sábado, 2 de fevereiro de 2019

"Regresso a Casa" de Deborah Smith - Opinião

Terminei, na madrugada passada, mais um livro de Deborah Smith que já tinha na estante há algum tempo. Desde que li "O café do Amor", o meu primeiro livro da autora, que fiquei fã da sua escrita.
A história começou um tanto lenta e até quase meio do livro, a história dos dois personagens principais decorria em paralelo o que, na minha opinião, empobreceu um pouco o desenrolar da trama, pelo que senti-me uma tanto frustrada quando a história não avançava com celeridade. A forma como a autora apresenta o enredo do livro, não o torna num livro que se devore de imediato, como A DOÇURA DA CHUVA, ou DOCES SILÊNCIOS. No entanto, é uma história muito bem conseguida e mais uma vez a autora, mostra-nos a América profunda do povo que vive nos Apalaches. As montanhas rochosas, aparecem aqui, descrita com majestade, a tal ponto que nos imaginamos a percorre-las lado a lado com Quentin e Ursula.
A vida dos Rednec's ameriacanos está retratada no livro e grande parte da história decorre no cenário das montanhas, entre o seu povo, e evidenciando a sua cultura, modo de vida, rudeza, mas também, a generosidade e espírito de entre ajuda para com os seus.  É uma história que fala de perdas, grandes perdas, mas também - e como se quer num romance bem escrito - de amor, perdão, evitabilidade e resiliencia. Como sempre a autora é eximia a criar personagens - muito reais - que nos fazem acreditar na espécie humana e no que temos de bom. Não é um livro que eu dê cinco estrelas, porque, a forma como foi escrito, leva demasiado tempo a desenrolar a trama principal, mas recomendo sem duvida para quem gosta de livros que falam de pessoas reais.



Os Apalaches são uma cordilheira da América do Norte estendendo-se da Terra Nova e Labrador, no Canadá, ao estado de Alabama, no sudeste dos Estados Unidos, apesar de a sua parte mais setentrional acabar na península de Gaspé, do Quebec.

A cadeia é dividida em uma série de picos, com as montanhas tendo uma altitude média de aproximadamente 900 m. O ponto culminante é o Monte Mitchell, com 2040 m de altitude, sendo também o ponto mais elevado dos Estados Unidos a leste do rio Mississippi, e de todo o leste da América do Norte. As Montanhas Verdes fazem parte desta cordilheira.


Redneck é o termo utilizado nos Estados Unidos da América e Canadá para nomear o estereótipo de um homem branco que mora no interior do país, tem poucos rendimentos e é de origem humilde e tradicionalista. A origem do nome deve-se ao fato de que pelo trabalho constante dos trabalhadores rurais em exposição ao sol ficarem com seus pescoços avermelhados (do inglês red neck, "pescoço vermelho"). É usualmente utilizado nos dias atuais para rotular de maneira pejorativa os brancos sulistas conservadores. O termo também é usado amplamente para depreciar a classe trabalhadora e os brancos rurais que são percebidos pelos progressistas urbanos como não liberais o bastante. Ao mesmo tempo, alguns sulistas brancos recuperaram a palavra, se autoidentificando-se por meio dela e usando-a com orgulho. Costuma ser traduzido para o português no Brasil pelo termo "caipira" e em Portugal por "saloio"
(Fonte Wikipédia)

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

TAG - PERGUNTAS LITERÁRIAS


Descobri esta TAG no blog As Leituras da Fernanda, que lançou um desafio geral. Senti-me desafiada. Aqui está. Quem quiser sinta-se desafiado a responder.

#1 Gostas de ler? - Mais do que gostar, a leitura está entranhada em mim, desde que tinha uns nove anos. É portanto, quase uma questão de pele. AMOR mesmo. 

#2 Qual foi o último livro que leste? - Os Loucos da Rua Mazur, do João Pinto Coelho. 

#3 Com que frequência lês? - Todos os dias, mesmo. 

#4 Qual foi o último mau livro que leste? - Não existem livros maus, pelo menos na minha perspectiva. Tem sempre algo de bom, no entanto, posso não o ler até ao fim, coisa que em mim, também é difícil, raramente desisto de um livro. Que me lembre desisti de um da Danielle Steel o ano passado.

