sábado, 17 de junho de 2017

Novidade - A RAPARIGA DE TIMES SQUARE - Paullina Simons


SINOPSE
Uma poderosa e surpreendente história contemporânea de amor de uma das melhores romancistas deste século.

A vida de Lily é virada do avesso com o desaparecimento da sua companheira de casa, revelações incríveis sobre a família e uma descoberta pessoal, o que a afetará para sempre. E se tudo aquilo que soubesse sobre a sua vida fosse mentira? Conheça Lily Quinn... Está falida, luta para acabar a faculdade, pagar a renda e encontrar o amor. À deriva na agitada cidade de Nova Iorque, as coisas mais interessantes na vida de Lily acontecem às pessoas que a rodeiam. Mas ela adora a sua vida sem objetivos até Amy, a melhor amiga e companheira de casa, desaparecer. É assim que Spencer Patrick O'Malley, um cínico detetive da polícia de Nova Iorque, que já viu melhores dias e tem os seus próprios demónios, entra no mundo de Lily. E uma inesperada reviravolta financeira, que deveria trazer-lhe alegria, transforma-se afinal num mau presságio das forças malignas que se aproximam dela.

Mas o destino de Lily não fica por aí. Vê-se ainda a lutar pela própria vida quando a busca de Spencer por Amy se intensifica, levando- a a questionar tudo o que sabia sobre a amiga e a família. E revelações surpreendentes sobre quem ama forçam-na a confrontar a verdade que a mudará para sempre.

A AUTORA
Paullina Simons nasceu em 1963 em Leninegrado, na antiga União Soviética, e emigrou para os Estados Unidos aos dez anos. Durante a sua infância sonhava em ser escritora. Após concluir o seu curso universitário em Ciência Política, trabalhou como jornalista financeira e tradutora, até concretizar o seu sonho de menina. O seu primeiro romance foi publicado e tornou-se imediatamente num sucesso internacional.
Vive atualmente em Nova Iorque com o marido e os quatro filhos.






quinta-feira, 15 de junho de 2017

"Máscaras ao Luar" de Jude Deveraux


SINOPSE
Sophie Kincaid está a passar por um momento difícil.
Foi abandonada pelo noivo e a sua carreira de escultora está num impasse. Felizmente, a sua amiga Kim parece ter a solução: basta que Sophie se mude para Edilean. Kim acredita que a pequena povoação é o Paraíso na Terra. Mas a experiência de Sophie vai assemelhar-se mais a uma descida ao Inferno. Para começar, o seu carro avaria, e quase é atropelada por um condutor em excesso de velocidade. Sophie resolve então levar a cabo uma pequena e criativa vingança contra o motorista, que é nada menos do que… o seu novo empregador.

E o Dr. Reede Aldredge bem merece ser castigado. Quanto mais não seja pelo seu temperamento amargo e modos rudes, conhecidos de toda a vila. Mas apenas ele sabe os motivos que o levam a agir assim. A fogosa Sophie, porém, fá-lo rir… algo que não acontecia há muito tempo. A química entre eles é palpável. A tensão também. Afinal, ambos têm segredos a esconder.

 Quando, sob o luar de Edilean, partilham um momento de pura magia, algo parece mudar… Porém, até os habitantes da vila já perceberam que nada é simples para aqueles dois. Conseguirá a magia sobreviver à luz implacável da manhã, ou transformar-se-á em apenas mais uma memória embaraçosa?


OPINIÃO

Da autora, nada a acrescentar, é uma das minhas favoritas.  Do livro - parece-me ser o ultimo da saga Edilean -, desiludiu-me um pouco, mas talvez porque tinha as expectativas muito elevadas. Adorei a saga familiar de Edilean, a autora levou-nos por três séculos de história de forma magistral, li todos os livros de forma compulsiva, mas, este já me pareceu um tanto forçado. É verdade que o li rapidamente como os outros, a escrita da autora é leve e fluída, mas no final não senti o mesmo que nos outros. É sempre bom regressar à cidadezinha encantada que a Jude criou, mas desta vez não consigo dar cinco estrelas ao livro. Dei três estrelas, mas é apenas a minha opinião, vale o que vale, porque gostos são muito subjectivos. De qualquer forma, quem goste da autora, chegou outro livro da autora às livrarias : Contigo para a eternidade. 


domingo, 11 de junho de 2017

28 atitudes típicas de alguém viciado em livros


Por mais que se vaticine o fim do livro físico, cada vez existem mais leitores deste formato. Pessoalmente sou adepta, fervorosa e viciada em livros, desde que tinha uns nove anos, mas ainda custo muito a ler o formato digital. Curiosamente, enquanto escritora, vendo mais ebooks do que livros físicos. Gostos à parte, existem uma série de pontos que todos os viciados em livros possuem. Vamos lá a perceber com quantos se identificam e, se conseguir enquadrar-se na maioria das atitudes, cuidado, que é um caso raro de dependência. Brincadeira! Ler é dos vícios mais saudáveis que existem e, às vezes não existe companhia melhor que um bom livro.
 Ora vamos lá enumerar as atitudes dos viciados:

  1. Possuir uma pilha de livros por ler e ainda comprar mais.
  2. Verificar quase diariamente os novos lançamentos.
  3. Entrar na livraria todas as semanas em busca de novidades. 
  4. Dormir com um livro à cabeceira.
  5. Transportar sempre consigo, um livro, por mais carregada(o) que esteja.
  6. Ler em qualquer lado mesmo em movimento - de carro, autocarro, avião, metro etc).
  7. Entrar na livraria para comprar um e sair com quatro. 
  8. Sair de casa com a pasta vazia e voltar com ela cheia de livros - tenho um amigo que faz isso diariamente -, por mais que jure que não volta a fazer esse gesto que arruína as suas finanças. 
  9.   Deixar de sair para uma festa de amigos para ficar a ler. 
  10. Cheirar livros! Sim, cheiro de livro é fantástico!
  11. Recomendar os seus autores favoritos para toda a gente e insistir que os leiam. 
  12. Recusar-se a emprestar livros, por receio que os estraguem. 
  13. Detestar as adaptações ao cinema ao ponto de não as ver quando estreiam. 
  14. Ficar com ressaca literária, depois de terminar de ler um livro. 
  15. Para além do livros que compra na livraria, semanalmente, ainda encomenda outros pela internet.
  16. Compra mais livros do que seria capaz de ler.
  17. Mesmo que não goste de um livro, não se desfaz dele. Sei lá, podia oferecer a alguém, que ao invés de si, goste da história. Gostos não se discutem - dizem!
  18. Fica irritado quando alguém não cuida de um livro ao ponto de dobrar folhas, em vez de usar marcadores.
  19. Tentar ver o que os outros estão a ler, quando se encontra em lugar publico. 
  20. Irritar-se quando alguém espreita para ver o que você está a ler.
  21. Usar capa de tecido para evitar que os outros vejam o que está a ler. 
  22. Ter uma cama ou sofá cama na biblioteca. 
  23. Fazer amigos por causa de livros.
  24. Ter muito orgulho nas suas estantes. 
  25. Sonhar em escrever um bestseller. Oh que tarefa difícil!!
  26. Julgar um livro pela capa antes de ler a sinopse. 
  27. Ler para fugir dos problemas. 
  28. Se pudesse vivia dentro de um livro. 
Se você se identificou com a maioria destas atitudes, então é um bibliófilo convicto. Parabéns e bem vindo ao clube! E não, não é doença. 
Até ao próximo post e boas leituras. 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Aqueles que merecem morrer ( Peter Swanson) - Opinião


