terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A Rapariga no comboio


Quem me conhece sabe que ADORO um bom thriller e este livro é sem dúvida um dos melhores que li nos últimos tempos. Nunca leio os livros quando estão no TOP  - manias minhas -  mas este está há tanto tempo que não fazia sentido esperar mais tempo.  E, como se não bastasse vi o filme logo de seguida, outra coisa que normalmente não faço porque fico sempre desiludida com o filme. Pois não fiquei. Livro e filme são excelentes, para quem gosta do género. 


Sinopse
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

A AUTORA
Foi jornalista na área financeira durante quinze anos, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. Nascida e criada no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. A Rapariga no Comboio é a sua primeira obra, que imediatamente se tornou um verdadeiro fenómeno mundial, com mais de 2 milhões de livros vendidos em apenas 3 meses e já em processo de adaptação ao cinema pelos estúdios Dreamworks.

Entrevista da autora ao jornal Diário de Noticias. 


OPINIÃO
Um livro de fácil leitura e com um encadeamento tão alucinante que é impossível parar de ler. Recomendo. 
Avaliado por mim em 5***** no GoodReads. 


domingo, 15 de janeiro de 2017

Em destaque - Lembras-te de mim? - Judith McNaught

SINOPSE
É a contragosto que Diana Foster se encontra num extravagante baile de caridade, rodeada pela fina-flor do Texas. O noivo acabou de a deixar, trocando-a por uma herdeira italiana, e a jovem anseia apenas por um pouco de privacidade. Mas está em jogo a sua carreira e o bom nome da família. Como gestora da empresa familiar, Diana tem uma imagem a manter. E a fasquia não podia estar mais alta pois ela é editora da revista Beautiful Living, uma publicação de referência no que toca à tranquilidade doméstica.


Quando o bilionário Cole Harrison se aproxima dela com dois flûtes e uma garrafa de champanhe, Diana é apanhada de surpresa, pois reconhece nele o moço de cavalariça que desapareceu da sua vida vinte anos antes. E, fazendo jus à sua reputação de magnata, Cole tem uma proposta para ela: um casamento de conveniência, pois arrisca-se a perder uma fortuna se não se casar em breve. Diana dificilmente imaginaria nessa noite que iria reencontrar Cole, muito menos sucumbir ao esquema elaborado dele, para não falar no perigo de ceder a uma paixão avassaladora...

A AUTORA
Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Atualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.






OPINIÃO
Li todos os livros da autora publicados em Portugal e fiquei fã da escrita fluída e simples - detesto textos rebuscados só para impressionar o leitor - e, das suas histórias. No entanto, apesar de ser um bom livro, não me prendeu tanto quanto os outros da mesma autora até meio. A história é interessante e as personagens bem construídas como Judith já nos habituou, mas só a partir sensivelmente do meio a narrativa prossegue de uma forma mais dinâmica. Recomendo a leitura. Comparativamente às 5 estrelas que dei aos outros, só posso dar 4 a este. Foi avaliado por mim em 4 *** no Goodreads. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

6 coisas que não deve fazer quando inicia um blog de escritor


Ter uma plataforma de autor bem montada e que torne visível o seu trabalho é fundamental para crescer enquanto escritor independente. No entanto, há pequenos – grandes – erros que todos cometemos quando queremos à força toda tornar visível o nosso trabalho e, um deles passa por pensar que só a troco de publicidade paga se consegue lá chegar. Comecei o meu primeiro blog sobre psicologia em 2007 e felizmente tem-me trazido muitos benefícios profissionais.
O Pérolas para a Alma passou por uma fase experimental com outros nomes e finalmente encontrou o seu lugar no nicho crescendo as visitas dia após dia e, atualmente é o blogue em que invisto mais. 
 Deixo-lhe aqui cinco sugestões de erros a evitar.

1 – Não escreva só para manter o blog com texto atualizado, escreva sobre temas que interessem aos leitores e, para isso faça pesquisa no google e nas redes sociais sobre os temas quentes no nicho em que publica.

2- Não crie um blog apenas com os seus livros, ofereça ao leitor outro tipo de informações úteis, mesmo sobre si e sobre o que pensa. Se não se sentir confortável com isso, faça criticas sobre livros de outros autores. Mas faça criticas construtivas, não existe nada pior para um leitor que um escritor que destrói outro. Os leitores confiam nos seus escritores e gostam que eles sejam boas pessoas.  

3 – Não queira fazer o blog todo de uma assentada. Vá construindo até chegar ao que pretende. Até os sites são construídos dessa forma. Não existem estruturas estáticas nesta área. Se não gosta de algo no seu blog talvez os seus leitores também não gostem.

4 – Não pense que vive bem sozinho. Na blogosfera precisamos uns dos outros. Visite e comente outros blogues que lhe interessem, é uma forma de divulgar o seu, mas não o faça apenas por interesse. Se puder faça parcerias e coloque links para os blogues que segue. Um dia vão retribuir e linkar o seu também.

5 – Não pague publicidade pensando que vai captar mais público para o seu blog. Tal prática é apenas um engano, pois só ficará com a carteira mais vazia. As únicas formas de captar público são através de ferramentas de SEO e, com o tempo. Convença-se que o seu blog vai estar algum tempo num patamar baixo com poucas visitas.  


6- Nunca abandone o blogue por muito tempo. Vai dar uma imagem de desleixo. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Como começar a escrever um livro


Há quatro anos, pela altura do Ano Novo, comecei a escrever o meu primeiro livro. Essa história estava guardada dentro de mim há muito tempo e, apesar de saber que tinha que me libertar dela escrevendo-a, não sabia como começar. Foi então que comecei a estudar técnicas de escrita criativa ao mesmo tempo que começava a aventura de escrever Gabrielle, um livro com seiscentas páginas que depois dividi em Anna e Gabrielle e que mais tarde voltei a reescrever. Ainda acho que esse é o meu livro preferido e o melhor que já escrevi, quer pela história baseada em factos reais, quer pela emotividade que despertou em quem o leu. 

Como todos os escritores, sou uma leitora compulsiva, que devora livros de todos os géneros, desde policiais a romances históricos entre outros géneros.
Gosto de uma boa estória de vida com todas as vicissitudes da existência humana e entendo que o mundo é tudo menos cor-de-rosa, apesar de acreditar sempre que o bem e o amor prevalece na mente do ser humano, por isso gosto de construir personagens reais, daí que o romance seja o meu preferido. 
Não se esqueçam nunca que ninguém pode escrever uma boa história se não ler na medida do que escreve, ou seja, ler tanto quando escreve.

