sábado, 1 de abril de 2017

Novidade - Deus Não Mora em Havana


É a minha estreia nos livros deste autor que usa um pseudónimo curioso. Como conheço Cuba, e Havana, espero reviver as suas ruas, gentes e cultura através deste romance. Pode adquirir o livro aqui. 

Sinopse
No momento em que o regime castrista perde o alento, «Don Fuego» continua a cantar nos cabarés de Havana. Outrora, a sua voz electrizava as multidões. Agora, os tempos mudaram e o rei da rumba tem de ceder o seu lugar. Entregue a si próprio, conhece Mayensi, uma jovem «ruiva e radiosa como uma chama», pela qual se apaixona perdidamente. Mas o mistério que cerca essa beldade fascinante ameaça o seu improvável idílio.

Cântico dedicado aos fabulosos destinos contrariados pela sorte, Deus não Mora em Havana é também uma viagem ao país de todos os paradoxos e de todos os sonhos.

Aliando a mestria e o fôlego de um Steinbeck contemporâneo, Yasmina Khadra conduz uma reflexão nostálgica sobre a juventude perdida, incessantemente contrabalançada pelo júbilo de cantar, de dançar e de acreditar em amanhãs felizes.


O AUTOR


Yasmina Khadra, cujo verdadeiro nome é Mohammed Moulessehout, nasceu no Saara argelino em 1955. Hoje é uma das vozes mais importantes do mundo árabe e um digno embaixador da língua francesa. Os seus romances estão traduzidos em dezassete países e encontram um interesse crescente. As Andorinhas de Cabul, que John Cullen traduziu nos USA, recebeu o apoio das mais importantes livrarias americanas e canadianas e o San Francisco Chronicle e o Christian Sciences Monitor elegeram-no como o melhor livro do ano nos Estados Unidos. O prémio Nobel J.M. Coetzee vê neste escritor prolífico um romancista de primeira ordem.

OPINIÃO EM BREVE. 

domingo, 26 de março de 2017

Novidade- Desaparecida, de Elisabeth Adler


Um novo livro de Elisabeth Adler - uma das minhas autoras estrangeiras preferidas - chegou às livrarias portuguesas. Já adquiri o meu exemplar. Pode adquirir o seu aqui. Em breve darei a minha opinião sobre o livro, que mais uma vez promete bom entretenimento. 
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SINOPSE
Ao entardecer, na belíssima paisagem do Mar Egeu, uma mulher de cabelos ruivos cai da amurada de um iate de luxo. Em terra, o pintor Marco Polo Mahoney vê a queda, percebe que a jovem está ferida e assiste, perplexo, à embarcação a afastar-se deliberadamente. Marco tenta imediatamente salvá-la mas não a consegue encontrar. É como se a bela ruiva nunca tivesse existido. Mas ele tem a certeza do que viu. E está disposto a tudo para resolver o mistério.

Angie Morse acabou de ser atingida na cabeça com uma garrafa de champanhe. Caiu no mar, ferida, e os seus companheiros parecem estar a abandoná-la. O iate onde ela seguia está a afastar-se, levando consigo os supostos amigos e o namorado. E, embora cada um deles tivesse algo contra si, Angie estava longe de imaginar que quisessem vê-la morta. Agora, enquanto as ondas a tentam submergir, invade-a um sentimento apenas: raiva.


É a raiva que lhe vai dar forças para sobreviver… e também para se vingar…
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A AUTORA

 Elizabeth Adler é britânica. Autora de vários romances é 
reconhecida internacionalmente pelas suas histórias envolventes que combinam de forma magistral mistério, amor e destinos de sonho. Os seus livros estão publicados em vinte e cinco países, com mais de dez milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Adler e o marido viveram em vários países até que fixaram residência em La Quinta, Califórnia, onde passam dias tranquilos na companhia dos seus dois gatos.