Por cá estamos a voltar aos policiais.

SINOPSE

Ted Severson e Lilly Kintner conhecem-se num aeroporto de Londres.
Conversam e bebem demasiados martinis enquanto aguardam pelo embarque num voo para Boston.

Embalados pela bebida, os dois iniciam um estranho e arriscado jogo em que revelam pormenores da sua vida privada.
Ted conta que a mulher, Miranda, o trai, chegando a dizer que tem vontade de a matar.
Para sua surpresa, a enigmática Lilly mostra -se disposta a ajudá-lo.

Se todos nós morremos, que diferença fará punir pelas próprias mãos quem merece ser punido?
Mas Lilly não revela a Ted o seu passado tortuoso e sinistro.
Assim começa uma perigosa e fatal corrida contra o tempo.

 O AUTOR



Peter Swanson é autor de três romances: The Girl with a Clock for a Heart, finalista do LA Times Book Award; Aqueles que Merecem Morrer, vencedor do New England Society Book Award e finalista do CWA Ian Fleming Steel Dagger; e Her Every Fear, o mais recente.

Os seus livros estão traduzidos em 30 línguas.

Os seus contos e poemas têm sido referidos em Asimov's Science Fiction, The Atlantic Monthly, Measure, The Guardian, The Strand Magazine e Yankee Magazine.

Peter Swanson nasceu em 1968, frequentou o Trinity College, a Universidade de Massachusetts, em Anherst, e o Emerson College.
Vive em Massachusetts com a sua mulher e um gato. 

Opinião. 
Não vou dar uma opinião extensa, porque para mim os livros definem-se em três géneros de avaliação ( Gosto muito, Gosto pouco, ou não gosto), nunca dou menos de três estrelas a um livro, porque quando não gosto, não classifico. Os gostos são subjectivos, o que eu gosto, o outro pode detestar e, sobretudo não se discutem gostos. 
Sempre adorei policiais desde que aos catorze anos li toda a obra do autor de  Sherlock Holmes. Este livro superou todas as minhas expectativas e o tema - a psicopatia - está descrito de forma magistral. O autor está de parabéns.
Quem são os psicopatas do quotidiano? Andam por aí entre todos nós? Todos temos uma pitada de psicopatia? São questões que o livro levanta de uma forma deliciosa.

Avaliado por mim em 5***** no Goodreads.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Novidade! Deborah Smith


Já está em pré venda o novo livro de Deborah Smith. Esta autora faz parte da minha lista de PREFERIDAS. 

Sinopse 
Após a morte do marido num trágico acidente, Hush McGillen não se deixou abater. Transformou os pomares de maçãs da família num negócio de sucesso e o filho, Davis, está a estudar na conceituada Universidade de Harvard. Contudo, este idílico paraíso cai por terra quando o filho aparece com uma companhia inesperada: a filha do Presidente dos Estados Unidos. De um momento para o outro, Hush tem de lidar com os Serviços Secretos, a comunicação social e, pior do que tudo, os novos sogros do filho - e a primeira-dama não está nada satisfeita.

Com o agente federal Nick Jakobek, enviado pela família presidencial para resgatar a filha, a trazer ainda mais caos à sua vida, Hush vê-se perante a necessidade de fazer todos os possíveis para salvar o seu negócio, a sua reputação e a sua família - pois o seu passado não é exatamente o conto de fadas que todos julgam.



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Isto acaba Aqui - Colleen Hoover ( Opinião)


Grande Vencedor do Prémio Goodreads, Melhor Romance de 2016

Sinopse
O que te resta quando o homem dos teus sonhos te magoa? 

Lily tem 25 anos. Acaba de se mudar para Boston, pronta para começar uma nova vida e encontrar finalmente a felicidade. No terraço de um edifício, onde se refugia para pensar, conhece o homem dos seus sonhos: Ryle. Um neurocirurgião. Bonito. Inteligente. Perfeito. Todas as peças começam a encaixar-se.

Mas Ryle tem um segredo. Um passado que não conta a ninguém, nem mesmo a Lily. Existe dentro dele um turbilhão que faz Lily recordar-se do seu pai e das coisas que este fazia à sua mãe, mascaradas de amor, e sucedidas por pedidos de desculpa.

Será Lily capaz de perceber os sinais antes que seja demasiado tarde? 
Terá força para interromper o ciclo?

A autora
Colleen Hoover é uma autora norte-americana que já atingiu o 1.º lugar no top de vendas do New York Times e comoveu muitos leitores com os seus seis livros publicados, incluindo Um Caso Perdido (Hopeless).
Colleen cresceu numa quinta, no Texas, casou-se aos 20 anos e tirou uma licenciatura em Serviço Social. Trabalhou nos Serviços de Proteção a Crianças, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil.
Vive com o marido e os três filhos à beira de um lago no Texas.


