quarta-feira, 17 de abril de 2019

TRAZ-ME DE VOLTA(B.A.PARIS) - OPINIÃO


Confesso que fui atraída pela autora. Li o anterior, AO FECHAR A PORTA, e gostei muito. Este  não me cativou tão facilmente como o anterior desde o inicio, mas rapidamente fiquei presa à história. Desta vez a autora trouxe-nos o tema da "despersonalização", algo que por aqui só conhecemos dos livros de psicopatologia, pois até hoje, na minha prática clínica, e do que conheço da realidade portuguesa, não existe por cá. Portanto este é um tema muito americano, algo que na academia se diz que "só pode ser americano", não no mau sentido, mas porque ao que parece certas patologias são mesmo especificas do lado de lá do atlântico e especificamente do território dos USA.
Voltando ao livro, é um pouco arrepiante e imprevisível e a dada altura, baralha-nos mesmo. A autora soube manter o suspense até ao final e eu nem imaginava sequer, que o desfecho fosse aquele. Só mesmo no final compreendi o titulo e até a capa. A leitura é compulsiva e li-o em três dias, porque não tenho mais tempo livre, mas é livro para se ler de uma assentada. 
Esta autora tem uma predileção pelas mentes complicadas, algo que partilho, como leitora, escritora e terapeuta, portanto este livro é do meu agrado por inteiro. 
Curiosamente, sendo a autora de ascendência franco-irlandesa, e vivendo em França, situa a história em Inglaterra, de uma forma muito verídica. 
Recomendo vivamente a leitura deste Thriller. 


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Jogos Cruéis - Jodi Picoult (NOVIDADE)

Jodi Picoult

Sinopse

Vitima ou suspeito? O homem que ama é acusado de violação. E não é a primeira vez.
O juiz repetiu,: «Admite que teve conscientemente contato sexual com Catherine Marsh para satisfazer os seus próprios desejos» «Sim, Meritíssimo», respondeu Jack com uma voz que continuava a não ser a dele.

Jack St Bride, um bonito rapaz de trinta e um anos que acaba de cumprir pena por um crime sexual que não cometeu contra uma adolescente, decidiu refazer a vida na primeira cidade onde o seu instinto lhe disse para parar. Mas o passado não se apaga tão facilmente quanto queremos. Em Salem Falls, cidade maldita onde, em 1692, as famosas bruxas com o mesmo nome foram perseguidas... o destino tem reservado para Jack um desafio cruel.



A AUTORA

Jodi Picoult nasceu e cresceu em Long Island. Estudou Inglês e Escrita Criativa na Universidade de Princeton e publicou dois contos na revista Seventeen enquanto ainda era estudante. O seu espírito realista e a necessidade de pagar a renda levaram-na a ter uma série de empregos diferentes depois de se formar: trabalhou numa corretora e numa editora, foi copywriter numa agência de publicidade e foi professora de inglês. Em 2003, foi galardoada com o New England Bookseller Award for Fiction e a esta consagração muitas outras se seguiram. Com mais de catorze milhões de exemplares vendidos, está traduzida em 34 idiomas.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Desenmerda-te mindset - OPINIÃO



Aceitei este desafio concordando em dar uma opinião honesta. Pois bem, lá vai. Para começar, digo já que este não é o meu genero de leitura, embora já tenha lido uns quantos e, sem ser o GOSTE DE SI, do Luis Martins Simões, oferecido por uma amiga, há muitos anos e...este LIVRO do Fernando Moreira, não me daria ao trabalho de ler outros.  Esse é o motivo pelo qual não vêem livros desses por aqui. Abri uma excepção ao Fernando e ainda bem. 
Não tenho nada contra o género literário, mas a maioria cai em frases feitas que, a avaliar pelo discurso de pacientes desesperados que me chegam ao consultório culpabilizados por lerem literatura deste género, como se fossem antidepressivos, que lhes aponta os defeitos e lhes GRITA, que está nas maõs deles curarem-se, então mais valia não existirem. De resto são optimos para gente saudável, pois esses, conseguem colocar em prática todos os seus ensinamentos, tipo "segredo" e outros na sua linha.




Voltando ao Desenmerda-te, e a começar pelo titulo, arrancou-se umas boas gargalhadas com algumas análises muito lucidas e plenas de significado pessoal, mas, também, algo que pensamos mas não temos coragem de dizer por uma questão de educação ou pelo politicamente correcto. Está na moda as formações para promover competencias, aquelas que se adquirem na vida e na relação com os outros. O Fernando teve a coragem de colocar tudo isso a nú. 
 Desenmerda-te fala dos problemas com conhecimento, sem falsas esperanças do género " faz isto que alcanças aquilo". Não podemos viver sem ansiedade, sem tomada de consciencia e sem a capacidade de aceitar aquilo que naõ podemos mudar. 
Depois desmistifica o Amor, a Liberdade...e a Motivação. Essa achei o máximo. Leiam. Vale mesmo a pena. Não vou revelar mais, digo-vos que o Desenmerda-te, não está com "merdas" e chama os "bois" pelos nomes. Só quem já passou por muita coisa e refletiu e aprendeu com isso, pode escrever um livro assim. 
Por ultimo confesso que o titulo não me soa muito bem, mas até ai, a dissonância cognitiva que me provoca, poderá ser util, quem não ouviu já essa famosa frase tão educativa.  
Parabens Fernando Moreira e que venham mais. 


domingo, 7 de abril de 2019

Perfeito ( Judith MacNaugt) - NOVIDADE


Aí vem mais uma novidade de uma das autoras preferidas das leitoras portuguesas.

