segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Entrevista concedida a Eldes Saullo - Livros que vendem
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Eldes Saullo - Como escrever histórias de amor que vendem
Um dos meus maiores dilemas quando comecei a escrever, foi encontrar obras que facilitassem ou pelo menos apresentassem a informação sistematizada. Tudo o que encontrava eram tratados aborrecidos e que faziam querer que a profissão de escritor era apenas para quem cursasse letras ou fosse um génio que apresentasse algo inovador, genial mesmo, algo que fosse diferente do que os outros escrevem. Um "colega" chegou mesmo a dizer-me, acerca do meu género literário que "andam todos a escrever o mesmo" como se fosse algo menos nobre, ou se o mesmo género literário implicasse copiar outros. Escritores geniais há poucos e dentro do mesmo género há milhares a escrever. Importa você escrever no género que gosta e com amor, há leitores para todos e não abona em nada ao escritor denegrir a imagem de outros. Literatura é literatura, com géneros diferentes e já li desde Henry Miller ( que escândalo! ) até Stendhal, Eça, Pessoa, Jorge Amado...etc, etc, etc. Adorei todos.
Hoje venho apresentar-vos um livro que me ajudou bastante a valorizar o meu trabalho e a ficar com ideias mais claras acerca do caminho a tomar na escrita de um romance. Este livro do autor Eldes Saullo, tem a informação necessária, bem explicada de forma clara e que pode ajudar muito os principiantes na escrita de romances. Sempre gostei de escrever, mas achava que me faltavam ferramentas para o poder fazer e, há três anos fiz um curso de escrita criativa. No final do curso pensei que me faltavam ainda muitas respostas e fiz uma pesquisa de livros que me pudessem ajudar. Encontrei poucos em português e há pouco tempo descobri este, de Eldes Saullo na amazon. Recomendo vivamente a quem tem aspirações a escritor. Nele você pode descobrir como ter ideias originais para escrever um romance, como construir protagonistas e antagonistas de forma convincente, como escrever um livro repleto de tensão romântica, entre outros assuntos muito relevantes.
sábado, 24 de outubro de 2015
Carina Souza, uma promessa na literatura brasileira.
Entrevista a Carina Souza
Conheci (via Web) a escritora Carina Sousa, Cacall na Wattpad, que me convidou para pertencer a um grupo de escritoras do Wattpad no Facebook. Mesmo sem a conhecer pessoalmente reconheço na Carina talento, modéstia e generosidade, para além de perceber nela uma grande dedicação às amizades. Um oceano separa-nos mas a escrita uniu-nos mesmo à distância.
Escreve por amor e com amor, como eu, e hoje deixo-vos aqui uma entrevista que ela teve a amabilidade de conceder ao LIVROS DE ROMANCE.
·
Quem é a escritora Carina Souza? Fale-nos um
pouco de você.
Alguém que como
tantas outras se apaixonou pelos livros ainda muito cedo.
Sou mãe, esposa,
trabalho em uma grande rede de ensino brasileira e tento conciliar meu tempo
com a escrita. Apaixonada pelo mar e muito e eclética quando se trata do que
colocar na minha biblioteca. Amo vários gêneros e autores.
·
Como surgiu a motivação para a escrita?
Bom, eu já tinha
algumas “coisas” guardadas. Mostrava para os amigos, mas sempre achei que
publicar ou mostrar nas redes era muita pretensão. Ai conheci o Wattpad e
comecei a ler os livros postados lá. Depois pensei... Se tem tanta gente aqui
compartilhando suas idéias, acho que também posso. Mas foi tudo sem nenhuma
pretensão, tudo na base da brincadeira.
·
Quantos livros já escreveu?
Quatro livros,
mas muitas idéias.
·
Qual dos seus livros você gosta mais?
Reflexo é meubebê por ter sido o primeiro, mas o atual Descubra Meus segredos tem todo o meu
amor!
·
Como lhe surgem os temas para as suas estórias.
Poderia dizer
que vem de todas as minhas leituras, de situações do dia-a-dia e de situações
que fantasiamos, de como queriamos que as coisas acontecessem se pudemos
controlar o destino. É uma junção de tudo isso.
·
Já concorreu a algum concurso literário?
Nunca tive
confiança suficiente pra me aventurar. (Essa é uma confissão).
·
Já publicou em alguma editora convencional? Onde
publica actualmente?
Já sim, o
primeiro, Reflexo do amor. Publicado pela editora Bezz. Lá que publico
atualmente.
·
O que pensa acerca da auto-publicação?
Sou totalmente a
favor e tenho projetos nesse sentido. O que você tem que ter em mente sobre a
auto-publicação é que ela exige um comprometimento com divulgação e parcerias
que realmente são necessárias se quiser obter êxito indo por esse caminho.
·
O que aconselharia aos autores que estão a
começar no mundo da literatura.
Que não desistam
na primeira crítica, que persistência e coragem é fundamental para se aventurar
no mundo da escrita. Você amadurece suas ideias, revê conceitos e com isso se
torna um escritor melhor.
A tendência é
sempre ficar mais exigente e perfeccionista com cada livro escrito, isso não é
ruim. É consequência da sua evolução. Boa sorte a todos!
