segunda-feira, 10 de novembro de 2014

APRESENTANDO ISABEL REBELO - JARDINS DE LUAR

(...)A rapariga era muito competente, educada, nem parecia uma plebeia, mas estava a dar-lhe cabo do juízo. Não podia envolver-se com uma serviçal, ainda que fosse culta e mestra na arte de ensinar a ler e a escrever. Lá em cima, no primeiro andar, uma luz acendeu-se e as portadas do quarto abriram-se. Escondeu-se na sombra debaixo da árvore e preparou-se para assistir ao que ele considerava o seu momento de deleite nocturno. Um espectáculo a que só ele tinha o direito de assistir como senhor da casa.
Primeiro o vestido; depois o espartilho; depois o corpete e os calções e finalmente as meias. Estava pronta para um banho de lua.
 Descobriu há vários dias, quando passeava pelo jardim pensando no que fazer da vida que a mestratinha um ritual nocturno secreto. (...)

APRESENTANDO ISABEL REBELO - JARDINS DE LUAR

(...)A rapariga era muito competente, educada, nem parecia uma plebeia, mas estava a dar-lhe cabo do juízo. Não podia envolver-se com uma serviçal, ainda que fosse culta e mestra na arte de ensinar a ler e a escrever. Lá em cima, no primeiro andar, uma luz acendeu-se e as portadas do quarto abriram-se. Escondeu-se na sombra debaixo da árvore e preparou-se para assistir ao que ele considerava o seu momento de deleite nocturno. Um espectáculo a que só ele tinha o direito de assistir como senhor da casa.
Primeiro o vestido; depois o espartilho; depois o corpete e os calções e finalmente as meias. Estava pronta para um banho de lua.
 Descobriu há vários dias, quando passeava pelo jardim pensando no que fazer da vida que a mestra tinha um ritual nocturno secreto. (...)

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Excerto de Jardins de Luar

A imagem foi retirada da internet e é meramente ilustrativa, nada tem a ver com o livro. 

(...)Entrou no quarto como um animal com o cio que é afastado à força da fêmea. Se pudesse dava gritos de desespero. O que é que aquela rapariga tinha que estava a dar-lhe cabo do juízo? Era culta, sabia manter uma conversa, um corpo que deixava qualquer homem maluco – até o cigano a cobiçara- e devia ser virgem pelo que deduziu do pedido da madre superiora. Rogou-lhe que a respeitasse porque a sorte dela com a família não tinha sido a melhor.
No Brasil conhecera algumas sinhazinhas filhas de fazendeiros, que seriam boas esposas, mas não conseguiu amar nenhuma. Queria casar com a mulher que amasse, algo que nunca confessara a ninguém. Os pais nunca se amaram e hoje, é com vergonha que assiste à vida dupla do pai que se deita com as escravas de casa quase na frente da mãe. Esse foi um dos motivos pelo qual se ofereceu para trazer Teresa para o continente. Não suportava a falta de respeito do pai pela mãe, para além do que lhe fizera há alguns anos.  
O fresco da noite esfriou-lhe a cabeça quando se sentou na varanda. Sentia vergonha do que fez há pouco, mas quando a sentia mais perto ou roçava um braço ou uma perna, ou mesmo uma mão nela, ficava atesoadoe, vê-la nua foi a gota de água. Restava-lhe olhar de longe e admirar aquela beleza simples mas cheia de vida. Isabel seria a mulher que escolhia se ela fosse da nobreza. Chegou a pensar que era alguma filha ilegítima de um nobre. A forma educada e culta com que se apresentava, enganavam qualquer um. A rapariga tinha um mistério a rodeá-la e desconfiava que a madre superiora tinha ocultado informação, quanto à sua proveniência. (...) 


Excerto de Jardins de Luar

A imagem foi retirada da internet e é meramente ilustrativa, nada tem a ver com o livro. 

