quinta-feira, 26 de março de 2020

A MULHER DO OFICIAL NAZI de Edith Hahn Beer ( OPINIÃO)



SINOPSE
Aqueles que não testemunharam do Holocausto, às vezes, têm dificuldade em perceber o quão profundamente isso afetou a vida na Europa durante os decénios de 30 e 40 do século XX. À medida que a Alemanha nazi estendia os tentáculos a todo o continente, populações inteiras foram despojadas, deslocadas e destruídas.

Edith Hahn Beer levava uma vida normal em Viena, no seio de uma família judia. Fora uma adolescente popular e tornara-se uma estudante de Direito extremamente bem-sucedida. Estava envolvida nos grandes debates políticos da época. Estava apaixonada. O seu futuro desenrolava-se à sua frente como uma passadeira vermelha. E, de repente, tudo terminou. Quando Hitler invadiu a Áustria em 1938, Edith ficou sem futuro.

No coração da Alemanha nazi, escondendo a sua identidade em casa e no trabalho, Edith viveu com o medo constante de ser descoberta. Foi ali que conheceu Werner - destacado membro do Partido Nazi -, que se apaixonou por ela e a pediu em casamento, mantendo a sua identidade em segredo. A filha de ambos viria a ser considerada a única judia a nascer num hospital do Reich em 1944.

Opinião
Nunca me canso de ler histórias sobre a segunda guerra e o holocausto. Este livro, narrado pela autora, trata-se de uma descrição das vivências de uma judia que conseguiu sobreviver ao holocausto fazendo-se passar por ariana. 


Quando as tropas de Hitler invadiram e anexaram a Áustria, Edith, como milhares de Judeus de Viena foram obrigados a fugir ( os que conseguiram), outros foram enviados para campos de concentração e Edith foi mais engenhosa e conseguiu sobreviver graças à conivência de um oficial nazi, com quem casou e teve uma filha.


A  história de vida é realmente assombrosa quer pela coragem que Edith teve, quer pela forma como conseguiu viver entre os alemães sem que eles desconfiassem da sua origem. Quem está à espera de um romance épico, poderá ficar desiludido. pois o livro é apenas um testemunho de uma sobrevivente do nazismo. Este testemunho demonstra que nem todos os nazis eram maus, e que para sobreviverem  os alemães tiveram que se alistar no partido nazi, e que este período da história mundial está longe de esgotar o tema. Vale a pena conhecer a história de Edith. 


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