Sinopse

Julie foi abandonada à nascença nas ruas de Chicago. Um início de vida triste a que se seguiu uma magnífica reviravolta. A sorte - que escapa a tantas e tantas crianças - sorriu-lhe e Julie foi adotada por uma família carinhosa.
Agora, já adulta, está determinada a retribuir toda a bondade que recebeu.

Zack tornou-se famoso graças ao seu talento enquanto ator e realizador. Mas a fama que o glorificou também acelerou a sua queda... e da forma mais cruel. Injustamente acusado de assassinar a mulher, Zack é condenado a uma pena de 45 anos. Agora, acaba de escapar da prisão… e de raptar Julie, levando-a para uma cabana isolada nas inóspitas montanhas do Colorado.

Apesar da revolta que sente, Julie não consegue ignorar a sua intuição, que lhe diz estar perante um homem inocente. Zack, por sua vez, não consegue voltar a confiar em ninguém… talvez nem no seu próprio coração.

No momento em que as suas vidas se cruzam, Julie e Zack veem os planos que haviam traçado para si mesmos serem irremediavelmente alterados.

Com passados tão sofridos, conseguirão eles desafiar - de novo - o destino e construir algo… perfeito?

Adquira o seu AQUI.  O livro está com desconto pré- venda. 


sexta-feira, 5 de abril de 2019

A Mulher à janela - Opinião



Adoro um bom policial que contenha muito suspense e confesso que apesar de guardar este livro na "pilha por ler" um bom tempo, foi com enorme curiosidade que comecei a leitura. No entanto depressa me desiludi. A história é muito interessante, a trama está bem construída, mas o livro não "anda". Foi penoso chegar ao fim, embora o autor nos deixe sempre na duvida. Até ao fim, pensei sempre que o criminoso era outro e, bato as palmas ao autor por ter escondido tão bem a personagem do qual ninguém suspeita. 
Este livro, no meu ponto de vista, mais parece um argumento de cinema - tenho a certeza que vai ser um grande filme -, do que um livro. 

Por outro lado, creio que a descrição da Fobia da personagem principal está muito bem documentada bem como todo o envolvimento psicoterapêutico. As descrições de cenários são muito boas e, todas as personagens, sem excepção, também são muito credíveis e, só por isso vale a pena ler o livro. Mas preparem-se para muitas páginas de impasse que tiram o ritmo ao livro.


A Mulher à Janela, é a história de alguém que vive uma vida dramática e a que determinada altura, presencia um crime, mas ninguém acredita nela. Como psicoterapeuta apreciei muito este "caso clínico", mas como leitora, lamento o pouco ritmo do livro, no entanto, a minha opinião vale o que vale e o que para uns pode ser monótono, para outros poderá estar bem. Avaliem por vocês e boa leitura. 

quinta-feira, 21 de março de 2019

"Traz-me de Volta " de B.A.PARIS -NOVIDADE


B.A.PARIS


SINOPSE
Ela desapareceu. Ele seguiu a sua vida. Muitos segredos ficaram por revelar.

Finn e Layla são jovens, estão apaixonados e têm a vida toda para serem felizes. Ao regressarem de umas férias em França, já de noite, Finn para numa estação de serviço, deixando Layla sozinha dentro do carro . Minutos depois, ao dirigir-se de volta à viatura, descobre que a namorada desapareceu. E nunca mais a viu . Esta é a história que Finn conta à polícia. É a verdade - mas será toda a verdade?

Passaram-se doze anos. Finn construiu, entretanto, uma nova vida ao lado de Ellen, irmã de Layla. Um dia, alguém que ele conhece do passado telefona-lhe e diz-lhe que viu Layla. Mas será mesmo ela - ou alguém a querer passar-se por ela? Se for Layla, o que querererá? E o que terá ela a dizer sobre a noite em que desapareceu? Um tour de force de suspense psicológico, este novo romance da autora bestseller B. A. Paris, leva o leitor a questionar tudo e todos até ao climax admirável.

A AUTORA
B. A. Paris, de ascendência franco-irlandesa, nasceu e cresceu em Inglaterra em 1958. Foi viver para França, onde trabalhou durante alguns anos num banco internacional até se formar como professora e fundar uma escola de línguas com o marido.


Ao Fechar a Porta é o seu primeiro romance, que teve um excelente acolhimento por parte da crítica literária e um retumbante sucesso mundial, com mais de um milhão de exemplares vendidos. a sua publicação está assegurada em mais de 35 países e tem direitos vendidos para o cinema.

B. A. Paris vive em França com o marido e as cinco filhas de ambos.

sábado, 16 de março de 2019

"Desenmerda - te mindset " de Fernando Moreira


Fernando Moreira


Acabadinho de chegar via correio, o livro de Fernando Moreira, do qual já li umas páginas ( não resisti) e confesso que já dei umas gargalhadas. 

SINOPSE
Desenmerda-te Mindset nasce da constatação de que muito do que vivemos, do que fazemos e queremos fazer nada tem de fácil, e de que, se queremos concretizar algo e também realizarmo-nos, a atitude ideal é encontrarmos o que nos move e estarmos disponíveis para aceitar o que a vida nos proporciona – incluindo a dor, a perda e o fracasso.

Se estás à espera de aqui encontrares uma lista de passos ou de dicas para alcançares seja o que for, desengana-te. Aqui não há receitas que possam ser copiadas. Desenmerda-te.

Em vez disso, este livro leva-te numa viagem pelos princípios e verdades que me têm guiado a partir do momento em que me dispus a observar que sou incompetente, que fracassei tantas e tantas vezes, que não tenho respostas e que estarei sempre desarmado face à minha vulnerabilidade.