Opinião - ISTO ACABA AQUI! Excelente titulo, excelente trama e escrita. Não consegui despegar do livro e li-o em dois dias. Um romance autobiográfico em que a violência doméstica é abordada de uma forma que faz o leitor pensar. Porque é que as mulheres vitimas ( ou homens, porque também são vitimas) não abandonam o agressor? Quem são estas vitimas? O que as faz ficar? Tudo isto a autora responde com um enredo muito bem fundamentado deixando-nos sempre em suspense e a quase decidir pela opção mais perigosa, mais emocional e menos racional. 
Lido com situações de violência no casal há muitos anos e, sempre que recebo alguém em consulta com queixas desse tipo, vou verificando que, poucos têm resiliência para se afastarem do agressor, para além que, ter filhos e condições económicas de dependência face ao par dominante, têm influencia na decisão.
 Este livro, veio mostrar uma outra faceta: alguém que se recusa a ser vitima e luta por se desprender desse "amor" doentio. 
Já escrevi e dei entrevistas  sobre o tema AQUI, no âmbito da psicologia num dos meus blogues, e deixo-vos os links caso queiram aprofundar o tema. 


Avaliei em 5 ***** no Goodreads e na Wook.  


sábado, 20 de maio de 2017

O Ano da Dançarina - Opinião


Há muito que tinha pensado ler um livro desta autora portuguesa e, ao deparar-me com o livro na montra da livraria onde vou religiosamente quase todos os dias ver as novidades - na Praça do Giraldo em Évora - não hesitei e comprei-o.
 Não fui atraída pela capa - agora percebo o seu significado, mas confesso que não a achei apelativa - e o titulo achei muito curioso. Bom, pensei em colocá-lo na pilha de leitura porque tenho outros em lista de espera, mas "ataquei-o" mal acabei de o comprar. 
O interesse na história - para além de conhecer a obra da autora -, surgiu com o tema. A primeira guerra mundial e a epidemia de gripe espanhola, que coincidem na época, fazem parte das minhas recordações de infância porque o meu avô paterno combateu em França e uma tia avó escapou miraculosamente à gripe espanhola. Foram histórias contadas à lareira que me ficaram na memória até hoje e fazem parte da história da família.
 Quanto ao livro, fiquei rendida logo nas primeiras páginas pela coragem de César Lopes Moreira e, à medida que virava as páginas, ia aprendendo mais sobre a nossa história e entrando na intimidade dos Lopes Moreira, a família protagonista desta história tão nossa e tão bem escrita. 
A autora fez uma pesquisa muito detalhada da época, do ponto de vista politico, económico e social, e integrou-o tão bem no romance que só acrescentou valor ao livro, sem massacrar o leitor. 
Quanto ao enredo é cativante e de leitura compulsiva; adorei ler este livro e decerto lerei outros da autora. Recomendo vivamente a sua leitura. 
Não vou revelar pormenores sobre a história, porque não acho agradável estragar a surpresa a quem estiver interessado em ler. 
Apenas uma dificuldade - que é pessoal - na leitura do livro. O tipo e tamanho de letra que a Marcador usa e o espaçamento entre linhas, torna-se difícil para quem, como eu, já usa óculos para ler, mas trata-se apenas de um pormenor de escolha da editora que já tinha encontrado noutro livro e que a mim me causa alguma lentidão na leitura apesar de ler com 2,5 dioptrias. 

Avaliado por mim em 5 ***** no GoodReads. 

sábado, 13 de maio de 2017

"Music is not fireworks, music is feeling's" by Salvador Sobral


Portugal ganhou o festival da Eurovisão. Ganhou a música, a simplicidade e a beleza de um poema lindo e simples, que fala de AMOR.
Parabéns SALVADOR SOBRAL!

"Music is not fireworks, music is feeling's"

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Um Reino de Sonho - Opinião


Este livro foi um sonho de leitura de entretenimento e ainda bem que foi traduzido para português. Embora a edição original seja de 1989, o livro é intemporal como todas as boas obras de literatura. É um romance de época com muita história pelo meio. Este não chegou a ficar tempo nenhum na minha pilha de livros por ler. Não resisti e passei-o à frente de muitos outros que comprei primeiro.

 A autora teve o cuidado de não mascarar a época com coisas tão desagradáveis para um leitor, como por toda a gente limpinha e sem doenças, ou outros disparates que já li noutros livros mal documentados.  Não haviam estradas, demoravam semanas a percorrer cem quilómetros e as intempéries eram destruidoras, para além de que as doenças grassavam pelo povo.

Numa época em que a Inglaterra e a Escócia eram inimigas desenrola-se uma batalha pelo poder entre o rei Jaime e o rei Henrique, e Royce Westmoreland, o temido Lobo Negro amigo do rei de Inglaterra, tenta conquistar a Escócia pela força. Um dia Jennifer Merrick, uma jovem de dezassete anos, que o seu irmão teve a ousadia de raptar de uma abadia, complica-lhe a vida e ludibria-o até que quase o leva ao cadafalso. Entre batalhas, golpes de astúcia e de poder e justas até à morte, desenrola-se um romance medieval, num cenário de guerra, e que nos prende até à ultima linha do livro e no final nos deixa uma sensação de « não devia ter terminado».


Royce e Jennifer fazem um par romântico tão apaixonado quando bélico e, se um é perigoso pela ferocidade com que mata os seus inimigos, o outro é perigoso pela astucia e manha. Se gostarem da autora e de romance de época, recomendo vivamente que leiam.

Avaliado por mim com 5***** no GoodReads

quinta-feira, 11 de maio de 2017

AMAR PELOS DOIS - Salvador Sobral

Poema de Luísa Sobral, Interpretação de Salvador Sobral

Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender

Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender

Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois

O meu coração pode amar pelos dois


Salvador Sobral, cantou e encantou na Eurovisão e, só pela qualidade da musica, letra e interpretação, vou ficar "agarrada" ao plasma, no próximo sábado. Há muitos, mas mesmo muitos anos, que este Festival Europeu que agora também tem a Oceania ( nada contra a Austrália), não me fazia perder um minuto que fosse. Mesmo que o Salvador não ganhe, para mim já ganhou. Letra e musica brilhantes de Luísa Sobral, e uma interpretação magistralmente bela. Mais palavras para quê?! É um ARTISTA, português!

terça-feira, 9 de maio de 2017

A Doçura da Noite - excerto


(...)Sara olhou para a cicatriz quase invisível, graças ao óleo de rosa mosqueta, e tapou-a com o body de renda preta. Era a sua primeira saída depois daquela noite em que tinha recorrido às urgências e escapara por milagre a uma denuncia de violência doméstica. A noite em que o industrial alemão lhe tinha infligido um corte com uma adaga minúscula na nádega, para que ela jamais o esquecesse, dissera-lhe num inglês com forte sotaque, estava ainda muito presente no seu espírito. Sara admitia que se enganara na escolha daquela noite. O homem era um estupor sádico e de sedutor não tinha absolutamente nada.  
Olhou-se ao espelho e estava tudo certo e no sítio. Cabelo em ondas largas a cair-lhe pelas costas, boca e olhos pintados magistralmente, e umas pernas longas, torneadas a terminarem nos sapatos pretos de salto alto. Ninguém diria que era a tímida Sara Ataíde, designer, especialista em capas de livros, para uma das maiores editoras do país.
Sorriu para a sua imagem refletida no espelho.
 Agarrou a bolsa pequena e as chaves do carro e desceu pelo elevador até à garagem onde estava o seu Audi A6, aquele que só usava nas saídas nocturnas quando se transformava numa mulher sofisticada capaz de arrasar na noite com qualquer homem menos precavido e carente de amor e tornar-se numa depravada, sem pudor, que, para além do prazer que obtinha com os homens, ainda se fazia pagar muito bem.(...) 

