quinta-feira, 28 de agosto de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Escrita criativa - O título.
O título é o cartão-de-visita do livro. Fala por ele para o bem e para o mal. Quem vai a uma livraria muitas vezes comprar um romance porque o título lhe chama a atenção. Escritores e editoras prestam imensa atenção ao título do livro.
Qual o segredo de um bom título?
Os títulos devem ser simples e ficarem no ouvido. A escritora inglesa Lesley Pearse que vende milhares de romances em todo o mundo escolhe títulos bem simples mas que suscitam curiosidade. Estou-me a lembrar do primeiro livro que li da autora (talvez o melhor) desconhecida para mim até então. Foi o título “ Segue o coração, não olhes para trás” que me fez agarrar no livro. Ou, do ultimo livro de Pedro Chagas Freitas, um romance ternurento “ Prometo Falhar”.
Outros livros, para além do título acrescentam palavras-chave que suscitam a curiosidade do leitor como Ruta Sepetys fez no seu romance que foi «melhor livro do mês» na amazon “ Sonhos de Papel” e a seguir diz «quem diz que só se vive uma vez nunca leu um livro».
Ou outro exemplo mais dentro do «hot» um livro que a escritora brasileira Mila Wander está a postar no Wattpad cujo titulo é “ O safado do 105” e que já tem mais de 200 mil leituras. Este título breve, prende a atenção, aguça a curiosidade e fica na mente.
No meu romance “Gabrielle”, uma saga familiar que fala de incesto e que atravessa quatro gerações, fiz uma lista e estava indecisa entre “ Sombras negras do passado” e o título que acabei por escolher. Porque é que escolhi um e não outro? Gabrielle foi o nome que dei à protagonista, achei simples e curioso e o outro demasiado pesado para um tema deste género.
Tem uma história para contar ou pretende escrever um romance? Então faça uma lista e peça ajuda a amigos e familiares. Veja se é adequado ao tema, se é original (nada é original todos nos baseamos naquilo que conhecemos) ou se já existe esse nome no mercado.
Para finalizar, digo-vos que um titulo muitas vezes também serve se inspiração ao escritor e a partir dai constrói o romance.
Boa sorte.
Escrita criativa - O título.
O título é o cartão-de-visita do
livro. Fala por ele para o bem e para o mal. Quem vai a uma livraria muitas vezes
comprar um romance porque o título lhe chama a atenção. Escritores e editoras
prestam imensa atenção ao título do livro.
Qual o segredo de um bom título?
Os títulos devem ser simples e
ficarem no ouvido. A escritora inglesa Lesley
Pearse que vende milhares de romances em todo o mundo escolhe títulos bem
simples mas que suscitam curiosidade. Estou-me a lembrar do primeiro livro que
li da autora (talvez o melhor) desconhecida para mim até então. Foi o título “
Segue o coração, não olhes para trás” que me fez agarrar no livro. Ou, do
ultimo livro de Pedro Chagas Freitas,
um romance ternurento “ Prometo Falhar”.
Outros livros, para além do título
acrescentam palavras-chave que suscitam a curiosidade do leitor como Ruta Sepetys fez no seu romance que foi
«melhor livro do mês» na amazon “ Sonhos de Papel” e a seguir diz «quem diz que
só se vive uma vez nunca leu um livro».
Ou outro exemplo mais dentro do «hot»
um livro que a escritora brasileira Mila
Wander está a postar no Wattpad cujo titulo é “ O safado do 105” e que já
tem mais de 200 mil leituras. Este título breve, prende a atenção, aguça a
curiosidade e fica na mente.
No meu romance “Gabrielle”, uma saga familiar que fala
de incesto e que atravessa quatro gerações, fiz uma lista e estava indecisa
entre “ Sombras negras do passado” e o título que acabei por escolher. Porque é
que escolhi um e não outro? Gabrielle foi o nome que dei à protagonista, achei
simples e curioso e o outro demasiado pesado para um tema deste género.