Este livro conta o que aconteceu quando assumi que o melhor era simplesmente celebrar tudo isso.

O Desenmerda-te Mindset foi escrito em capítulos segmentados com a intenção de permitir a leitura por partes e facilitar a revisitação delas.

“Se a ideia de viver fosse apenas seguir dicas, receitas e bestsellers seríamos todos bilionários iluminados com abdominais perfeitos.” - in Desenmerda-te Mindset


O AUTOR

"Os outros chamam-me de Fernando. Pelo calendário gregoriano, nasci a 18 de setembro de 1987, que por azar coincide sempre com o início do ano escolar português. Frequentei a escola formal durante 18 anos conseguindo, ainda sem saber bem como, formar-me em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Cedo percebi que a escola formal não me dava o que eu precisava e comecei a fazer algumas coisas "por fora". Tudo o que fiz na minha vida com eco e com impacto teve muito mais a ver com como lidei com o que não sabia, do que com o que na realidade sabia. Fundei e fiz parte de associações, fiz consultoria informal para negócios e projetos, fundei e criei empresas — em que umas foram de facto um fiasco, outras pagaram as contas e fecharam, outras até correram bem e outras que ainda correm bem. Já tentei fazer muitas coisas diferentes e independentemente do resultado todas elas trouxeram "estaleca" ao meu percurso. Hoje, em 2019, vivo em Lisboa e tenho essencialmente duas funções - Facilitar um grupo de pessoas a que damos o nome de Angry Ventures — onde resolvemos os problemas de pessoas através de produtos tecnológicos e facilito uma coordenação do curso de Computer Science e Practical Programming na ETIC — Escola de Tecnologias Inovação e Criação em Lisboa."

OPINIÃO EM BREVE . Podem encontrar o livro aqui. 

domingo, 3 de março de 2019

"A ILUSÃO DE MERIT de Colleen Hoover" - OPINIÃO


Dos três livros que já li da autora - todos excelentes histórias - , este foi o que deixou um impacto maior. Sinceramente comprei o livro assim que foi lançado por cá. Não gosto muito da capa e até a acho repulsiva, no entanto, depois de ler o livro, entendo a escolha. 
Quanto à escrita, mais uma vez fiquei maravilhada, apesar de livros escritos na primeira pessoa, não ser o meu género de leitura preferido, uma vez que a perspectiva é só uma e eu gosto de saber o que as outras personagens pensam.
Voltando à história, desta vez rendi-me mesmo ao tema. O livro conta a história de uma família, onde o ponto de vista de Merit se revela ora de uma maturidade muito acima da sua idade, ora muito própria de uma adolescente. E é com a a sua narrativa que vamos desvendando a história. 
 Merit e a sua família um tanto disfuncional  é protagonista de uma vivência peculiar, onde a doença mental, a confusão de gerações, a homossexualidade e a  rivalidade fraterna coexistem de forma mais ou menos pacifica até que um dia Merit resolve revelar os segredos de todos que ela carregava nas suas costas e aí a pretensa harmonia familiar desmorona-se como um castelo de cartas ao vento. 
Como psicoterapeuta e terapeuta familiar este livro caiu-me que nem uma luva do mais puro cetim. A paciente identificada da família, Merit, dá voz aos seus sofrimentos - os sofrimentos de todos segundo a teoria sistémica e psicanalítica - através de uma narrativa simples e adolescente, ao mesmo tempo que descobre o amor por Sagan. Esse amor, que ela julgava não ser para si, move-a a fazer coisas que nem sempre a favorecem. Toma decisões drásticas, mete os pés pelas mãos e sofre como qualquer ser humano. 
 Curiosamente, todos os personagens do livro, são muito interessantes. Ler este livro é uma aventura de sorrisos e de reflexão sobre a vida, onde ninguém é o que parece ser. Nem o cão. 
Outro dos aspectos deliciosos deste livro é a paisagem onde decorre. Os pormenores são fantásticos, quase nem nos lembraríamos que podiam existir e, a cerca branca da igreja - a morada da família, sim a família habita uma igreja - são o ponto alto do livro. Tudo nesta estranha morada de família é delicioso. 
Não vou revelar mais. Descubram se quiserem, e deliciem-se como eu o fiz. Aliás, este é um dos livros que dá ressaca. Ficam avisados(as)!
Sinopse
«Nem todos os erros merecem ser punidos. Por vezes, merecem apenas perdão.»

Merit Voss tem uma vida pouco normal. Vive numa igreja reconvertida com uma família disfuncional e pouco ortodoxa: a mãe, sobrevivente de cancro, ocupa um quarto na cave, o pai é agora casado com a antiga enfermeira da mãe, o meio-irmão mais novo não pode comer nem fazer nada que seja divertido e tanto o irmão mais velho como a sua irmã gémea, Honor, são a imagem absurda da perfeição. E Merit sente que nunca será assim.

Merit coleciona troféus que não ganhou e segredos de família que é obrigada a guardar. Numa visita a um antiquário em busca do próximo troféu, Merit conhece Sagan, que logo a deixa completamente desarmada e com um novo brilho nos olhos - até ela perceber que ele é inalcançável.

Cansada de se sentir invisível, e cada vez mais mergulhada no abismo, Merit decide acabar com a ilusão da família perfeita e revelar a verdade há tanto tempo escondida. Mas não estará Merit também a esconder a verdade sobre si mesma?

 A AUTORA

Colleen Hoover é uma autora norte-americana que já atingiu o 1.º lugar no top de vendas do New York Times e comoveu muitos leitores com os seus seis livros publicados, incluindo Um Caso Perdido (Hopeless).