#5 O que te faz não gostar de um livro? - O enredo não correr de forma ligeira e a facilidade em adivinhar o próximo passo. 

#6 Gostarias de ser escritora? - Até agora já escrevi dez livros - todos romances - mas ainda tenho duvidas se serei escritora. Sem falsa modéstia mas com um pouco de ironia, sim, gostaria muito de ser escritora num país que só reconhece quem é mediático. Mas como isso é impossível, publico na amazon, como independente. 

#7 Um livro que influenciou a sua vida? - Todos influenciam, porque alimentam a minha alma. Mas o que mais influenciou a minha vida, que me fez compreender muito do ser humano, foi sem  duvida o LOBO DAS ESTEPES de Herman Hesse. Este livro, que só consegui ler à terceira vez, foi uma espécie de catarse. Até hoje e já lá vão muitos anos que o li, ainda tenho gravadas na memória as sensações que me provocou. 

#8 Lês literatura erótica? - Já li alguma, quando era mais jovem, penso que faz parte do desenvolvimento, mas actualmente não. É um género que não me atrai. 

#9 Escreverias um romance erótico? - Já escrevi. JARDINS DE LUAR, é erótico. Foi um desafio que coloquei a mim própria. Passo a explicar. Nessa altura estava muito activa na plataforma de escritores e leitores WATTPAD, e o género literário mais lido e procurado era esse. Um tanto frustrada por as histórias mais "sérias" que eu e outros escritores produzíamos, não terem essa visibilidade, resolvi fazer a experiência. Resultou, foi uma experiência curiosa, pesquisei imenso porque situei o livro no final do século XVII, mas foi o único. Respeito que escreve e lê o género, mas é mesmo uma questão de gosto pessoal. Acrescento que numa sociedade muito erotizada pelos mídias, cada vez mais cedo os jovens consomem este género literário. Confirmei nas estatísticas do Wattpad que a faixa etária que consumia o género era muito nova. 

#10 Qual é o teu livro e/ou série favorito? - Os livros são todos favoritos, mas tenho duas séries da Netflix que sou fã incondicional de Peaky Blinders e The Last Kingdom. 

#11 Escritor/a favorito/a? - Gabriel Garcia Marquez, Lesley Pearse, Deborah Smith, Jude Dvereaux, Paullina Simons, Sandra Brown, Elizabeth Adler, Colleen Hoover, Judith MacNaugt,  Carla M. Soares, João Pinto Coelho, Célia Loureiro, Rui Conceição Silva, Rosa Lobato Faria entre tantos que não me recordo agora. 

#12 Género literário favorito? - Romance, Thriller, histórico.

#13 Género literário que não lês? - Fantasia e erótico.
#14 Ficas sempre na tua zona de conforto na leitura? - Depois de muitas décadas a ler, sim. Até aos meus vinte anos, devorei muitos livros de muitos géneros, e sinto-me mais confortável nos três géneros mencionados acima. 

#15 Livros físicos ou e-books? - Físicos sem dúvida, mas não tenho duvidas que o digital irá ganhar daqui por muito tempo, até por uma questão ecológica. Vou deixar como legado aos meus filhos uma boa biblioteca de livros físicos.

#16 Onde aprendeste a ler e/ou quem te ensinou as primeiras letras? - A minha mãe ensinou-me as primeiras letras e, mais tarde aprendi na escola primária a desenvolver essa capacidade. 

#17 Os teus hábitos de leitura mudaram depois de teres o blog? - Não. O blog é um reflexo do que sou, do que escrevo e leio. 

#18 Livro favorito na infância? - Cresci com os livros do Walt Disney e com os contos de Henderson. 

#19 Personagem favorito? - Tom Shelby dos Peaky Blinders. Aproxima-nos do lado negro, e transgressor que existe em todos nós.

#20 Algum livro já te transportou para outro lugar? - Todos. Viajo imenso com as minhas leituras. 

#21 Livros que gostarias que tivessem uma sequência? - Nunca achei que um livro merecia uma sequência. Das poucas que tenho lido, acho sempre que não valeram a pena, à excepção de três livros de Lesley Pearse que foram continuação. 
#22 Livro que não necessitava de uma sequência? - Não me recordo.  

#23 Qual o teu pior hábito de leitura? - Ler deitada. 