Tem uma história para contar ou
pretende escrever um romance? Então faça uma lista e peça ajuda a amigos e
familiares. Veja se é adequado ao tema, se é original (nada é original todos
nos baseamos naquilo que conhecemos) ou se já existe esse nome no mercado.
Para finalizar, digo-vos que um
titulo muitas vezes também serve se inspiração ao escritor e a partir dai constrói
o romance.
Boa sorte.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
domingo, 17 de agosto de 2014
Começar a escrever. O que devo fazer?
Imagem retirada da internet
O que para muitos pode ser simples, basta ter uma ideia e começam a desenvolve-la, para outros é uma complicação e não passam dai. A insegurança e o medo do julgamento dos outros faz que adiem o momento ou nunca achem o texto suficientemente bom. A vida do escritor é escrever. Mão à obra e força nos dedos, como dizia um dos meus professores de escrita criativa.
Têm uma ideia? Quer escrever um romance ou um conto?
Vamos por partes. Primeiro tem que esquematizar a história, ou seja parti-la por momentos. Comece por escrever algo mais simples, um conto pequeno ou um romance mais curto. Em ambos os géneros convém fazer um esquema do desenrolar da acção, é muito orientador, evita falhas e permite consultar sempre que precisar.
1 – Exposição do tema, cenário e personagens principais.
2 – Conflito
3- Crescente da acção
4- Clímax do conflito
5- Resolução em decrescendo
6- Resolução/fim
Construa uma tabela com as personagens (nomes),características físicas e psicológicas, tempo da acção, local , graus de parentesco, interacções e pontos chaves dos capítulos entre outros aspectos.
Esquematize o primeiro capítulo ou o prólogo, conforme se sinta mais confortável. Pessoalmente, gosto de começar os livros com o prólogo, dando um ideia da história numa época mais anterior. Não há regras, é uma questão de estilo pessoal.
Primeiro:
Não pense muito. Lance para o computador as palavras e depois de escrever algumas páginas veja como ficaram as ideias que queria expressar. Deixe fluir a torrente de palavras sem se preocupar muito com pontuação e construção frásica.
Segundo:
Veja se o texto está de acordo com as regras da gramática e aprimore o texto ao nível da ideias podendo acrescentar, modificar o que quiser. Todos os escritores fazem isso, mesmo os famosos.
Terceiro:
Faça uma revisão exaustiva sobre o texto passado algum tempo de tê-lo escrito. Vai ficar surpreendido com a quantidade de palavras desnecessárias e erros de pontuação que vai encontrar. Não se preocupe, quem escreve regularmente também o faz , ou então tem um editor que ajuda, mas isso é já numa fase de estrelato.
Mãos à obra!
Começar a escrever. O que devo fazer?
Imagem retirada da internet
O que para muitos pode ser simples, basta ter uma ideia e
começam a desenvolve-la, para outros é uma complicação e não passam dai. A insegurança
e o medo do julgamento dos outros faz que adiem o momento ou nunca achem o
texto suficientemente bom. A vida do escritor é escrever. Mão à obra e força
nos dedos, como dizia um dos meus professores de escrita criativa.
Têm uma ideia? Quer escrever um romance ou um conto?
Vamos por partes. Primeiro tem que esquematizar a história,
ou seja parti-la por momentos. Comece por escrever algo mais simples, um conto
pequeno ou um romance mais curto. Em ambos os géneros convém fazer um esquema
do desenrolar da acção, é muito orientador, evita falhas e permite consultar
sempre que precisar.
1 – Exposição do tema, cenário e personagens principais.
2 – Conflito
3- Crescente da acção
4- Clímax do conflito
5- Resolução em decrescendo
6- Resolução/fim
Construa uma tabela com as personagens (nomes),características
físicas e psicológicas, tempo da acção, local , graus de parentesco, interacções
e pontos chaves dos capítulos entre outros aspectos.
Esquematize o primeiro capítulo ou o prólogo, conforme se sinta
mais confortável. Pessoalmente, gosto de começar os livros com o prólogo, dando
um ideia da história numa época mais anterior. Não há regras, é uma questão de
estilo pessoal.