Colleen cresceu numa quinta, no Texas, casou-se aos 20 anos e tirou uma licenciatura em Serviço Social. Trabalhou nos Serviços de Proteção a Crianças, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil.
Vive com o marido e os três filhos à beira de um lago no Texas.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

"ATÉ TE CONHECER" de Judith McNaugt - OPINIÃO


Judith McNaugth - Westmoreland #3

Este é o terceiro livro da série Westmoreland e também um dos mais românticos e de leitura compulsiva. Como é típico desta autora, o livro tem doses equilibradas de romantismo, mistério, crime e mais no final erotismo quanto baste. 
A primeira parte do livro parece um tanto desfasada do resto, uma vez que se centra muito sobre a história da jovem protagonista, no entanto e à medida que os dois personagens se aproximam do encontro "fatal" - porque ia sendo mesmo fatal para um deles - é impossível descolar os olhos do livro. 
Mais para a frente, quando aparecem Witney e Clayton então a história é mesmo deliciosa. Mais uma vez os costumes de Inglaterra do século dezanove, aparecem ao longo de toda a história, no entanto, a novidade é que aborda ligeiramente os costumes dos colonos Americanos, cruzando as duas culturas, quando junta uma americana e um lord inglês da mais alta sociedade Londrina. 
Recomendo vivamente esta leitura, aos apreciadores do género. 



SINOPSE


A sonhadora Sheridan Bromleigh, professora numa escola de elite americana, é contratada para acompanhar a jovem Miss Charise Lancaster até Inglaterra, onde esta se irá encontrar com o noivo, Lord Burleton. Mas a mimada Charise tem outros planos, e acaba por fugir com um rapaz que conhece no navio, deixando para Sheridan o embaraço de dar a notícia. À sua espera nas docas está Stephen Westmoreland, que tem também algo para partilhar: Lord Burleton sofreu um terrível acidente. Stephen assume que a mulher que desce da embarcação é Charise Lancaster e está prestes a revelar a tragédia quando ela é atingida na cabeça… e perde os sentidos. Três dias depois, Sheridan acorda sem qualquer memória de quem é ou de onde vem. A única pista do seu passado está no nome pelo qual todos a tratam: Miss Lancaster. Tem o belíssimo Stephen para cuidar dela e um futuro risonho pela frente. O conhecimento do passado não parece ser assim tão importante... Mas com tantos mal-entendidos à mistura, poderá esta história acabar bem? Dos confins da América à Londres elegante da década de 1820, esta é uma aventura romântica de Judith McNaught que não vai querer perder…




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

"MARINA - Carlos Ruiz Zafon" OPINIÃO



Foi o segundo livro que li do autor. Já li a Sombra do Vento, que achei fenomenal, e tenho o resto da saga na prateleira para futuras leituras. 
Longe de ser a história que espera - embora já esperava algo pesado - li-o de uma assentada. Trata-se de um daqueles livros que jamais se esquece, fica gravado na memória, para o melhor e para o pior. Um dia se o lerem vão perceber. Tem tudo aquilo que o autor sabe usar magistralmente. Em primeira lugar transporta-nos através de uma Barcelona dos anos oitenta que hora parece real, ora parece mística e saída de um conto macabro. 
As personagens são fantásticas do ponto de vista da descrição física e psicológica e o mistério da história é algo em que nunca estaríamos à espera. 
MARINA é um romance "perfeito", combina amor, mistério, o horror e o macabro na arte de Zafon de nos contar histórias que nos deixam presos do principio ao fim do livro. 
Recomenda-se com 5*****


Sinopse

Óscar Drai sonha acordado, deslumbrado pelos palacetes modernistas próximos do internato onde estuda. Numa das escapadelas nocturnas conhece Marina, uma rapariga audaz e misteriosa que irá viver com ele a aventura de penetrar num enigma doloroso do passado da cidade e de um segredo de família obscuro.




sábado, 2 de fevereiro de 2019

"Regresso a Casa" de Deborah Smith - Opinião

Terminei, na madrugada passada, mais um livro de Deborah Smith que já tinha na estante há algum tempo. Desde que li "O café do Amor", o meu primeiro livro da autora, que fiquei fã da sua escrita.
A história começou um tanto lenta e até quase meio do livro, a história dos dois personagens principais decorria em paralelo o que, na minha opinião, empobreceu um pouco o desenrolar da trama, pelo que senti-me uma tanto frustrada quando a história não avançava com celeridade. A forma como a autora apresenta o enredo do livro, não o torna num livro que se devore de imediato, como A DOÇURA DA CHUVA, ou DOCES SILÊNCIOS. No entanto, é uma história muito bem conseguida e mais uma vez a autora, mostra-nos a América profunda do povo que vive nos Apalaches. As montanhas rochosas, aparecem aqui, descrita com majestade, a tal ponto que nos imaginamos a percorre-las lado a lado com Quentin e Ursula.
A vida dos Rednec's ameriacanos está retratada no livro e grande parte da história decorre no cenário das montanhas, entre o seu povo, e evidenciando a sua cultura, modo de vida, rudeza, mas também, a generosidade e espírito de entre ajuda para com os seus.  É uma história que fala de perdas, grandes perdas, mas também - e como se quer num romance bem escrito - de amor, perdão, evitabilidade e resiliencia. Como sempre a autora é eximia a criar personagens - muito reais - que nos fazem acreditar na espécie humana e no que temos de bom. Não é um livro que eu dê cinco estrelas, porque, a forma como foi escrito, leva demasiado tempo a desenrolar a trama principal, mas recomendo sem duvida para quem gosta de livros que falam de pessoas reais.