terça-feira, 21 de março de 2017

5 Passos para editar o seu livro

Editar faz parte do processo de escrita e é um dos mais importantes passos para o escritor. No entanto, este passo constitui uma verdadeira dor de cabeça para quem é autor independente, ou mesmo que escreva apenas num blogue. Por norma, um autor independente que escreva em português, não ganha o suficiente para pagar a um revisor/editor que faça a revisão do texto, quer na gramática, quer no corpo do texto para encontrar buracos temporais, incongruências, ou mesmo texto supérfluo que nada acrescenta ao enredo.
Então, ao autor independente com fracos recursos não resta alternativa senão fazer todo o trabalho que está por detrás do lançamento de um livro, seja de que género for e, a edição é uma das tarefas mais importantes.
Quando comecei a escrever deparei-me com esta dificuldade e, durante algum tempo, senti-me um pouco perdida e desmotivada. A falta de experiência levou-me a publicar alguns livros, inicialmente, ainda com bastante revisão por fazer, simplesmente por pressa e a seguir tive o dobro do trabalho ao fazer a revisão de novo.
 Com o tempo, aprendi o meu próprio método, o qual partilho aqui com vocês. Normalmente faço a revisão em cinco fases.
  1. NÃO TENHA PRESSA Quando comecei a escrever, tinha pressa de publicar e, por mais que lesse esta frase em outros blogues, não entendia muito bem o seu sentido e, muito menos achava que onde eu não via erros, eles na verdade estavam lá. Sem a devida distanciação não conseguimos analisar o texto de forma objectiva.  Depois de terminar o seu livro, deixe-o “amadurecer” durante um tempo. O que é isso de amadurecer? É deixá-lo de lado alguns dias, semanas ou meses. E porque é que isso é tão importante? Porque a nossa mente está formatada para o texto que temos na mente, pois escrevemos com o nosso cérebro emocional (hemisfério direito) e é preciso algum tempo e distância para nos apercebermos das falhas, as quais só podem ser vistas com o lado racional do nosso cérebro (hemisfério esquerdo). Experimente reler um texto seu, alguns dias depois de o escrever. Vai modificar algo de certeza absoluta, porque o analisa com o lado esquerdo do seu cérebro. 
2       2 - IMPRIMA Fica um pouco dispendioso mas esta regra é essencial. Editar no computador é diferente de editar no papel. Porquê? Porque no papel vai ver os erros mais claramente. Passado algum tempo de dar o texto como pronto, imprimo o livro e peço à minha leitora Beta que faça uma primeira revisão/ apreciação. Depois de ela me devolver o texto todo rasurado, começo nova edição e emendo os erros que ela sublinhou, bem como considero as suas opiniões acerca das personagens e outros aspectos. Depois de concluída esta etapa, volto a imprimir de novo e dou o texto a outra leitora Beta que faz a segunda passagem ao texto. Volto a fazer nova revisão. E se eu vos disser que ainda é possível encontrar algumas gralhas depois destas etapas todas! É possível sim. A semana passada terminei de ler um livro publicado por uma editora, traduzido e, cheio de gralhas.

3   3 -  LEIA O SEU TRABALHO PELO MENOS TRÊS VEZES. Depois destes passos todos leia o seu livro pelo menos três vezes e, aí pode ler de forma aleatória, para encontrar falhas. Se não as encontrar, comece a considerar o seu livro quase pronto. Pessoalmente leio passagens ao acaso – desta vez no computador e na última versão editada – para perceber se o texto faz sentido.

4         4 - SEJA PERFECIONISTA. Pode parecer exagero, mas este é um conselho de alguém que não é perfeccionista e teve que aprender ao longo do tempo que na escrita, tem que ser. Não tem nada que ver com a sua história, a sua marca de autor, ou com o género que escreve. Mais uma vez tem a ver com os erros, as falhas (temporais, históricas), porque não há nada mais desagradável para um leitor do que encontrar erros, uns atrás dos outros. Encontrei essa falha numa tradução de um romance de Anita Shreve, lamentável quando se trata de uma editora que devia oferecer um trabalho cuidado.

5         5 -   RELEIA ANTES DE CONTINUAR A ESCREVER. Estou a escrever outro romance, A CÁPSULA DO TEMPO, e comecei a experimentar outro método que aprendi com um escritor português consagrado ao ouvi-lo numa entrevista a uma televisão. Diz ele que revê sempre o que escreveu no dia anterior. Faz todo o sentido e estou a gostar desta nova forma de editar. É mais demorada, mas permite-me ver falhas mais cedo e dá-me a oportunidade de corrigir o texto antes de continuar. Este método, não invalida nenhuma das outras fases. 


Por último, para o baralhar mais ainda, o perfeccionismo é algo muito difícil de alcançar e pode ter a certeza que mesmo com este crivo todo o seu livro irá apresentar erros quase de certeza, que lhe escaparam. Como leitora voraz, num li um livro, que não tivesse um ou mais erros.