Primeiro:
Não pense muito. Lance para o computador as palavras e
depois de escrever algumas páginas veja como ficaram as ideias que queria
expressar. Deixe fluir a torrente de palavras sem se preocupar muito com
pontuação e construção frásica.
Segundo:
Veja se o texto está de acordo com as regras da gramática e
aprimore o texto ao nível da ideias podendo acrescentar, modificar o que
quiser. Todos os escritores fazem isso, mesmo os famosos.
Terceiro:
Faça uma revisão exaustiva sobre o texto passado algum tempo
de tê-lo escrito. Vai ficar surpreendido com a quantidade de palavras desnecessárias
e erros de pontuação que vai encontrar. Não se preocupe, quem escreve regularmente também o faz ,
ou então tem um editor que ajuda, mas isso é já numa fase de estrelato.
Mãos à obra!
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Tenho histórias para contar e não sei como pô-las no papel. O que devo fazer?
Em primeiro lugar saber qual é o tema da história que vai contar. Depois do tema definido, deve pensar se tem ferramentas adequadas para dar vida à sua história.
O ideal seria fazer um curso de escrita criativa e hoje em dia não é difícil faze-lo mesmo que seja online. Em Portugal há escritores consagrados a darem cursos quer na internet quer presencialmente. Aconselho-vos a procurarem o nome de Pedro Chagas Freitas ou João Tordo, dois escritores com um nível de excelência na escrita e que dão cursos online para quem não tem tempo de assistir a aulas. Se tiver tempo inscreva-se num ou em vários ( um de cada vez)é bem mais divertido pela partilha que se estabelece entre os alunos e professores. Em Lisboa existem sempre cursos de escrita criativa dados por professores universitários a decorrerem, façam uma boa pesquisa e decerto encontram.
Quanto custa um curso deste género? Algumas centenas de euros (300/400 ou mais) por cada um, quer sejam online ou presenciais.
No entanto, por mais que estude escrita criativa se não tiver «queda para a coisa», não adianta. Não desanime. Comece por ler muitos livros e de todos os géneros porque todos os escritores são também leitores. Observando a forma como outros escrevem serve para definir o seu estilo pessoal e saber em que género literário se sente mais à vontade.
Mas comece por fazer uma auto-avaliação. Já escreveu alguma coisa? Artigos científicos, pequenos contos, romances que ficaram na gaveta ou está mesmo a começar?
Para se avaliar pegue em algo que já tenha escrito e veja:
A forma como usa a pontuação.
A construção frásica.
Os erros ortográficos
As figuras de estilo
Facilidade ou não em usar as palavras
As ideias e o seu desenvolvimento e por último o seu estilo pessoal.
A partir de agora este blog vai servir também para ajudar os autores independentes (aqueles que não conseguem publicar nas editoras convencionais) a desenvolverem as suas capacidades e a não terem medo de apostar na escrita, quem sabe tem um talento escondido.
Boa sorte.
«O saber é para partilhar, caso contrário não serve a humanidade.»
Autor desconhecido
Tenho histórias para contar e não sei como pô-las no papel. O que devo fazer?
Em primeiro lugar saber qual é o
tema da história que vai contar. Depois do tema definido, deve pensar se tem
ferramentas adequadas para dar vida à sua história.
O ideal seria fazer um curso de
escrita criativa e hoje em dia não é difícil faze-lo mesmo que seja online. Em
Portugal há escritores consagrados a darem cursos quer na internet quer
presencialmente. Aconselho-vos a procurarem o nome de Pedro Chagas Freitas ou João Tordo, dois escritores com um nível de
excelência na escrita e que dão cursos online para quem não tem tempo de
assistir a aulas. Se tiver tempo inscreva-se num ou em vários ( um de cada vez)é
bem mais divertido pela partilha que se estabelece entre os alunos e
professores. Em Lisboa existem sempre cursos de escrita criativa dados por
professores universitários a decorrerem, façam uma boa pesquisa e decerto
encontram.
Quanto custa um curso deste género?
Algumas centenas de euros (300/400 ou mais) por cada um, quer sejam online ou presenciais.