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
O Homem do Deserto
Este livro tem superado todas as minhas expectativas. Quando o escrevi não pensei que fosse tanta aceitação, mas no entanto tem estado sempre entre os primeiros mais vendidos nas categorias de Ficção e Literatura e Acção e Aventura. O personagem masculino já foi descrito como "O Anjo do Deserto", por uma leitora. O livro é um romance que toca outros generosos e com cenários exóticos. Obrigado a quem tem contribuído para a classificação do livro.
sábado, 17 de outubro de 2015
O fim das avaliações fraudulentas na amazon
Depois de vinte anos sem qualquer controlo nas avaliações dos produtos vendidos na amazon, no inicio do ano a empresa resolveu por um fim nas avaliações fraudulentas de produtos que obtinham cinco estrelas sem nunca terem sido comprados os experimentados pelas pessoas que os avaliavam e processar judicialmente quatro sites que supostamente "vendiam" avaliações, um negócio que abrangia mais de 1400 pessoas.
Neste caso vou apenas falar sobre a avaliação ( reviews) de livros dos autores independentes que publicam na amazon.
É certo que um livro que não tem avaliação perde vendas, leituras, e desce no ranking, perante outro que tenha avaliações, mas, se formos verificar os livros que tem muitas avaliações, poucos são comprados ( diz compra verificada), são avaliações de amigos, conhecidos, familiares, fãs entre outros que leram o livro noutro lado, ou nunca o leram, portanto são avaliações consideradas pela amazon como falsas. Nos fóruns já li queixas de escritores independentes de que as suas avaliações não aparecem no site da amazon. O motivo é esse: a amazon ( desde o inicio de 2015) passou a cruzar dados e a verificar se existe compra, ou se a pessoa que avalia têm alguma relação com o escritor.
Pessoalmente já avaliei na amazon alguns livros que li no Wattpad e também já tive uma ou outra avaliação dessa forma, mas neste momento já não é permitido. Apenas podem avaliar os livros as pessoas que compram e as que leram o livro emprestado.
É justo que a amazon implemente essa politica de avaliação?
Na minha opinião é. Promove a credibilidade do autor e não deixa que sejam valorizados uns em detrimento de outros, todos os autores, independentes ou não, são avaliados da mesma forma o que permite que autores independentes e autores consagrados estejam no mesmo ranking nas diversas categorias.
É muito difícil obter uma avaliação, dizem muitos autores. É verdade. Apenas 1% dos leitores avaliam o livro que compram. Arranje estratégias para apelar aos seus leitores que avaliem o seu livro, introduzindo por exemplo, um pedido ao leitor no fim do livro, uma carta apelando à utilidade da avaliação e dos votos e espere pela boa vontade dos seus leitores.
Para finalizar deixo um alerta: não confiem muito em sites que dizem promover o seu livro a troco de dinheiro e angariam revisões. Já caí numa esparrela dessas e não vi qualquer resultado. São esquemas fraudulentos para sacar dinheiro a autores desesperados por serem conhecidos. A melhor forma de ser conhecido ( mesmo como autor independente) é escrever outro livro, e outro, e outro...os leitores que gostaram vão sempre em busca dos seus livros.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Gonçalo Coelho: o escritor e o homem por detrás do "Milagre de Yousef"
O escritor Gonçalo Coelho é daquelas pessoas que se simpatiza
facilmente mesmo sem o conhecermos pessoalmente. Comecei a ler um dos seus
livros “O Milagre de Yousef”, penso que já lá vai quase um ano, e foi com agrado
que me deparei com um livro muito bem fundamentado e escrito e que considero um
documento valioso para além de ter uma parte romanceada que me apaixonou
bastante. Poderia dizer mil e uma coisas sobre os livros do autor, porque os
li, mas achei que seria bom apresentar o homem e o escritor por detrás dos livros. Fiz um
convite ao Gonçalo para que nos falasse dele ao qual acedeu prontamente.
Quem é o Gonçalo Coelho? Fala-nos um pouco de ti.
Gonçalo
Coelho é a maior parte do tempo um cidadão comum e pacato que mora em Berlim
Leste, pai de uma linda filha de três anos, casado e trabalha na gestão da
qualidade num dos mais conceituados fabricantes automóveis do mundo. De vez em
quando, pela calada da noite, dá-se então a metamorfose... surge o Gonçalo
Coelho escritor. Alimenta-se dos retalhos do seu passado e, em particular, dos
locais onde viveu (Portugal, Inglaterra, Brasil, Alemanha), as pessoas que
conheceu e aquilo que lá viveu. Um dos seus habitats prediletos é o tema da
diversidade cultural que acha que anda a ser tão mal tratado por esse mundo
fora. Em vez de ser abordado para criar pontes, é antes abordado para desenhar
fronteiras, um meio de dividir pessoas e povos através da identificação das
suas diferenças. Permitam-me a seguinte citação do meu livro “O Milagre deYousef” que ajudará a conhecer melhor o que penso:
“Vista dos céus a
Terra parece toda envolta num interminável marasmo. Seguiu-se a paisagem do
Irão. É claro que vista do céu a Terra também não tem fronteiras, o que talvez
seja indicativo de que a Terra aos olhos de Deus, ou de Alá, palavras que
significam igualmente o Deus único supremo em línguas diferentes, nunca teve
fronteiras, que essa terá sido pura invenção do homem, uma linha divisória
entre homens que Deus nunca pretendeu mas que terá, por qualquer razão,
permitido. Heresia, dirão alguns. Mas será que a existência de fronteiras,
enquanto linhas que separam os homens, não é ela própria heresia? Não
deveríamos ser todos irmãos? Tanto mais que a ideia de fronteira está ela
própria, desde sempre, intimamente ligada à guerra. Não houvesse entre os
homens a ideia de fronteiras terrestres entre grupos de homens que se creem
mais irmãos entre si do que com os outros do lado de lá da linha divisória e
quem sabe não haveria nem um décimo das guerras que houve ao longo da História
Universal. Mas aí está, inexorável, a fronteira. A linha que diz: deste lado
mando eu, do outro mandas tu. Deste lado és nacional do outro és estrangeiro.”