Depois de muito estudar sobre escrita criativa, achava sempre que sabia pouco e que tinha que aprender mais. É verdade estamos sempre a aprender. Mas só se aprende se ler outros autores e observar como escrevem, para, a partir daí, criar o seu estilo pessoal. Um escritor que esteja a iniciar a sua aventura neste mundo tão fascinante e difícil tem que ter em conta vários aspectos para iniciar o processo de escrever, ou arrisca-se a adiar eternamente a tarefa sob pena de nunca concretizar o sonho. Deixo-vos aqui alguns passos que fui seguindo e que me foram muito úteis. 

Passo 1: Pare de tentar aprender tudo e comece a escrever. Se não tomar essa decisão vai arrepender-se mais tarde. Não ligue a criticas que não sejam construtivas sob a sua falta de talento ou a forma como escreve. Como em tudo, quando mais praticar, mais aprimora a sua escrita. 

Passo 2: Sente-se ao computador e veja o que acontece. Deixe fluir as ideias sem grandes preocupações com a forma e a gramática, mais tarde emenda tudo, ao reescrever o livro. Foi assim que eu fiz. Parei de fazer cursos e de comprar livros sobre escrita criativa e meti mãos à obra.
Não se assuste com o resultado e não destrua o que escreve ao pensar que não tem jeito para a coisa. Seja o seu maior critico, mas saiba fazer a distinção entre criticar-se e destruir o seu trabalho. 

Etapa 3: Copie outra pessoa
Não está seguro do seu estilo – pois não! isso demora algum tempo-, então copie o estilo de outro escritor, sem culpas. Você só está a copiar o estilo, não a estória, portanto não é plágio. 

Etapa 4: Criar uma lista de tarefas
Crie um esquema da sua história cena a cena para lhe facilitar o seguimento da escrita. 
Reveja diariamente o que escreveu e veja se faz sentido, se quer dar esse rumo à história, e o que deve emendar, assim dará por erros ao nível do enredo, do tempo, dos espaços onde ocorre a história e até erros na construção das personagens. 

Etapa 5: Escreva todos os dias nem que seja por meia hora. Criar hábitos de escrita desenvolve a mente e a capacidade de escrever. 

sábado, 24 de dezembro de 2016

Passatempo de Natal - Resultado


Desejamos a todos que passam por aqui um Feliz Natal e um próspero 2017. 
As vencedoras do passatempo de Natal - sorteio de dois livros - foram:

1 - Patrícia da Luz
2 - Celeste Ourives

Parabéns às vencedoras e obrigado a todas as participantes. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Em destaque - Uma Mulher Respeitável de Célia Correia Loureiro


Sinopse

No Portugal das guerras liberais e na Irlanda ferida pela cólera, duas mulheres lutam para cumprir os seus sonhos e vingar as suas ofensas. 


1831. Pouco depois de se casar, a sorte do conde de Cerveira sofre um revés. Uma série de infortúnios deixam-no à beira da ruína financeira, e não demora muito para que comece a desconfiar dos intentos da estranha de beleza intrigante que desposou. Perante a dúvida, decide enviar Leonor Sanches para um exílio temporário junto do tio, que ensina na prestigiada Trinity College, em Dublim. Conforme a epidemia de cólera vai ceifando as vidas de cristãos e anglicanos na Irlanda, também o coração de Leonor Sanches se oferece à tragédia. 


1857. Cinquenta anos depois de perder o seu bem mais precioso para as tropas de Napoleão, Mariana Turner sente que está a um passo de descobrir toda a verdade sobre os acontecimentos de Março de 1809. Novas revelações apontam para que a condessa de Cerveira, encarcerada no Porto, seja a chave para resolver o mistério. Munida de uma determinação inabalável, tudo fará para conseguir deslindar o passado de Leonor Sanches - fidalga e anjo caído.


A Autora


Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. Licenciou-se em Informação Turística pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, mas garante que a sua vocação é a escrita. Desde cedo começou a contar histórias através de ilustrações. Aos doze anos leu o seu primeiro romance e, desde aí,

não parou de ler nem de escrever. Com algumas obras terminadas, apresenta-se aos leitores através da Alfarroba com "Demência" em Nov. de 2011 e, em Out. de 2012 lança, pela mesma chancela, "O Funeral da Nossa Mãe". "A Filha do Barão" foi a sua estreia no seu género favorito: a novela histórica. Em Outubro de 2016 lança "Uma Mulher Respeitável".

Opinião

Célia Correia Loureiro, é mais uma autora portuguesa que me fez voltar à literatura portuguesa do género romance ( o meu favorito), desde o tempo em que li as obras obrigatórias no secundário. Sou muito atraída por capas bonitas e só depois leio a sinopse que me faz decidir a comprar o livro ou não. A capa deste livro é lindíssima e a sinopse muito ilustrativa do que podemos esperar. Quanto ao conteúdo - do qual não vou revelar partes porque não quero estragar a leitura a ninguém - é de leitura compulsiva. Uma escrita leve e perceptível - prova de que não é necessário usar palavras "caras" para enriquecer o texto - que, por si só já é bastante rico. A autora fez uma pesquisa exaustiva para romancear a história e foi muito bem sucedida, pessoalmente fiquei a saber mais um pouco deste período histórico do nosso país. Curiosamente a Célia vem provar que não é imperioso ser de letras para escrever bem e ter sucesso. Em Portugal é difícil publicar se não for uma figura mediática e estou muito feliz que ela o tenha conseguido. A Célia ganhou uma fã e o país uma excelente romancista. 
  Apenas faço um  reparo à editora Marcador pelo tamanho da fonte do livro. Um numero acima facilitava muito a leitura a quem já passou dos cinquenta, pois demorei mais tempo a ler o livro porque a letra é demasiado pequena. 

Avaliado por mim em 5***** no GoodReads

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os Absolvidos - André Afonso


André Teles Afonso nasceu em 1995. Atualmente está a terminar Agronomia em Beja, curso que detesta e para o qual não apresenta qualquer vocação. Os seus principais interesses são a prosa, a poesia e a música tradicional alentejana.
O Alentejo é seu berço e Serpa uma grande inspiração para a sua escrita.
É feliz assim, até ver ou até se esgotar a tinta da caneta e o café na chávena.