Como se sente em editar o seu próprio trabalho? Que perguntas tem sobre a edição? Tem alguma dica para partilhar com outros autores, para editar seu próprio trabalho? Se tem, não hesite em deixar na caixa de comentários.


sexta-feira, 3 de março de 2017

Como criar um vilão em 10 passos


Hoje vamos falar de vilões. Sou fascinada por vilões, dão vida e sabor aos livros. Quando li FLORES DA TEMPESTADE, de Laura Kinsale encontrei uma fileira de vilões que não estava à espera. 
 Os antagonistas, também são vários, uma família inteira, o que torna o livro muito interessante, para além de que o próprio protagonista aparece no início como um individuo perverso e sem escrúpulos. Este é um bom exemplo de um livro recheado de personagens más, que dão vida ao livro.

Ora se um livro for apenas água e açúcar, perde o interesse rapidamente – pelo menos para mim - , gosto de ler grandes narrativas em que os protagonistas enfrentem muitos obstáculos. É óbvio que não é fácil inserir tanto vilão na estória e, ainda assim manter o balanço da estória.  
Existe coisa mais assustadora do que um vilão numa história? E quando imagina que ele pode saltar das páginas do livro e andar livremente entre nós. Já ouviu falar em psicopatas domésticos? São um outro género de psicopatas que não tem necessidade de matar, mas que ao nível social e psicológico causam muitos estragos nas vítimas, não lhe restando alternativa senão fugirem deles.
 Há uns anos escrevi “O Homem do Deserto” com um psicopata como vilão e depressa o livro recebeu boas críticas dos leitores.
Existem vilões em todas as formas e tamanhos. O seu vilão pode ser um adolescente que inflige dor aos colegas de escola, chegando a torturá-los. Exemplo horrível, eu sei! Ou um simpático velhinho que se esconde atrás da sua figura frágil, mas no momento oportuno, mata sem piedade e sem motivo.
Não confunda por favor, um vilão com um antagonista. O vilão é retratado como alguém que tentará tudo para deter o protagonista ou tornar a sua vida bastante complicada. Geralmente, não possui a mesma profundidade psicológica do antagonista, porque, para o escritor, é mais interessante escondê-lo nas sombras, mostrar apenas as suas características negativas e justificá-las como o seu passado, não com as suas acções actuais. Desumanizá-lo pode servir para exaltar as características do herói.
O vilão é um antagonista, porque se opõe ao protagonista, porém, um antagonista não é um vilão. Confuso? Bem, existem alguns estereótipos que ajudam a entender melhor essa relação. Por exemplo, o antagonista condiz com o estereótipo do anti-vilão e do vilão trágico, além de outros.
O seu vilão pode ser humano ou abstracto. Vilões humanos são personagens que o herói deve derrotar para ganhar um final feliz. Por outro lado, vilões abstractos são algo, ao invés de alguém, que seu herói deve superar para alcançar seu sucesso.
 O vilão e o antagonista opõem-se ao protagonista, que costuma ser o herói da história e, o objectivo da sua existência na história é gerarem conflito, para que o leitor se mantenha interessado na história. Porém, o antagonista possui características redentoras, redime-se no final da história, enquanto o vilão terá um fim triste.

Sobre características redentoras
Um bom antagonista possui a sua própria história, um passado conturbado que explique as suas acções no presente. Além disso, ele não precisa ser completamente malvado e destituído de moral; ele pode ser um personagem interessante, pelo qual o leitor sentirá simpatia. Ele pode sentir culpa por suas acções, pode ser gentil a um determinado personagem, pode ser inteligente e engraçado, ter falhas, mas também ter qualidades. E, no final da sua história, ele pode ou não redimir-se pelo que causou, mas sem causar mais dano ao protagonista.
O vilão pode ser racional ou emocional. Alguns vilões são frios, não sentem culpa pelos seus crimes. Simplesmente querem ganhar. Os vilões racionais matam ou prejudicam calculadamente, sem razão aparente e sem remorso, são os chamados psicopatas. Os vilões emocionais são motivados a prejudicar os outros por causa do sofrimento do passado e ainda tem uma réstia de consciência.

Então crie o seu vilão desta forma

1 . Mantenha-se fiel ao seu personagem e ao tipo de vilão que pensou.

2. Tenha um plano para o personagem! Não tem sempre que o cumprir, isso depende do personagem, mas mantenha o foco no personagem senão o enredo vai sofrer.

3. Não tenha medo de ser mau. É divertido!

4. A tortura é sempre um bom "talento" para se ter. Imagine um vilão a torturar uma vítima. Isso não faz de si uma pessoa má. Já imaginou como Stephen King constrói as personagens? Dessa forma.  