Como começaste a escrever e de onde te surgiu
essa vontade?
A primeira vez que me recordo de sentir prazer na criação de
um texto foi num dos últimos anos do liceu. Foi um texto sobre Camões e a
professora leu-o à turma, classificando-o como um dos melhores daquele conjunto
de resultados dos trabalho de casa.
No décimo segundo ano houve um outro fator de que nunca mais
me esqueci e que me motivou muito a escrever. Depois de uma professora fabulosa
no décimo e décimo primeiro, tive uma professora no décimo segundo que embirrou
comigo desde o primeiro segundo em que me pôs os olhos em cima. Desci de 16 em
20 automaticamente para uma nota, por vezes, negativa sem nunca compreender
porquê. No final do ano, porém, nas provas específicas, tirei 19 em 20, a melhor
nota do liceu. Devo adicionar que as provas específicas eram anónimas, de modo
que os professores não sabiam de quem era o teste que estavam a corrigir.
Depois disso fui estudar Engenharia Mecânica para a Universidade de Sussex em
Inglaterra. Nunca mais vi essa professora até hoje.
Quantos livros já escreveste?
Três. O primeiro foi editado por uma chamada editora
convencional. Publiquei num blogue e fui convidado a publicar na editora. Não
recebi um tostão de direitos de autor, apesar de ter visto num relatório de
vendas que nos primeiros seis meses se venderam mais de seiscentos exemplares.
Houve alguns fãs, houve menções nos jornais e revistas, houve entrevistas,
houve livros nas principais livrarias e hipermercados portugueses. Houve
críticas infundadas, gratuitamente desagradáveis, como da Isabel Coutinho no
Público. Houve presenças agradáveis em congressos literários. Foi uma
experiência e tanto. A editora deixou de existir. Eu deixei de confiar em
editoras, não todas, mas a maior parte. O livro chama-se Poker (2008).
Depois disso dediquei-me a escrever um livro muito
ambicioso. Trata do choque entre Cristianismo e Islão. O grande tema
civilizacional dos nossos tempos. Tem por base a biografia de um terrorista que
fica amnésico. Chama-se “O Milagre de Yousef” (2014). Ultimamente dei início a uma série com a
publicação da “Fugitiva” (2015).
Qual foi o livro que te deu mais prazer
escrever?
Todos me deram igual prazer. Pode parecer clichê mas é a
mais pura verdade. Sempre que termino um capítulo sinto um prazer e uma
adrenalina indescritíveis. Tenho a certeza que outros escritores saberão do que
falo. Considero que o meu livro mais completo é “O Milagre de Yousef”, pela
pesquisa histórica subjacente, pelas borboletas vermelhas (é ler, é ler), pela
biografia do Yousef, pelo tema, enfim não me ponham a falar no assunto, senão
não paro mais.
Como te surgem as ideias para os livros?
Através do que vejo no dia-a-dia, das conversas em que
participo, da atualidade noticiosa e, por último, daquilo que leio.
Já concorreste a algum concurso literário?
Prémio Leya, há alguns anos atrás com o Milagre de Yousef.
Já publicaste em alguma editora convencional? Onde publicas actualmente?
Já publicaste em alguma editora convencional? Onde publicas actualmente?
Já abordei a minha experiência com uma editora convencional.
O mais positivo que retiro dela foi que me motivou a querer escrever melhor,
com mais qualidade e métodos mais profissionais. Foi dessa vontade que nasceu
“O Milagre de Yousef”. Atualmente publico os meus próprios livros na Amazon e
não os confiaria a qualquer editora, sem algumas garantias. Está feita a ponte
para a questão seguinte...
O que pensas acerca da auto-publicação?
A auto-publicação é simplesmente impecável. Total controlo
sobre o que publico, quando e por que preço. Além disso, recebe-se sempre os
direitos de autor no fim do mês. É claro que uma editora tem outros recursos em
termos de distribuição e divulgação mas, no geral, penso sinceramente que não
compensa a não ser que seja realmente fiável, apoie verdadeiramente o autor,
não o considere apenas mais um sem importância e, além disso, se pagar em dia e
fizer boa divulgação. Não me parece que haja assim tantas editoras que
satisfaçam estes requisitos. Além disso, ultimamente divirto-me bastante a
criar capas para os meus livros.
Algum conselho aos autores independentes?
Ler, escrever, dar a conhecer ao público. Aprender, melhorar
e voltar ao início. É um ciclo muito simples. Adiciono ainda que, hoje em dia,
há imensas formas de dar a conhecer os nossos textos ao público como, por
exemplo, wattpad, blog, auto-publicação e grupos de escrita criativa.
Projetos para o futuro?
Concluir a continuação da Fugitiva. Além disso “O Milagre de
Yousef” está a ser divulgado nos E.U.A. e na Suécia por intermédio de dois
tradutores profissionais que se apaixonaram pela obra e se ofereceram para a
divulgar junto de editoras locais. Entretanto, tenciono continuar a divulgar
tanto “O Milagre de Yousef” como a “Fugitiva” junto do público de língua
portuguesa.
sábado, 10 de outubro de 2015
Autores independentes: como interagir com os seus leitores
Alguma vez você já terminou um livro e pensou para si mesmo que gostaria de enviar um email ao autor sobre o livro mas não encontrou forma de o fazer? Eu já.