Esta é a descrição que o autor faz dele próprio. Conheço o André e sei que ele não detesta agronomia, apenas não a adora. André Teles é um jovem multifacetado que apesar de ter apenas 21 anos, já viveu o dobro em maturidade como fruto da vida que tem vivido, da interioridade da sua cidade que o levou a querer mais, e da influencia da mãe que é professora.
Apresentação do livro na contra capa.

O poema - nada de especial - estava escrito a tinta azul e marcou-me: cheirava a álcool e escorria de uma esferográfica banal. Tão simples, tão plástica, tão industrial. É engraçado como, às vezes, penso se os fabricantes destas canetas pensam no que elas podem fazer. 
Uma esferográfica é o poder! Nas mãos certas pode fazer maravilhas, nas mãos erradas pode matar, pode assinar tratados, leis, abaixo-assinar, promulgar misérias e dores.

Quando acabei de escrever essa singela poesia, no fundo quando acabei de escrever essa morte que teimo em passar para o papel, decidi então abrir um buraquinho no topo dessa colina e enterrar o manuscrito.

Os anos passaram, eu fui embora e nunca mais pensei na coisa... Certa vez voltei ao meu Alentejo e encontrei no cimo da colina, bem no lugar onde eu tinha enterrado o meu pequeno poema, uma árvore nascida.   

Excerto de "O Poeta e a Árvore" 


Opinião - Este livro editado pela Chiado Editora é um livro pequenino de contos - Contos velhos de um país velho - coligidos pelos autor e interpretados por ele e passados pela tradição oral, geração após geração. André foi mais além e eternizou estes sete contos em papel.
Os contos abordam a vida das gentes do interior alentejano, com as suas singularidades e, um dos contos "Os Peidos da Prima Berta" é hilariante, por isso não podia deixar de o referir. Parabéns ao autor pelo seu primeiro livro. Esperamos que venham mais.
 Deixo aqui, também, um video de um grupo musical que integra. Mais um testemunho da sua versatilidade.



sábado, 3 de dezembro de 2016

Eu e as mulheres da minha vida - Tiago Rebelo


Aos trinta e cinco anos, Zé soma uma década de casamento com a namorada da juventude, um filho e um emprego seguro. Tinha tudo o que sempre desejara, mas seria suficiente? Tornou-se num homem sem ambição, um bancário desinteressado que trabalha simplesmente para pagar as contas e cujo tempo livre passa por adormecer no sofá a fazer zapping. Um homem a entrar na inevitável crise dos 40, cinco anos antes de os completar.
Porém, um dia, tudo muda. Uma promoção inesperada no banco e o súbito interesse de Cátia por ele, uma mulher sensual e irresistível, vêm virar do avesso os dias pacatos e entediantes em que a sua vida se acomodara. Depois disto nada será como antes. Zé descobre um mundo novo, repleto de desejo e… traição. Nasce um homem novo, poderoso, sedutor, um vencedor nato. Mas conseguirá Zé lidar com esta fase vertiginosa e recuperar o equilíbrio sem consequências dramáticas para o seu casamento? Ou ver-se-á a braços com uma realidade que não consegue controlar?


Opinião

Há muito tempo que um autor português não me arrancava boas gargalhadas, talvez desde que li A Queda de Um Anjo de Camilo Castelo Branco ainda nos bancos do secundário. Este Zé, construído por Tiago Rebelo, é hilariante. O típico macho português, trapalhão, mulherengo e ingénuo que nem um caracol que se põe a jeito para ser pisado num dia de chuva, ao sair pela estrada fora deslizando. 
 Este é o segundo livro que li do autor e estou rendida. Sou fã!! Escrita leve, sem palavras difíceis que tornam a leitura por vezes densa e chata - recentemente abandonei um livro dum consagrado por esse motivo -, chama as coisas pelo nome delas e diverte-nos falando de coisas sérias, apresentando-as de forma quase cómica. Quantos Zés não existem por aí? 
O que mais me surpreendeu e agradou é que esta é a visão de um homem, e talvez por isso está tão maravilhosamente retratada. As personagens femininas são de igual forma muito bem construídas. Graça, Cátia e Sara, três mulheres diferentes, em torno do mesmo homem. Parabéns Tiago Rebelo, e desculpe de só ter lido os seus livros agora. 

Avaliado por mim em 5***** na Wook e no Goodreads.



domingo, 27 de novembro de 2016

Las Vegas - Gonçalo Coelho

Quando Luciano conhece acidentalmente a atraente Madalena em São Francisco e a leva a jantar a casa de um velho milionário do vale de Napa, está longe de imaginar que a sua vida, tal como ele a conhece, está prestes a virar de pernas para o ar. Durante a visita para jantar o milionário é assassinado e Madalena desaparece sem deixar rasto. Luciano vê a sua vida ruir a partir do momento em que a viúva o culpa publicamente por ter trazido Madalena a sua casa e coloca na praça pública suspeitas de que sejam cúmplices.

Tentando provar a sua inocência, ele lança-se em perseguição de Madalena, dando-se conta de que não sabe absolutamente nada acerca dela, nem sequer o seu verdadeiro nome. Quem é esta misteriosa mulher? Quem é esta fugitiva?

Se gosta de um livro movimentado e bem condimentado com ação, mistério e romance, então este livro é para si.

A vida de Luciano corre perigo. Linda corre contra o tempo. Com o coração a mil à hora ela faz o percurso de mota de São Francisco para LAS VEGAS mas as coisas correm horrivelmente mal. Será que ela ainda vai a tempo de as emendar? Está aí o segundo livro da série Fugitiva.


Opinião:

Este é o segundo livro da série FUGITIVA, do autor independente GONÇALO COELHO  e que publicou este mês. O Gonçalo é um daqueles autores que mereciam sair do anonimato, porque o que escreve, dentro do genéro é de qualidade. Tive oportunidade de seguir os dois livros no Wattpad e, este segundo livro supera o primeiro.
Os livros conduzem-nos ao mundo do narcotráfico através do par de protagonistas Linda e Luciano, e nos dois livros o autor fez uma apurada pesquisa sobre este submundo e quem se move nele. Da escrita do autor já disse aqui que é compulsiva - O Milagre de Yousef provou-o -, e da qualidade da sua narrativa nada a apontar: uma escrita limpa, cuidada, de fácil leitura e sem pormenores desnecessários daqueles que tornam os livros chatos e nos fazem colocá-los de lado.