5. Não tenha medo dos estereótipos, os vilões são clichê, mas a execução do clichê é o que importa. Pegue no cliché e torne-o seu, formate-o e altere-o para as suas necessidades e desejos.

6. Misture e combine personagens – mantenha as pessoas no suspense e a tentar adivinhar quem é quem e, ao mesmo tempo mantenha o enredo interessante para si. Não fique sempre preso à forma, experimente todos os tipos de vilões!

7. Não tenha medo deles, abrace sua vilania e separe-se de si mesmo para criar a personagem. É como encarnar um personagem no cinema.

8. Aprecie-os como personagens e não tente colori-los com características boas. Seja mau, e seja bom em ser mau.

9. A prática faz a perfeição! Pratique.


10. Não desista! Representar um bom vilão é difícil, mas quanto melhor o vilão, melhor o herói, e mais interessante o livro. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Gritos Silenciosos - Angela Marsons


Sinopse

Cinco pessoas reúnem-se em volta de uma campa rasa. Todos se tinham revezado a cavar. Uma cova para um adulto teria levado mais tempo.. Uma vida inocente fora tirada, mas o pacto fora feito. Os segredos deles seriam enterrados, ligados no sangue...
Anos mais tarde, uma mulher é encontrada brutalmente estrangulada, o primeiro de uma série de assassínios que choca a região inglesa conhecida como Black  Country.
Mas quando são descobertos restos humanos num antigo orfanato, são também desenterrados segredos perturbadores. A inspectora detective. Kim Stone percebe rapidamente que procura um indivíduo cruel cujos homicídios se estendem por décadas. Uma vez que as mortes continuam, Kim tem de parar o assassino antes que ele ataque de novo. Mas, para o capturar, será Kim capaz de enfrentar os demónios do seu passado antes que seja demasiado tarde?

DETALHES DO PRODUTO
  • Gritos Silenciosos de Ângela Marsons
  • ISBN: 9789897415821
  • Edição ou reimpressão: 09-2016 
  • Editor: Quinta Essência 
  • Idioma: Português 
  • Dimensões: 155 x 232 x 26 mm
  •  Encadernação: Capa mole 
  • Páginas: 392
  • Tipo de Produto: Livro
  •  Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller


OPINIÃO

Quem me conhece, sabe que um dos meus géneros preferidos é o romance policial com um «pézinho» no thriller. GRITOS SILENCIOSOS não me desiludiu em nada. O livro retrata uma realidade recente, dos asilos para crianças abandonadas, na Inglaterra e, a autora descreve com mestria o sofrimento e os maus tratos a que as crianças institucionalizadas, estavam sujeitas pelos próprios cuidadores. Não é um livro para pessoas impressionáveis, por ser muito realista. A autora criou uma série de personagens consistentes e, as que sobressaem são Kim Stone - ela própria uma criança que cresceu nas instituições -, a inspectora chefe responsável pela investigação,  e Bryant o seu adjunto, aparentemente uma personagem secundária, mas, na minha opinião tão importante como Kim. Bryant é o suporte de Kim, quem a protege e conhece todos os seus problemas. Não são um par amoroso. Nesta história, os personagens que movem o enredo não são o que parecem e, até ao fim do livro o leitor fica no suspense de saber quem é quem. Para não estragar a leitura a quem pretende ler o livro, não vou revelar mais pormenores. Recomendo vivamente a leitura deste  policial. Angela Marsons é uma autora para voltar a ler. 

Avaliado por mim em 5***** no Goodreads




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O que não lhe contaram sobre o PINTEREST


 Usa o Pinterest como parte da sua plataforma de autor? Se não usa, passe a usar.

As pessoas tendem a pensar que o Pinterest e uma rede social só para procurar receitas e ideias de artesanato. Também é, mas quem o afirma nunca explorou as potencialidades do Pinterest.
 É um recurso surpreendente! Não cometa o mesmo erro de pensar que não tem utilidade para a sua plataforma de autor! Pessoalmente prefiro o Pinterest ao Facebook.

Já pesquisou LIVROS, ROMANCE, AUTORES, NOVELAS, LIVROS DE ROMANCE, no Pinterest? Não. Então faça-o e vai ficar surpreendido com a quantidade de capas de livros que vai encontrar, desde autores independentes a autores consagrados que publicam nas editoras convencionais.