Os Apalaches são uma cordilheira da América do Norte estendendo-se da Terra Nova e Labrador, no Canadá, ao estado de Alabama, no sudeste dos Estados Unidos, apesar de a sua parte mais setentrional acabar na península de Gaspé, do Quebec.

A cadeia é dividida em uma série de picos, com as montanhas tendo uma altitude média de aproximadamente 900 m. O ponto culminante é o Monte Mitchell, com 2040 m de altitude, sendo também o ponto mais elevado dos Estados Unidos a leste do rio Mississippi, e de todo o leste da América do Norte. As Montanhas Verdes fazem parte desta cordilheira.


Redneck é o termo utilizado nos Estados Unidos da América e Canadá para nomear o estereótipo de um homem branco que mora no interior do país, tem poucos rendimentos e é de origem humilde e tradicionalista. A origem do nome deve-se ao fato de que pelo trabalho constante dos trabalhadores rurais em exposição ao sol ficarem com seus pescoços avermelhados (do inglês red neck, "pescoço vermelho"). É usualmente utilizado nos dias atuais para rotular de maneira pejorativa os brancos sulistas conservadores. O termo também é usado amplamente para depreciar a classe trabalhadora e os brancos rurais que são percebidos pelos progressistas urbanos como não liberais o bastante. Ao mesmo tempo, alguns sulistas brancos recuperaram a palavra, se autoidentificando-se por meio dela e usando-a com orgulho. Costuma ser traduzido para o português no Brasil pelo termo "caipira" e em Portugal por "saloio"
(Fonte Wikipédia)

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

TAG - PERGUNTAS LITERÁRIAS


Descobri esta TAG no blog As Leituras da Fernanda, que lançou um desafio geral. Senti-me desafiada. Aqui está. Quem quiser sinta-se desafiado a responder.

#1 Gostas de ler? - Mais do que gostar, a leitura está entranhada em mim, desde que tinha uns nove anos. É portanto, quase uma questão de pele. AMOR mesmo. 

#2 Qual foi o último livro que leste? - Os Loucos da Rua Mazur, do João Pinto Coelho. 

#3 Com que frequência lês? - Todos os dias, mesmo. 

#4 Qual foi o último mau livro que leste? - Não existem livros maus, pelo menos na minha perspectiva. Tem sempre algo de bom, no entanto, posso não o ler até ao fim, coisa que em mim, também é difícil, raramente desisto de um livro. Que me lembre desisti de um da Danielle Steel o ano passado.

#5 O que te faz não gostar de um livro? - O enredo não correr de forma ligeira e a facilidade em adivinhar o próximo passo. 

#6 Gostarias de ser escritora? - Até agora já escrevi dez livros - todos romances - mas ainda tenho duvidas se serei escritora. Sem falsa modéstia mas com um pouco de ironia, sim, gostaria muito de ser escritora num país que só reconhece quem é mediático. Mas como isso é impossível, publico na amazon, como independente. 

#7 Um livro que influenciou a sua vida? - Todos influenciam, porque alimentam a minha alma. Mas o que mais influenciou a minha vida, que me fez compreender muito do ser humano, foi sem  duvida o LOBO DAS ESTEPES de Herman Hesse. Este livro, que só consegui ler à terceira vez, foi uma espécie de catarse. Até hoje e já lá vão muitos anos que o li, ainda tenho gravadas na memória as sensações que me provocou. 

#8 Lês literatura erótica? - Já li alguma, quando era mais jovem, penso que faz parte do desenvolvimento, mas actualmente não. É um género que não me atrai. 

#9 Escreverias um romance erótico? - Já escrevi. JARDINS DE LUAR, é erótico. Foi um desafio que coloquei a mim própria. Passo a explicar. Nessa altura estava muito activa na plataforma de escritores e leitores WATTPAD, e o género literário mais lido e procurado era esse. Um tanto frustrada por as histórias mais "sérias" que eu e outros escritores produzíamos, não terem essa visibilidade, resolvi fazer a experiência. Resultou, foi uma experiência curiosa, pesquisei imenso porque situei o livro no final do século XVII, mas foi o único. Respeito que escreve e lê o género, mas é mesmo uma questão de gosto pessoal. Acrescento que numa sociedade muito erotizada pelos mídias, cada vez mais cedo os jovens consomem este género literário. Confirmei nas estatísticas do Wattpad que a faixa etária que consumia o género era muito nova. 

#10 Qual é o teu livro e/ou série favorito? - Os livros são todos favoritos, mas tenho duas séries da Netflix que sou fã incondicional de Peaky Blinders e The Last Kingdom. 

#11 Escritor/a favorito/a? - Gabriel Garcia Marquez, Lesley Pearse, Deborah Smith, Jude Dvereaux, Paullina Simons, Sandra Brown, Elizabeth Adler, Colleen Hoover, Judith MacNaugt,  Carla M. Soares, João Pinto Coelho, Célia Loureiro, Rui Conceição Silva, Rosa Lobato Faria entre tantos que não me recordo agora. 

#12 Género literário favorito? - Romance, Thriller, histórico.

#13 Género literário que não lês? - Fantasia e erótico.
#14 Ficas sempre na tua zona de conforto na leitura? - Depois de muitas décadas a ler, sim. Até aos meus vinte anos, devorei muitos livros de muitos géneros, e sinto-me mais confortável nos três géneros mencionados acima. 