(...)Entrou no quarto como um animal com o cio que é afastado à força da fêmea. Se pudesse dava gritos de desespero. O que é que aquela rapariga tinha que estava a dar-lhe cabo do juízo? Era culta, sabia manter uma conversa, um corpo que deixava qualquer homem maluco – até o cigano a cobiçara- e devia ser virgem pelo que deduziu do pedido da madre superiora. Rogou-lhe que a respeitasse porque a sorte dela com a família não tinha sido a melhor.
No Brasil conhecera algumas sinhazinhas filhas de fazendeiros, que seriam boas esposas, mas não conseguiu amar nenhuma. Queria casar com a mulher que amasse, algo que nunca confessara a ninguém. Os pais nunca se amaram e hoje, é com vergonha que assiste à vida dupla do pai que se deita com as escravas de casa quase na frente da mãe. Esse foi um dos motivos pelo qual se ofereceu para trazer Teresa para o continente. Não suportava a falta de respeito do pai pela mãe, para além do que lhe fizera há alguns anos.  
O fresco da noite esfriou-lhe a cabeça quando se sentou na varanda. Sentia vergonha do que fez há pouco, mas quando a sentia mais perto ou roçava um braço ou uma perna, ou mesmo uma mão nela, ficava atesoado e, vê-la nua foi a gota de água. Restava-lhe olhar de longe e admirar aquela beleza simples mas cheia de vida. Isabel seria a mulher que escolhia se ela fosse da nobreza. Chegou a pensar que era alguma filha ilegítima de um nobre. A forma educada e culta com que se apresentava, enganavam qualquer um. A rapariga tinha um mistério a rodeá-la e desconfiava que a madre superiora tinha ocultado informação, quanto à sua proveniência. (...) 


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Apresentando o cigano " Juan de Morel" do romance " Jardins de Luar"

Imagem retirada da internet

Apresentando o cigano " Juan de Morel" do romance " Jardins de Luar" 
(...)Juan de Morel reúne tanta beleza máscula como malvadez. O dia em que soube ser filho de um conde jurou vingar-se de todos os homens de posses. Não suportava a rejeição a partir desse dia e, tudo faria para se vingar de quem o desprezasse. 
- Então morgado! Passe para cá a bolsa com o dinheiro. Já esperei demais. 
- Primeiro a minha filha. – disse com a voz a tremer-lhe. 
A mentira era por demais evidente. Não trazia o dinheiro e também não estava muito preocupado com a filha. 
- Ora homem! Todos sabem que não quer saber da sua linda filha! Passe para cá. – e estendeu a mão à espera de receber o dinheiro.
O gesto do cigano pôs o morgado de sobreaviso. Aproximou a mão da pistola presa no cós das calças – tapada pela casaca de fazenda castanha- e, deu um passo atrás; as gotas de suor escorreram pela fronte com mais intensidade. Sentia os dedos a escorregarem uns nos outros e o medo fê-lo soltar alguma flatulência fruto do repasto da noite anterior. Esta bota dificilmente a descalçava com tanta facilidade como tinha feito com outros assuntos relacionados com a sua avareza.(...) 

A imagem é meramente ilustrativa e foi retirada da internet.

Apresentando o cigano " Juan de Morel" do romance " Jardins de Luar"

Imagem retirada da internet

Apresentando o cigano " Juan de Morel" do romance " Jardins de Luar" 
(...)Juan de Morel reúne tanta beleza máscula como malvadez. O dia em que soube ser filho de um conde jurou vingar-se de todos os homens de posses. Não suportava a rejeição a partir desse dia e, tudo faria para se vingar de quem o desprezasse. 
- Então morgado! Passe para cá a bolsa com o dinheiro. Já esperei demais. 
- Primeiro a minha filha. – disse com a voz a tremer-lhe. 
A mentira era por demais evidente. Não trazia o dinheiro e também não estava muito preocupado com a filha. 
- Ora homem! Todos sabem que não quer saber da sua linda filha! Passe para cá. – e estendeu a mão à espera de receber o dinheiro.
O gesto do cigano pôs o morgado de sobreaviso. Aproximou a mão da pistola presa no cós das calças – tapada pela casaca de fazenda castanha- e, deu um passo atrás; as gotas de suor escorreram pela fronte com mais intensidade. Sentia os dedos a escorregarem uns nos outros e o medo fê-lo soltar alguma flatulência fruto do repasto da noite anterior. Esta bota dificilmente a descalçava com tanta facilidade como tinha feito com outros assuntos relacionados com a sua avareza.(...) 