O Autor, como ele próprio se define:

Gonçalo Coelho é a maior parte do tempo um cidadão comum e pacato que mora em Berlim Leste, pai de uma linda filha de três anos, casado e trabalha na gestão da qualidade num dos mais conceituados fabricantes automóveis do mundo. De vez em quando, pela calada da noite, dá-se então a metamorfose... surge o Gonçalo Coelho escritor. Alimenta-se dos retalhos do seu passado e, em particular, dos locais onde viveu (Portugal, Inglaterra, Brasil, Alemanha), das pessoas que conheceu e daquilo que lá viveu. Um dos seus habitats prediletos é o tema da diversidade cultural que acha que anda a ser tão mal tratado por esse mundo fora. Em vez de ser abordado para criar pontes, é antes abordado para desenhar fronteiras, um meio de dividir pessoas e povos através da identificação das suas diferenças. Adora criar estórias bem condimentadas com romance e acção.


Avaliado por mim em 5***** (amazon e goodreads).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Flores da Tempestade - Laura kinsale

Christian Langland, duque de Jervaulx, é dissoluto e arrogante. Mas é também um homem brilhante. Considerado um "génio" da Matemática, está a desenvolver uma teoria revolucionária com a ajuda do notável John Timms. Porém, esta parceria só é possível graças a Maddy, filha de John. Recatada e meiga, a jovem vive para ser os "olhos" do pai, que é cego há já algum tempo. Apesar de repudiar pessoas como Christian, Maddy não consegue evitar o fascínio que sente por ele. E quando Christian é dado como morto, a dimensão do seu próprio sofrimento surpreende-a profundamente…

O tempo passa e Maddy aceita trabalhar num asilo. Uma decisão que terá efeitos inesperados pois é lá que reencontra… Christian. O duque está vivo, sim, mas irreconhecível. Vítima de um trágico ataque, é tido como louco e abandonado por todos. A começar pela própria família, que tudo fará para o manter preso e açambarcar a fortuna. Frustrado com a sua incapacidade de comunicar, Christian é uma sombra do que foi em tempos. Maddy é a única a ver nele uma centelha do homem fulgurante do passado. A jovem está determinada a curá-lo, mas nunca poderia imaginar que a sua ânsia de o ajudar fosse alterar tanto as vidas de ambos… e uni-los no desejo… e no amor.

OPINIÃO
Foi o primeiro livro que li da autora e, cinquenta páginas depois estava rendida. Adoro romances de época, mas a maioria peca por falta de originalidade. Flores da Tempestade é um romance original porque apresenta protagonistas fora do comum, mesmo sendo um romance de época: um protagonista masculino que sofre um AVC e fica com afasia, e uma jovem que tem uma religião muito restritiva quanto aos prazeres da vida. A escrita da autora é fluída, simples, e que nos impele a continuar a leitura. Seiscentas e quatro páginas de uma luta diária para fugir ao manicómio numa época em que o pouco conhecimento sobre as doenças neurológicas conduzia todos os pacientes destas enfermidades ao mais degradante tratamento que se possa imaginar.
Recomendo vivamente a leitura deste livro a quem gosta de romances de época.

Avaliado em 5 *****, por mim, no Goodreads.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Como escrever um romance


Quando pensei em escrever um romance (em 2013), tomei uma série de decisões entre as quais aprender a utilizar as ferramentas básicas, ou seja, algumas técnicas de escrita, porque sempre me pareceu que só as regras de gramática não chegavam e escrever livremente sem qualquer plano, poderia ser arriscado para uma principiante como eu.
 Bom, confesso-vos que apesar de ter adquirido algumas noções de como começar a tarefa, não tinha noção das dificuldades que se iam apresentar a partir do momento em que escrevesse a primeira página.  

Mantive-me no campo das indecisões durante muito tempo, reescrevi o começo do livro várias vezes e, cada vez que abria o computador, mudava o inicio do romance.
 O meu primeiro romance foi Gabrielle, que hoje está publicado em dois livros Anna e Gabrielle e recentemente coligi os dois num volume com o mesmo nome.

 Apesar de ter um roteiro mental, previamente definido, porque o livro é baseado em acontecimentos reais, não me podia limitar a escrever os acontecimentos sem serem trabalhados antes. Foi uma tarefa árdua que passou por muitos momentos de desespero e de obscuridade. Vou para onde a seguir? Estou a ir bem? Será que o leitor vai entender o que estou a escrever? Será que este assunto não irá chocar demasiado o leitor?

Foi com estas interrogações que nasceu o meu roteiro individual, uma espécie de fórmula que utilizo em quase todos os livros que escrevi, depois de Gabrielle, e que fui construindo ao longo de muito estudo sobre escrita criativa. Ele descreve cada uma das etapas que eu sigo para concluir o livro e, é a minha modesta contribuição para partilhar com os autores independentes que estejam a começar. 

Neste artigo, deixarei aqui uma visão geral do meu processo para escrever romances, ao qual pode sempre acrescentar o seu cunho pessoal, tal como eu fiz, porque a arte de misturar palavras e construir histórias é pessoal. Ninguém lhe pode ensinar a fazê-lo. É uma arte que não dispensa muito trabalho e dedicação, como qualquer outra. Por mais habilidoso que seja, se não praticar não evolui. 

 Desta vez não vamos falar de técnicas como por exemplo «mostrar vs dizer», gramática, ponto de vista etc…. O que vou deixar aqui é como eu transformo uma ideia num romance. Importa dizer que por vezes as ideias que tenho – e tenho mais de uma dezena anotada no meu caderno –, nem todas vão dar boas histórias. Recentemente abandonei um livro por ter chegado à conclusão que a história pouco convincente, talvez noutra altura lhe volte a pegar e o consiga escrever. Já aqui disse que anoto as ideias que vou colhendo no dia-a-dia num caderninho A5 que transporto sempre comigo.
Então, o que eu faço depois de ter a ideia é um primeiro esboço, onde constam estas etapas:
  • Ideia principal
  • Esqueleto da ideia
  • Quem são os personagens
  • Uma breve sinopse – a primeira
  •  Uma sinopse ampliada – mais desenvolvida
  • Decisão – quero avançar com a história ou não.
  • Desenvolvimento dos personagens
  • Onde se passa a história
  • Esquema do romance – em traços gerais
  • Pontos de vista do personagem
  • Histórias secundárias – se existirem
  • Primeiro rascunho 

O que é um PLOT?