#24 Quanto tempo levas a ler um livro? - Depende do tamanho. Mas quase sempre uma a duas semanas. 

#25 Gostas quando um livro é adaptado ao cinema/televisão? - Não. Fica sempre aquém do livro.
#26 Livro arruinado pela adaptação ao cinema? O Código Da Vinci de Dan Brown. 

#27 Lês jornais ou revistas? Qual preferes? - Leio jornais online e algumas revistas, Sábado, Visão. 

#28 Lês na cama, casa-de-banho, automóvel, autocarro, praia, jardins públicos ou cafés? - Leio em todos esses sítios. Sou uma adicta confessa. 

#29 Local favorito para ler? - Cama, com uma boa almofada de apoio para os braços. 

#30 É difícil concentrares-te na leitura? - Não. Quando leio desligo do que está à volta. Aliás, a leitura tem a função - entre outras - de me "limpar" a mente ao fim de uma tarde de consultas. É a minha forma de mudar de registo, porque é preciso, para manter a sanidade mental. 

#31 Precisas de silêncio total para ler? - Não. Como disse, leio em qualquer lado.
#32 Quem te transmitiu o amor pela leitura? - Penso que foi um conjunto de circunstâncias. A minha mãe em primeiro lugar, por ser analfabeta e falar-me sempre da importância de saber ler e o facto de nos anos setenta não existir televisão na nossa casa, e morar numa quinta isolada do mundo. Foi através dos livros que aprendi a conhecer o mundo, ou seja, as pessoas e o que pensavam. Consegui contagiar a minha filha mais velha com este hábito tão saudável e ainda não perdi a esperança de fazer o mesmo com o meu filho mais novo. A neta de dois anos e meio já vive no meio dos livros por influência da mãe. 

#33 Escritor/a que gostaria de entrevistar? - Lesley Pearse. 

#34 Escritor/a que daria um/a excelente amigo/a. - Não sei. É difícil, uma vez que não conheço nenhum pessoalmente. 

#35 Livro que releste mais vezes? - Ainda não me aconteceu. Estou sempre à procura de novas histórias. 

#36 Escritor/a clássico favorito/a? - Camilo Castelo Branco. Era dono de um humor fantástico. 

#37 Livros que deviam ser indicados na escola? - Livros mais fáceis de ler.  Hoje em dia os miúdos tem poucos hábitos de leitura - devido à presença constante das tecnologias - e ao depararem-se com leituras difíceis ficam com má impressão da literatura. 

#38 Livros que deviam ser banidos da escola? - Não acho que os livros, sejam quais forem, devam ser banidos do plano nacional de leitura. Devem é ser acrescentados novos autores portugueses uma vez que temos bons escritores. 

#39 Preferes ler um livro de cada vez ou vários ao mesmo tempo? - Um de cada vez.
#40 Qual a tua política de empréstimo de livros? - Só empresto a quem confio que mos devolvem e não os estragam. Sou "comichosa" com os meus livros. 

#41 O que estás a ler? - Regresso a Casa de Deborah Smith. 

#42 Qual será a tua próxima leitura? - Não sei. Tenho uma "Pilha" enorme por ler ( cerca de 50) e, logo verei o que se segue. Talvez um thriller. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

"Os Loucos da Rua Mazur - Opinião"

João Pinto Coelho

Só não estou em "choque" porque já conhecia os factos históricos nos quais o autor se baseou para escrever o livro. No entanto, a forma como João Pinto Coelho construiu a narrativa deixa-nos em sobressalto até ao fim do livro. Acompanhar os três personagens do livro é uma aventura de horror por vezes e, por outras, uma delicia e um hino ao amor e à inocência.
As atrocidades cometidas contra os judeus, é do conhecimento mundial, se bem que, pormenores deste tipo, escapam aos livros de história, pois só os estudiosos conhecem o horror por detrás da guerra e dos principais responsáveis: os nazis.
Em tempo de guerra as pessoas enlouquecem, mas, os mais loucos, veio a verificar-se, não estavam no manicómio ao fundo da Rua Mazur. Estavam cá fora e eram bem mais perigosos. 
Confesso que não é fácil falar sobre este livro, a impressão que nos deixa é tão atroz que quase paralisa. Imaginar que homens e mulheres que se dizem bons cristãos, um dia atentaram contra os da sua espécie só porque eram judeus, é avassalador. Não se recomenda aos espíritos mais sensíveis que o leiam, mas atrevo-me a dizer que devia ser obrigatória a sua leitura. Quiça fazer parte do plano Nacional de leitura. Porque não? A lição a tirar destes factos é tão forte e pedagógica que os nossos jovens deviam conhecê-los.
Recomenda-se o livro e o autor vivamente. Parabéns João Pinto Coelho, e que venham mais.