#15 Livros físicos ou e-books? - Físicos sem dúvida, mas não tenho duvidas que o digital irá ganhar daqui por muito tempo, até por uma questão ecológica. Vou deixar como legado aos meus filhos uma boa biblioteca de livros físicos.

#16 Onde aprendeste a ler e/ou quem te ensinou as primeiras letras? - A minha mãe ensinou-me as primeiras letras e, mais tarde aprendi na escola primária a desenvolver essa capacidade. 

#17 Os teus hábitos de leitura mudaram depois de teres o blog? - Não. O blog é um reflexo do que sou, do que escrevo e leio. 

#18 Livro favorito na infância? - Cresci com os livros do Walt Disney e com os contos de Henderson. 

#19 Personagem favorito? - Tom Shelby dos Peaky Blinders. Aproxima-nos do lado negro, e transgressor que existe em todos nós.

#20 Algum livro já te transportou para outro lugar? - Todos. Viajo imenso com as minhas leituras. 

#21 Livros que gostarias que tivessem uma sequência? - Nunca achei que um livro merecia uma sequência. Das poucas que tenho lido, acho sempre que não valeram a pena, à excepção de três livros de Lesley Pearse que foram continuação. 
#22 Livro que não necessitava de uma sequência? - Não me recordo.  

#23 Qual o teu pior hábito de leitura? - Ler deitada. 

#24 Quanto tempo levas a ler um livro? - Depende do tamanho. Mas quase sempre uma a duas semanas. 

#25 Gostas quando um livro é adaptado ao cinema/televisão? - Não. Fica sempre aquém do livro.
#26 Livro arruinado pela adaptação ao cinema? O Código Da Vinci de Dan Brown. 

#27 Lês jornais ou revistas? Qual preferes? - Leio jornais online e algumas revistas, Sábado, Visão. 

#28 Lês na cama, casa-de-banho, automóvel, autocarro, praia, jardins públicos ou cafés? - Leio em todos esses sítios. Sou uma adicta confessa. 

#29 Local favorito para ler? - Cama, com uma boa almofada de apoio para os braços. 

#30 É difícil concentrares-te na leitura? - Não. Quando leio desligo do que está à volta. Aliás, a leitura tem a função - entre outras - de me "limpar" a mente ao fim de uma tarde de consultas. É a minha forma de mudar de registo, porque é preciso, para manter a sanidade mental. 

#31 Precisas de silêncio total para ler? - Não. Como disse, leio em qualquer lado.
#32 Quem te transmitiu o amor pela leitura? - Penso que foi um conjunto de circunstâncias. A minha mãe em primeiro lugar, por ser analfabeta e falar-me sempre da importância de saber ler e o facto de nos anos setenta não existir televisão na nossa casa, e morar numa quinta isolada do mundo. Foi através dos livros que aprendi a conhecer o mundo, ou seja, as pessoas e o que pensavam. Consegui contagiar a minha filha mais velha com este hábito tão saudável e ainda não perdi a esperança de fazer o mesmo com o meu filho mais novo. A neta de dois anos e meio já vive no meio dos livros por influência da mãe. 

#33 Escritor/a que gostaria de entrevistar? - Lesley Pearse. 

#34 Escritor/a que daria um/a excelente amigo/a. - Não sei. É difícil, uma vez que não conheço nenhum pessoalmente. 

#35 Livro que releste mais vezes? - Ainda não me aconteceu. Estou sempre à procura de novas histórias. 

#36 Escritor/a clássico favorito/a? - Camilo Castelo Branco. Era dono de um humor fantástico. 

#37 Livros que deviam ser indicados na escola? - Livros mais fáceis de ler.  Hoje em dia os miúdos tem poucos hábitos de leitura - devido à presença constante das tecnologias - e ao depararem-se com leituras difíceis ficam com má impressão da literatura. 

#38 Livros que deviam ser banidos da escola? - Não acho que os livros, sejam quais forem, devam ser banidos do plano nacional de leitura. Devem é ser acrescentados novos autores portugueses uma vez que temos bons escritores. 

#39 Preferes ler um livro de cada vez ou vários ao mesmo tempo? - Um de cada vez.
#40 Qual a tua política de empréstimo de livros? - Só empresto a quem confio que mos devolvem e não os estragam. Sou "comichosa" com os meus livros. 

#41 O que estás a ler? - Regresso a Casa de Deborah Smith. 

#42 Qual será a tua próxima leitura? - Não sei. Tenho uma "Pilha" enorme por ler ( cerca de 50) e, logo verei o que se segue. Talvez um thriller. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

"Os Loucos da Rua Mazur - Opinião"

João Pinto Coelho

Só não estou em "choque" porque já conhecia os factos históricos nos quais o autor se baseou para escrever o livro. No entanto, a forma como João Pinto Coelho construiu a narrativa deixa-nos em sobressalto até ao fim do livro. Acompanhar os três personagens do livro é uma aventura de horror por vezes e, por outras, uma delicia e um hino ao amor e à inocência.
As atrocidades cometidas contra os judeus, é do conhecimento mundial, se bem que, pormenores deste tipo, escapam aos livros de história, pois só os estudiosos conhecem o horror por detrás da guerra e dos principais responsáveis: os nazis.
Em tempo de guerra as pessoas enlouquecem, mas, os mais loucos, veio a verificar-se, não estavam no manicómio ao fundo da Rua Mazur. Estavam cá fora e eram bem mais perigosos. 
Confesso que não é fácil falar sobre este livro, a impressão que nos deixa é tão atroz que quase paralisa. Imaginar que homens e mulheres que se dizem bons cristãos, um dia atentaram contra os da sua espécie só porque eram judeus, é avassalador. Não se recomenda aos espíritos mais sensíveis que o leiam, mas atrevo-me a dizer que devia ser obrigatória a sua leitura. Quiça fazer parte do plano Nacional de leitura. Porque não? A lição a tirar destes factos é tão forte e pedagógica que os nossos jovens deviam conhecê-los.
Recomenda-se o livro e o autor vivamente. Parabéns João Pinto Coelho, e que venham mais.