No entanto, por mais que estude
escrita criativa se não tiver «queda para a coisa», não adianta. Não desanime. Comece
por ler muitos livros e de todos os géneros porque todos os escritores são
também leitores. Observando a forma como outros escrevem serve para definir o
seu estilo pessoal e saber em que género literário se sente mais à vontade.
Mas comece por fazer uma auto-avaliação.
Já escreveu alguma coisa? Artigos científicos, pequenos contos, romances que
ficaram na gaveta ou está mesmo a começar?
Para se avaliar pegue em algo que
já tenha escrito e veja:
A forma como usa a pontuação.
A construção frásica.
Os erros ortográficos
As figuras de estilo
Facilidade ou não em usar as
palavras
As ideias e o seu desenvolvimento
e por último o seu estilo pessoal.
A partir de agora este blog vai
servir também para ajudar os autores independentes (aqueles que não conseguem
publicar nas editoras convencionais) a desenvolverem as suas capacidades e a
não terem medo de apostar na escrita, quem sabe tem um talento escondido.
Boa sorte.
«O saber é para partilhar, caso contrário não serve a humanidade.»
Autor desconhecido
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
GABRIELLE - UMA HISTÓRIA DE VIDA EMOCIONANTE COM 580 PÁGINAS
Foto real do livro
Comentários de leitores
É uma história onde vemos o quanto a falta de amor e de estrutura familiar afetam a vida das pessoas.
Vemos o quanto o abuso marca negativamente e que só pode ser superado com muito amor e compreensão.
Uma história que merece ser lida.
Vemos o quanto o abuso marca negativamente e que só pode ser superado com muito amor e compreensão.
Uma história que merece ser lida.
Por Ana Bailune
Formato:eBook Kindle|Compra verificada
Uma história magnífica. Uma saga. Segredos sórdidos escondidos dentro de uma família aparentemente perfeita e impecável. Amor e ódio mesclados em uma relação entre pai e filha que foge aos trâmites da normalidade.
Formato:eBook Kindle|Compra verificada
A historia e emocionante, eu particularmente gostei como narrada pela autora e até chegar a personagem principal só lendo mesmo eu recomendo...
Já comprou o seu em versão papel? Não? É muito fácil de encomendar, chega em poucos dias. Carregue aqui e compre num minuto.Depois é só esperar em casa que ele irá chegar-lhe via DHL ( em Portugal).
GABRIELLE - UMA HISTÓRIA DE VIDA EMOCIONANTE COM 580 PÁGINAS
Foto real do livro
Comentários de leitores
É uma história onde vemos o quanto a falta de amor e de estrutura familiar afetam a vida das pessoas.
Vemos o quanto o abuso marca negativamente e que só pode ser superado com muito amor e compreensão.
Uma história que merece ser lida.
Vemos o quanto o abuso marca negativamente e que só pode ser superado com muito amor e compreensão.
Uma história que merece ser lida.
Por Ana Bailune
Formato:eBook Kindle|Compra verificada
Uma história magnífica. Uma saga. Segredos sórdidos escondidos dentro de uma família aparentemente perfeita e impecável. Amor e ódio mesclados em uma relação entre pai e filha que foge aos trâmites da normalidade.
Formato:eBook Kindle|Compra verificada
A historia e emocionante, eu particularmente gostei como narrada pela autora e até chegar a personagem principal só lendo mesmo eu recomendo...
Já comprou o seu em versão papel? Não? É muito fácil de encomendar, chega em poucos dias. Carregue aqui e compre num minuto.Depois é só esperar em casa que ele irá chegar-lhe via DHL ( em Portugal).
sábado, 28 de junho de 2014
Capítulo 15 (excerto)
Oregon 1964
Quando Mary a chamou à biblioteca sabia que o assunto era sério. Os assuntos importantes eram tratados naquela divisão. Não lhe apetecia ouvir sermões mas não lhe restava alternativa. Pensou seja o que Deus quiser e abriu a porta. Mary lá estava sentada na poltrona azul com ar sério. Como ela estava envelhecida. Há muito que não reparava nela e fazia o possível para que não a vissem durante o dia e, de noite fechava-se à chave e mesmo tendo pesadelos não deixava ninguém entrar no seu quarto.
