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terça-feira, 8 de outubro de 2019

A Cápsula do Tempo ( Lídia Craveiro) - Novidade!



Caros leitores e seguidores, é com imenso orgulho que vos apresento o meu novo livro. Amanhã dia 10 de Outubro de 2019 estará à venda o ebook e dentro de dias o livro físico. Todos os meus livros estão na amazon aqui. Podem escolher a loja da amazon segundo a vossa localização. 


Sinopse

Naquela tarde, Marta Ramires estava longe de imaginar que iria reencontrar o amor da adolescência - Afonso Simões - às portas da morte, depois de vinte anos de separação por conta de entraves familiares. Se Afonso e Marta pensavam que desse encontro resultaria a sua aproximação, estavam muito enganados. A partir desse dia, vêem-se envolvidos numa trama de segredos que ambos tentaram esconder um do outro, até que um dia a verdade vem ao cimo para ameaçar a paz de todos.
Será que no meio de tanta mentira, Marta e Afonso conseguem finalmente ficar juntos?


A guerra colonial, e os homens enlouquecidos por ela, é o cenário que abriga esta história de três famílias da aldeia de Galopim, onde Marta Ramires, Afonso Simões e Maria Vargas vivem, cada um à sua maneira, a história dos seus pais, ex-soldados dessa guerra, que voltaram em condições físicas e psicológicas destroçadas alterando a vida das suas famílias.
Este livro é uma homenagem aos jovens portugueses que de 1961 a 1975, hipotecaram as suas vidas para sempre ao serviço de um estado cruel e ditador.



quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A Cápsula do Tempo- Novo Lançamento


Está revelada a capa do meu próximo lançamento. Fiquem atentas(os), no final de Setembro sairá na Amazon. 
É um romance que fala das vitimas da guerra do Ultramar (1961 - 1975) e dos danos colaterais causados às familias dos soldados. Três famílias, três soldados que participaram na guerra, três vivências completamente diferentes que nos trazem o cenário espalhado ainda hoje, por tantas casas portuguesas marcadas por essa guerra. 
Afonso Simões, Marta Ramires e Maria Vargas ( nomes ficticios) protagonizam esta história de amor, resiliencia, ódio, morte, e perdão à vida. 
Aguardem por novas noticias. 

domingo, 16 de junho de 2019

A chegar à AMAZON - Jogos Secretos ( livro 2- série deserto)


Antes de partir em viagem para o Médio Oriente, de onde pretendo publicar pequenos apontamentos sobre a viagem, deixo-vos a novidade. Na época em que escrevi O HOMEM DO DESERTO, recebi alguns pedidos de continuar a história. Pois aqui está a capa revelada, e a noticia que o livro já está em revisão, portanto sairá em breve.  A grande novidade mesmo é que este segundo volume sairá em Português do Brasil. 
Até Jerusalém, de onde vos escreverei a partir de 24 de Junho. Até lá.  

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Laços de Amor, Laços de Dor - Lídia Craveiro (Novidade)



Sinopse
A felicidade nas relações amorosas pode ser interpretada de muitas maneiras, mas de modo geral espera-se que a felicidade seja um estado de satisfação, em que predominam afectos positivos (como alegria, prazer e conforto), e um conjunto de experiências e atitudes que levam ao crescimento pessoal e do casal. À partilha e construção de significados, à autenticidade da relação e a um projecto de vida comum. E quando não é assim? E quando sai tudo ao contrário do que se esperava?Saiba o que contribui para o resultado (feliz ou não) de uma relação amorosa. A autora, explica de uma forma simples e com exemplos de vinhetas clínicas todos os aspectos que levam ao sucesso ou fracasso de uma relação de casal na vida adulta. 

Desta vez trouxe-vos um dos meus livros sobre psicologia. Trata-se de um pequeno livro, onde de forma simples e acessível ao publico pouco familiarizado com o tema, explico a trama intrincada das relações amorosos, e as repetições que levam ao adoecer psíquico
Como sabem todos os meus livros estão disponíveis na amazon e podem encontrá-lo por lá em qualquer das suas lojas. 

Caros leitores, o ebook vai estar grátis na amazon de 14 a 19 de junho de 2019. Aproveitem!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Música das Estrelas - Conto


Nas rugas adivinhava-se a imensa emotividade de Maria: fora uma vida inteira a viver em pleno e a sentir. Naquela noite ao ouvir os primeiros acordes do piano e a voz cristalina da solista os olhos de Maria encheram-se de lágrimas a transbordar de contentamento e prazer. À memória chegou-lhe as longas noites de inverno acompanhadas pelos gemidos dos nocturnos de Chopin e o firmamento estrelado que vislumbrava através da janela da sala enquanto ele tocava. A sua alma poética conseguia nesses momentos escutar a música das estrelas.
 Foi nesse estado de saudade e embalo poético, que um breve instante do passado se desenhou na sua memória: nublado, distante, mas tão vivo. A idade que tinha não sabia, só sabia que aquela música estava entranhada na sua pele até ao último acorde. Ouviu-se uma enorme onda de aplausos e ela rejubilou de alegria e orgulho. O seu filho tinha alcançado a glória naquela noite. O piano, a guitarra portuguesa – que quase chorava – e a fadista que entoou “ Povo que lavas no rio”, arrancam-lhe lágrimas de alegria e saudade. Saudade da meninice em que a mãe lhe dizia «o pai toca a música das estrelas Maria, vê como elas saltitam» e apontava para os pontinhos luzentes lá no firmamento, escuro como breu, através da vidraça da janela. Era uma saudade boa, sã.

E aquela música recordava-lhe outras músicas, tão diferentes, às vezes dançadas, outras só sorvidas em milhares de sítios, quando ainda era jovem: bares, salas de cinema, viagens, ruas. A música de quando era jovem e conheceu o homem que a acompanhou a vida toda, na dor, na alegria, mas também na partilha de ideias e pensamentos. Nos livros que leram, nas batalhas que travaram, na educação doa filhos. Aquela música era a sua alma, a alma de uma menina que cresceu a ouvir o piano dedilhado pelos dedos firmes do pai, homem sensível, e um muro de protecção. Imersa nos pensamentos nem reparou que o marido estava a observá-la, ali, a dois passos dela com um ar que era de amor e complacência. Já sabia que sempre que o neto tocava aquela música, viajava para a infância, não com tristeza, mas com uma nostalgia de quem já viveu mais de metade da vida e quer aproveitar todos os momentos que lhe restam. Avançou até ao marido, apoiada na bengala – admirou-lhe as têmporas brancas – e, de mãos dadas, caminharam até ao palco para abraçarem o artista da guitarra portuguesa: o neto. 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Vale a pena ser escritor independente?