Ou já enviou um email ao autor sobre o quanto gostou do livro e não recebeu resposta? Eu já.
Claro que autores consagrados raramente gerem as suas redes sociais ou o email, mas mesmo assim é de bom tom responder aos leitores. Para além do leitor gostar dos seus livros, saber que por detrás daquele livro está uma pessoa sensível e responsiva é o que faz a pessoa voltar a comprar mais livros seus.
Na minha opinião, por não incluir informações de contacto no final de seus livros, os autores estão perdendo uma grande oportunidade de interagir com os seus leitores, especialmente os leitores independentes que tem que reforçar o trabalho para chegar ao público, uma vez que não tem uma máquina de marketing na retaguarda.
Aqui estão algumas coisas que pode incluir nos seus livros para chegar ao coração dos seus leitores:
1)Incluir o primeiro capítulo de seu livro seguinte:
Incluindo o primeiro capítulo de um outro livro, se é uma sequela ou uma história completamente diferente, é uma óptima forma de chamar a atenção dos seus leitores para a sua existência e para incentivá-los a procurarem mais livros seus. Se não tem outro livro pronto, pode incluir uma breve nota sobre o tema que vai desenvolver. Aguce a curiosidade do leitor.
2) Mostre um pouco mais de si nos agradecimentos:
Não há nada mais chato do que encontrar apenas uma lista de nomes nos agradecimentos. Fale sobre você e porque está a agradecer àquela pessoa em especial. O que ela fez para contribuir para o livro, ainda que seja só apoio emocional. Escrever é desgastante por vezes e sabe bem ter alguém que nos apoia. Tenho no meu marido um grande apoiante embora brinque comigo sobre os meus livros de “ príncipes e princesas” como ele costuma dizer a brincar comigo.
3)Inclua o seu site/blog e email para contacto
No meu blog existem vários botões de apelo ao contacto, desde twitter, Wattpad, Facebook, email e caixa de comentários. Para além disso, no final dos livros comecei a incluir uma carta simples ao leitor em que peço que depois de lerem, se gostarem, deixarem a avaliação na amazon, se não gostarem contactem-me por email e deixem a sua opinião para que possa ponderar e até modificar algo que esteja menos bem. Ou então que devolvam o livro à amazon, caso não gostem.
É sabido que autores bem-sucedidos, consagrados, com contractos muito favoráveis com editoras não precisam de interagir com os seus leitores para vender mais livros, mas nós os autores independentes devemos fazer tudo o que possam para se darem a conhecer.
Ser autor independente é ter a certeza que tem que percorrer um longo caminho de aprendizagem e de conquista de leitores, mas tem valido a pena. Não há nada que me dê mais prazer enquanto escritora do que receber uma boa avaliação de um livro meu, sinal que o cliente gostou. Obrigado a quem comprou os meus livros e deixou comentários tão simpáticos *****.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Dez verbos a evitar
Dez verbos que dizem em vez de demonstrar. A regra é: “ não diga, demonstre”. Claro que é um exercício difícil e que só consegue com alguma prática em escrever.
- Aparecer
- Decidir
- Sentir
- Ouvir
- Meditar
- Realizar
- Parecer
- Pensar
- Perguntar
- Perceber
Como é que evita usá-los, pergunta você? Demonstre as acções do seu personagem ao invés de dizer.
Não diga: Maria entrou em casa muito zangada.
Diga: Maria entrou em casa e fechou a porta com estrondo.
Não diga: João passeava na rua completamente distraído.
Diga: João parou no meio da rua. Um carro parou quase em cima dele e o condutor gritou-lhe “ Vê por onde andas ou anormal!”
Não diga: Susana sentiu o coração a partir-se quando viu o namorado com outra rapariga.
Diga: Não queria acreditar no que via. Os seus olhos deviam estar a pregar-lhe partidas. Não! Não era o Pedro e aquela mulher não ia pendurada nele! O estômago embrulhou-se e a vontade de vomitar obrigou-a correr em direcção a casa.
No primeiro rascunho é difícil evitar dizer em vez de demonstrar e não deve ficar muito preocupado com isso. Quando terminar o livro fique atento a este tipo de armadilhas que tiram a “graça” ao texto e fazem com que o leitor decida se continua a ler ou abandona o livro.
Deve evitar sempre usar estes verbos e dizer o que o personagem vai fazer? Claro que não. Há situações em que deve dizer ao invés de demonstrar, sobretudo em diálogos. No entanto, quando estiver a falar na terceira pessoa evite dizer, demonstre.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
COMO PUBLICAR NA AMAZON SEM CUSTOS PARA O AUTOR
- Quer publicar o seu livro mas tem receio que as editoras não aceitem o seu manuscrito?
- Já está cansado de receber respostas negativas das editoras?
- As propostas que recebeu foram no sentido de pagar a impressão do seu livro e vende-los você ficando por conta própria, ou seja sem qualquer hipótese de singrar no mundo da literatura?
- Não sabe quantos livros vendeu na sua editora porque não tem controlo sobre as vendas?
- Recebe uma ínfima percentagem ( cerca de 10%) do livro que passou meses a escrever e considera que não é justo?
Se o seu caso é um dos descritos acima, saiba que pode reverter esse processo. Como, pergunta você?