É um conjunto de acontecimentos interligados entre si por causas e efeitos e que dizem respeito a um protagonista que quer alcançar desesperadamente um objectivo, livrar-se de algo, e que não consegue por via de obstáculos internos ou externos. Um PLOT simples tem que obedecer a estes cinco pontos. 


Pode dividir o seu Plot (guião) em vários passos.
Mas, o livro depende dos personagens. São eles quem dão vida à história, por isso é conveniente conhecê-los bem e muito cedo. Embora possa sempre fazer alterações ao carácter dos personagens, não é prático fazê-lo durante a escrita. Certifique-se que sabe quem eles são antes de começar a escrever. 


 Faça anotações sobre todos os personagens principais da sua história. Não se preocupe em aprofundar muito nesta fase, apenas precisa de um esboço da personalidade dos seus protagonistas, na segunda fase desenvolve mais a personalidade dos personagens.  

Agora vamos sistematizar a informação que precisa para começar a escrever. Assegure-se que possui:

UMA IDEIA para uma história, mas, antes que comece a escrever a sua história assegure-se que existem:
UM PROTAGONISTA
UM OBJECTIVO – o que é que o protagonista quer/deseja
UM LOCAL
UM ANTAGONISTA
UM PROBLEMA/dilema

Aqui está um exemplo:
Um protagonista - Marta
Um objectivo – vender as terras que os pais lhe deixaram
Um local/tempo – Covilhã 2016
Um antagonista - Daniel
Um problema – Daniel é obcecado por Marta desde a adolescência.
Coloque todas essas ideias numa única frase, como esta: Quando Marta chega à Covilhã, quinze anos depois de partir, com o objectivo de se desfazer da herança dos pais - as malditas terras - depara-se com Daniel, como se o tempo não tivesse passado.

PONTOS DE VIRAGEM

Há um conjunto de pontos de viragem na história que convém contemplar no seu livro, caso contrário corre o risco de a história não ter ritmo e tornar-se monótona. 
Cada um desses pontos pode ser interpretado de um número infinito de formas, por isso não se preocupe que sua história será como todas as outras, caso consiga estabelecer um fio condutor. Uma vez que tenha esses pontos esquematizados, refiro-me aos pontos de viragem, pode passar a um esquema mais detalhado em que define o número de páginas para cada ponto de viragem. 
Se a sua história tiver quatro a cinco pontos de viragem, terá entre 200 a 250 páginas e não precisa de ter mais. Para isso é conveniente que crie um PLOT.

Pode dividir o seu Plot (guião) em vários passos.
Mas, o livro depende dos personagens. São eles quem dão vida à história, por isso é conveniente conhecê-los bem e muito cedo. Embora possa sempre fazer alterações ao carácter dos personagens, não é prático fazê-lo durante a escrita. Certifique-se que sabe quem eles são antes de começar a escrever. 
 Faça anotações sobre todos os personagens principais da sua história. Não se preocupe em aprofundar muito nesta fase, apenas precisa de um esboço da personalidade dos seus protagonistas, na segunda fase desenvolve mais a personalidade dos personagens.  

Faço sempre uma lista para todos os personagens, antes de começar a escrever, com estas características:
  • Nome
  • Idade
  • Profissão
  • Aparência física
  • Principais características do personagem
  • O que o move ou impele para a acção
  • Resumo do seu papel na história
Antes de começar a escrever, certifico-me que o meu personagem tem um OBJECTIVO; está tentando alcançar esse objectivo mas encontra um CONFLITO; os problemas aumentam e terminam num ACONTECIMENTO COM IMPACTO; os personagens têm uma reacção emocional ao acontecimento; são confrontados com um DILEMA; os personagens tomam uma DECISÃO; o que significa que o personagem tem um novo OBJECTIVO; o personagem resolve o dilema. 
Se conseguir estabelecer um esquema como este – e não precisa de dar a mesma importância/peso a todas as etapas- então a sua história está pronta para começar. Uma história de aventuras dará um ênfase maior ao acontecimento, uma história romântica ao conflito e uma história filosófica fará o oposto. Vamos agora desenvolver as personagens.

Considere fazer uma biografia dos seus personagens com aspectos fundamentais para o livro, de etapas da infância, adolescência e idade adulta ou actual, em que conste uma lista para cada um de acontecimentos marcantes que possa utilizar mais tarde.

Faça uma lista dos LOCAIS a utilizar/descrever no livro para que possa usar mais tarde. A variância dos ambientes podem ter influência no humor dos personagens, por exemplo o outono incita à reflexão, à solidão, à introspecção, etc…etc…

Decida qual o PONTO DE VISTA que vai utilizar (primeira pessoa, segunda pessoa, terceira pessoa) e volte a verificar as suas listas e se existe alguma incongruência nos esquemas que fez. É mais fácil observar que está alguma coisa mal agora que ainda não começou a escrever do que quando tiver trinta mil ou cinquenta mil palavras escritas.

Se acha que ajuda, imprima algumas fotos de ambientes ( casas, paisagens etc) e inspire-se nelas quando estiver a escrever.
Nesta altura deverá ter todo o material compilado e um PLOT bastante avançado do seu livro, então defina os capítulos com as cenas principais desde o princípio ao fim do livro, tendo sempre por base o PLOT inicial.

Depois desta etapa está pronto para escrever o primeiro rascunho do seu livro. Mãos à obra!
Acabou o primeiro rascunho? Tem entre 40.000 a 100.000 palavras? Passe para a segunda fase.

Segundo rascunho – reescreva o livro. Esta fase é importante para aprimorar a escrita, ver incongruências, alterar factos…etc. Melhore a sua história.

Terceiro rascunho – Depois de ter aguardado algum tempo (de dias a semanas) entre estas fases, volte a reescrever o seu texto. Vai ficar surpreendido com a quantidade de falhas na gramática que encontra, pequenas coisas – mas que fazem diferença na qualidade do texto – como vírgulas mal colocadas, palavras no sítio errado entre outras falhas, que convém emendar antes da última fase.

Já finalizou a revisão do terceiro rascunho do seu livro? Então imprima uma cópia e peça a alguém - leitor Beta, ou revisor – que lhe faça a revisão final do livro ( com lápis assinale todos os erros de gramática, verifique incongruências na trama...) e sugira alterações. o ponto de vista do leitor é importantíssimo!

Faça uma última leitura depois da revisão, emende as falhas assinaladas pelo revisor, faça as alterações sugeridas e, finalmente acabou o seu livro.