Tornar-se autor/escritor é uma jornada única e individual. Mas, tornar-se autor independente, é algo que requer muito, mas muito, trabalho. Como escritor, se quiser ver o seu trabalho publicado, tem duas alternativas: de um lado a publicação tradicional, pelas editoras convencionais e,  de outro, publicar de forma independente, quer em editoras que fazem edições de autor ( como a Chiado), ou em plataformas como a AMAZON, a maior livraria do mundo. 

Ainda se acredita que a publicação tradicional tenha mais credibilidade e impacto no publico do que a auto-publicação, mas, existem muitas razões pelas quais os autores optam, cada vez mais, pela última. O autor autopublicado tem mais autonomia, mais liberdade, maior rapidez, maiores ganhos ( royalties), mas também maior responsabilidade, sobretudo à medida que vai "crescendo" como escritor. 
Na auto - publicação nem tudo são facilidades, grande parte do sucesso é muito trabalho. 

A jornada do autor independente, começa no dia em que resolve auto-publicar e nem sempre resulta de levar um "não" das editoras. Sabemos que hoje em dia, as editoras só publicam autores que sejam garantia de retorno, como actores, jornalistas, ou seja, figuras conhecidas dos midia que levam as pessoas a comprarem. 
Então para quê sujeitar-se a nem sequer receber resposta das editoras, depois de enviar o original? Não, não vale mesmo a pena, a não ser que seja masoquista. Em Portugal, um autor para ver o seu trabalho publicado numa editora convencional, tem que enveredar pela edição de autor,  sujeitar-se a gastar muito dinheiro em editoras que apenas imprimem os livros (gráficas disfarçadas) e depois deixam o autor com os livros para vender por conta própria. Provavelmente no Brasil funciona de forma igual. Embora existam casos de sucesso, penso que se contam pelos dedos das mãos quem tenha conseguido ser aceite numa editora convencional. Em Portugal um dos casos de sucesso, é o caso de Pedro Chagas Freitas, que começou em edições de autor na CHIADO, e mais tarde apareceu com outra chancela, mas, só depois de muito trabalho de marketing.  

Muito trabalho o espera!
 Depois de escrever, revisar e editar sozinho, ainda tem a capa do livro por fazer. Se é uma pessoa com múltiplas competências então conseguirá fazer tudo sozinho, utilizando as diversas ferramentas disponíveis online ( Photoshop, Canva etc). Mas também não tem que fazer tudo sozinho. Pode encontrar alguém que lhe faça a capa por um preço muito em conta ( pesquise capistas online e encontra rapidamente), e peça a uma pessoa da sua confiança para lhe fazer uma primeira leitura do livro, e depois  a outra que o ajude na revisão e, finalmente, alguém que faça a última revisão ( aquelas coisas minúsculas que nos escapam, mesmo depois de dez passagens), e só então publique o seu livro. Convém que não tenha erros mas, se tiver, ainda que poucos, a amazon irá avisá-lo para que os corrija e dá-lhe todos os pormenores do que deve corrigir. 

De inicio parece que está tudo mal. O livro não vende e o autor começa a conceber uma forma de reverter o problema; é quando descobre que tem que utilizar o marketing  e sobretudo escrever mais livros. Escrever mais é a melhor forma de marketing. Quando tem dois ou três livros publicados começa então a ver a sua renda mensal a aumentar ( comigo foi assim) e o entusiasmo para escrever mais, cresce. Os leitores voltam sempre para ler um dos seus livros novos e, ao continuar a escrever, consegue até ressuscitar os livros mais antigos. 

Ao fim de algum tempo o autor independente, percebe que tem que encontrar formas de divulgar o seu trabalho. Cria página de Facebook, Instagram, Pinterest e mais importante que estas ferramentas, é ter um blog. Crie um na Wordpress, ou na Blogger, conforme se sinta mais confortavel com a tecnologia. O meu é da Blogger e tem dominio personalizado, mas acredito que a Wordpress lhe dará um maior retorno, no entanto, pela facilidade que tenho com a tecnologia da Blogger, mantenho-me fiel. 
Uma, senão a maior vantagem da auto-publicação é que os livros estão sempre lá. Não são retirados de circulação como acontece com a publicação tradicional e, como já referi antes, cada vez que lança um livro, está a ressuscitar os anteriores, porque, se os leitores gostarem do que escreve, procuram outras obras suas. Persista. 

A formula do sucesso é a qualidade. Qualidade da escrita, da apresentação do livro, profundidade dos personagens e pertinência da história. No entanto, fique o aspirante  a autor independente descansado que existe mercado para todos os nichos. Nos blogues sobre literatura, sobretudo os brasileiros, vêem-se muitas criticas sobre a ascensão dos livros eróticos, uma vez que estão quase sempre no top de vendas.  Estar no top, nem sempre quer dizer que é o mais vendido, uma vez que existem vários factores para a ascensão do livro, desde as vendas, ao número de criticas.  Até há algum tempo muitas delas eram fraudulentas - alguns autores pediam a amigos e conhecidos que fizessem criticas -, felizmente a amazon tem forma de escrutinar a proveniência das mesmas e, à mínima ligação, não publica a critica. Portanto, não se preocupem se tiverem qualidade vão vender, e já agora vos digo que a qualidade é subjectiva. O que é qualidade para uns pode não ser para outros. Por isso haverá leitores para todos os géneros, e para si também. Não tenha medo do sucesso dos outros autores, eles não são seus inimigos. Por vezes os piores inimigos dos escritores, são os colegas. Seja carinhoso e gentil com os outros, ainda que ele ou ela, não escreva o seu género preferido. 

Onde é que se vendem livros em Português? Em todo o mundo, porque a língua portuguesa está espalhada por aí - o português de Portugal e o português do Brasil. Não tenha receio de escrever em português, vai encontrar mercado para si de certeza. Mas onde?, pergunta o autor. Respondo que sobretudo no Brasil. A maioria dos meus leitores são brasileiros, embora já tenha conquistado uma pequena percentagem de portugueses que utilizam a amazon espanhola, porque, infelizmente em Portugal ainda não existe amazon. 

E deveria escrever em Português de Portugal ou do Brasil?  Fica ao seu critério. Até agora tenho escrito em português de Portugal e não deixei de vender no Brasil por causa disso, no entanto, reconheço que venderia mais se escrevesse em português do Brasil e, em atenção aos meus leitores, o próximo livro terá as duas versões, a leitura é mais prazerosa se os termos forem conhecidos. 