Deixo-vos em excerto do próximo livro. Gostava que deixassem opiniões, sugestões e todos os comentários construtivos que quiserem. 

O que vos faz pensar este pequeno texto?


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Novidade - A MULHER DO PLANTADOR DE CHÁ de Dinah Jefferies



Sob a chancela da Topseller, saiu este mês este livro com uma capa lindíssima e com boas criticas internacionais.  

SINOPSE

Um homem atormentado pelo passado…
Uma mulher perante a escolha mais terrível da sua vida.
Aos 19 anos, Gwendolyn Hooper abandona a Escócia para se encontrar com o seu marido, Laurence, em Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chá mais prósperas do império. Mas, ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwen imaginara: os funcionários parecem rancorosos e calados, os vizinhos, traiçoeiros, e o seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios. Com Laurence ausente em trabalho, Gwen explora sozinha a plantação. Ao vaguear por locais proibidos, encontra várias portas fechadas e até um pequeno túmulo — pistas de um passado escondido.


Quando descobre estar grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou a Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver a sua família desfeita. Quando chegar o dia de revelar a verdade, será que ela vai ter o perdão daqueles que ama?



A AUTORA


Dinah Jefferies nasceu na Malásia e mudou-se para Inglaterra com nove anos. Estudou na Birmingham School of Art e, mais tarde, na Ulster University, onde se formou em Literatura Inglesa. Autora bestseller do Sunday Times, colabora com alguns jornais, entre eles o Guardian.

Depois de ter vivido em Itália e em Espanha, regressou a Inglaterra, onde vive com o seu marido e o seu cão, e passa os dias a escrever e a desfrutar dos tempos livres com os netos.

A Mulher do Plantador de Chá, que a Topseller agora publica, foi bestseller do Sunday Times e selecionado para o Richard and Judy Book Club.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

NOVIDADE - JOGOS PERIGOSOS de Simona Ahrnstedt



Adoro descobrir novos autores e desta vez descobri Simona Ahrnstedt, uma rapariga mais ou menos da minha idade e colega de profissão que, tal como eu tem uma paixão pelo género literário. Pode comprar o seu livro aqui. 


SINOPSE
David Hammar é um pirata dos tempos modernos. O multimilionário é arrogante e implacável no seu trabalho, arrasando empresas e pessoas por onde passa. E está agora de olho na Investum, uma das empresas mais antigas da Suécia, fundada pelo aristocrático clã De la Grip. Esta aquisição hostil será a maior e mais arriscada jogada da sua carreira… mas para que tudo corra bem, David precisa de ter um dos membros da família do seu lado. E a jovem Natalia De la Grip parece ser a escolha ideal.

 A elegante e inteligente Natalia fica intrigada ao receber um convite de David para almoçar. Conhece bem a reputação do tubarão financeiro, e pergunta a si própria o que terá na manga… Mas Natalia e David têm mais em comum do que imaginam, e a atração entre ambos é instantânea, dando lugar a um caso tórrido mas perigoso, que irá expor segredos de família e verdades chocantes. Poderá o amor florescer em circunstâncias tão hostis?

Um romance sofisticado, sensual e dramático.

Uma história de amor, vingança, lealdade e preconceito que o vai deixar sem fôlego…


A AUTORA
Simona Ahrnstedt nasceu em Praga em 1967. Seus pais fugiram dos tanques russos com a bebé Simona em 1968, através da Europa, via Viena até Estocolmo, a bela capital da Suécia.

Os pais eram pessoas muito cultas. A sua mãe tinha estudado arte antes de ir para a faculdade de medicina e o pai estudou cinema no Swedish Film Institute.

Simona, por outro lado, interessou-se pelo romantismo e pela psicologia. Estudou psicologia em Uppsala e para melhorar o seu inglês ela  leu livros emprestados de uma amiga, de uma  autora que ela nunca tinha ouvido falar: Judith McNaught.

Simona sempre quis escrever, mas nunca soube em que assunto se focar, ou género literário e, um dia, fez-se um clic na sua mente, e começou a escrever o que ela mais gostava de ler: romances.
Hoje ela é uma psicóloga licenciada, é terapeuta cognitivo-comportamental com formação avançada, e uma escritora escandinava que se tornou best-seller.

Para além disso estudou cinema, direito, checo, alemão e filosofia e também trabalhou vários anos como psicóloga clínica antes de escrever a tempo inteiro, tornando-se assim a primeira escritora de romance da Suécia.

Os seus romances figuram sempre nas listas de bestsellers na Suécia, e Simona tornou-se na porta-voz dos romances escritos por, para e sobre mulheres. É considerada a Rainha Escandinava do Romance. Vive atualmente na Suécia com dois filhos adolescentes e dois gatos siameses.

Opinião em breve. 



sábado, 22 de abril de 2017

Novidade - O Ano da Dançarina de Carla M. Soares


Esta autora está na minha lista de leituras há algum tempo e calhou passar por uma montra de livraria e ser atraída pelo nome da autora. Confesso que não gosto muito da capa, mas a sinopse interessou-me bastante e vai ser a próxima leitura. O meu avô paterno combateu na frente francesa o que me deixou ainda mais curiosa sobre o livro.  Pode comprar o seu aqui. 
Opinião em breve.


Sinopse
No ano de 1918, o jovem médico tenente Nicolau Lopes Moreira regressa da Frente francesa, ferido e traumatizado, para o seio de uma família burguesa de posses e para um país marcado pelo esforço de guerra, pela eleição de Sidónio Pais e pela pobreza e agitação social e política.