Primeiro de tudo, o Pinterest não é apenas um canal de midia social/digital, embora muitas vezes seja visto apenas dessa forma.  
O  Pinterest é um motor de busca, onde o autor independente pode ser encontrado. Longe vai o tempo em que para ser indexado aos motores de busca as palavras chave tinham que ser inseridas de uma determinada forma, apenas conhecida por quem dominava as técnicas digitais. 
Agora imagine que tem à sua disposição um motor de busca que lhe oferece a possibilidade das pessoas tropeçarem nos seus livros, à medida que vai acrescentando álbuns à sua conta do Pinterest. É isso que o Pinterest lhe oferece.
Sim é verdade. Quando comecei a minha conta no Pinterest aumentei as minhas vendas de livros, quer em ebook quer em capa comum e só passado algum tempo percebi o quanto esta rede me ajudou.
Mas o que é que torna o Pinterest tão fantástico? O segredo está nos utilizadores. Ao contrário de outros canais sociais, as pessoas pesquisam no Pinterest com um propósito. Os utilizadores não usam o Pinterest para verem o que os seus seguidores publicam, como nas outras redes sociais, mas para pesquisar sobre algum assunto em concreto, como exemplo:
  • Receitas
  • Tutoriais sobre praticamente todos os temas
  •  Escrita criativa
  • Conselho de negócios
  • Conselhos de Marketing e, pasme...
  • Capas de livros
  • Livros
  • autores

Entendeu a ideia? As pessoas vão ao Pinterest para pesquisar informações sobre praticamente tudo. E de acordo com algumas pesquisas feitas pela própria rede, 93% dos utilizadores do Pinterest vão para a rede para planear compras sobre um determinado assunto, e uma enorme quantidade, cerca de 87% fizeram essa compra depois de encontrar no Pinterest. Então imagine a surpresa, essas estatísticas dizem respeito a livros!

Qual é o significado disso tudo? Isso significa que se  ainda não está no Pinterest para ajudar a construir a sua plataforma de autor, está realmente a perder uma ferramenta mais útil que o Facebook. Não acredita? Experimente.

Algumas formas de aproveitar o Pinterest com resultados
Aqui estão algumas formas como pode aproveitar o Pinterest, experimentadas por mim, neste ultimo ano. Lembre-se que, quantos mais pin's tiver mais probabilidades tem de ser encontrado. 

Construir várias imagens que encaixem os seus livros, personagens, posts do blog, e tudo o mais relacionado à sua escrita. Faça-o, numa conta no CANVA.COM, uma plataforma digital onde pode construir quase tudo que precisa para o seu blog ou site, capas de livros inclusive, de forma gratuita. Até hoje consegui fazer as minhas capas de graça ou com pouco dinheiro, isto porque optei por comprar algumas fotografias.

Perceba qual é o seu público-alvo e construa imagens em torno de conceitos que o público pode pesquisar.
Desenvolva uma estratégia de reafixação de Pin’s, que pode ser por exemplo criar novos álbuns com conteúdos idênticos ( livros, livros de romance, romance etc.)
Use as capas dos seus livros para reafixar os Pin’s.
Faça Pin através da amazon. Já reparou que a amazon tem o símbolo do Pinterest junto aos seus livros? Pois é, ele não está lá por acaso. Utilize-o!

Ajude outros autores e escritores através de tutoriais e conselhos, através do seu blog, e faça Pin’s com os seus artigos. 
O saber é para partilhar, não tenha receio de partilhar com outros autores aquilo que sabe, afinal, foi com eles que certamente aprendeu os segredos da auto-publicação, não vai perder leitores por causa disso. O saber que não é partilhado, não tem utilidade.  

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

NOVO LANÇAMENTO - HELENA (ROMANCE)


Caros leitores, aqui está, como prometido, o meu novo livro. HELENA, é a história de uma jovem incauta, que vive numa época dolorosa da história de Portugal, e que de um momento para o outro vê o seu mundo ruir. Como gosto de escrever ficção usando a história, ou a psicologia, este livro tem as duas vertentes e, as personagens principais, são baseadas em depoimentos recolhidos durante a pesquisa feita por mim.
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Sinopse
Duas famílias de condição económica distinta cruzam as suas vidas por obra do acaso. Helena, jovem humilde, e Ricardo, herdeiro de um latifúndio, quando se apaixonam, estavam longe de imaginar que existiam segredos ocultos que diziam respeito aos dois e que os impedia de ficarem juntos.  
Helena é obrigada a abandonar a casa onde cresceu e perde Ricardo de vista, um Ricardo que ela não conhecia tão bem como imaginava. Também ele escondia segredos que o punham em perigo constantemente.
 Ao chegar a Lisboa, entregue a si própria, cai numa armadilha de uma proxeneta. Helena era uma pérola que qualquer bordel da cidade cobiçava. Ao entrar nessa casa de luxo, disfarçada de pensão, nunca mais consegue ser dona de si e, para seu desespero, Ricardo desaparece também...em 1941, Lisboa era uma cidade perigosa.