Se gosta de escrever, tem algum livro disponivel para ser publicado, não importa o género em que escreva, a AMAZON, é uma porta aberta para a auto-publicação e totalmente de GRAÇA.
Depois de fazer alguma pesquisa sobre as hipóteses de contornar as editoras convencionais, que nunca cheguei a procurar, descobri o mundo fascinante da auto publicação. Existe muita informação disponivel na internet, sobretudo porque vários a autores se dispuseram a partilhar os seus conhecimentos sobre as plataformas disponíveis.
Em 2013 publiquei o meu primeiro livro, com base na aprendizagem feita nas pesquisas e confesso que não foi fácil familiarizar-me com o processo, sobretudo porque a plataforma está em inglês.
Publico exclusivamente na Amazon porque depois de experimentar outras plataformas para autores independentes conclui que a AMAZON oferece boas condições e não deixa os seus autores abandonados, publicita os livros.
Quais as vantagens de publicar na AMAZON?
- Disponibiliza o seu livro para milhões de leitores nas treze lojas que a amazon possui. Não se esqueça que mesmo que publique em português, há portugueses e brasileiros espalhados pelo mundo inteiro, então vai ficar surpreendido quando vender livros em português para o Japão, Índia, Estados Unidos etc.
- Ganha dinheiro com os seus livros. Nos ebooks recebe 70% do valor de capa e nos livros impressos sob demanda 35%, portanto um valor muito superior ao que receberia numa editora convencional.
- As editoras tradicionais vasculham a Amazon em busca de autores que fazem sucesso e chegam ao TOP de vendas, podendo vir a ter o seu livro publicado por uma editora famosa.
- Aparece na lista de vendas da Amazon, a mais popular do mundo ao lado de autores famosos e acredite que é uma felicidade ver os seus livros no TOP 100. Quando comecei a publicar nunca pensei ver os meus livros entre os mais vendidos e, neste momento quase todos estão entre os 100 mais vendidos em Literatura e ficção.
- Com esforço, dedicação e estudo, pode vir a retirar um bom rendimento com os seus livros. Há leitores para todos os géneros de livros, por isso não tenha receio.
Claro que para chegar aqui foi ( e é) preciso muita dedicação, estudo, e muitas horas a escrever e a aperfeiçoar a escrita. Cometi erros como todos os autores independentes com a pressa de publicar, mas aos poucos fui aperfeiçoando o método.
O leitor pode questionar-se como pode ter a certeza que os seus livros vão ser aceites pelos leitores?
- O sucesso não é imediato. Com apenas um livro publicado, demorei cerca de três meses a vender o meu primeiro livro, mas grande parte dessa demora teve a ver com a minha ignorância sobre o processo. Hoje, com nove livros publicados, todos os dias vendo livros, sobretudo no Brasil.
Vou agora começar a explicar o processo da auto publicação na amazon. Existem duas plataformas distintas, sob demanda ( os livros são impressos apenas quando existe compra) e em ebook Kindle. Qual vende mais? O mercado dos ebooks está em expansão e continua a superar a venda dos livros físicos.
Aconselho a começar pela plataforma de livros fisicos ( createspace.com) para se familiarizar-se com o processo.
- Inscreva-se na plataforma aqui. Se tiver duvidas e não dominar o inglês, utilize o google tradutor. Para se inscrever ( cadastrar) na plataforma é obrigatório abrir uma conta bancária onde a amazon possa depositar o dinheiro ganho com os livros ( royalties). Pode abrir a sua conta, durante o processo de inscrição na Payonner, um cartão Mastercard americano e basta seguir as instruções de inscrição no cartão, não precisa de efectuar mais nenhum procedimento. A Payonner vai-lhe pedir a confirmação da sua identidade e pode fazê-lo enviando os comprovativos dos documentos de identificação pessoal e fiscal por email. Utilizo esta conta da Payonner e nunca tive problemas, mensalmente a amazon deposita o dinheiro das vendas.
No próximo post vou explicar passo a passo a publicação do seu livro no formato papel, desde a formatação do conteúdo até à concepção da capa.
Até lá!
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Florbela Espanca - Uma vida perdida na neurose
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
O Homem do Deserto - Romance Contemporâneo
Disponivel na Amazon hoje!!
Foi lançado hoje na amazon o meu último livro "O HOMEM DO DESERTO", É um livro que aborda um tema polémico mas que não vou revelar o conteúdo por razões óbvias.
O livro está disponivel no formato Kindle, em português, para todas as lojas da amazon em exclusividade e em breve vai ficar disponivel em papel. Podem adquirir o livro aqui.
Descrição do enredo:
Lara Santiago possui tudo o que uma mulher poderia desejar
na vida: uma carreira bem-sucedida como designer, um marido rico, charmoso,
prestigiado como advogado, e uma beleza invulgar que a torna numa das mulheres
mais bonitas e invejadas dos círculos sociais onde se movimenta. Mas guarda um
segredo com ela que a obriga a tomar uma decisão drástica: fugir de casa. Apaga
todos os sinais que a possam localizar e inicia uma longa viagem até às portas
do deserto do Saara, onde se esconde. Mas o destino reserva-lhe uma surpresa
que não estava nos seus planos. Conhece um homem, Mansur Janvier Mustapha «o homem
do deserto», como é conhecido na cidade, e a sua vida nunca mais é igual. Lara
conhece um amor improvável, arrebatador, carregado de erotismo e num lugar
exótico: a combinação perfeita para viver um romance de sonho. E é então que um
dia Lara desaparece misteriosamente…
domingo, 30 de agosto de 2015
Livros e benefícios da leitura
Esta semana fiz uma tarefa adiada há muito tempo: arrumar
uma das minhas estantes, que por ser a menos usada, estava muito descuidada. Encontrei
por lá estes livros e recordei -me que os li há muitos anos. Entre os doze e os
quinze anos. O tempo passou mas não me esqueci das suas histórias. Vibrei com “Gabriela,
Cravo e Canela”, numa época em que passou em Portugal, adorei os Maias e o drama da família, ri à gargalhada com a Queda de um Anjo de Camilo Castelo Branco, sonhei com Sandokan, sofri com Miguel Strogoff , Balzac, Umberto Eco, Hemingway e Stendhal, entre muitos outros autores.