No regresso, Nicolau vê-se confrontado com uma antiga relação com Rosalinda, dançarina e amante de senhores endinheirados, e com as peculiaridades de uma família progressista.

Enquanto a Guerra se precipita para o fim e, em Lisboa, se vive a aflição da epidemia e da difícil situação política, a família experimenta o medo e perda, e Nicolau conhece um amor inesperado enquanto trava as suas próprias batalhas contra a doença e os próprios fantasmas. Este é um romance de grande fôlego, histórico, empolgante e profundo, sobre a superação pessoal e uma saga familiar num tempo de grande mudança e turbulência em Portugal.





A AUTORA

Nasceu em 1971, em Moçâmedes, no Namibe. De lá, trouxe escassas memórias e a viagem no corpo.

Formou-se em Línguas e Literatura em Lisboa, tornou-se professora, mestrou em Literatura Gótica e Film Studies e estudou História da Arte num doutoramento incompleto.


Filha, mãe, mulher, amiga, leitora e escritora compulsiva, viaja pelas letras desde sempre.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

O que eu aprendi ao publicar na amazon, como autora independente

Quando comecei a pesquisar na internet formas de publicar livros sem me submeter à apreciação de uma editora que, provavelmente, nem me iria responder, encontrei várias plataformas de auto-publicação e, de todas, a amazon foi a que mais me agradou. No entanto, nem tudo foi fácil, até adquirir experiência suficiente para trabalhar com a plataforma – e na posse de todos os segredos –, para começar a vender livros. Publico livros na amazon desde 2013 e durante mais de dois anos, estudei afincadamente tudo que encontrei disponível na Web. Parte do que sei sobre autopublicação, aprendi com outros autores independentes, que não tem receio de partilhar o seu saber, desde autores ingleses, como Nick Stephenson, que partilhou vídeos no seu site sobre alguns truques para começar a vender, até aos vídeos da própria KDP. Acreditem que durante meses não vendi um único livro porque não sabia da importância de pormenores que fazem toda a diferença, tais como as palavras-chave, como se encontram e como devem ser utilizadas. Para quem está a começar, há pormenores que são fundamentais.

1. Escreva o livro sempre num Documento  Word, porque fica com a tarefa simplificada para publicação do ebook, precisando apenas de rever o tipo de letra, o tamanho e de tirar os números de página. Nunca se esqueça de inserir quebra de página, para que os capítulos não fiquem desformatados. Muitas vezes os leitores criticam a formatação do ebook, porque fica confuso de ler. Para converter o seu documento Word num ebook  basta usar o mesmo documento, a plataforma da Kindle, converte automaticamente o seu documento.


2. Formate o livro correctamente
A plataforma da( https://kdp.amazon.com) fornece uma ferramenta online completa para verificar a qualidade do ebook. Basta experimentar e corrigir até o seu livro estar com qualidade de formatação. Ainda não tem uma conta? Vá para Amazon Kindle Direct Publishing, criar uma conta.

3. Compre uma imagem para a capa
Não use imagens da internet com direitos de autor. Para além de poder vir a ter problemas, as imagens precisam de ter no mínimo 1200px por 1900px, senão perdem qualidade se pretender fazer uma versão impressa do seu livro. Costumo usar a Shutterstock, um banco de imagens pagas, mas com preços acessíveis e livre de direitos, inclusive os comerciais. Já usei também imagens do Pixabay, no entanto, como são gratuitas, torna-se difícil encontrar o que pretendemos, mas é sempre uma opção a considerar se não quiser gastar dinheiro.  


4. Criar capa
Criar a capa pode ser algo muito lúdico e simples. Pessoalmente uso o Canva.com que dispõe de templates formatados para livros Kindle e que se adaptam muito bem à capa do livro impresso, caso queira fazer uma cópia impressa. Aconselho a ter uma versão impressa e outra em ebook. Há quem não goste de ler em formato digital. No (Canva.com ) pode adicionar texto à imagem, escolher cores e tipo de letra. Quer misturar figuras como por exemplo colocar um fundo por detrás de uma figura em destaque? Experimente o Photoshop online, tem as ferramentas básicas de corte e esbatimento e é fácil de usar porque oferece tutoriais completos de explicação.

5. Crie a descrição do seu livro.
Observe outros livros que são top de vendas, como referência. Você quer atrair as pessoas para comprar o livro? Então adicione uma descrição que suscite a curiosidade no leitor. Não conte parte da história. Pode sempre modificar a descrição na plataforma se verificar que não funciona.

7. Escolha as categorias
Não sabe como fazer? Em primeiro lugar veja no site da amazon em que categorias estão inseridos os livros semelhantes aos seus. Não insira uma categoria de romance histórico se o seu livro é de auto- ajuda. A plataforma oferece muitas categorias à sua escolha e, mesmo que não encontre uma que se adapte ao seu livro, pode sempre propor à amazon que adicione uma. Já houve autores que o conseguiram. Veja o exemplo de categorias na imagem abaixo. 

Carregue na imagem para aumentar o tamanho. 

8. Escolha o preço
Escolha um preço razoável, nem demasiado baixo, nem demasiado alto. Seja humilde e justo na escolha do preço. Claro que o seu trabalho vale tanto como o de autores consagrados, mas para um escritor iniciante convém ser menos ambicioso. Aos poucos você conquista o seu público e adquire a qualidade suficiente para pedir mais pelos seus livros. Eu comecei com preços altos e depressa tive que baixar o preço. Hoje os meus livros andam entre os dez e os dezoito euros, isto porque a plataforma também define um montante mínimo e máximo para si. Nos ebooks coloco sempre o preço entre 2, 99 euros e 5 euros. Não se esqueça de seleccionar outros países. A plataforma faz o preço de forma automática para as treze lojas virtuais. Por ultimo salve e publique o seu livro.


9 – Crie uma página de autor
Crie uma página de autor no Facebook, no site da amazon, no Pinterest, no Twitter, no Youtube. Quem não existe nas redes sociais como autor, “não existe”. Acredite que por mais resistente que seja à exposição mediática, ela é necessária para singrar como autor independente.

10 - Crie um blogue
Um blogue ou site para divulgação do seu trabalho é fundamental. Pode usar o Wordpress. Com ou o Blogger. No blogue pode publicitar os seus livros e liga-los por meio de links, directamente ao site da amazon. Desde que coloquei os livros no blogue – como amostra de leitura – as minhas vendas aumentaram de forma significativa.