É fácil receber o dinheiro que ganha com os seus livros. Pessoalmente recebo através da Payonneer, um cartão Mastercard. A Payonneer pertence ao Bank of América e é bastante eficiente. Você consegue controlar quando recebe e quando gasta através da sua conta online. A melhor forma de usar este cartão é fazendo pagamentos, ou seja, use normalmente, ao invés de fazer transferências para a sua conta de origem, no seu país.  A AMAZON, obriga a ter uma conta num banco Americano para receber o dinheiro por transferência bancária, caso contrário terá que receber por cheque e demora muito mais tempo. Na Payonneer é certinho, ao dia 29 já tem o dinheiro na sua conta. 

Porquê publicar na AMAZON? Por diversos motivos, mas principalmente pela facilidade de trabalho e qualidade da plataforma, quer dos ebooks ( www.Kdp.com), quer da impressão sob demanda (www.createspace.com) As duas plataformas já possibilitam a impressão em papel, no entanto eu continuo a preferir a Createspace para publicar em papel, tem mais possibilidades de layout. Outra das razões é a financeira. Você recebe 70% nos ebooks ( se tiver exclusividade com a amazon) e pode usufruir de algumas ferramentas de marketing que lhe possibilitam divulgar o livro, e 35% nos livros em papel. Ora, considerando que as editoras tradicionais apenas pagam cerca de 10% do preço de capa, ao autor, vale a pena publicar de forma independente. 

Até breve! Caso tenham dúvidas, posso esclarecer através da caixa de contacto.



domingo, 29 de julho de 2018

A Cápsula do Tempo - Romance ( excerto)





Imagens retiradas da internet. 

(...)Lá estava a foto da cobra e do crocodilo. Ele e uns cinco homens seguravam uma jibóia morta, ao longo do seu comprimento e, na foto ao lado, o mesmo grupo pousava junto a um enorme crocodilo onde um homem fardado de verde caqui, assentava  uma metralhadora. Se fosse hoje era tido como um ato de barbárie, mas naquela época, anterior a 1975, era uma proeza. Soldado que era soldado - e homens com eles no sitio -, matava um daqueles bichos abundantes pelas selvas africanas, para mandar uma foto para as madrinhas de guerra, comprovando a sua bravura. 
Joana passava as folhas lentamente. Ali estava o seu Adérito com o alferes Torrinha e com o capitão Antunes, tisnados pelo sol de Angola, e com o peso da guerra nos ombros embora mostrassem um grande sorriso. Como a vida pode ser enganadora. A guerra transformara o seu homem num monstro.
Dois meses depois, de receber aquelas fotografias, chegava um aerograma a dizer que Adérito terminara a comissão em Angola e vinha de férias à metrópole. Quando soube a noticia já ele vinha no barco que o conduziria a Lisboa.
Sentia um frio na barriga só de pensar em ver aquele homem bonito e sorridente. Se o amor era aquilo, podia dizer que amava o seu homem. Decerto ele teria muitas madrinhas de guerra[1], mas a namorada era ela. Ela era a escolhida.
Hoje duvidava que ele a tivesse escolhido pelos melhores motivos. Dali a uma semana Adérito dera-lhe o primeiro desgosto.
O comboio estava atrasado quase uma hora, mas Adérito prometera telefonar para a venda dos Oliveiras a avisar que ia a caminho de casa, quando embarcasse no comboio e não o fizera. As duas famílias estavam na plataforma, ansiosos por verem chegar o bravo soldado que escapara aos “turras” e às malvadas minas que ceifavam vidas. Mas a espera não dera frutos. Adérito não viera no comboio. Desembarcaram três dos filhos da terra que estavam na sua companhia e foi com o coração apertado que viu Manuel do Freixo, aproximar-se.
Os olhos apaixonados do jovem soldado raso, olharam-na com um misto de amor e pena:
- Ele seguiu para o Porto. Tem lá uma madrinha de guerra que foi ver – disse-lhe Manuel.
Preferia ter sabido da sua morte. Talvez não lhe doesse tanto.
Manuel era apaixonado por Joana fazia anos, e foi com algum prazer que lhe deu a noticia que o seu namorado preferia outra. O recado – e o que ele tinha de subentendido – estava dado. Joana percebera perfeitamente que ele o fizera por despeito. Sentia que Manuel lhe estava a dizer que mais valia ter aceite o seu amor, porque ele, Manuel, nunca a trataria dessa forma. Adérito Simões era o soldado que apanhara um esquentamento mal pusera os pés em Luanda e se enrolara com quantas prostitutas por lá encontrou. Joana estava muito enganada quanto ao homem que escolhera para namorar.
 Joana suspirou. Como teria sido a sua vida se o marido não tivesse ido à guerra e não se entregasse à bebida?
Com o álbum aberto sobre as pernas envoltas numa manta, a memória recuou mais uns bons anos e recordou aquele ano em que decidiram casar. Nesse ano estava doente, sem que os médicos descobrissem o nome da maleita que a impedia de trabalhar por longos períodos. Casaram em 1975, oito meses depois da guerra terminar e quando Adérito já não corria perigo de ser mobilizado outra vez para alguma província das colonias portuguesas. A noite de núpcias passou-a no hospital com cólicas abdominais e o seu homem a festejar o casamento com os amigos. Joana tinha vinte e três anos e a esperança que todas as jovens alimentam ao longo da adolescência: casar e ser feliz ao lado do homem por quem se apaixonara.
Tudo foi tão diferente que ainda hoje lhe custa a aceitar que a vida é tão injusta com as pessoas. Quando voltou para casa, com o aviso que fizesse dieta de lacticínios, encontrou Adérito alcoolizado e a receção não foi a que esperava. Tomou-a à força e naquele instante, viu a romantização da sua primeira vez, tornar-se numa coisa dolorosa e traumatizante. Depois, nos dias, meses e anos que se seguiram, Joana passou o tempo a dar aulas, nas escolas primárias da região, e a tentar manter as terras de Adérito a produzir, com a colaboração do capataz.(...)

Caras(os) leitoras(es) aqui fica uma amostra de degustação do meu próximo livro a ser lançado lá para o fim do ano. Tinha previsto publicar no Verão, mas obrigações familiares, tem-me "roubado" tempo à escrita. 
Adianto que depois de muito pensar, vou publicar o ebook em português do Brasil e o livro físico em português de Portugal. Espero com isso alcançar mais leitores brasileiros que preferem ler em português brasileiro. 

Até ao próximo post. 
Espero reacções vossas ao excerto e ao tema do livro. 