HELENA é a história de uma jovem que, na década de quarenta enfrenta uma alta sociedade portuguesa moralista e perversa, resultado do obscurantismo em que o país vive mergulhado, e que depois de muito lutar, por via do acaso, se vê a braços com uma vida que ela não desejou. 

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O livro já está à venda em ebook e em papel (capa comum), aqui.  , em todas as lojas da AMAZON. 


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Saudade - Linda Holeman

Sinopse
Uma fascinante história de perda, romance e traição no Portugal do século XVIII. Neste romance há feitiços e curas, muitas garrafas de vinho provadas e bebidas, diamantes extraídos e depredações coloniais no Brasil, padres venais, maridos traidores e filhos ilegítimos, o horrendo terramoto que quase destruiu Lisboa e uma história de amor.
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Detalhes do Produto
Saudade
de Linda Holeman
ISBN: 9789896576479Edição ou reimpressão: 10-2015Editor: Editorial PlanetaIdioma: PortuguêsDimensões: 154 x 232 x 38 mm Encadernação: Capa mole Páginas: 544Tipo de Produto: Livro Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance
Pode ver mais detalhes do livro aqui. 
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A Autora
Linda Holeman é autora de seis livros para crianças e jovens escreveu dois livros de contos para adultos sendo que ambos foram largamente premiados no Canadá, terra natal de Holeman. A Rosa do Deserto é o seu primeiro romance.
É licenciada em Psicologia/Sociologia pela Universidade de Winnipeg e tem também um curso de Psicologia Educacional pela Universidade de Manitoba. Antes de se dedicar ao à escrita Holeman leccionou durante 10 anos. Tem Três filhos e vive em Toronto, Ontário.


OPINIÃO
Este livro foi uma grata surpresa. SAUDADE, já por si é uma palavra muito nossa, algo que está dentro do coração de todos os portugueses ( Ai que coisa clichê!), mas garanto-vos que o titulo capta muito bem a nossa essência e a forma como sentimos a vida, as coisas da vida e como pegamos nela, para virar a página. Este livro tem uma história fora do comum, passada no século XVIII e retrata muito bem a época e, acima de tudo as nossas ilhas da Madeira e Porto Santo. Consegui "viajar" na época através da descrição e dos personagens fantásticos como a Diamantina e o Espírito e, ter pena que a história acabasse, muita pena e, caros leitores, para mim, essa é a essência de um grande livro, de um grande romance. Recomendo a leitura. 

Avaliado em 5***** por mim no GoodReads

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A Rapariga no comboio


Quem me conhece sabe que ADORO um bom thriller e este livro é sem dúvida um dos melhores que li nos últimos tempos. Nunca leio os livros quando estão no TOP  - manias minhas -  mas este está há tanto tempo que não fazia sentido esperar mais tempo.  E, como se não bastasse vi o filme logo de seguida, outra coisa que normalmente não faço porque fico sempre desiludida com o filme. Pois não fiquei. Livro e filme são excelentes, para quem gosta do género. 


Sinopse
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

A AUTORA
Foi jornalista na área financeira durante quinze anos, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. Nascida e criada no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. A Rapariga no Comboio é a sua primeira obra, que imediatamente se tornou um verdadeiro fenómeno mundial, com mais de 2 milhões de livros vendidos em apenas 3 meses e já em processo de adaptação ao cinema pelos estúdios Dreamworks.

Entrevista da autora ao jornal Diário de Noticias. 


OPINIÃO
Um livro de fácil leitura e com um encadeamento tão alucinante que é impossível parar de ler. Recomendo. 
Avaliado por mim em 5***** no GoodReads. 


domingo, 15 de janeiro de 2017

Em destaque - Lembras-te de mim? - Judith McNaught

SINOPSE
É a contragosto que Diana Foster se encontra num extravagante baile de caridade, rodeada pela fina-flor do Texas. O noivo acabou de a deixar, trocando-a por uma herdeira italiana, e a jovem anseia apenas por um pouco de privacidade. Mas está em jogo a sua carreira e o bom nome da família. Como gestora da empresa familiar, Diana tem uma imagem a manter. E a fasquia não podia estar mais alta pois ela é editora da revista Beautiful Living, uma publicação de referência no que toca à tranquilidade doméstica.