11- Não acredite em mitos

Se lhe disserem que lá porque escreve em português não vai vender, acredite que isso não é verdade. Existem milhares de portugueses e brasileiros espalhados pelo mundo e a amazon abrange grande parte do globo, logo as suas hipóteses de vender são altas. Já vendi livros para o Japão e decerto que não foi comprado por um japonês.

12 – Comentários nos seus livros

Não ceda à tentação de pedir a todos os seus amigos que têm conta na amazon que façam um comentário ao seu livro. A amazon tem uma política muito rigorosa em relação aos comentários e muitos deles não chegam a ser publicados, apesar de muitas passarem. Eles têm forma de perceber se há ligação entre as pessoas. Os comentários que vendem livros são os verdadeiros, aqueles que dizem (Compra verificada), esses sim são genuínos e acredite que os leitores já não se deixam enganar. Torna-se ridículo ver um livro no top de vendas sem que tenha vendido mais de dois livros, só porque tem dezenas de comentários.
 Quanto mais comentários o seu livro tiver e mais vender, mais sobe no ranking, mas não use manobras pouco honestas para o fazer, pode sair em descrédito. 
Também existem dezenas – senão centenas – de sites que oferecem avaliações a troco de dinheiro. A amazon já processou umas quantas por avaliações fraudulentas. No entanto, não existe mal nenhum em pedir uma avaliação honesta a um avaliador TOP da amazon, isto se conseguir chegar até eles. Se ele(a) estiver na disposição de ler o seu livro e gostar, pode ser um bom empurrão na sua carreira.



 Até ao próximo post. Em caso de duvidas deixem comentário que terei todo o prazer em responder. 

segunda-feira, 10 de abril de 2017

UM REINO DE SONHO de Judith McNaught


Chegou aos escaparates das nossas livrarias um novo romance da autora, UM REINO DE SONHO Apesar de ser novo em Portugal, este livro foi escrito em 1989. Não é a primeira vez que faço um post sobre livros desta autora. A tradução é de Mário Dias Correia.  

Sinopse
Chamam-lhe o Lobo Negro. Nunca perde uma batalha. Temido por todos, Royce Westmoreland, duque de Claymore, é um guerreiro inglês intrépido. Tão intrépido que comete a loucura de manter sequestrada a filha do seu maior rival, o chefe do poderoso clã escocês Merrick.

Jenny Merrick pode ter sido raptada do colégio de freiras que frequentava, mas não vai ficar de braços cruzados. A bela e fogosa jovem tenciona lutar com unhas e dentes e destruir este inglês grosseiro que se julga dono de tudo - e o facto é que consegue enfurecê-lo melhor do que ninguém.

Quando, por decreto real, são obrigados a casar, espera-se o pior. A feroz batalha de vontades, porém, não tarda a dar lugar a uma paixão escaldante, mas muito breve… Agora, após uma devastadora traição e uma série de mal-entendidos, Jenny vai ter de decidir a quem deve a sua lealdade…

A AUTORA
Nascida a 10 de maio de 1944 em San Luis Obispo, formou-se em Economia/Negócios na Northwestern University.  Casou-se com um dentista de St. Louis e teve dois filhos, uma filha, Whitney, e um filho, Clayton. Algum tempo depois divorciou-se.

Antes de ter sucesso como escritora, McNaught trabalhou previamente como adjunta numa equipa de cinema, como controladora assistente de uma companhia de transportes, como presidente de uma agência de emprego temporário, e como executiva de uma empresa. Foi a primeira produtora executiva numa estação de rádio da CBS.

Conheceu o seu segundo marido, Michael "Mike" McNaught - do qual adoptou o apelido - enquanto trabalhava como assistente de direcção da equipe de filmagens, de um filme para a General Motors. McNaught era o director de relações públicas da empresa. Entre eles, tiveram sete filhos. Durante anos o marido incentivou-a a escrever mesmo quando os seus romances eram rejeitados pelas editoras, sendo o seu maior apoiante.  

O primeiro livro de McNaught foi “Whitney, My Love” escrito entre 1978 e 1982. Em 1983 conseguiu que uma editora aceitasse o manuscrito do livro e, em 20 de Junho desse ano recebeu a cópia do livro. Meses depois, já com um segundo livro publicado, o marido faleceu vítima de acidente.
O terceiro casamento, com Don Smith, um engenheiro, profissional de golfe, terminou em maio de 1993. McNaught descreveu a separação como pacífica e amigável, e fez uma festa para 160 amigos para comemorar a entrada numa nova fase da sua vida. A partir de 2007, começou a viver em Frisco, Texas. Judith McNaught é uma figura activa nas campanhas de solidariedade, quer com crianças desfavorecidas, quer com outras causas, tais como, cancro da mama e, recentemente começou a promover cursos de alfabetização. Depois de criar uma história secundária sobre alfabetização num dos seus romances, McNaught pediu aos seus editores que incluíssem um cartão de resposta na embalagem do livro. Devido à sua inclusão, milhares de mulheres que haviam lido o livro ofereceram-se para se tornarem tutoras e ajudar as pessoas a aprender a ler. A escritora conta actualmente 72 anos de idade.


sábado, 1 de abril de 2017

Novidade - Deus Não Mora em Havana


É a minha estreia nos livros deste autor que usa um pseudónimo curioso. Como conheço Cuba, e Havana, espero reviver as suas ruas, gentes e cultura através deste romance. Pode adquirir o livro aqui. 

Sinopse
No momento em que o regime castrista perde o alento, «Don Fuego» continua a cantar nos cabarés de Havana. Outrora, a sua voz electrizava as multidões. Agora, os tempos mudaram e o rei da rumba tem de ceder o seu lugar. Entregue a si próprio, conhece Mayensi, uma jovem «ruiva e radiosa como uma chama», pela qual se apaixona perdidamente. Mas o mistério que cerca essa beldade fascinante ameaça o seu improvável idílio.

Cântico dedicado aos fabulosos destinos contrariados pela sorte, Deus não Mora em Havana é também uma viagem ao país de todos os paradoxos e de todos os sonhos.

Aliando a mestria e o fôlego de um Steinbeck contemporâneo, Yasmina Khadra conduz uma reflexão nostálgica sobre a juventude perdida, incessantemente contrabalançada pelo júbilo de cantar, de dançar e de acreditar em amanhãs felizes.