Quanto tempo passou neste processo? Entre quatro meses a um ano.
Próxima etapa? Publicar. 
Até ao próximo post.

domingo, 6 de novembro de 2016

A Magia do Acaso - Tiago Rebelo



Sinopse

Sofia, secretária num escritório de um famoso advogado, casada com André, um bem-sucedido administrador de uma empresa do ramo imobiliário, e eterna sonhadora, sente-se insatisfeita com a confortável vida que leva. Num encontro improvável conhece Bernardo, um fascinante homem de negócios. Apesar do charme inebriante deste e da inesperada atracção que sente não se decide a pôr em causa o seu casamento. Mas um acontecimento inesperado encarregar-se-á de fazer tremer os pilares da vida monótona que hesita em deixar. Após inúmeros encontros e desencontros, peripécias e reviravoltas, Sofia consegue finalmente fazer uma ruptura total com a vida que levou até aqui, virar a página e entregar-se por completo a Bernardo. Os sonhos e a magia do acaso vencem sempre.

OPINIÃO
Foi o primeiro livro que li do autor. Confesso que há algum tempo que tinha esta vontade, porque fui lendo criticas positivas e porque são temas que me cativam. Gosto de literatura romântica e tenho consumido sobretudo autoras(es) estrangeiras, um pouco desiludida com a escrita massuda e chata de alguns autores nacionais. Não, não vou mencionar quem são! Há gostos para tudo e não vou nomear só porque não gostei. 

Tiago Rebelo, deve andar cá pela minha idade - não me dei ao trabalho de verificar a idade do autor - e já viveu muito certamente. Só alguém que conhece muito profundamente as motivações das pessoas, e os padrões que a vida os faz seguir, escreve o que ele escreveu em A MAGIA DO ACASO. Numa primeira leitura o livro pode parecer banal, mas não é! É muito actual, e foca com acutilância os problemas da sociedade actual.  
Uma escrita leve e límpida, de leitura compulsiva, absorveu-me três serões inteiros ao longo de 400 páginas. Os personagens são muito bem "esgalhados", adorei a Ana Paula e a Alexandra, como personagens secundárias e não vou dizer mais, para não estragar a leitura a quem pretende adquirir o livro. 
Vamos lá a ler autores nacionais porque são tão bons quanto os estrangeiros. Temos que aprender a valorizar o que é nosso, a nossa cultura e, passa por acarinhar os escritores.

Avaliado em 5 ESTRELAS,  por mim, no GOODREADS e na WOOK.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Como publicar o seu livro de forma gratuita



Publicar um livro em Portugal sem ser uma figura mediática, ou um escritor com nome feito, é uma aventura  daquelas que não trazem qualquer tipo de prazer. Se já tentou ou anda a tentar, sabe do que falo. 
 Se tiver um nome em qualquer revista socialite, pode crer que uma editora  - uma, mesmo a sério - lhe proporá um contrato e um gowstwriter que faça o trabalho por si. Basta dar o nome e a cara e em breve verá o seu livro distribuído pelas livrarias do país, como tem acontecido com muita gente que a única coisa que fizeram foi aparecer na televisão, por um motivo qualquer, que não interessa nada, mas que capta audiências. Nada contra, se os escritores que o são a sério, que escrevem os seus próprios livros e que tentam singrar no meio literário, tivessem alguma oportunidade de verem o seu trabalho avaliado da mesma forma. Nada disso se passa em Portugal. A maioria das editoras não recebem originais e as que recebem demoram meses a responder, ou não respondem, e as outras - as falsas editoras que proliferam no mercado - só querem ganhar dinheiro à custa do escritor, porque, publicam, mas pedem uma módica quantia entre mil a dois mil euros para editarem o livro e o autor fica com a tarefa de vender os livros sozinho.Uma editora a sério, não pede dinheiro pela edição do livro. 
 Algumas dessas editoras fantasmas já fazem distribuição para algumas livrarias, mas, mesmo assim, alguns autores que começaram a publicar dessa forma, escapam dessa armadilha assim que podem. Foi o caso de Pedro Chagas Freitas, cujos livros passaram a aparecer nos escaparates das livrarias com outro selo e rapidamente deu o salto na notoriedade que merece - dentro do estilo - apesar das muitas vozes que se levantam para o denegrir. Ainda me lembro de comprar dois livros ao Pedro - autografados -  e que me enviou pelo correio. Hoje basta ir a uma livraria e comprá-lo. Tornou-se bestseller de um dia para o outro.

Passemos esta fase das constatações mais que batidas.

Tem um livro escrito e está farto de correr de porta em porta sem que lho publiquem, ou pior, ninguém se digna sequer dizer-lhe «isso está uma merda, não vale nada, muda de hobby, dedica-te à plantação de nabiça, qualquer coisinha que lhe tire as duvidas», para que perca de vez as suas ilusões de ser um escritor português publicado.

Bateu na porta das FALSAS EDITORAS e viu-se esmifrado do seu dinheiro, para poder adquirir uns cem exemplares que depois ainda tem que ir vender aos conhecidos e amigos, que só por vergonha lhe dizem que sim? Não é que o seu trabalho não seja bom, mas convenhamos, os amigos e familiares raramente lêem o seu trabalho e, vender a desconhecidos, que não o conhecem como autor, ainda é mais difícil

Mandou exemplares via e-email para uma editora, acompanhado da respectiva carta de apresentação e sinopse do seu livro, há pelo menos seis meses - tanto tempo que até já se tinha esquecido - e ninguém lhe responde?

Mandou uma cópia para uma editora que abriu uma excepção  de receber manuscritos de novos autores na categoria romance e nem sequer se deram ao trabalho de lhe sugerir mudanças ou de descartarem o interesse do seu livro para a editora, fazendo-o sentir-se o pior das escritores à face da terra, mesmo depois dos seus livros terem boas avaliações numa plataforma de auto-publicação?

Pensou em auto-publicar em Portugal, numa editora portuguesa ( há várias que aceitam autores independentes) e, depois de ler o contrato percebeu que "era furada" parafraseando os brasileiros. Há pois é! Não paga para publicar, mas perde os direitos do seu livro durante anos, para além de ser ameaçado de uma série de processos, caso não cumpra o contrato. Percebeu então que não recebe nada dali, não é verdade? Esqueça. Não vale a pena. 