O AUTOR


João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz (Oswiécim), na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e implementou o projeto Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012. Perguntem a Sarah Gross é o seu primeiro romance.
Em 2017, venceu o Prémio Leya com o romance Os Loucos da Rua Mazur.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

"Novidade - O Príncipe da Meia Noite"


SINOPSE
Lady Leigh Strachan tem sede de vingança. Após o violento massacre da sua família, está determinada a ver sofrer aqueles que lhe destruíram a vida. Mas, para isso, precisa de aprender a disparar uma pistola, a manejar uma espada, a montar um cavalo… e a única pessoa que a poderá ajudar é o lendário Seigneur du Minuit - o Príncipe da Meia-Noite.

Mas, ao encontrá-lo, Lady Leigh depara-se com um cenário inesperado: o outrora ágil e sedutor salteador encontra-se debilitado e a viver num castelo em ruínas com apenas um lobo por companhia. A jovem, porém, não desiste. Pois não acredita na derrota do herói cuja fama ainda corre de boca em boca… e não resiste ao seu olhar, no qual brilha ainda uma chama feroz.

Conseguirá Leigh despertar o tão amado Príncipe da Meia-Noite, fazer correr novamente nas suas veias o sangue de um bandido?

E será isso que ela realmente quer?

A AUTORA


Laura Kinsale, autora bestseller do New York Times, é vencedora do prémio Best Book of the Year da Romance Writers of America, e presença frequente nas listas de nomeados. Após uma breve carreira como geóloga, dedicou-se inteiramente à escrita. Flores da Tempestade, publicado pela ASA, foi eleito pelos leitores da Glamour Magazine e do Washington Post como Uma das Melhores Histórias de Amor de Sempre.
Laura e o marido dividem o seu tempo entre Santa Fé e o Texas.






Os apreciadores da escrita da autora já podem pré encomendar o livro com 10% de desconto. Aqui. 

domingo, 13 de janeiro de 2019

"Novidade - Uma Noite em Lisboa"


Erich Maria Remarque

Sinopse

A Alemanha nazi ocupava grande parte da Europa. Terra de todos e de ninguém devido ao jogo duplo de Salazar, Lisboa foi durante toda a guerra um território neutro. Num cenário de conflito e perseguição, tornou-se num paraíso à beira-mar plantado. Para além da sua beleza natural e da paz, foi uma das poucas portas de saída para os que desejavam uma oportunidade para construir uma nova vida do outro lado do Atlântico. Depois… uma noite em Lisboa, quando um refugiado olha cobiçosamente para um transatlântico, um homem aproxima-se dele com dois bilhetes de embarque e uma história para contar.

É uma história perturbante de coragem, traição, risco e morte. Onde o preço do amor vai para além do imaginável e o legado do mal é infinito. À medida que a noite evolui, os dois homens e a própria Lisboa criam um laço que vai durar o resto das suas vidas…

O AUTOR 
Erich Maria Remarque nasceu a 22 de Junho de 1898 para se vir a tornar num dos mais importantes escritores do séc. XX. Banido pelos nazis por ser alegadamente descendente de judeus franceses, viu os seus livros serem atirados para a fogueira e foi exilado em 1933 sob acusação de fazer propaganda contra o nacionalismo alemão. Remarque viu, ainda assim, o seu trabalho reconhecido ao mais alto nível da literatura e chegou mesmo a ser um dos grandes candidatos ao Nobel na sua época. Este foi o seu último trabalho completo e a sua obra foi eternizada pelos seus leitores em todo o mundo. Dono de uma escrita magistral e de um profundo conhecimento da alma humana, Remarque ficará para sempre na história da literatura.



Caros leitores, o mês de Janeiro traz imensas novidades no género romance. Vou deixando aqui aquelas que me parecem mais "apetecíveis". Boas leituras para uns e força nesses dedos para outros. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

"6 de Abril de 96 - Opinião"

Sveva Casati Modignani

Opinião
Apesar deste livro já ter saído em Portugal há algum tempo, só agora o li. Tenho lido todos os livros do casal que usa o pseudónimo - embora só ela apareça como autora - , e não me tem desiludido. Os autores têm explorado muito bem a vida dos italianos de todas as classes sociais. Gostei deste livro, especialmente porque fala da vida do camponeses de uma forma tão real que quase nos imaginamos no meio das cenas. As personagens, muito bem construídas, prendem o leitor ao livro querendo saber mais, no entanto a certa altura, creio que o facto de a história estar dividida por personagens, baralha um pouco. A escrita é fluída, como sempre, e rica de pormenores descritivos, sem chegar ao ponto de chatear o leitor.  Como sempre os autores privilegiam o feminino em todo o seu mundo. Quanto ao titulo creio que IRENE, teria ficado melhor, já que a história é a vida da personagem.
 Uma boa leitura.



Sinopse
Para recuperar a memória, depois de ter sido violentamente agredida, Irene tem diante de si uma difícil tarefa - uma dolorosa viagem ao passado. Ainda jovem e bela, Irene carrega uma pesada herança - a mãe e a avó tinham pago caro as tentativas de afrontar a moral vigente e as convenções de um mundo rural que as subjugava. Também ela não será poupada quando abandona o campo e parte em busca do seu próprio caminho. Apesar do sucesso profissional e bem-estar económico que alcança, Irene não encontra o equilíbrio emocional. Será necessária uma crise profunda para que ela encontre forças para aguardar o futuro com serenidade e confiança.