[1] Jovens que se correspondiam por carta com os soldados que estavam na guerra do Ultramar, e que podiam tornar-se namoradas, amantes ou esposas.




sexta-feira, 13 de julho de 2018

HELENA (romance)

Aos seus pés estendia-se Lisboa e o rio Tejo. Navios ostentado bandeiras de diversas nacionalidades descansavam nas águas do rio, à espera de melhores dias para zarpar através do atlântico
 A cidade vista do castelo de São Jorge continuava a ter aquele encanto mágico que ela recordava sempre. Era como apreciar uma pintura.
Helena ficou radiante com o convite de Ricardo para almoçarem numa tasca típica, e subirem até ao miradouro passeando pelas ruas intricadas do bairro de Alfama. 
- Estás muito silenciosa querida – questionou-a.
«Querida» era uma palavra comum na boca de Ricardo desde que era criança mas, aos vinte anos, soava-lhe estranha. Pôs os olhos no chão, corada.
- Passou tanto tempo. Se soubesse como senti a sua falta. Mais ninguém se dedicou a mim como o – ia dizer o padrinho mas parou a tempo - senhor Ricardo o fez.
- Senhor não, por favor, Ricardo está bem - emendou ele. 
- Porque partiu? Nunca acreditei nas histórias que ouvi.
Ricardo sorriu-lhe e passou-lhe o braço pelos ombros num abraço terno.
Sim, porque partira? Era uma boa pergunta, mas não lhe podia revelar que já não suportava a fama de libertino que criara desde os tempos da universidade, e que o exílio forçado lhe pareceu a melhor forma de se escapar à vida boémia que levava em Lisboa. Mas a verdadeira razão era outra e dessa não podia falar-lhe, mesmo. Se não tivesse partido, não estaria ali, ao lado dela. Quem sabe já não estaria vivo.  
Afastou-se ligeiramente.   
- Sei lá…tanta coisa…queria aventuras, e provar a mim próprio que não precisava da fortuna dos meus pais.
Era uma meia verdade, mas não queria manchar a sua imagem perante Helena.
Helena aproximou-se e enfiou o braço no dele como antigamente.
Ricardo apertou-lhe a mão pousada no seu braço esquerdo e sorriu-lhe. Da menina que conheceu pouco restava, apenas os grandes olhos verdes e os mesmos cabelos castanhos de ondas largas a emoldurar-lhe o rosto. Helena devolveu o sorriso e um sentimento estranho passou entre os dois.
- Tens namorado Helena?
- Não. E o padrinho é casado? Tem filhos?
- Não sou teu padrinho Helena. Agora somos dois adultos e não consigo ver em ti a menina a quem ensinei a gostar de livros…ainda gostas de livros?
Assentiu com a cabeça.
- Desculpe, é difícil habituar-me a tratá-lo de outra forma, o senhor não mudou assim tanto e…seja – rendeu-se - vou tratá-lo pelo seu nome. Ricardo. E sim,continuo a devorar livros, mas não consigo convencer os meus pais a deixarem-me continuar os estudos – e atreveu-se a levantar o rosto para o encarar.  
- Uma injustiça, eu sei. – e beijou-lhe a ponta dos dedos da mão pousado no seu braço.
Helena enrubesceu como um tomate maduro daqueles que os pais plantavam lá na horta do Alentejo. 
- Não precisas de ficar corada. E fica descansada não sou casado, não tenho filhos, sou livre como um passarinho.  
- Pelo menos não corro o risco de aparecer uma mulher, por aí aos gritos, a reivindicar o marido – afoitou-se a dizer em tom de provocação.
- Pois não – confirmou ele com um sorriso. – Olha – e apontou para o rio – lá vai um barco para a América carregado de refugiados. 
- Ummm… Pensa em partir de novo?
- Não sei. A guerra está a alastrar e tenho que pensar no que fazer à fazenda.
De repente o olhar dele ficou distante e uma ruga de preocupação surgiu na sua testa. Helena continuou a caminhar a seu lado mas manteve-se em silêncio. Era a primeira vez que andava de braço dado com um homem e o seu coração estava disparado. O fascínio que sentia por ele quando era criança manteve-se, mas agora era um fascínio diferente: um fascínio de mulher, o que a deixava muito perturbada. A madrinha Catarina não ia gostar nem um pouco que se aproximasse do seu filho preferido.
**
- Boa tarde senhor Ricardo. Os senhores, seus pais, esperam-no no escritório. – disse o empregado afastando-se em direcção à zona de serviço da casa. 
- Obrigado Martinho.
Helena percebeu que era um sinal para se afastar. A madrinha não lhe permitia muito mais que tomar as refeições com eles. Participar em conversas de família era-lhe completamente vedado.
- Obrigado pelo passeio senhor Ricardo.
Ricardo tomou-lhe as duas mãos e beijou-as fazendo-a corar de novo.
- Ricardo. O meu nome é Ricardo. Até daqui a pouco – e afastou-se em direcção ao escritório do pai, ao fundo do longo corredor da mansão.
José Luís e Catarina estavam sentados com ar carrancudo.
- Aqui estou. Aconteceu alguma coisa para me mandarem chamar desta forma tão…formal?
- Na realidade aconteceu – disse a mãe com ar sério.
- Não exageres Catarina – advertiu o marido que não concordava com as posições drásticas da mulher.
Ricardo sentou-se na poltrona de veludo azul, junto à  secretária de pau-rosa e disse:
- Queira dizer, minha mãe, sou todo ouvidos.
A mãe levantou-se, ajeitou a saia e o cabelo e virou-se para o filho com cara de caso.
- Por tua causa vou ter que enviar Helena para o Alentejo - disse a matriarca muito séria.
- Creio não estar a entender?
- Não fica bem a um Santana desfilar na rua com uma empregada.
José Luís abanava a cabeça em sinal de discordância. Nunca tinham tratado a rapariga como empregada. Se Helena era afilhada de Catarina e considerada como se fosse da família, porquê tanta exaltação? 
- E qual é a profissão dela dentro desta casa? – perguntou Ricardo com ironia.
- Ora Ricardo! Não seja insolente! Sabe bem que Helena é filha dos nossos caseiros.
- Sem dúvida que sei. Mas sempre frequentou a casa como se fosse da família e fomos nós que lhe pagamos os estudos, creio eu! O que torna a condição social dela, um pouco diferente. Helena é uma jovem com estudos minha mãe, ou já se esqueceu?
- A tua mãe é uma exagerada – proferiu José Luís. – Já lhe disse que se não quisesse que ela frequentasse a sociedade, não a devia ter convidado para vir para Lisboa, muito menos permitir-lhe que convivesse com os nossos amigos. A tua mãe tem um grande problema de consciência a atormentá-la – aventou.
Ricardo coçou a cabeça, não entendeu o que a consciência da mãe – que raramente se manifestava- teria a ver com Helena.  
- Na verdade Ricardo regressou para tomar conta das propriedades, não foi meu filho? Não deve perder tempo com…
- Com o quê, minha mãe? A senhora já viu o meu tamanho? Por acaso ainda se recorda da minha data de nascimento? Desculpe-me a insolência mas eu não dependo de vocês para viver, tenho os meus negócios e tomar conta dos vossos é uma questão a ponderar. O meu irmão deve ter uma palavra a dizer sobre isso. Ou não?
- António seguiu a carreira militar, não abdica dela, sobretudo agora que uma guerra se avizinha. Imagine se invadem Portugal!
- Talvez ele ainda seja útil nesta guerra, apesar de sermos neutros – ironizou Ricardo.- Tenho a certeza que Hitler irá tentar conquistar o mundo e depois disso nada vai ser igual.
-  Não duvido uma palavra do que disseste, filho.  É uma bênção se Portugal não for engolido por este conflito – disse o pai.   
- Há territórios mais apetecíveis a leste, senão pode crer que já estaríamos a fazer continência ao Fuher e a dizer Heil Hitler. Na realidade estamos a fazer-lhe continência, mas de forma disfarçada.
- Não fales o que pensas em voz alta, Ricardo. Não te quero ver atrás das grades. Mas já fazemos a saudação nazi, sim. Chegaste há pouco filho, vais ficar surpreendido com o que se passa por aqui. As coisas pioraram. É ver a Mocidade Portuguesa a fazer a saudação…e vais ficar abismado - disse o pai.
- Já nada me espanta neste país assombrado, meu pai. Estou muito bem informado – deixou escapar.
- Ricardo, desta vez abstenha-se de emitir opiniões em público com os seus amigos, aqueles, bordeaux, escarlates, vermelhos...ou… sei lá o que eles são! –vociferou a mãe muito irritada.
- Olhe minha mãe, não sou homem de me vergar. Não vou fazer uma manifestação contra o regime, fique descansada, não por falta de vontade, mas porque não sou tolo e tenho amor à vida, mas não abdico das minhas convicções.
O pai coçou o cocuruto da cabeça e acendeu um cigarro. Não sabia como o filho tinha apanhado aquelas ideias…e temia pela sua segurança. Mas reconhecia que ele tinha coluna vertebral. Era firme nos seus ideais. Ele próprio não via com bons olhos a posição do presidente do conselho. O povo a passar fome todos os dias, e os camiões do exército português a carregarem diárimante com latas de conserva de sardinha em direcção à fronteira, para alimentar os inimigos da europa.
- Quanto à vossa herdade no Alentejo, acho por bem contratarem um administrador por uns tempos. Talvez possa ajudar, mas tenho que decidir o destino dos meus negócios, que possuo… na europa e em África, sobretudo quero deixar as pessoas que trabalham para mim em segurança. Sou responsável pela vida deles – disse para os pais.
Ricardo levantou-se e dirigiu-se para a porta.
- Se me dão licença, vou tomar um banho.
- Ricardo meu filho! Peço-lhe que não volte a sair com Helena. Aliás, afaste-se dela, pelo nosso bem.
- Quando a mãe me der um bom motivo para o fazer, pondero a situação. Até lá, desculpe-me, mas a Helena é alguém que eu prezo muito.  
E saiu da sala fechando a porta atrás de si com alguma veemência.  
- Eu avisei-te – disse o marido.
- Eu é que sei José Luís! Não tens noção do perigo? Vou fazer tudo para os afastar.
- Acredito. Sempre foste uma mulher determinada. – ironizou. – Mas há batalhas impossíveis de travar. Sabes que o teu filho sempre foi determinado. Tanto como tu – atacou-a.  
Catarina nem se dignou olhar para o marido. Antevia o pior cenário: Ricardo apaixonado por Helena, algo que tinha que evitar a todo o custo. Desde que Helena começara a gravitar em torno de livros, que Ricardo lhe passou a dar atenção, o que durou até ele partir para África. Mas não ia tolerar esta aproximação. Nem por cima do seu cadáver, ou melhor, teriam que a matar para que os dois…enfim, nem queria pensar nisso. "