Sim Mary, não volto a desaparecer durante todo o dia. Sim Mary! Sei que ficas preocupada. Sim Mary! Sei que sou uma neta para ti. Sim Mary! Já me disseste inúmeras vezes que criaste o meu pai e que é como um filho para ti…Sim Mary! Um pai não se trata assim, mas tu não sabes o que ele me fez…nem vais saber…prefiro morrer.
- Chega aqui filha. Quero falar contigo.
Gaby sentou-se e recatadamente virou as longas pernas de lado, unindo-as para que não ficasse visível mais do que o necessário. Nos últimos tempos baixou muito a bainha dos vestidos – ela própria o fez-, e começou a vestir na maioria das vezes calças e blusas largas. Disfarçar as generosas formas femininas que os seus treze anos lhe ofereceram era o seu propósito. Sentou-se pacientemente junto de Mary, a única pessoa que não a tinha traído dentro daquela casa, a única não, não estava a ser justa com o velho índio. Nos últimos três anos tinha sido ele o aliado nas suas fugas e desaparecimentos misteriosos.
- Sabes que estou a ficar muito velha Gaby, tenho setenta e seis anos e sinto-me cansada e, o que mais preocupa é ver-te nesse sofrimento. De uma vez por todas, filha, diz-me o que se passa contigo! Mudaste muito nos últimos três anos e, eu não sou cega. És uma jovem linda e trajas como se fosses um homem. Para além disso que eu considero ser um atentado à tua beleza, desapareces dias inteiros quando não estás na escola. Gaby! Algo de muito grave se passa contigo! Diz-me filha! Confia em mim.- suplicou de mãos postas .
Capítulo 15 (excerto)
Oregon 1964
Quando
Mary a chamou à biblioteca sabia que o assunto era sério. Os assuntos
importantes eram tratados naquela divisão. Não lhe apetecia ouvir sermões mas
não lhe restava alternativa. Pensou seja
o que Deus quiser e abriu a porta. Mary lá estava sentada na poltrona azul
com ar sério. Como ela estava envelhecida. Há muito que não reparava nela e
fazia o possível para que não a vissem durante o dia e, de noite fechava-se à
chave e mesmo tendo pesadelos não deixava ninguém entrar no seu quarto.
Sim Mary, não volto a desaparecer durante todo
o dia. Sim Mary! Sei que ficas preocupada. Sim Mary! Sei que sou uma neta para
ti. Sim Mary! Já me disseste inúmeras vezes que criaste o meu pai e que é como
um filho para ti…Sim Mary! Um pai não se trata assim, mas tu não sabes o que
ele me fez…nem vais saber…prefiro morrer.
- Chega
aqui filha. Quero falar contigo.
Gaby
sentou-se e recatadamente virou as longas pernas de lado, unindo-as para que
não ficasse visível mais do que o necessário. Nos últimos tempos baixou muito a
bainha dos vestidos – ela própria o fez-, e começou a vestir na maioria das
vezes calças e blusas largas. Disfarçar as generosas formas femininas que os
seus treze anos lhe ofereceram era o seu propósito. Sentou-se pacientemente
junto de Mary, a única pessoa que não a tinha traído dentro daquela casa, a
única não, não estava a ser justa com o velho índio. Nos últimos três anos
tinha sido ele o aliado nas suas fugas e desaparecimentos misteriosos.
- Sabes
que estou a ficar muito velha Gaby, tenho setenta e seis anos e sinto-me
cansada e, o que mais preocupa é ver-te nesse sofrimento. De uma vez por todas,
filha, diz-me o que se passa contigo! Mudaste muito nos últimos três anos e, eu
não sou cega. És uma jovem linda e trajas como se fosses um homem. Para além
disso que eu considero ser um atentado à tua beleza, desapareces dias inteiros
quando não estás na escola. Gaby! Algo de muito grave se passa contigo! Diz-me
filha! Confia em mim.- suplicou de mãos postas .
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