A leitura é uma actividade que se gosta ou não. Quem gosta
de ler não entende como alguém pode não gostar e quem detesta não consegue
compreender o que o outro vê naquelas inúmeras páginas e nas longas histórias
dentro de um livro.
Sabe que ler só tem vantagens? Saiba algumas.
#Desenvolvimento pessoal – A leitura é uma actividade
que estimula a reflexão sobre os nossos princípios, valores, pensamentos e
atitudes. Histórias ficcionais, literatura clássica, biografias e até livros
relacionados a assuntos profissionais provocam algum tipo de reflexão durante a
leitura. Depois de ler um livro, você nunca é a mesma pessoa que era antes de
lê-lo. Mesmo que não perceba a mudança, algo que você leu ficou guardado nos
seus pensamentos e contribuiu para o seu crescimento. Quem começa a ler em
criança decerto adquire uma maior compreensão da língua e da vida, desenvolve a
capacidade de pensar.
#Estimula a criatividade – A
criatividade está ligada ao conhecimento que se adquire da vida e dos livros. Todo
o escritor é estimulado pelas leituras que fez, apesar de desenvolver o seu próprio
estilo. A melhor maneira de se tornar uma pessoa criativa é conhecer o máximo
de coisas diferentes e os livros estão entre as melhores ferramentas para o
efeito. Todos os leitores têm seu género de livro favorito, mas podem ler
outros géneros, ler histórias diferentes e ter outras sensações. É esse o
segredo das pessoas criativas, elas estão sempre abertas para o que é novo, e a
leitura é um poço infinito de novidades, cultura, surpresas e ideias
extraordinárias. Ao longo da minha vida interessei-me pelo género romance,
sobretudo porque gosto de histórias de vida, mas li livros de todos os géneros,
para não falar na quantidade de livros técnicos que já li ao longo da minha
vida profissional.
#Serve para descontrair - Quando pensamos ou
falamos sobre leitura, a imagem que vem à mente é a de alguém num lugar
tranquilo, confortável e aconchegante, com a pessoa que lê expressando calma e
felicidade. Essa ideia de tranquilidade é a primeira que nos vem a cabeça
porque a leitura é mesmo uma das melhores maneiras de relaxar. Ler é uma
terapia porque é uma forma garantida de esquecer o mundo e os problemas à sua
volta e abandonar o mundo digital por algum tempo, já que a actividade exige
total desligamento e concentração.
Um livro é um companheiro - A solidão
nunca é um problema porque leitores nunca ficam entediados se não houver
ninguém para conversar ou lhes fazer companhia. Pelo contrário, até gostam de
ter seus momentos sozinhos para apreciarem os seus livros sem interrupções. Os livros
fazem sorrir, chorar, cativam-te, e fazem com que se identifique com os
personagens. Ensinam a adoptar o ponto de vista do outro.
É um habito que contribui para a saúde mental
– Ler é um hábito e, assim como qualquer outro, requer esforço, e vontade,
principalmente quando se começa. Alguns começam a ler quando crianças, aos
poucos. Outros descobrem os livros mais tarde. Há quem olhe para um livro de
duzentas páginas e fique horrorizado. Acha que nunca vai gostar de ler. Não é
necessário ler um livro num dia ou numa semana. O segredo é ler um pouco em
cada dia e ir descobrindo a história. A leitura é um dos bons hábitos que todos
deveriam desenvolver, inclusive pelos benefícios para a saúde: diminui o
stress, estimula a memória, aumenta a concentração e melhora o raciocínio. Protege
contra as demências como o alzheimer, Parkinson, aterosclerose. Um leitor assíduo mantém o cérebro jovem.
Viajam consigo – Filas, salas de
espera, transportes públicos, esperar por alguém atrasado, longas viagens de
avião, comboio ou autocarro podem ser cansativas a não ser para quem tem sempre
um bom livro à mão! Leitores estão habituados a abrir um livro quando se
deparam com essas situações, pois sabem que é uma maneira muito melhor de
passar o tempo do que ficar olhando para as paredes. Alguns até gostam de ter
momentos assim no dia-a-dia, principalmente os que têm pouco tempo para ler. Quando
viajo levo sempre livros na bagagem comigo.
“Viver” outras vidas – Quem não gosta de ler
talvez tenha dificuldade em perceber como é isso acontece, mas quem gosta sabe
que alguns livros nos envolvem de tal forma que nos sentimos vivendo a
experiência do personagem. A leitura permite que “viva” muitas histórias e
tenha várias sensações, como se apaixonar por um personagem, sentir raiva, ficar
ansioso e surpreender-se. A vida real dificilmente possibilitará que você experimente tantas coisas diferentes em tão pouco tempo e nem seria aconselhável,
corria o risco de sair profundamente magoado.