 Este é sem duvida o livro que mais prazer me deu a escrever. Disponivel em ebook e Papel na amazon. 



Destino, Paixão e Vingança.
Em 1941, Lisboa era uma cidade perigosa.

domingo, 29 de abril de 2018

A minha experiência com a Babelcube

imagem retirada da internet


Descobri a Babelcube num anuncio no Facebook há cerca de dois anos. Como todos os autores independentes, achei fantástica a oportunidade de poder traduzir os meus livros para outras línguas. Inscrevi-me no site, coloquei lá três dos meus livros e esperei que algum tradutor se mostrasse interessado. Demorou bastante tempo até que um dia fui contactada - quase de imediato - por vários tradutores que me mandavam um excerto dos livros traduzido para que eu aprovasse ou rejeitasse as traduções. 
Não domino bem nenhuma língua estrangeira, embora me desenrasque em inglês, espanhol, italiano e francês.  Como já tinha lido muitas criticas acerca das traduções deste site, tomei alguma cautela e pedi a amigos que dominam bem o inglês e o espanhol, para me avaliarem as traduções. 
E começaram os problemas. Tive que recusar a maioria. No entanto um dos meus livros "Jardins de Luar" foi traduzido para espanhol ( da Argentina) e a tradução pareceu-me muito boa, sendo essa também a opinião de um amigo que a avaliou. Até aqui tudo bem, mas, depois do livro traduzido, havia que submetê-lo na plataforma para que a Babelcube o disponibilizasse para os seus parceiros. 
Começaram de novo os problemas. 
Como era a primeira vez que colocava um livro traduzido na plataforma, não o consegui fazer e pensei que o erro era meu. Mandei email para a Babelcube e informaram-me que o tradutor tinha que validar a tradução. Entrei em contacto com o tradutor - sempre disponível e cordial- e ele disse-me que a Babelcube o tinha informado que o processo estava concluído da parte dele, desde que o acordo fora assinado. Depois de email para cá e para lá, mensagens com o tradutor, o problema persistia e era da plataforma, sendo impossível de resolver pela minha parte, ou do tradutor. E confesso que a plataforma não fez qualquer esforço para resolver o problema, que neste caso era de código. 
 Propus ao tradutor iniciar o processo de novo e submeter o livro outra vez - não havia outra forma - , mas creio que ele se cansou de tanta confusão, até porque as pessoas tem mais que fazer, e desistiu de me responder. Aguardei meses na esperança de resolver o problema, e depois de tudo tentar, recusei a tradução, ficando muito triste com a experiência, mas com um livro traduzido.  