A imagem é meramente ilustrativa e foi retirada da internet.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"MEUS PAIS, MEUS ESPELHOS" GRÁTIS EM EBOOK NA AMAZON.BR NO DIA 30


Este é um livro vocacionado para pais de primeira viagem. Uma forma simples de abordar alguns aspectos do desenvolvimento emocional infantil, fundamental para um crescimento saudável. A autora está promovendo de forma gratuita, hoje, na amazon,br, em ebook. Aproveite!


"MEUS PAIS, MEUS ESPELHOS" GRÁTIS EM EBOOK NA AMAZON.BR NO DIA 30


Este é um livro vocacionado para pais de primeira viagem. Uma forma simples de abordar alguns aspectos do desenvolvimento emocional infantil, fundamental para um crescimento saudável. A autora está promovendo de forma gratuita, hoje, na amazon,br, em ebook. Aproveite!


sábado, 25 de outubro de 2014

Escrita criativa - ideias e temas.

Os romances têm inícios breves e os enredos não saltam para a mente completamente delineados. Para despoletar a imaginação é necessário ter uma ideia que garanta uma história possível de desenvolver. Vou dar como exemplo, uma ideia que me surgiu ontem. Por associação de pensamentos sobre um determinado caso, achei que determinado personagem, teria consistência para desenvolver mais uma história de vida, que descrevesse as emoções e a forma como cada um se organiza perante a vida e os desafios que ela lhe coloca. Peguei no meu caderninho - que me acompanha sempre - e, delineei o tema, as duas personagens principais e a ideia do que queria transmitir. Nada me surgiu por acaso, foi baseado em algo que ouvi e, achei que podia dar um romance. Ficou registado para projectos futuros. 

Este processo de escolha de temas ou ideias é completamente subjectivo: o que prende a atenção de uma pessoa, pode deixar a outra completamente indiferente. Dou o exemplo dos dois romances que publiquei neste ano. O primeiro, "Gabrielle", é baseado numa história de vida e no meu entender, algo de desperta a atenção das pessoas. Apesar de ter mais avaliações positivas, não têm tido a mesma procura que o outro. Porquê? Porque leva a pensamentos mais profundos e dolorosos, porque é um drama e porque fala de uma criança. O outro " Brincos de Princesa", mais leve, contemporâneo, cujo acção começa no Dubai, é muito mais procurado e as vendas são o triplo do primeiro. Portanto, as escolhas de temas e o processo de seleção é pessoal, depende dos interessas de cada um. 

PRIMEIRAS IDEIAS
A maioria das ideais vêm de muitas fontes e revelam-se ao autor na sua vida quotidiana, na rua, no centro comercial, na praia, em viagem - o meu caso- , nas diversas profissões que os autores possam ter para além da escrita...eis algumas das fontes mais vulgares das primeiras ideias:

Relações humanas - as pessoas têm que viver umas com as outras e este facto pode trazer uma panóplia de situações causadoras de stress entre os membros de uma familia, vizinhos, amigos, casais, filhos...Os diferentes modos de vida, personalidades e educações diferentes, gostos, ambições, aversões, doenças, desamores, convições religiosas, diferenças culturais, tudo serve para criar uma ideias. O conflito e a agressividade fazem parte da natureza humana e, no romance dá uma possibilidade a tender par o infinito na criação de personagens.  

Conversas ouvidas por acaso - fragmentos de conversas, escutar às portas abertas por descuido, fragmentos de conversas apanhadas na rua, no autocarro, artigos de opinião...tudo serve, dependendo do autor. 

Acontecimentos da vida real - as noticias dos jornais são uma boa fonte de informação para quem gosta de escrever sobre casos reais, crimes, incesto, roubos, tudo, transformado devidamente pode dar uma boa história. 

