de estilo
Facilidade ou não em usar as palavras
As ideias e o seu desenvolvimento e por último o seu estilo pessoal.
A partir de agora este blog vai servir também para ajudar os autores independentes (aqueles que não conseguem publicar nas editoras convencionais) a desenvolverem as suas capacidades e a não terem medo de apostar na escrita, quem sabe tem um talento escondido.
Boa sorte.
«O saber é para partilhar, caso contrário não serve a humanidade.»

Autor desconhecido

Tenho histórias para contar e não sei como pô-las no papel. O que devo fazer?

Em primeiro lugar saber qual é o tema da história que vai contar. Depois do tema definido, deve pensar se tem ferramentas adequadas para dar vida à sua história.
O ideal seria fazer um curso de escrita criativa e hoje em dia não é difícil faze-lo mesmo que seja online. Em Portugal há escritores consagrados a darem cursos quer na internet quer presencialmente. Aconselho-vos a procurarem o nome de Pedro Chagas Freitas ou João Tordo, dois escritores com um nível de excelência na escrita e que dão cursos online para quem não tem tempo de assistir a aulas. Se tiver tempo inscreva-se num ou em vários ( um de cada vez)é bem mais divertido pela partilha que se estabelece entre os alunos e professores. Em Lisboa existem sempre cursos de escrita criativa dados por professores universitários a decorrerem, façam uma boa pesquisa e decerto encontram.
Quanto custa um curso deste género? Algumas centenas de euros (300/400 ou mais) por cada um, quer sejam online ou presenciais.
No entanto, por mais que estude escrita criativa se não tiver «queda para a coisa», não adianta. Não desanime. Comece por ler muitos livros e de todos os géneros porque todos os escritores são também leitores. Observando a forma como outros escrevem serve para definir o seu estilo pessoal e saber em que género literário se sente mais à vontade.
Mas comece por fazer uma auto-avaliação. Já escreveu alguma coisa? Artigos científicos, pequenos contos, romances que ficaram na gaveta ou está mesmo a começar?
Para se avaliar pegue em algo que já tenha escrito e veja:
A forma como usa a pontuação.
A construção frásica.
Os erros ortográficos
As figuras de estilo
Facilidade ou não em usar as palavras
As ideias e o seu desenvolvimento e por último o seu estilo pessoal.
A partir de agora este blog vai servir também para ajudar os autores independentes (aqueles que não conseguem publicar nas editoras convencionais) a desenvolverem as suas capacidades e a não terem medo de apostar na escrita, quem sabe tem um talento escondido.
Boa sorte.
«O saber é para partilhar, caso contrário não serve a humanidade.»

Autor desconhecido