O AUTOR


Yasmina Khadra, cujo verdadeiro nome é Mohammed Moulessehout, nasceu no Saara argelino em 1955. Hoje é uma das vozes mais importantes do mundo árabe e um digno embaixador da língua francesa. Os seus romances estão traduzidos em dezassete países e encontram um interesse crescente. As Andorinhas de Cabul, que John Cullen traduziu nos USA, recebeu o apoio das mais importantes livrarias americanas e canadianas e o San Francisco Chronicle e o Christian Sciences Monitor elegeram-no como o melhor livro do ano nos Estados Unidos. O prémio Nobel J.M. Coetzee vê neste escritor prolífico um romancista de primeira ordem.

OPINIÃO EM BREVE. 

domingo, 26 de março de 2017

Novidade- Desaparecida, de Elisabeth Adler


Um novo livro de Elisabeth Adler - uma das minhas autoras estrangeiras preferidas - chegou às livrarias portuguesas. Já adquiri o meu exemplar. Pode adquirir o seu aqui. Em breve darei a minha opinião sobre o livro, que mais uma vez promete bom entretenimento. 
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SINOPSE
Ao entardecer, na belíssima paisagem do Mar Egeu, uma mulher de cabelos ruivos cai da amurada de um iate de luxo. Em terra, o pintor Marco Polo Mahoney vê a queda, percebe que a jovem está ferida e assiste, perplexo, à embarcação a afastar-se deliberadamente. Marco tenta imediatamente salvá-la mas não a consegue encontrar. É como se a bela ruiva nunca tivesse existido. Mas ele tem a certeza do que viu. E está disposto a tudo para resolver o mistério.

Angie Morse acabou de ser atingida na cabeça com uma garrafa de champanhe. Caiu no mar, ferida, e os seus companheiros parecem estar a abandoná-la. O iate onde ela seguia está a afastar-se, levando consigo os supostos amigos e o namorado. E, embora cada um deles tivesse algo contra si, Angie estava longe de imaginar que quisessem vê-la morta. Agora, enquanto as ondas a tentam submergir, invade-a um sentimento apenas: raiva.


É a raiva que lhe vai dar forças para sobreviver… e também para se vingar…
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A AUTORA

 Elizabeth Adler é britânica. Autora de vários romances é 
reconhecida internacionalmente pelas suas histórias envolventes que combinam de forma magistral mistério, amor e destinos de sonho. Os seus livros estão publicados em vinte e cinco países, com mais de dez milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Adler e o marido viveram em vários países até que fixaram residência em La Quinta, Califórnia, onde passam dias tranquilos na companhia dos seus dois gatos.

terça-feira, 21 de março de 2017

5 Passos para editar o seu livro

Editar faz parte do processo de escrita e é um dos mais importantes passos para o escritor. No entanto, este passo constitui uma verdadeira dor de cabeça para quem é autor independente, ou mesmo que escreva apenas num blogue. Por norma, um autor independente que escreva em português, não ganha o suficiente para pagar a um revisor/editor que faça a revisão do texto, quer na gramática, quer no corpo do texto para encontrar buracos temporais, incongruências, ou mesmo texto supérfluo que nada acrescenta ao enredo.
Então, ao autor independente com fracos recursos não resta alternativa senão fazer todo o trabalho que está por detrás do lançamento de um livro, seja de que género for e, a edição é uma das tarefas mais importantes.
Quando comecei a escrever deparei-me com esta dificuldade e, durante algum tempo, senti-me um pouco perdida e desmotivada. A falta de experiência levou-me a publicar alguns livros, inicialmente, ainda com bastante revisão por fazer, simplesmente por pressa e a seguir tive o dobro do trabalho ao fazer a revisão de novo.
 Com o tempo, aprendi o meu próprio método, o qual partilho aqui com vocês. Normalmente faço a revisão em cinco fases.
  1. NÃO TENHA PRESSA Quando comecei a escrever, tinha pressa de publicar e, por mais que lesse esta frase em outros blogues, não entendia muito bem o seu sentido e, muito menos achava que onde eu não via erros, eles na verdade estavam lá. Sem a devida distanciação não conseguimos analisar o texto de forma objectiva.  Depois de terminar o seu livro, deixe-o “amadurecer” durante um tempo. O que é isso de amadurecer? É deixá-lo de lado alguns dias, semanas ou meses. E porque é que isso é tão importante? Porque a nossa mente está formatada para o texto que temos na mente, pois escrevemos com o nosso cérebro emocional (hemisfério direito) e é preciso algum tempo e distância para nos apercebermos das falhas, as quais só podem ser vistas com o lado racional do nosso cérebro (hemisfério esquerdo). Experimente reler um texto seu, alguns dias depois de o escrever. Vai modificar algo de certeza absoluta, porque o analisa com o lado esquerdo do seu cérebro. 
2       2 - IMPRIMA Fica um pouco dispendioso mas esta regra é essencial. Editar no computador é diferente de editar no papel. Porquê? Porque no papel vai ver os erros mais claramente. Passado algum tempo de dar o texto como pronto, imprimo o livro e peço à minha leitora Beta que faça uma primeira revisão/ apreciação. Depois de ela me devolver o texto todo rasurado, começo nova edição e emendo os erros que ela sublinhou, bem como considero as suas opiniões acerca das personagens e outros aspectos. Depois de concluída esta etapa, volto a imprimir de novo e dou o texto a outra leitora Beta que faz a segunda passagem ao texto. Volto a fazer nova revisão. E se eu vos disser que ainda é possível encontrar algumas gralhas depois destas etapas todas! É possível sim. A semana passada terminei de ler um livro publicado por uma editora, traduzido e, cheio de gralhas.

3   3 -  LEIA O SEU TRABALHO PELO MENOS TRÊS VEZES. Depois destes passos todos leia o seu livro pelo menos três vezes e, aí pode ler de forma aleatória, para encontrar falhas. Se não as encontrar, comece a considerar o seu livro quase pronto. Pessoalmente leio passagens ao acaso – desta vez no computador e na última versão editada – para perceber se o texto faz sentido.

4         4 - SEJA PERFECIONISTA. Pode parecer exagero, mas este é um conselho de alguém que não é perfeccionista e teve que aprender ao longo do tempo que na escrita, tem que ser. Não tem nada que ver com a sua história, a sua marca de autor, ou com o género que escreve. Mais uma vez tem a ver com os erros, as falhas (temporais, históricas), porque não há nada mais desagradável para um leitor do que encontrar erros, uns atrás dos outros. Encontrei essa falha numa tradução de um romance de Anita Shreve, lamentável quando se trata de uma editora que devia oferecer um trabalho cuidado.