Experiências pessoais - todos os escritores, escrevem sobre o que conhecem, ou seja, sobre as suas experiências. Quando lemos um livro estamos a encontrar-os, de alguma forma, com o escritor. É impossível escrever sobre o que não é conhecido. Pode-se ( e deve-se) fazer pesquisa, mas se não existir conhecimento sobre a vida é impossível escrever sobre a matéria. 

Acontecimentos do passado - há sempre qualquer coisa que vem do passado, do próprio ou do outro e que pode ser projectado na actualidade. Ninguém pode escapar às influencias do passado, foi ele que possibilitou a chegada ao presente e, à sua sombra, chegará ao futuro. Outro passado que têm sido matéria de muitos romances é o passado histórico. Vidas de nobres e reis romanceadas tem dados excelentes livros. O meu ultimo livro " Jardins de Luar" é baseado num passado histórico de passagem de tradição oral - histórias, lendas e costumes, que ouvi  falar aos meus avós - ao qual acrescentei um par romântico, mas na realidade fala duma época da vida do Alentejo em que ainda existem traços na biologia humana, nas populações actuais. Estou a falar no cruzamento de brancos do alentejo com escravos negros. 

Lugares - as paisagens, os bosques, os rios, os jardins e, principalmente as casas transportam-nos muito para além do que os olhos vêem. Pessoalmente recolho muita informação em passeios e viagens que faço pelo mundo. 

Fonte ( Guia técnico de Escrita Criativa de Isabel Lambot) 

Escrita criativa - ideias e temas.

Os romances têm inícios breves e os enredos não saltam para a mente completamente delineados. Para despoletar a imaginação é necessário ter uma ideia que garanta uma história possível de desenvolver. Vou dar como exemplo, uma ideia que me surgiu ontem. Por associação de pensamentos sobre um determinado caso, achei que determinado personagem, teria consistência para desenvolver mais uma história de vida, que descrevesse as emoções e a forma como cada um se organiza perante a vida e os desafios que ela lhe coloca. Peguei no meu caderninho - que me acompanha sempre - e, delineei o tema, as duas personagens principais e a ideia do que queria transmitir. Nada me surgiu por acaso, foi baseado em algo que ouvi e, achei que podia dar um romance. Ficou registado para projectos futuros. 

Este processo de escolha de temas ou ideias é completamente subjectivo: o que prende a atenção de uma pessoa, pode deixar a outra completamente indiferente. Dou o exemplo dos dois romances que publiquei neste ano. O primeiro, "Gabrielle", é baseado numa história de vida e no meu entender, algo de desperta a atenção das pessoas. Apesar de ter mais avaliações positivas, não têm tido a mesma procura que o outro. Porquê? Porque leva a pensamentos mais profundos e dolorosos, porque é um drama e porque fala de uma criança. O outro " Brincos de Princesa", mais leve, contemporâneo, cujo acção começa no Dubai, é muito mais procurado e as vendas são o triplo do primeiro. Portanto, as escolhas de temas e o processo de seleção é pessoal, depende dos interessas de cada um. 

PRIMEIRAS IDEIAS
A maioria das ideais vêm de muitas fontes e revelam-se ao autor na sua vida quotidiana, na rua, no centro comercial, na praia, em viagem - o meu caso- , nas diversas profissões que os autores possam ter para além da escrita...eis algumas das fontes mais vulgares das primeiras ideias:

Relações humanas - as pessoas têm que viver umas com as outras e este facto pode trazer uma panóplia de situações causadoras de stress entre os membros de uma familia, vizinhos, amigos, casais, filhos...Os diferentes modos de vida, personalidades e educações diferentes, gostos, ambições, aversões, doenças, desamores, convições religiosas, diferenças culturais, tudo serve para criar uma ideias. O conflito e a agressividade fazem parte da natureza humana e, no romance dá uma possibilidade a tender par o infinito na criação de personagens.  