Quando o bilionário Cole Harrison se aproxima dela com dois flûtes e uma garrafa de champanhe, Diana é apanhada de surpresa, pois reconhece nele o moço de cavalariça que desapareceu da sua vida vinte anos antes. E, fazendo jus à sua reputação de magnata, Cole tem uma proposta para ela: um casamento de conveniência, pois arrisca-se a perder uma fortuna se não se casar em breve. Diana dificilmente imaginaria nessa noite que iria reencontrar Cole, muito menos sucumbir ao esquema elaborado dele, para não falar no perigo de ceder a uma paixão avassaladora...

A AUTORA
Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Atualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.






OPINIÃO
Li todos os livros da autora publicados em Portugal e fiquei fã da escrita fluída e simples - detesto textos rebuscados só para impressionar o leitor - e, das suas histórias. No entanto, apesar de ser um bom livro, não me prendeu tanto quanto os outros da mesma autora até meio. A história é interessante e as personagens bem construídas como Judith já nos habituou, mas só a partir sensivelmente do meio a narrativa prossegue de uma forma mais dinâmica. Recomendo a leitura. Comparativamente às 5 estrelas que dei aos outros, só posso dar 4 a este. Foi avaliado por mim em 4 *** no Goodreads. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

6 coisas que não deve fazer quando inicia um blog de escritor


Ter uma plataforma de autor bem montada e que torne visível o seu trabalho é fundamental para crescer enquanto escritor independente. No entanto, há pequenos – grandes – erros que todos cometemos quando queremos à força toda tornar visível o nosso trabalho e, um deles passa por pensar que só a troco de publicidade paga se consegue lá chegar. Comecei o meu primeiro blog sobre psicologia em 2007 e felizmente tem-me trazido muitos benefícios profissionais.
O Pérolas para a Alma passou por uma fase experimental com outros nomes e finalmente encontrou o seu lugar no nicho crescendo as visitas dia após dia e, atualmente é o blogue em que invisto mais. 
 Deixo-lhe aqui cinco sugestões de erros a evitar.

1 – Não escreva só para manter o blog com texto atualizado, escreva sobre temas que interessem aos leitores e, para isso faça pesquisa no google e nas redes sociais sobre os temas quentes no nicho em que publica.

2- Não crie um blog apenas com os seus livros, ofereça ao leitor outro tipo de informações úteis, mesmo sobre si e sobre o que pensa. Se não se sentir confortável com isso, faça criticas sobre livros de outros autores. Mas faça criticas construtivas, não existe nada pior para um leitor que um escritor que destrói outro. Os leitores confiam nos seus escritores e gostam que eles sejam boas pessoas.  

3 – Não queira fazer o blog todo de uma assentada. Vá construindo até chegar ao que pretende. Até os sites são construídos dessa forma. Não existem estruturas estáticas nesta área. Se não gosta de algo no seu blog talvez os seus leitores também não gostem.

4 – Não pense que vive bem sozinho. Na blogosfera precisamos uns dos outros. Visite e comente outros blogues que lhe interessem, é uma forma de divulgar o seu, mas não o faça apenas por interesse. Se puder faça parcerias e coloque links para os blogues que segue. Um dia vão retribuir e linkar o seu também.

5 – Não pague publicidade pensando que vai captar mais público para o seu blog. Tal prática é apenas um engano, pois só ficará com a carteira mais vazia. As únicas formas de captar público são através de ferramentas de SEO e, com o tempo. Convença-se que o seu blog vai estar algum tempo num patamar baixo com poucas visitas.  


6- Nunca abandone o blogue por muito tempo. Vai dar uma imagem de desleixo. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Como começar a escrever um livro


Há quatro anos, pela altura do Ano Novo, comecei a escrever o meu primeiro livro. Essa história estava guardada dentro de mim há muito tempo e, apesar de saber que tinha que me libertar dela escrevendo-a, não sabia como começar. Foi então que comecei a estudar técnicas de escrita criativa ao mesmo tempo que começava a aventura de escrever Gabrielle, um livro com seiscentas páginas que depois dividi em Anna e Gabrielle e que mais tarde voltei a reescrever. Ainda acho que esse é o meu livro preferido e o melhor que já escrevi, quer pela história baseada em factos reais, quer pela emotividade que despertou em quem o leu. 

Como todos os escritores, sou uma leitora compulsiva, que devora livros de todos os géneros, desde policiais a romances históricos entre outros géneros.
Gosto de uma boa estória de vida com todas as vicissitudes da existência humana e entendo que o mundo é tudo menos cor-de-rosa, apesar de acreditar sempre que o bem e o amor prevalece na mente do ser humano, por isso gosto de construir personagens reais, daí que o romance seja o meu preferido. 
Não se esqueçam nunca que ninguém pode escrever uma boa história se não ler na medida do que escreve, ou seja, ler tanto quando escreve.