5         5 -   RELEIA ANTES DE CONTINUAR A ESCREVER. Estou a escrever outro romance, A CÁPSULA DO TEMPO, e comecei a experimentar outro método que aprendi com um escritor português consagrado ao ouvi-lo numa entrevista a uma televisão. Diz ele que revê sempre o que escreveu no dia anterior. Faz todo o sentido e estou a gostar desta nova forma de editar. É mais demorada, mas permite-me ver falhas mais cedo e dá-me a oportunidade de corrigir o texto antes de continuar. Este método, não invalida nenhuma das outras fases. 


Por último, para o baralhar mais ainda, o perfeccionismo é algo muito difícil de alcançar e pode ter a certeza que mesmo com este crivo todo o seu livro irá apresentar erros quase de certeza, que lhe escaparam. Como leitora voraz, num li um livro, que não tivesse um ou mais erros.

Como se sente em editar o seu próprio trabalho? Que perguntas tem sobre a edição? Tem alguma dica para partilhar com outros autores, para editar seu próprio trabalho? Se tem, não hesite em deixar na caixa de comentários.


sexta-feira, 3 de março de 2017

Como criar um vilão em 10 passos


Hoje vamos falar de vilões. Sou fascinada por vilões, dão vida e sabor aos livros. Quando li FLORES DA TEMPESTADE, de Laura Kinsale encontrei uma fileira de vilões que não estava à espera. 
 Os antagonistas, também são vários, uma família inteira, o que torna o livro muito interessante, para além de que o próprio protagonista aparece no início como um individuo perverso e sem escrúpulos. Este é um bom exemplo de um livro recheado de personagens más, que dão vida ao livro.

Ora se um livro for apenas água e açúcar, perde o interesse rapidamente – pelo menos para mim - , gosto de ler grandes narrativas em que os protagonistas enfrentem muitos obstáculos. É óbvio que não é fácil inserir tanto vilão na estória e, ainda assim manter o balanço da estória.  
Existe coisa mais assustadora do que um vilão numa história? E quando imagina que ele pode saltar das páginas do livro e andar livremente entre nós. Já ouviu falar em psicopatas domésticos? São um outro género de psicopatas que não tem necessidade de matar, mas que ao nível social e psicológico causam muitos estragos nas vítimas, não lhe restando alternativa senão fugirem deles.
 Há uns anos escrevi “O Homem do Deserto” com um psicopata como vilão e depressa o livro recebeu boas críticas dos leitores.
Existem vilões em todas as formas e tamanhos. O seu vilão pode ser um adolescente que inflige dor aos colegas de escola, chegando a torturá-los. Exemplo horrível, eu sei! Ou um simpático velhinho que se esconde atrás da sua figura frágil, mas no momento oportuno, mata sem piedade e sem motivo.
Não confunda por favor, um vilão com um antagonista. O vilão é retratado como alguém que tentará tudo para deter o protagonista ou tornar a sua vida bastante complicada. Geralmente, não possui a mesma profundidade psicológica do antagonista, porque, para o escritor, é mais interessante escondê-lo nas sombras, mostrar apenas as suas características negativas e justificá-las como o seu passado, não com as suas acções actuais. Desumanizá-lo pode servir para exaltar as características do herói.
O vilão é um antagonista, porque se opõe ao protagonista, porém, um antagonista não é um vilão. Confuso? Bem, existem alguns estereótipos que ajudam a entender melhor essa relação. Por exemplo, o antagonista condiz com o estereótipo do anti-vilão e do vilão trágico, além de outros.
O seu vilão pode ser humano ou abstracto. Vilões humanos são personagens que o herói deve derrotar para ganhar um final feliz. Por outro lado, vilões abstractos são algo, ao invés de alguém, que seu herói deve superar para alcançar seu sucesso.
 O vilão e o antagonista opõem-se ao protagonista, que costuma ser o herói da história e, o objectivo da sua existência na história é gerarem conflito, para que o leitor se mantenha interessado na história. Porém, o antagonista possui características redentoras, redime-se no final da história, enquanto o vilão terá um fim triste.

Sobre características redentoras
Um bom antagonista possui a sua própria história, um passado conturbado que explique as suas acções no presente. Além disso, ele não precisa ser completamente malvado e destituído de moral; ele pode ser um personagem interessante, pelo qual o leitor sentirá simpatia. Ele pode sentir culpa por suas acções, pode ser gentil a um determinado personagem, pode ser inteligente e engraçado, ter falhas, mas também ter qualidades. E, no final da sua história, ele pode ou não redimir-se pelo que causou, mas sem causar mais dano ao protagonista.
O vilão pode ser racional ou emocional. Alguns vilões são frios, não sentem culpa pelos seus crimes. Simplesmente querem ganhar. Os vilões racionais matam ou prejudicam calculadamente, sem razão aparente e sem remorso, são os chamados psicopatas. Os vilões emocionais são motivados a prejudicar os outros por causa do sofrimento do passado e ainda tem uma réstia de consciência.

Então crie o seu vilão desta forma

1 . Mantenha-se fiel ao seu personagem e ao tipo de vilão que pensou.

2. Tenha um plano para o personagem! Não tem sempre que o cumprir, isso depende do personagem, mas mantenha o foco no personagem senão o enredo vai sofrer.

3. Não tenha medo de ser mau. É divertido!

4. A tortura é sempre um bom "talento" para se ter. Imagine um vilão a torturar uma vítima. Isso não faz de si uma pessoa má. Já imaginou como Stephen King constrói as personagens? Dessa forma.  

5. Não tenha medo dos estereótipos, os vilões são clichê, mas a execução do clichê é o que importa. Pegue no cliché e torne-o seu, formate-o e altere-o para as suas necessidades e desejos.

6. Misture e combine personagens – mantenha as pessoas no suspense e a tentar adivinhar quem é quem e, ao mesmo tempo mantenha o enredo interessante para si. Não fique sempre preso à forma, experimente todos os tipos de vilões!

7. Não tenha medo deles, abrace sua vilania e separe-se de si mesmo para criar a personagem. É como encarnar um personagem no cinema.

8. Aprecie-os como personagens e não tente colori-los com características boas. Seja mau, e seja bom em ser mau.

9. A prática faz a perfeição! Pratique.


10. Não desista! Representar um bom vilão é difícil, mas quanto melhor o vilão, melhor o herói, e mais interessante o livro.