Caro(a) escritor como eu compreendo o seu drama! Por isso tornei-me uma adepta fervorosa da auto-publicação - à semelhança do que fazem muitos americanos, brasileiros, ingleses, espanhóis entre outros), desde que a AMAZON, KOBO, GOOGLEPLAY, ITUNES, SMASHWORDS entre outras, lançaram as suas plataformas digitais. O sucesso é de tal forma, em percentagem de vendas, que as editoras convencionais colocam lá os seus livros. 

Em Portugal não existem agentes literários que peguem no seu livro, depois de o analisarem e perceberem que tem potencial de sucesso, e o recomendem a uma editora, à semelhança do que é feito noutros países. Acham que AS CINQUENTA SOMBRAS DE GREY, tinham sido o sucesso de vendas, que foram, e são - independentemente de se gostar do género ou não - se a autora fosse portuguesa? Não, claro que não, ainda por cima porque a autora era uma desconhecida que começou a publicar o seu livro no Wattpad, uma plataforma gratuita para autores e leitores. 
Acham que o HARRY POTTER, tinha tornado a sua autora numa das mulheres mais ricas do Reino Unido se fosse portuguesa? Claro que não!
Qual a diferença entre Inglaterra e Portugal - só para citar um exemplo -, no aspecto editorial? Os ingleses não são melhores nem piores, a seriedade com que tratam a cultura e acarinham os seus autores é que é diferente. Lesley Pearse - uma das minhas autoras preferidas -, passou de funcionária dos correios para uma das autoras que mais vendem no mundo e isto depois dos cinquenta anos.  
Fantasia, Erótico, Romance são categorias da literatura como outras quaisquer. Ou não? Henry Miller, escrevia erotismo e é considerado um clássico no seu género? Annais Ninn, de igual forma...adiante. 

Todo este parafraseado só para dizer, que enquanto o mercado editorial português andar à caça de nomes sonantes e não de boas histórias, mais vale desistir e publicar por sua conta numa das plataformas digitais, que não lhe cobram um cêntimo e no final do mês lhe depositam o dinheiro dos seus royalties sem demoras na sua conta.
E vende? Quem garante que o que escreve é bom, tem qualidade suficiente? Vende sim, desde que tenha qualidade e os leitores voltam sempre em busca de mais livros seus.  
 Um dia uma proprietária de uma livraria - escandalizada por eu ter vários livros publicados na amazon, sem qualquer editora convencional por trás, também me perguntou o mesmo. 
 A resposta é simples, e igual à que dei à senhora livreira na altura: o público, os leitores, garantem a qualidade. São esses que lhe vão avaliar a sua obra. E garanto-lhe que não o enganam. Se não gostarem não avaliam, ou apontam as falhas e limitam as suas vendas, em suma, obrigam-no a melhorar ou a desistir, por isso, quando colocar um trabalho lá fora, garanta que a história não tem falhas, está bem escrita, não tem erros etc.  

Então, se faz parte dos que não encontra quem lhe publique o seu livro - seja qual for o género - , não desespere mais. Pode faze-lo na AMAZON,  AQUI,  E AQUI.  E receba o seu dinheiro AQUI.
Recomendo a amazon, porque é a plataforma que conheço melhor e, na minha opinião, mais fácil de utilizar e que disponibiliza muitas ferramentas gratuitas, para que possa publicar de graça. 


Até ao próximo post e, se quiser receber as novidades, assine por email na coluna da esquerda. Se tiver dúvidas, pode utilizar a caixa de contacto ou os comentários e terei todo o gosto em ajudar. 

domingo, 23 de outubro de 2016

8 Passos essências para orientar o leitor na primeira página do livro


Orientar o leitor na primeira página do livro, com clareza, pode fazer a diferença entre continuar a leitura e abandonar o livro. Neste infográfico, tem os oito passos para usar nas primeiras páginas do seu livro.

sábado, 22 de outubro de 2016

Nova plataforma de auto-publicação em papel - Kindle Beta


A amazon, através da plataforma Kindle, deu mais uma oportunidade aos autores de publicarem em papel, em países onde a amazon só permitia o e-book, como por exemplo o Brasil e o Japão. A editora gigante, criou o Kindle Beta, identica à Createspace e, quem já tiver livros publicados na Createspace ( plataforma de auto-publicação para livros físicos), pode transferi-los para o Kindle Beta, ficando à venda nesta nova plataforma. As regras são idênticas à plataforma de livros físicos e os lucros são de 60%, depois de descontado o preço da impressão, anuncia a amazon. Vamos ver!
Portanto, os autores que tinham os seus livros apenas publicados em e-book, vão poder acrescentar outro formato às suas publicações na mesma plataforma onde publicam os e-books.

Atenção! Os livros que forem transferidos para o Kindle Beta, deixam de estar à venda na Createspace, no fundo parece-me que a amazon, está a caminhar para centrar toda a publicação na mesma plataforma. Facilita bastante o trabalho do autor.

Como é que funciona para os autores?
Na sua conta da Kindle, aparece desde dia 21 de Outubro mais alguns elementos, nomeadamente, quatro colunas com relatórios ( duas com as lojas, e duas com os respectivos royalties de livros físicos e e-books), bem como junto à janela onde adiciona o seu e-book, outra para o processo do livro de capa comum. O livro é impresso sempre que um cliente faz uma compra, tal como na plataforma da Createspace.
Nada de novo para quem já publicava em papel na amazon. Espera-se que seja um beneficio para os autores independentes. O processo é fácil e está bem explicado passo a passo, não permitindo enganos. O sistema não deixa continuar a publicação enquanto os erros não forem corrigidos. Outra novidade é a exigência na qualidade do texto ( gramática e erros ortográficos) e na formatação, isto a bem do cliente, é claro.


Como é que funciona para os clientes da amazon?
Por demanda. Ou seja, você encomenda o seu livro e só nessa altura ele será impresso. Recebe em sua casa em pouco tempo através da sua conta da amazon. Nada de novo em comparação com as encomendas da Createspace.


Este método de encomenda por demanda, facilita o processo no que respeita ao custo para o autor e para o cliente. Uma vez que não existem livros impressos à priori, não existem custos acrescidos para nenhuma das partes. Muito diferente das editoras ditas fantasmas, que exigem um pagamento adiantado por uma certa quantidade de livros, e depois deixam o autor por sua conta. Na amazon, para além de poder publicar inteiramente de graça, ainda conta com a publicidade que a própria amazon faz a todos os livros publicados, enviando e-mails a quem subscreve a Newsletter da editora.

