domingo, 5 de janeiro de 2020

Auschwitz e Birkenau - visita em Dezembro de 2019


Birkenau - A imensa linha de comboio que começava no pórtico a mais ou menos 700 metros, e terminava nas câmaras de extermínio, à esquerda e à direita da linha. 

 Memorial em espanhol ao fundo do campo de Birkenau

 Auschwitz 
Birkenau - Uma torre de vigia da época

Auschwitz - fornos crematórios

Latas de Zyklon B o gás utilizado para assassinar as pessoas.

Bom Ano a todos que passam por aqui. Como sabem, voltei a visitar o campo de concentração de Auschwitz- Birkenau, acompanhando um casal amigo. Já tenho partilhado com algumas pessoas e amigos que já tinham visitado este campo que quando terminou a visita a minha primeira expressão foi " nunca mais quero voltar aqui". Creio que a experiência é comum a quem já passou por lá, pois já a ouvi muitas vezes. Na primeira vez ( verão de 2018) em Julho, o facto de estar algum calor atenuou um pouco a experiência em Birkenau, uma vez que o campo verde onde assentam as imensas casernas ou camaratas que resistiram  aos anos, dá uma sensação estranha, de horror, muito horror, mas atenuada pelo verdejar das ervas rasteiras que por ali grassam e da floresta que serve de limite ao campo muito verde em Julho.
 Em Dezembro, e sendo a segunda vez, assim que pisei os degraus do primeiro pavilhão em Auschwitz, pensei em voltar para trás. Creio que andei sempre de lágrimas nos olhos, tal como na primeira vez em que visitei o museu. É impossível ficar indiferente ao que nos é apresentado no museu. Centenas de fotografias de pessoas que ali pereceram nas câmaras de gás, cabelo humano que cobre uns metros quadrados de um dos pavilhões, utensílios de cozinha aos milhares, óculos e próteses, um tapete feito de pele humana e cabelo ( como é possível alguém ser tão cruel?!) , centenas de documentos alguns que comprovam como as pessoas foram enganadas pensando que iam trabalhar, fotografias do desembarque nos comboios em Birkenau...tantos actos de horror que ali se passaram e que só vendo dá para perceber um pouco que seja, o que ali se passou há pouco tempo. Que fique na memória de todos e que não volte a repetir-se.

Testemunho de uma sobrevivente

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