terça-feira, 25 de dezembro de 2018

"O Segredo da Casa de Riverton - Opinião"

Kate Morton

Gostei muito deste livro. Adoro a escrita da autora, no entanto custei a engrenar com a leitura, porque a história começa de uma forma um pouco lenta, outras partes são um pouco pesadas, mas a escrita da autora, as personagens e as descrições, fizeram-se permanecer fiel à leitura, embora tenha demorado um pouco mais de tempo para ler 500 páginas, do que é habitual. Levei este livro de viagem quando fui a Londres - há três semanas - e andei por Londres nas ruas por onde se passam as cenas.
É tão bom imaginar as cenas quando se está no local!
Na segunda parte o livro acelera um pouco a sequência das cenas e torna-se impossível desviar os olhos da leitura. Quando se aproxima do final, então é de loucos e, o final é algo que jamais me passaria pela cabeça - enquanto leitora, porque como escritora achei genial -  e, até hoje fico a pensar no que levaria um ser humano àquela decisão. Não revelo mais. Leiam que vale a pena. 
Um romance deveras brilhante.


SINOPSE
Como sobrevivem os que presenciam a tragédia?

verão de 1924
Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.

inverno de 1999
Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte trágica do poeta.
Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente.
Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira guerra e rendida aos loucos anos 20, O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Império de Palha (Elisa de Mira) - Lançamento

Elisa de Mira

Decorreu ontem, dia 19 de Dezembro, pelas dezoito horas, na sala dos Leões na Câmara Municipal de Évora, o lançamento do pequeno conto da minha amiga Elisa de Mira, IMPÉRIO DE PALHA, um pequeno conto, contos de acordar - acordar para a vida - como a autora lhes chama. Um conto que fala da vida da aldeia, mas que pode bem ser a vida de qualquer sitio, que nos conta sobre a injustiça, a inveja, a ganância e o perdão.
Nem sempre são os grandes livros que tem grande conteúdo, este pequeno livro, conta-nos muito sobre a vida e o sentir das gentes dos pequenos lugares.
Foi com enorme prazer que estive presente, no lugar de apresentadora do livro. Quem me conhece sabe que não sou muito de aparecer na primeira fila, sou mais de bastidores, no entanto, aceitei o desafio e lá estive.
Foi um momento emotivo, de partilha e de apreciação da obra, comentada por Bruno Videira e por mim. Aqui vos deixo a reportagem do evento. 
O reencontro com a professora de português do secundário.


Bruno Videira ( à esquerda), Elisa de Mira ( ao centro), Lídia Craveiro ( à direita)
Momentos divertidos 

Império de Palha, exposto em palha.

Sinopse
Mestre Lucas começou a duvidar da sua sanidade mental. Quando percebeu que o sol já não projectava no solo as copas das árvores, pensou que a essa hora já os homens deviam estar preocupados com a sua ausência. Acelerou o passo, desta vez agradecido por ter uma desculpa para livrar-se da estranha visão.

A Elisa de Mira é mestre em psicologia da educação, professora de teatro, cantora com um timbre de voz inconfundível e que empresta às suas interpretações uma vida que se encontra pouco. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A Grande Solidão de Kristin Hannah - Novidade


Kristin Hannah

Sinopse
1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright. À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza.

A AUTORA

Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos






Este livro é o grande vencedor dos prémios da Goodreads. Verifique aqui.  Estou ansiosa por lê-lo! Tem uma avaliação de 4.33 e conquistou os corações dos leitores do Goodreads. 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Dia em que te Perdi - Opinião

Lesley Pearse


Como já afirmei por aqui algumas vezes, esta autora está no topo das minhas preferidas. Já li ( e estão na minha estante) todos os seus livros traduzidos para português. Não se deixem enganar pelas capas ( muito lindas na minha opinião) que remetem para o romance feminino, e pelos saquinhos de tule coloridos em que são vendidos. Lesley Pearse traz-nos sempre histórias profundas. 