Se é autor, pode começar a tarefa de transformar os seus e-books em papel, e oferecer aos seus leitores esta oportunidade. Se é leitor, fique atento às novas publicações, pois finalmente vai poder ler os seus autores(as) em papel. Sou suspeita a falar de papel! Adoro livros em papel e, apesar de ter a aplicação do kindle no telefone e no computador, leio e compro mais livros em papel do que e-books.

Boas leituras, e até ao próximo post.

sábado, 15 de outubro de 2016

9 ganchos mentais para prender a atenção do leitor



  Capítulo após capítulo, o livro tem que manter o leitor preso, e nada melhor para o fazer do que usar os 9 ganchos mentais mais poderosos que existem. 

 MEDO : O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.
É também uma reacção obtida a partir do contacto com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reacção inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que liberta hormonas do stress (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.
A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objecto que possa causar-lhe algum mal. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade. O medo provoca reacções físicas observáveis : suar, tremer, lividez…consulte o  artigo sobre EXPRESSÕES FACIAIS AQUI. 

 RAIVA:Pode expressar-se num comportamento passageiro ou prolongado, geralmente resultando em agressão. Outros nomes utilizados como sinónimo desse comportamento e sentimento/emoção são: fúria, ira, cólera, ódio, rancor etc., que se aplicam às distintas formas de expressão ou modulações desse sentimento. Enquanto manifestação do instinto de agressão, é extensível aos demais vertebrados.

 PRAZER -Prazer é uma sensação de bem-estar. Uma pessoa pode ter prazer sem demonstrar alegria e vice-versa. Mas, socialmente, as pessoas costumam demonstrar alegria ao sentir prazer. Em geral, o prazer é uma resposta do organismo ou da mente indicando que as nossas acções estão sendo benéficas à nossa saúde. O prazer pode ser atingido através de várias maneiras, tais como praticando exercícios físicos, comendo, tendo relações sexuais, escutando música, lendo, conversando, trabalhando, pintando, escrevendo etc.
A dor, que é, geralmente, tida como oposta ao prazer, pode servir como fonte de prazer para algumas pessoas, num fenómeno conhecido como masoquismo. Já o prazer obtido pela dor de outras pessoas é um fenómeno conhecido como sadismo.

NOJO - Nojo, ou asco é uma emoção geralmente percebida através da expressão facial e tipicamente associada com coisas que são percepcionadas como sujas, incomestíveis ou infecciosas. O nojo refere-se a algo revoltante. Primariamente em relação ao sentido do paladar, como realmente percebido ou vividamente imaginado; e secundariamente com relação a qualquer coisa que provoque sentimento similar, através dos sentidos do olfacto, tacto e mesmo pela simples visão. O nojo é uma das emoções básicas da teoria das emoções de Robert Plutchik. Envolve uma expressão facial característica, uma das seis expressões faciais de emoção de Paul Ekman. Está também associado a uma queda nos batimentos cardíacos, em contraste, por exemplo, com medo ou raiva.
O nojo pode ser dividido ainda em nojo físico, associado com impureza física ou moral, e nojo moral, um sentimento similar relacionado a tomadas de decisão.

FOME - Fome é o nome que se dá à sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento para manter as suas actividades inerentes à vida. O termo é usado mais amplamente para se referir a casos de má-nutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido a pobreza, conflitos políticos ou instabilidade, ou condições agrícolas adversas. Em casos crónicos, pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do organismo. Uma pessoa com fome está faminta.
As consequências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e nas crianças, levando eventualmente à morte, e ao aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças, geralmente limitando as suas capacidades de aprendizagem e produtividade.

MOVIMENTO - Em física, movimento é a variação de posição espacial de um objecto ou ponto material em relação a um referencial no decorrer do tempo.
Na filosofia clássica, o movimento é um dos problemas mais tradicionais da cosmologia, desde os pré-socráticos, na medida em que envolve a questão da mudança na realidade. Assim, o mobilismo de Heráclito considera a realidade como sempre em fluxo. A escola eleática por sua vez, principalmente através dos paradoxos de Zenão, afirma ser o movimento ilusório, sendo a verdadeira realidade imutável.
Aristóteles define o movimento como passagem de potência a acto, distinguindo o movimento como deslocamento no espaço; como mudança ou alteração de uma natureza; como crescimento e diminuição; e como geração e corrupção (destruição).
No universo descrito pela física da relatividade, o movimento nada mais é do que a variação de posição de um corpo relativamente a um ponto chamado "referencial".


SEXO Relação sexual refere-se a uma ampla variedade de comportamentos entre indivíduos voltados para a obtenção de prazer erótico de pelo menos um dos membros envolvidos independente de haver penetração, orgasmo e fins reprodutivos. Para isso é feita a estimulação de uma ou mais zonas erógenas, como seios, vagina e pénis.

PERIGO - qualquer situação que inclua dano físico ou psicológico para a pessoa. 

  RITUAL - Um ritual é um conjunto de gestos, palavras e formalidades, geralmente imbuídos de um valor simbólico, cuja performance é, usualmente, prescrita e codificada por uma religião ou pelas tradições da comunidade. Os propósitos dos rituais são variados. Eles podem incluir a concordância com obrigações religiosas ou ideais, satisfação de necessidades espirituais ou emocionais dos praticantes, fortalecimento de laços sociais, demonstração de respeito ou submissão, estabelecendo afiliação, obtenção de aceitação social ou aprovação para certo evento - ou, às vezes, apenas o prazer do ritual em si.
Os rituais são característicos de quase todas as sociedades humanas conhecidas, passadas ou actuais. Eles podem incluir os vários ritos de adoração e sacramentos de religiões organizadas e cultos, mas também os ritos de passagem de certas sociedades, como coroações, posses presidenciais, casamentos e funerais, eventos desportivos e outros. Várias actividades que são ostensivamente executadas para concretizar propósitos, como a execução da pena de morte e simpósios científicos, são carregados com acções simbólicas prescritas por regulamentos ou tradição e, portanto, parcialmente ritualísticos. Várias acções comuns, como aperto de mão ou cumprimentos podem ser entendidas como pequenos rituais.

Espero que este post lhe sirva para usar nos seus livros. No próximo post iremos falar sobre OS DEZ MANDAMENTOS DO ESCRITOR. Siga-nos por email, na coluna da direita, em cima.