Há uns meses outro tradutor, quis traduzir outro livro e aceitei. Prazos cumpridos, desta vez foi mais fácil concluir o processo, no entanto, quando o fiz, tinha consciência que a tradução estava muito má. Um amigo, professor de inglês fez uma leitura transversal e disse-me que não publicasse. Para testar a "seriedade" da plataforma, submeti o livro, e esperei. Ontem recebi um email da Babelcube a informar-me que o livro tinha sido recusado pela Barnes&Noble, Kobo e iTunes, por falta de qualidade da tradução. Não me surpreendeu e fiquei aliviada. Não queria colocar no mercado uma tradução má e até já tinha pensado submeter o livro em inglês para revisão e aprimoramento da tradução. 
Mas caros leitores o pesadelo não acabou. Hoje ao visitar a minha página de autor na amazon, dei com o livro publicado pela Babelcube. Estou furiosa, mas não posso fazer nada, a não ser esperar que a amazon suspenda o livro por má qualidade, no entanto, isso só acontecerá quando algum leitor se queixar da qualidade da tradução. 

Conclusão: acredito que existam experiências boas com esta plataforma - o conceito é bem pensado- mas nada nos garante a qualidade das traduções e, até agora despendi tempo e muita paciência a tentar colocar no mercado algo que não tem qualidade. Não desisto do site ainda, mas futuramente só aceito tradutores nativos da língua como o tradutor que traduziu Jardins de Luar.  Creio que a Babelcube deveria ser mais criteriosa com as traduções, uma vez que no contrato especifica que se reserva o direito que não publicar quando a qualidade for duvidosa. 

E esta é a minha experiência com a Babelcube. Qual é a vossa? Alguém já publicou um livro traduzido por este site, e que queira partilha aqui?

domingo, 24 de setembro de 2017

Jardines de La Luna



Disponible en breve en español na Amazon, Kobo, Barnes and Noble. 

Sinopsis de Jardines de la Luna

“Fines del siglo XVIII en Portugal, en la llanura alentejana. Isabel Rebelo, la segunda hija de un Señor de Mayorazgo, ingresa al convento por orden paterna para no tener que darle un dote. El derecho sucesorio a la herencia paterna incluye sólo al primogénito varón y a Isabel le queda solamente el convento. Cinco años más tarde, se niega a hacer los votos definitivos y la madre superiora le indica un lugar de maestra en una casa señorial, sin el consentimiento de su padre. Al llegar al solar se encuentra con un Conde aún joven que desborda una virilidad que la vuelve loca. Isabel comienza un juego de seducción y erotismo con Su Señoría, capaz de hacer enrubecer a la más depravada de las meretrices.
Pero ella tiene secretos que el Conde Manuel Alfonso de Barbosa desconoce y los problemas empiezan cuando el codicioso Señor de Mayorazgo, padre de Isabel, contrata a un gitano para encontrarla y extorsionar al Conde.
Cuando la pasión y la lujuria dan lugar al amor, sus vidas comienzan a unirse y el Conde tiene que tomar una decisión difícil para su vida. ¿Parte hacia Brasil con su sobrina para cuidar las haciendas y se arriesga a perder a Isabel para siempre o se queda y asume la pasión que lo consume, enfrentando los miedos que lo persiguen hace años?

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Como receber o dinheiro ganho na amazon


Para os autores independentes que querem publicar os seus livros na amazon,  pensar como receber o dinheiro das suas vendas pode ser um obstáculo. Mas não é! É até muito simples e prático.
 Quando efectua o seu registo nas plataformas de autopublicação da amazon ( Createspace, Kindle) é pedido um número de conta americano. Isto pode ser o primeiro embate para o autor, mas, como já disse, é muito simples abrir uma conta que lhe possibilite receber os seus royalties. É-lhe solicitado através da sua conta payonner que comprove a sua identidade. Basta digitalizar o seu documento de identificação - com o qual se inscreveu na amazon e na payonner- , e enviar por email para endereço de email que a payonner lhe indicar.
Pessoalmente uso a Payonner , e posso garantir que a experiência tem sido muito boa.
Abri conta no site da Payonner ( no link acima) e segui todos os passos que o site pede e em menos de três semanas, tinha o meu cartão MarterCard que funciona como multibanco também e, todos os meses, o dinheiro ganho com a venda dos livros nas várias lojas da amazon, é depositado sem qualquer falha. A amazon é muito certinha nos pagamentos e a Payonner pertence ao Banco da América e é também  seguro. Tenho usado o cartão em vários países e funciona sempre.


Se está a pensar publicar na amazon, antes de se inscrever abra uma conta na payonner e fica com o problema resolvido. A plataforma online da Payoneer é simples de usar, está em português e pode fazer pagamentos directamente com o cartão, ou levantar dinheiro nas caixas multibanco. Pode ainda fazer transferências para a sua conta no seu país.

O que é a Payoneer e porque é um sistema recomendado?

Payoneer é um servidor de pagamentos seguro e regulado nos EUA. Este serviço permite realizar transferências bancárias para quase todo o mundo, que cobra taxas muito baixas quando faz as transferências. 

Outro benefício da Payoneer em muito países é o facto de ser possível transferir dinheiro como se fosse um banco local. Ou seja, em 99% dos casos a taxa é consideravelmente baixa.

Porque tenho de enviar documentos de identificação à Payoneer?

O Payoneer tem, por lei, de saber a quem está a transferir os montantes. Normalmente conhecido em inglês por KYC (Know your customer), traduzido: “Conheça o seu cliente”. O objectivo deste regulamento é prevenir que empresas como o Payoneer ou bancos sejam usados por entidades criminais ou para fins de lavagem de dinheiro.

domingo, 11 de junho de 2017

28 atitudes típicas de alguém viciado em livros


Por mais que se vaticine o fim do livro físico, cada vez existem mais leitores deste formato. Pessoalmente sou adepta, fervorosa e viciada em livros, desde que tinha uns nove anos, mas ainda custo muito a ler o formato digital. Curiosamente, enquanto escritora, vendo mais ebooks do que livros físicos. Gostos à parte, existem uma série de pontos que todos os viciados em livros possuem. Vamos lá a perceber com quantos se identificam e, se conseguir enquadrar-se na maioria das atitudes, cuidado, que é um caso raro de dependência. Brincadeira! Ler é dos vícios mais saudáveis que existem e, às vezes não existe companhia melhor que um bom livro.
 Ora vamos lá enumerar as atitudes dos viciados:

  1. Possuir uma pilha de livros por ler e ainda comprar mais.
  2. Verificar quase diariamente os novos lançamentos.
  3. Entrar na livraria todas as semanas em busca de novidades. 
  4. Dormir com um livro à cabeceira.
  5. Transportar sempre consigo, um livro, por mais carregada(o) que esteja.
  6. Ler em qualquer lado mesmo em movimento - de carro, autocarro, avião, metro etc).
  7. Entrar na livraria para comprar um e sair com quatro. 
  8. Sair de casa com a pasta vazia e voltar com ela cheia de livros - tenho um amigo que faz isso diariamente -, por mais que jure que não volta a fazer esse gesto que arruína as suas finanças. 
  9.   Deixar de sair para uma festa de amigos para ficar a ler. 
  10. Cheirar livros! Sim, cheiro de livro é fantástico!
  11. Recomendar os seus autores favoritos para toda a gente e insistir que os leiam. 
  12. Recusar-se a emprestar livros, por receio que os estraguem. 
  13. Detestar as adaptações ao cinema ao ponto de não as ver quando estreiam. 
  14. Ficar com ressaca literária, depois de terminar de ler um livro. 
  15. Para além do livros que compra na livraria, semanalmente, ainda encomenda outros pela internet.
  16. Compra mais livros do que seria capaz de ler.
  17. Mesmo que não goste de um livro, não se desfaz dele. Sei lá, podia oferecer a alguém, que ao invés de si, goste da história. Gostos não se discutem - dizem!
  18. Fica irritado quando alguém não cuida de um livro ao ponto de dobrar folhas, em vez de usar marcadores.
  19. Tentar ver o que os outros estão a ler, quando se encontra em lugar publico. 
  20. Irritar-se quando alguém espreita para ver o que você está a ler.
  21. Usar capa de tecido para evitar que os outros vejam o que está a ler. 
  22. Ter uma cama ou sofá cama na biblioteca. 
  23. Fazer amigos por causa de livros.
  24. Ter muito orgulho nas suas estantes. 
  25. Sonhar em escrever um bestseller. Oh que tarefa difícil!!
  26. Julgar um livro pela capa antes de ler a sinopse. 
  27. Ler para fugir dos problemas. 
  28. Se pudesse vivia dentro de um livro. 
Se você se identificou com a maioria destas atitudes, então é um bibliófilo convicto. Parabéns e bem vindo ao clube! E não, não é doença. 
Até ao próximo post e boas leituras. 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

O que eu aprendi ao publicar na amazon, como autora independente

Quando comecei a pesquisar na internet formas de publicar livros sem me submeter à apreciação de uma editora que, provavelmente, nem me iria responder, encontrei várias plataformas de auto-publicação e, de todas, a amazon foi a que mais me agradou. No entanto, nem tudo foi fácil, até adquirir experiência suficiente para trabalhar com a plataforma – e na posse de todos os segredos –, para começar a vender livros. Publico livros na amazon desde 2013 e durante mais de dois anos, estudei afincadamente tudo que encontrei disponível na Web. Parte do que sei sobre autopublicação, aprendi com outros autores independentes, que não tem receio de partilhar o seu saber, desde autores ingleses, como Nick Stephenson, que partilhou vídeos no seu site sobre alguns truques para começar a vender, até aos vídeos da própria KDP. Acreditem que durante meses não vendi um único livro porque não sabia da importância de pormenores que fazem toda a diferença, tais como as palavras-chave, como se encontram e como devem ser utilizadas. Para quem está a começar, há pormenores que são fundamentais.

1. Escreva o livro sempre num Documento  Word, porque fica com a tarefa simplificada para publicação do ebook, precisando apenas de rever o tipo de letra, o tamanho e de tirar os números de página. Nunca se esqueça de inserir quebra de página, para que os capítulos não fiquem desformatados. Muitas vezes os leitores criticam a formatação do ebook, porque fica confuso de ler. Para converter o seu documento Word num ebook  basta usar o mesmo documento, a plataforma da Kindle, converte automaticamente o seu documento.


2. Formate o livro correctamente
A plataforma da( https://kdp.amazon.com) fornece uma ferramenta online completa para verificar a qualidade do ebook. Basta experimentar e corrigir até o seu livro estar com qualidade de formatação. Ainda não tem uma conta? Vá para Amazon Kindle Direct Publishing, criar uma conta.

3. Compre uma imagem para a capa
Não use imagens da internet com direitos de autor. Para além de poder vir a ter problemas, as imagens precisam de ter no mínimo 1200px por 1900px, senão perdem qualidade se pretender fazer uma versão impressa do seu livro. Costumo usar a Shutterstock, um banco de imagens pagas, mas com preços acessíveis e livre de direitos, inclusive os comerciais. Já usei também imagens do Pixabay, no entanto, como são gratuitas, torna-se difícil encontrar o que pretendemos, mas é sempre uma opção a considerar se não quiser gastar dinheiro.  


4. Criar capa
Criar a capa pode ser algo muito lúdico e simples. Pessoalmente uso o Canva.com que dispõe de templates formatados para livros Kindle e que se adaptam muito bem à capa do livro impresso, caso queira fazer uma cópia impressa. Aconselho a ter uma versão impressa e outra em ebook. Há quem não goste de ler em formato digital. No (Canva.com ) pode adicionar texto à imagem, escolher cores e tipo de letra. Quer misturar figuras como por exemplo colocar um fundo por detrás de uma figura em destaque? Experimente o Photoshop online, tem as ferramentas básicas de corte e esbatimento e é fácil de usar porque oferece tutoriais completos de explicação.

5. Crie a descrição do seu livro.
Observe outros livros que são top de vendas, como referência. Você quer atrair as pessoas para comprar o livro? Então adicione uma descrição que suscite a curiosidade no leitor. Não conte parte da história. Pode sempre modificar a descrição na plataforma se verificar que não funciona.

7. Escolha as categorias
Não sabe como fazer? Em primeiro lugar veja no site da amazon em que categorias estão inseridos os livros semelhantes aos seus. Não insira uma categoria de romance histórico se o seu livro é de auto- ajuda. A plataforma oferece muitas categorias à sua escolha e, mesmo que não encontre uma que se adapte ao seu livro, pode sempre propor à amazon que adicione uma. Já houve autores que o conseguiram. Veja o exemplo de categorias na imagem abaixo. 

Carregue na imagem para aumentar o tamanho. 

8. Escolha o preço
Escolha um preço razoável, nem demasiado baixo, nem demasiado alto. Seja humilde e justo na escolha do preço. Claro que o seu trabalho vale tanto como o de autores consagrados, mas para um escritor iniciante convém ser menos ambicioso. Aos poucos você conquista o seu público e adquire a qualidade suficiente para pedir mais pelos seus livros. Eu comecei com preços altos e depressa tive que baixar o preço. Hoje os meus livros andam entre os dez e os dezoito euros, isto porque a plataforma também define um montante mínimo e máximo para si. Nos ebooks coloco sempre o preço entre 2, 99 euros e 5 euros. Não se esqueça de seleccionar outros países. A plataforma faz o preço de forma automática para as treze lojas virtuais. Por ultimo salve e publique o seu livro.