Trocar ideias com amigos leitores –
Nada melhor para um leitor do que ter com quem conversar sobre o livro que
acabou de ler.
Adquirir conhecimento – A coisa mais
importante num livro é, obviamente, o seu conteúdo. Existem livros sobre
praticamente tudo, o que permite que você escolha ler o que lhe convém e
encontrar um mundo de informações dentro das páginas. Se busca conhecimento
profissional, referências culturais, informações sobre saúde, histórias e
lições de vida, sobre a história do mundo, ou o que mais quiser aprender, com
certeza encontrará imensos livros sobre esses assuntos. A leitura muda o mundo através
da mudança de mentalidades. O pior inimigo do homem é a ignorância e quem não
lê corre o risco de não conseguir acompanhar a evolução, porque não entende.
Descobrir outros autores -Descobrir
um autor que consegue transportá-lo para o universo que descreve em todos os
seus livros, coleccioná-los, esperar ansiosamente quando anunciam um novo
lançamento, ler e reler os seus favoritos, acompanhar o seu trabalho e a sua
vida… é uma actividade prazerosa e enriquecedora, que estimula e colabora com a
felicidade.
#Ler é bom em qualquer idade – Você pode começar a ler a
partir do momento em que aprende a decifrar as combinações de letras e praticar
a leitura até o último dia da sua vida. É uma das poucas actividades que não
determinam a idade de quem pode fazê-la e na qual você encontrará infinitas
opções que te agradam em cada momento da sua vida. Comecei a ler aos sete anos
e nunca mais parei.
Melhora a capacidade de se expressar – Mesmo
quem não gosta de ler tem consciência de que a leitura é essencial e faz
diferença na aprendizagem, principalmente porque amplia o nosso vocabulário e
melhora a escrita. Mas poucos percebem que a leitura frequente tem efeito
também quando nos expressamos verbalmente. Quanto mais conhecimento, maior a
capacidade de nos expressarmos bem, independente dos meios.
Coisas de leitor – sentir o cheio de um livro novo, admirar sua estante
repleta de títulos diferentes, organizá-los por cores, autores, tamanho,
preferência ou da forma que achar melhor, o prazer de coleccionar algo tão
valioso, passar horas numa livraria e entender que livros conhecimento e
felicidade são sinónimos de bem-estar físico e intelectual. Um intelecto
estimulado pela leitura é um intelecto jovem para sempre. Só o corpo morre.
Até ao próximo post
Ambra Blanchett
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Autores independentes e auto edição/revisão
Editar o seu próprio livro é um desafio para todos os escritores independentes. Como deve apagar ou substituir as preciosas palavras
e frases que você trabalhou intensamente durante vários meses?
Embora só tenha começado a escrever há dois anos, já consigo
identificar grande parte dos erros que cometia e que antes, por falta de método
e treino, não conseguia.
Enquanto auto-editor quando reescrever o seu primeiro livro,
não destrua a sua criatividade com a tentativa de ficar perfeito. Não corte
demasiado, não transforme totalmente o livro ou alguma personagem, por pensar
que os leitores não vão gostar. Os escritores independentes fariam bem em
utilizar um site de leitores como o Wattpad.com para recolherem opiniões, ou arranjar os seus leitores
beta, aqueles que lhe apontam os erros gramaticais, pontos cegos, falas no
enredo, nomes de personagens trocados, entre outras falhas. Com a auto-edição
pode poupar dinheiro se não pode pagar a um editor profissional. Se por ventura
tem um editor a quem paga, garanto-lhe que embora os editores gostem de exibir
o seu conhecimento, eles também gosto de ler manuscritos gramaticalmente correctos.
Pronto para fazer uma auto-edição sólida ao seu livro? Aqui
está o que fazer.
1.Descanse o seu manuscrito, ou texto digital- raramente se
escreve à mão – durante uma a duas semanas. Quando terminar de digitar a última
palavra do seu livro, coloque-o de lado. Resista à tentação de atalhar caminho.
Acredite que não vai conseguir ver grande parte dos erros ortográficos e até
buracos na trama. Também já saltei etapas e o resultado da edição não foi bom. Seja
paciente e reveja várias vezes.
Por que é que deve deixar o livro em descanso? Porque durante
essa pausa esquece-se de parte da história e quando o vai ler, quando começar a
auto-edição, o livro parece que foi escrito por outra pessoa. Os seus olhos tem
que estar atentos e a melhor forma é esvaziar a mente do que escreveu.
2. Imprima o seu manuscrito e corrija os erros no papel, ou
leia em voz alta quando faz a edição. Pessoalmente leio em voz alta e acreditem
que é muito fácil encontrar os erros, acrescentar frases e características aos
personagens, ou seja incrementar a história que antes era apenas um primeiro
rascunho.
Para alguns escritores, ver as palavras no papel ajuda a
detectar erros que de outra forma não teriam visto. Para outros, ouvir o texto
falado em voz alta detecta erros óbvios. Adapte-se à forma em que se sinta mais
confortável.
3. Procure palavras
preocupantes
Todos os escritores têm palavras específicas e frases que utilizam
de forma inconsciente e que tornam o texto repetitivo e sem estética. Se já
escreve há algum tempo já deve ter percebido quais são as suas palavras
preocupantes, utilize a função de busca do processador de texto para localizar
todas as variantes possíveis da palavra ou frase.
Evite usar os verbos aparecer, decidir, sentir, ouvir,
meditar, realizar, parecer, pensar e perguntar. Substitua-os por expressões
alternativas e não tão óbvias.