Confesso que esperava mais deste livro, mas reconheço que a história toca todas as grandes emoções do ser humano. Lesley escreve sobre temas profundos e poderosos que transportam os leitores 
( penso que serão mais as mulheres a ler os seus livros), para o mundo do sofrimento e da resiliência. 
Este livro, quanto a mim, tem um titulo enganoso. O titulo original é mais apelativo e adequado à história. The Women in the Wood ( A mulher da Floresta), retrata a principal personagem do livro, pois, ao contrário do que o titulo da tradução portuguesa indica, não são os gémeos que protagonizam a história. 
Grace - A mulher da Floresta-,  um dia vê chegar à sua cabana isolada na floresta os dois gémeos (Masie e Duncan), recém chegados a casa da avó que vive no condado. 
A história dos irmãos, mistura-se com a de Grace, em momentos de grande sofrimento e de superação e mais não conto, para não estragar o prazer da leitura a quem pretenda ler o livro. 
O livro aborda temas como a pedofilia, o abandono, a doença mental e os rígidos costumes ingleses na educação das crianças, entre outros. 
Foi o segundo livro da autora que dei 4 estrelas, simplesmente porque não o achei genial, mas, no entanto, é uma boa leitura e traz-nos matéria para reflectir. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

"A Luz da Guerra" - Novidade

Michael Ondaatje


SINOPSE
Londres, 1945. A capital inglesa convalesce da guerra. Nathaniel, um adolescente de catorze anos, e Rachel, a sua irmã mais velha, são abandonados pelos pais, que saem do país em trabalho, deixando-os à guarda do misterioso Traça e de outros, «que podiam muito bem ser criminosos». Nathaniel irá ajudar o Flecheiro nas suas atividades ilegais, participando, em recantos furtivos do Tamisa, no transbordo de galgos vindos de França para alimentar o negócio das corridas de cães clandestinas. Com Agnes, despertará para o amor, nos iniciáticos encontros noturnos em casas desocupadas. Para Rachel, a nova vida será muito mais traumática.

Mas o excêntrico grupo que lhes frequenta a casa será aquilo que pretende fazer crer que é? E, mais importante do que isso, o que foi feito dos seus pais e, sobretudo, da mãe? Serão autênticas as razões que deu para partir? Que segredos esconde o seu passado? Anos mais tarde, um Nathaniel já adulto começa a encaixar as peças de um puzzle, que fará alguma luz sobre a atroz realidade.


O AUTOR
Escritor de nacionalidade canadiana, Michael Ondaatje nasceu a 12 de setembro de 1943, no Ceilão. De raízes étnicas holandesas e indianas, estudou em Colombo até à altura em que acompanhou a mãe quando esta se mudou para Inglaterra em 1954.

Tomou os seus estudos secundários em Londres e, assim que os concluiu, mudou-se para o Canadá, chegando à cidade de Toronto no ano de 1962. Matriculou-se então na Universidade de Toronto e, após ter conseguido o bacharelato em 1965, transitou para a Queen's University de Ontário, de onde obteve a licenciatura dois anos depois. Deu portanto início a uma carreira como professor universitário e tomou a cidadania canadiana.
Estreou-se como escritor em 1967, ao publicar uma coletânea de poemas intitulada The Dainty Monsters. Seguiram-se The Man With Seven Toes (1969) e Rat Jelly (1973) até que Ondaatje acabou por ser reconhecido ao aparecer com The Collected Works Of Billy The Kid (1970), obra que lhe valeu um prémio literário atribuído anualmente pelo governador canadiano. Repetiu esta façanha em 1979 com o trabalho There's A Trick With A Knife I'm Learning To Do (1963-78).
Em 1976 publicou o seu primeiro romance, Coming Through Slaughter, no qual contava a história de um músico de jazz da Nova Orleães dos Anos 30. A obra, vencedora de um prémio literário, foi seguida por Running In The Family (1982), obra de carácter autobiográfico, e por In The Skin Of A Lion (1987), em que Ondaatje procedia a uma reflexão sobre o fenómeno da imigração. No ano de 1992, Ondaatje publicou a obra que se veio a tornar a mais conhecida, The English Patient (O Paciente Inglês). Vencedor, entre outros galardões, do Prémio Booker, o romance descrevia uma história de amor durante o período da Segunda Guerra Mundial. Foi adaptada para o cinema e, revelando-se um enorme sucesso de bilheteira, recebeu um Óscar da Academia norte-americana na categoria de melhor filme.
Em 1999, Ondaatje tornou a despertar as atenções do público e da crítica, ao surgir com um volume de poemas intitulado Handwriting. No ano de 2000 publicou um quarto romance, Anil's Ghost, obra que revertia para as suas origens singalesas.