6 de abril’96 é um romance empolgante dedicado às mulheres: as que lutaram por assumir as rédeas do seu próprio destino e as que hoje usufruem das conquistas alcançadas então.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

"O Segredo da Casa de Riverton - Opinião"

Kate Morton

Gostei muito deste livro. Adoro a escrita da autora, no entanto custei a engrenar com a leitura, porque a história começa de uma forma um pouco lenta, outras partes são um pouco pesadas, mas a escrita da autora, as personagens e as descrições, fizeram-se permanecer fiel à leitura, embora tenha demorado um pouco mais de tempo para ler 500 páginas, do que é habitual. Levei este livro de viagem quando fui a Londres - há três semanas - e andei por Londres nas ruas por onde se passam as cenas.
É tão bom imaginar as cenas quando se está no local!
Na segunda parte o livro acelera um pouco a sequência das cenas e torna-se impossível desviar os olhos da leitura. Quando se aproxima do final, então é de loucos e, o final é algo que jamais me passaria pela cabeça - enquanto leitora, porque como escritora achei genial -  e, até hoje fico a pensar no que levaria um ser humano àquela decisão. Não revelo mais. Leiam que vale a pena. 
Um romance deveras brilhante.


SINOPSE
Como sobrevivem os que presenciam a tragédia?

verão de 1924
Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.

inverno de 1999
Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte trágica do poeta.
Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente.
Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira guerra e rendida aos loucos anos 20, O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Império de Palha (Elisa de Mira) - Lançamento

Elisa de Mira

Decorreu ontem, dia 19 de Dezembro, pelas dezoito horas, na sala dos Leões na Câmara Municipal de Évora, o lançamento do pequeno conto da minha amiga Elisa de Mira, IMPÉRIO DE PALHA, um pequeno conto, contos de acordar - acordar para a vida - como a autora lhes chama. Um conto que fala da vida da aldeia, mas que pode bem ser a vida de qualquer sitio, que nos conta sobre a injustiça, a inveja, a ganância e o perdão.
Nem sempre são os grandes livros que tem grande conteúdo, este pequeno livro, conta-nos muito sobre a vida e o sentir das gentes dos pequenos lugares.
Foi com enorme prazer que estive presente, no lugar de apresentadora do livro. Quem me conhece sabe que não sou muito de aparecer na primeira fila, sou mais de bastidores, no entanto, aceitei o desafio e lá estive.
Foi um momento emotivo, de partilha e de apreciação da obra, comentada por Bruno Videira e por mim. Aqui vos deixo a reportagem do evento. 
O reencontro com a professora de português do secundário.


Bruno Videira ( à esquerda), Elisa de Mira ( ao centro), Lídia Craveiro ( à direita)
Momentos divertidos 

Império de Palha, exposto em palha.

Sinopse
Mestre Lucas começou a duvidar da sua sanidade mental. Quando percebeu que o sol já não projectava no solo as copas das árvores, pensou que a essa hora já os homens deviam estar preocupados com a sua ausência. Acelerou o passo, desta vez agradecido por ter uma desculpa para livrar-se da estranha visão.

A Elisa de Mira é mestre em psicologia da educação, professora de teatro, cantora com um timbre de voz inconfundível e que empresta às suas interpretações uma vida que se encontra pouco. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A Grande Solidão de Kristin Hannah - Novidade


Kristin Hannah

Sinopse
1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright. À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza.

A AUTORA

Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos






Este livro é o grande vencedor dos prémios da Goodreads. Verifique aqui.  Estou ansiosa por lê-lo! Tem uma avaliação de 4.33 e conquistou os corações dos leitores do Goodreads. 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Dia em que te Perdi - Opinião

Lesley Pearse


Como já afirmei por aqui algumas vezes, esta autora está no topo das minhas preferidas. Já li ( e estão na minha estante) todos os seus livros traduzidos para português. Não se deixem enganar pelas capas ( muito lindas na minha opinião) que remetem para o romance feminino, e pelos saquinhos de tule coloridos em que são vendidos. Lesley Pearse traz-nos sempre histórias profundas. 


Confesso que esperava mais deste livro, mas reconheço que a história toca todas as grandes emoções do ser humano. Lesley escreve sobre temas profundos e poderosos que transportam os leitores 
( penso que serão mais as mulheres a ler os seus livros), para o mundo do sofrimento e da resiliência. 
Este livro, quanto a mim, tem um titulo enganoso. O titulo original é mais apelativo e adequado à história. The Women in the Wood ( A mulher da Floresta), retrata a principal personagem do livro, pois, ao contrário do que o titulo da tradução portuguesa indica, não são os gémeos que protagonizam a história. 
Grace - A mulher da Floresta-,  um dia vê chegar à sua cabana isolada na floresta os dois gémeos (Masie e Duncan), recém chegados a casa da avó que vive no condado. 
A história dos irmãos, mistura-se com a de Grace, em momentos de grande sofrimento e de superação e mais não conto, para não estragar o prazer da leitura a quem pretenda ler o livro. 
O livro aborda temas como a pedofilia, o abandono, a doença mental e os rígidos costumes ingleses na educação das crianças, entre outros. 
Foi o segundo livro da autora que dei 4 estrelas, simplesmente porque não o achei genial, mas, no entanto, é uma boa leitura e traz-nos matéria para reflectir.