A
revolução digital veio para ficar, e a auto-publicação também, possibilitando a
milhares de escritores pelo mundo fora realizarem o seu sonho. O fenómeno do
e-publishing, ou "auto-publicação" ganha diariamente novos adeptos e
existem muitos casos de sucesso que dispensam as editoras convencionais. Muitos
escritores desistiram de enviar manuscritos para editoras sem obter qualquer
resposta, ou em muitos casos serem convidados a comprar os próprios livros para
depois ficarem entregues a si próprios na publicidade venda. Com a evolução da
era digital, o filão da "ficção digital", até então refúgio de
escritores iniciantes e amadores que escrevem exclusivamente para a internet,
começa a atrair autores consagrados e com uma longa história de publicação em
editoras convencionais. A globalização, ao nível da publicação digital, tem
possibilitado que escritores iniciantes vendam os seus livros ao lado de
autores que já venderam milhões de livros, como Nicolas Sparks, Lesley Pearse,
Ken Follet entre muitos outros.
Nos
EUA, a escritora amadora Amanda Hocking, de 27 anos, chegou à marca de 1,5
milhão de e-books vendidos no site da Amazon. o que levou Amanda a vender os
seus livros na internet foi a rejeição das editoras convencionais. Há dois anos
sem dinheiro, e decepcionada com as respostas negativas aos seus livros de
monstros e vampiros, Amanda pegou numa das suas obras e a colocou à venda na
Amazon, chegando à marca de 150 mil exemplares em apenas seis semanas.
Há
sempre vozes dissonantes em relação à publicação em formato digital, no entanto
creio que esse processo ainda não enfraqueceu as vendas em papel. As editoras
que possibilitam ao autor independente, publicar em ebook , também publicam em
papel, sob demanda, ou seja, o livro só é impresso quando a encomenda é feita.
Quer isso dizer que quem gosta de sentir um livro em papel – eu ainda não
dispenso o livro em papel, embora venda mais ebooks – pode escolher entre os
dois formatos.
Outros
problemas têm-se colocado ainda em relação aos autores independentes,
relacionados com as críticas sob a qualidade do autor independente, por não
existir um crivo (revisor, editor… ) que aprecie esse trabalho. Quanto a isso
podem ficar descansados pois o que não presta não vende e tem críticas
negativas. O autor independente vive muito da apreciação que os leitores deixam
nos sites de venda, e podem acreditar que são extremamente verdadeiros sob o
que leram, não hesitando em deixar críticas negativas se não gostarem, afinal o
leitor pagou pelo livro; o que não acontece com os autores convencionais, pois
a não ser que algum crítico literário faça uma apreciação, ninguém sabe o que
pensam daquela obra em particular, senão ao fim de algum tempo.
Em
meio aos prós e contras desse negócio, não se pode negar a mudança nos hábitos
de leitura e escrita que ele representa. O florescimento das publicações
on-line pode ser um caminho possível diante das restrições de mercado e da
recusa em as editoras apostarem em novos autores. Se tem um livro escrito e
acha que tem qualidade para publicar, as hipóteses são imensas, e basta fazer
uma pesquisa na internet que descobre várias plataformas onde pode publicar de
graça. Pode publicar na amazon (com várias lojas pelo mundo) e pode
inscrever-se de forma gratuita na Createspace.com, em inglês
mas com a ajuda do Google tradutor é fácil de usar, e tem uma possibilidade
muito interessante de publicar em papel, ou na Kindle (também da amazon) também
muito fácil de usar. Se publicar na Createspace quando colocar o seu livro em
papel, o sistema converte-o automaticamente para ebook com vista a publicar na
Kindle. A minha experiencia com a amazon tem sido muito positiva.
Existe
ainda a Kobo.com, a Google Play, a Bubok em Portugal (vou iniciar a minha
publicação nesta plataforma portuguesa) a Lulu.com, e muitas outras grátis.
Claro que todas elas têm serviços editoriais que o escritor usa se quiser. Se
souber ou tiver quem lhe faça as capas, sempre o mais complicado (pessoalmente
criei um estilo de capa com a ajuda de um designer) não precisa contratar os
serviços das plataformas. Noutro post iremos falar sobre o processo de
publicação detalhadamente.