9 – Crie uma página de autor
Crie uma página de autor no Facebook, no site da amazon, no Pinterest, no Twitter, no Youtube. Quem não existe nas redes sociais como autor, “não existe”. Acredite que por mais resistente que seja à exposição mediática, ela é necessária para singrar como autor independente.

10 - Crie um blogue
Um blogue ou site para divulgação do seu trabalho é fundamental. Pode usar o Wordpress. Com ou o Blogger. No blogue pode publicitar os seus livros e liga-los por meio de links, directamente ao site da amazon. Desde que coloquei os livros no blogue – como amostra de leitura – as minhas vendas aumentaram de forma significativa.

11- Não acredite em mitos

Se lhe disserem que lá porque escreve em português não vai vender, acredite que isso não é verdade. Existem milhares de portugueses e brasileiros espalhados pelo mundo e a amazon abrange grande parte do globo, logo as suas hipóteses de vender são altas. Já vendi livros para o Japão e decerto que não foi comprado por um japonês.

12 – Comentários nos seus livros

Não ceda à tentação de pedir a todos os seus amigos que têm conta na amazon que façam um comentário ao seu livro. A amazon tem uma política muito rigorosa em relação aos comentários e muitos deles não chegam a ser publicados, apesar de muitas passarem. Eles têm forma de perceber se há ligação entre as pessoas. Os comentários que vendem livros são os verdadeiros, aqueles que dizem (Compra verificada), esses sim são genuínos e acredite que os leitores já não se deixam enganar. Torna-se ridículo ver um livro no top de vendas sem que tenha vendido mais de dois livros, só porque tem dezenas de comentários.
 Quanto mais comentários o seu livro tiver e mais vender, mais sobe no ranking, mas não use manobras pouco honestas para o fazer, pode sair em descrédito. 
Também existem dezenas – senão centenas – de sites que oferecem avaliações a troco de dinheiro. A amazon já processou umas quantas por avaliações fraudulentas. No entanto, não existe mal nenhum em pedir uma avaliação honesta a um avaliador TOP da amazon, isto se conseguir chegar até eles. Se ele(a) estiver na disposição de ler o seu livro e gostar, pode ser um bom empurrão na sua carreira.



 Até ao próximo post. Em caso de duvidas deixem comentário que terei todo o prazer em responder. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O que não lhe contaram sobre o PINTEREST


 Usa o Pinterest como parte da sua plataforma de autor? Se não usa, passe a usar.

As pessoas tendem a pensar que o Pinterest e uma rede social só para procurar receitas e ideias de artesanato. Também é, mas quem o afirma nunca explorou as potencialidades do Pinterest.
 É um recurso surpreendente! Não cometa o mesmo erro de pensar que não tem utilidade para a sua plataforma de autor! Pessoalmente prefiro o Pinterest ao Facebook.

Já pesquisou LIVROS, ROMANCE, AUTORES, NOVELAS, LIVROS DE ROMANCE, no Pinterest? Não. Então faça-o e vai ficar surpreendido com a quantidade de capas de livros que vai encontrar, desde autores independentes a autores consagrados que publicam nas editoras convencionais.

Primeiro de tudo, o Pinterest não é apenas um canal de midia social/digital, embora muitas vezes seja visto apenas dessa forma.  
O  Pinterest é um motor de busca, onde o autor independente pode ser encontrado. Longe vai o tempo em que para ser indexado aos motores de busca as palavras chave tinham que ser inseridas de uma determinada forma, apenas conhecida por quem dominava as técnicas digitais. 
Agora imagine que tem à sua disposição um motor de busca que lhe oferece a possibilidade das pessoas tropeçarem nos seus livros, à medida que vai acrescentando álbuns à sua conta do Pinterest. É isso que o Pinterest lhe oferece.
Sim é verdade. Quando comecei a minha conta no Pinterest aumentei as minhas vendas de livros, quer em ebook quer em capa comum e só passado algum tempo percebi o quanto esta rede me ajudou.
Mas o que é que torna o Pinterest tão fantástico? O segredo está nos utilizadores. Ao contrário de outros canais sociais, as pessoas pesquisam no Pinterest com um propósito. Os utilizadores não usam o Pinterest para verem o que os seus seguidores publicam, como nas outras redes sociais, mas para pesquisar sobre algum assunto em concreto, como exemplo:
  • Receitas
  • Tutoriais sobre praticamente todos os temas
  •  Escrita criativa
  • Conselho de negócios
  • Conselhos de Marketing e, pasme...
  • Capas de livros
  • Livros
  • autores

Entendeu a ideia? As pessoas vão ao Pinterest para pesquisar informações sobre praticamente tudo. E de acordo com algumas pesquisas feitas pela própria rede, 93% dos utilizadores do Pinterest vão para a rede para planear compras sobre um determinado assunto, e uma enorme quantidade, cerca de 87% fizeram essa compra depois de encontrar no Pinterest. Então imagine a surpresa, essas estatísticas dizem respeito a livros!

Qual é o significado disso tudo? Isso significa que se  ainda não está no Pinterest para ajudar a construir a sua plataforma de autor, está realmente a perder uma ferramenta mais útil que o Facebook. Não acredita? Experimente.

Algumas formas de aproveitar o Pinterest com resultados
Aqui estão algumas formas como pode aproveitar o Pinterest, experimentadas por mim, neste ultimo ano. Lembre-se que, quantos mais pin's tiver mais probabilidades tem de ser encontrado. 

Construir várias imagens que encaixem os seus livros, personagens, posts do blog, e tudo o mais relacionado à sua escrita. Faça-o, numa conta no CANVA.COM, uma plataforma digital onde pode construir quase tudo que precisa para o seu blog ou site, capas de livros inclusive, de forma gratuita. Até hoje consegui fazer as minhas capas de graça ou com pouco dinheiro, isto porque optei por comprar algumas fotografias.

Perceba qual é o seu público-alvo e construa imagens em torno de conceitos que o público pode pesquisar.
Desenvolva uma estratégia de reafixação de Pin’s, que pode ser por exemplo criar novos álbuns com conteúdos idênticos ( livros, livros de romance, romance etc.)
Use as capas dos seus livros para reafixar os Pin’s.
Faça Pin através da amazon. Já reparou que a amazon tem o símbolo do Pinterest junto aos seus livros? Pois é, ele não está lá por acaso. Utilize-o!

Ajude outros autores e escritores através de tutoriais e conselhos, através do seu blog, e faça Pin’s com os seus artigos. 
O saber é para partilhar, não tenha receio de partilhar com outros autores aquilo que sabe, afinal, foi com eles que certamente aprendeu os segredos da auto-publicação, não vai perder leitores por causa disso. O saber que não é partilhado, não tem utilidade.