4. Remover ou substituir suas palavras muleta
Sabe que palavras que usa com mais frequência quando escreve
livremente deixando fluir as ideias? Fora de artigos e preposições necessárias,
você pode ser surpreendido com palavras você tende a usar mais e que se repetem.
Não tente usar palavras sofisticadas quando as palavras simples e claras cativam mais o leitor. Nem todos os leitores gostam de textos
muito elaborados ou com escrita filosófica.
6. Procure por sinais de pontuação problemáticos
Virgulas a mais, mal aplicadas, demasiadas reticências ou
pontos de exclamação.
Se você sabe que tem problemas com certos sinais de
pontuação, realize uma pesquisa e descubra se os está a usar correctamente. Se
mesmo assim ainda não tiver certeza, peça a alguém que o ajude ou deixe o seu
editor de corrigi-lo, se puder pagar esse serviço.
7. Publica na amazon? Escolha o template pré-formatado.
A plataforma da Createspace.com disponibiliza templates pré
formatados que facilitam o trabalho de configuração do livro. Uso o template
6x9 polegadas, o formato mais usual de livro. Se vai publicar no formato
Kindle, use um documento Word normal, os templates formatados nem sempre dão
bons ebooks. Quanto ao tipo de letra eu uso o tipo Garamond tamanho 12, dá um
livro bonito quando impresso.
8. Não se exceda na edição
Não arrase o seu livro com excesso de edição. Não vá por ai
a cortar frases sem ter a certeza que é necessário. Saiba quando abandonar a
auto-edição e decidir que o livro está pronto para venda. Uma coisa é não fazer
edição e revisão e colocar um produto de má qualidade no mercado, outra é
tentar ser demasiado perfeccionista e correr o risco de desvirtuar o livro.
Boa sorte e até ao próximo post.
Ambra Blanchett
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Algo Maravilhoso - Judith MaCnaugth
Este foi um dos livros que levei de férias comigo ( aproveito as viagens de avião para ler), e que adorei. Houve momentos em que parei de ler para não acabar tão depressa. É um daqueles livros que gostaria que não acabasse. Quem gosta de romance histórico, aventura e erotismo q.b, aconselho vivamente. Fiquei fã da autora com o livro anterior “Para Sempre”, e mais uma vez li este quase de uma assentada. Um enredo muito bem concebido e com personagens fortes e carismáticas. Vale a pena ler este livro e fazer uma viagem ao passado com a história de Alex e Jordan. Fico à espera do próximo a ser publicado em português.
Sinopse
Alexandra Lawrence tinha a seu favor o facto de ser bem-nascida e… nada mais. Com o seu aspeto e modos arrapazados - sabia disparar uma arma, pescar, e montar a cavalo tão bem como qualquer homem - não era propriamente a noiva perfeita.
Para piorar as coisas, vivia na penúria, o tio era um bêbado e a mãe uma senhora de temperamento irascível. Não, ninguém diria que seria ela a casar com o abastado, mulherengo e arrogante Jordan Townsende, duque de Hawthorne.
Mas a verdade é que, devido a um infeliz mal-entendido, assim foi.
Alexandra é agora duquesa, mas a sua vida é tudo menos calma. Quatro dias após o casamento, o marido desaparece sem deixar rasto. É sozinha que tem de enfrentar a sociedade londrina, que despreza o facto de um dos "seus" aristocratas ter casado com uma campónia ingénua. Quando Jordan finalmente reaparece, Alexandra já perdeu a inocência dos seus dezassete anos, mas aos poucos vai descobrir que, por detrás da fachada gélida do marido, está um homem ternurento, amável e sensual. Tragicamente, Jordan coleccionou demasiados inimigos e é agora um alvo a abater. Caberá a Alexandra salvar a vida do homem que ama. Uma missão impossível não fosse a sua teimosia em acreditar que o futuro lhes reserva… algo maravilhoso.
Judith McNaught
Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Actualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Livros físicos de autores independentes à venda na amazon Brasil
Foi confirmada a venda de livros físicos pela amazon Brasil. Há algum tempo foram postas à venda livros de autores ligados a editoras, mas os autores independentes não foram abrangidos. Há dias constatei que quase todos os meus livros estavam à venda em formato Kindle e Capa Comum. Achei os preços bastante altos e tentei encontrar uma forma de os baixar. Para minha surpresa não consegui fazê-lo em nenhuma das plataformas da amazon, ou seja, quem tem o domínio sobre os preços dos livros físicos dos autores independentes vendidos na amazon.br é a própria loja. Como autora fiquei feliz pela novidade, mas tenho questões. Como é que um livro meu tem um preço mais alto ( muitos mais) do que um autor consagrado, que escreve há anos e tem dezenas de obras publicadas. Penso que a amazon deverá estar a fazer testes com os autores independentes de língua portuguesa do Brasil e de Portugal, mas uma coisa deverá acontecer: ninguém vai comprar os livros físicos a preços exagerados. Portanto, espero que outros autores façam chegar à amazon as suas opiniões para que esta situação seja clara e justa para todos.
O autor independente tem um triplo do trabalho que um autor com uma editora por detrás: escrevemos, estudamos sempre na tentativa de melhorar a escrita, editamos os nossos livros, fazemos a revisão e as capaz muitas vezes, e ainda temos que aprender a vender livros. Então já que nos foi dada mais esta benesse, que o preço dos livros seja equiparado aos dos autores com selo de editora, para que possam vender.
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