Conversas ouvidas por acaso - fragmentos de conversas, escutar às portas abertas por descuido, fragmentos de conversas apanhadas na rua, no autocarro, artigos de opinião...tudo serve, dependendo do autor. 

Acontecimentos da vida real - as noticias dos jornais são uma boa fonte de informação para quem gosta de escrever sobre casos reais, crimes, incesto, roubos, tudo, transformado devidamente pode dar uma boa história. 

Experiências pessoais - todos os escritores, escrevem sobre o que conhecem, ou seja, sobre as suas experiências. Quando lemos um livro estamos a encontrar-os, de alguma forma, com o escritor. É impossível escrever sobre o que não é conhecido. Pode-se ( e deve-se) fazer pesquisa, mas se não existir conhecimento sobre a vida é impossível escrever sobre a matéria. 

Acontecimentos do passado - há sempre qualquer coisa que vem do passado, do próprio ou do outro e que pode ser projectado na actualidade. Ninguém pode escapar às influencias do passado, foi ele que possibilitou a chegada ao presente e, à sua sombra, chegará ao futuro. Outro passado que têm sido matéria de muitos romances é o passado histórico. Vidas de nobres e reis romanceadas tem dados excelentes livros. O meu ultimo livro " Jardins de Luar" é baseado num passado histórico de passagem de tradição oral - histórias, lendas e costumes, que ouvi  falar aos meus avós - ao qual acrescentei um par romântico, mas na realidade fala duma época da vida do Alentejo em que ainda existem traços na biologia humana, nas populações actuais. Estou a falar no cruzamento de brancos do alentejo com escravos negros. 

Lugares - as paisagens, os bosques, os rios, os jardins e, principalmente as casas transportam-nos muito para além do que os olhos vêem. Pessoalmente recolho muita informação em passeios e viagens que faço pelo mundo. 

Fonte ( Guia técnico de Escrita Criativa de Isabel Lambot) 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

JARDINS DE LUAR

Sinopse


Isabel, segunda filha de um morgado avarento, entra num convento nos finais do século XVIII. O direito sucessório comtempla apenas o primogénito e o pai não lhe quer dar um dote para ela poder casar. Sem a mínima vocação para a vida religiosa recusa-se a fazer os votos definitivos que a confinariam para sempre ao convento e, ajudada pela madre superiora, vai servir no solar de um conde, dono de uma vastíssima região.
Depara-se com um homem jovem, solteiro, sensual e com uma aura de masculinidade que a deixa louca, sobretudo nas noites de luar. Um jogo de sedução inicia-se nos serões longos do mês de Agosto. Pobre, indefesa e longe de casa descobre a paixão pela primeira vez.
Mas, os dois têm segredos escondidos que conduzem a um desenrolar de acontecimentos que trazem sofrimento, desencontros e decisões difíceis de tomar.

Uma história de amor, situada num período histórico conturbado para a nobreza portuguesa, que opta, algum tempo mais tarde por mudar a corte para o Brasil para fugir às invasões francesas.

JARDINS DE LUAR

Sinopse


Isabel, segunda filha de um morgado avarento, entra num convento nos finais do século XVIII. O direito sucessório comtempla apenas o primogénito e o pai não lhe quer dar um dote para ela poder casar. Sem a mínima vocação para a vida religiosa recusa-se a fazer os votos definitivos que a confinariam para sempre ao convento e, ajudada pela madre superiora, vai servir no solar de um conde, dono de uma vastíssima região.
Depara-se com um homem jovem, solteiro, sensual e com uma aura de masculinidade que a deixa louca, sobretudo nas noites de luar. Um jogo de sedução inicia-se nos serões longos do mês de Agosto. Pobre, indefesa e longe de casa descobre a paixão pela primeira vez.
Mas, os dois têm segredos escondidos que conduzem a um desenrolar de acontecimentos que trazem sofrimento, desencontros e decisões difíceis de tomar.

Uma história de amor, situada num período histórico conturbado para a nobreza portuguesa, que opta, algum tempo mais tarde por mudar a corte para o Brasil para fugir às invasões francesas.