O AUTOR


João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz (Oswiécim), na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadores sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e implementou o projeto Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012. Perguntem a Sarah Gross é o seu primeiro romance.
Em 2017, venceu o Prémio Leya com o romance Os Loucos da Rua Mazur.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

"Novidade - O Príncipe da Meia Noite"


SINOPSE
Lady Leigh Strachan tem sede de vingança. Após o violento massacre da sua família, está determinada a ver sofrer aqueles que lhe destruíram a vida. Mas, para isso, precisa de aprender a disparar uma pistola, a manejar uma espada, a montar um cavalo… e a única pessoa que a poderá ajudar é o lendário Seigneur du Minuit - o Príncipe da Meia-Noite.

Mas, ao encontrá-lo, Lady Leigh depara-se com um cenário inesperado: o outrora ágil e sedutor salteador encontra-se debilitado e a viver num castelo em ruínas com apenas um lobo por companhia. A jovem, porém, não desiste. Pois não acredita na derrota do herói cuja fama ainda corre de boca em boca… e não resiste ao seu olhar, no qual brilha ainda uma chama feroz.

Conseguirá Leigh despertar o tão amado Príncipe da Meia-Noite, fazer correr novamente nas suas veias o sangue de um bandido?

E será isso que ela realmente quer?

A AUTORA


Laura Kinsale, autora bestseller do New York Times, é vencedora do prémio Best Book of the Year da Romance Writers of America, e presença frequente nas listas de nomeados. Após uma breve carreira como geóloga, dedicou-se inteiramente à escrita. Flores da Tempestade, publicado pela ASA, foi eleito pelos leitores da Glamour Magazine e do Washington Post como Uma das Melhores Histórias de Amor de Sempre.
Laura e o marido dividem o seu tempo entre Santa Fé e o Texas.






Os apreciadores da escrita da autora já podem pré encomendar o livro com 10% de desconto. Aqui. 

domingo, 13 de janeiro de 2019

"Novidade - Uma Noite em Lisboa"


Erich Maria Remarque

Sinopse

A Alemanha nazi ocupava grande parte da Europa. Terra de todos e de ninguém devido ao jogo duplo de Salazar, Lisboa foi durante toda a guerra um território neutro. Num cenário de conflito e perseguição, tornou-se num paraíso à beira-mar plantado. Para além da sua beleza natural e da paz, foi uma das poucas portas de saída para os que desejavam uma oportunidade para construir uma nova vida do outro lado do Atlântico. Depois… uma noite em Lisboa, quando um refugiado olha cobiçosamente para um transatlântico, um homem aproxima-se dele com dois bilhetes de embarque e uma história para contar.

É uma história perturbante de coragem, traição, risco e morte. Onde o preço do amor vai para além do imaginável e o legado do mal é infinito. À medida que a noite evolui, os dois homens e a própria Lisboa criam um laço que vai durar o resto das suas vidas…

O AUTOR 
Erich Maria Remarque nasceu a 22 de Junho de 1898 para se vir a tornar num dos mais importantes escritores do séc. XX. Banido pelos nazis por ser alegadamente descendente de judeus franceses, viu os seus livros serem atirados para a fogueira e foi exilado em 1933 sob acusação de fazer propaganda contra o nacionalismo alemão. Remarque viu, ainda assim, o seu trabalho reconhecido ao mais alto nível da literatura e chegou mesmo a ser um dos grandes candidatos ao Nobel na sua época. Este foi o seu último trabalho completo e a sua obra foi eternizada pelos seus leitores em todo o mundo. Dono de uma escrita magistral e de um profundo conhecimento da alma humana, Remarque ficará para sempre na história da literatura.



Caros leitores, o mês de Janeiro traz imensas novidades no género romance. Vou deixando aqui aquelas que me parecem mais "apetecíveis". Boas leituras para uns e força nesses dedos para outros.