Depois de muito estudar sobre escrita criativa, achava sempre que sabia pouco e que tinha que aprender mais. É verdade estamos sempre a aprender. Mas só se aprende se ler outros autores e observar como escrevem, para, a partir daí, criar o seu estilo pessoal. Um escritor que esteja a iniciar a sua aventura neste mundo tão fascinante e difícil tem que ter em conta vários aspectos para iniciar o processo de escrever, ou arrisca-se a adiar eternamente a tarefa sob pena de nunca concretizar o sonho. Deixo-vos aqui alguns passos que fui seguindo e que me foram muito úteis. 

Passo 1: Pare de tentar aprender tudo e comece a escrever. Se não tomar essa decisão vai arrepender-se mais tarde. Não ligue a criticas que não sejam construtivas sob a sua falta de talento ou a forma como escreve. Como em tudo, quando mais praticar, mais aprimora a sua escrita. 

Passo 2: Sente-se ao computador e veja o que acontece. Deixe fluir as ideias sem grandes preocupações com a forma e a gramática, mais tarde emenda tudo, ao reescrever o livro. Foi assim que eu fiz. Parei de fazer cursos e de comprar livros sobre escrita criativa e meti mãos à obra.
Não se assuste com o resultado e não destrua o que escreve ao pensar que não tem jeito para a coisa. Seja o seu maior critico, mas saiba fazer a distinção entre criticar-se e destruir o seu trabalho. 

Etapa 3: Copie outra pessoa
Não está seguro do seu estilo – pois não! isso demora algum tempo-, então copie o estilo de outro escritor, sem culpas. Você só está a copiar o estilo, não a estória, portanto não é plágio. 

Etapa 4: Criar uma lista de tarefas
Crie um esquema da sua história cena a cena para lhe facilitar o seguimento da escrita. 
Reveja diariamente o que escreveu e veja se faz sentido, se quer dar esse rumo à história, e o que deve emendar, assim dará por erros ao nível do enredo, do tempo, dos espaços onde ocorre a história e até erros na construção das personagens. 

Etapa 5: Escreva todos os dias nem que seja por meia hora. Criar hábitos de escrita desenvolve a mente e a capacidade de escrever. 

sábado, 24 de dezembro de 2016

Passatempo de Natal - Resultado


Desejamos a todos que passam por aqui um Feliz Natal e um próspero 2017. 
As vencedoras do passatempo de Natal - sorteio de dois livros - foram:

1 - Patrícia da Luz
2 - Celeste Ourives

Parabéns às vencedoras e obrigado a todas as participantes. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Em destaque - Uma Mulher Respeitável de Célia Correia Loureiro


Sinopse

No Portugal das guerras liberais e na Irlanda ferida pela cólera, duas mulheres lutam para cumprir os seus sonhos e vingar as suas ofensas. 


1831. Pouco depois de se casar, a sorte do conde de Cerveira sofre um revés. Uma série de infortúnios deixam-no à beira da ruína financeira, e não demora muito para que comece a desconfiar dos intentos da estranha de beleza intrigante que desposou. Perante a dúvida, decide enviar Leonor Sanches para um exílio temporário junto do tio, que ensina na prestigiada Trinity College, em Dublim. Conforme a epidemia de cólera vai ceifando as vidas de cristãos e anglicanos na Irlanda, também o coração de Leonor Sanches se oferece à tragédia. 


1857. Cinquenta anos depois de perder o seu bem mais precioso para as tropas de Napoleão, Mariana Turner sente que está a um passo de descobrir toda a verdade sobre os acontecimentos de Março de 1809. Novas revelações apontam para que a condessa de Cerveira, encarcerada no Porto, seja a chave para resolver o mistério. Munida de uma determinação inabalável, tudo fará para conseguir deslindar o passado de Leonor Sanches - fidalga e anjo caído.


A Autora


Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. Licenciou-se em Informação Turística pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, mas garante que a sua vocação é a escrita. Desde cedo começou a contar histórias através de ilustrações. Aos doze anos leu o seu primeiro romance e, desde aí,

não parou de ler nem de escrever. Com algumas obras terminadas, apresenta-se aos leitores através da Alfarroba com "Demência" em Nov. de 2011 e, em Out. de 2012 lança, pela mesma chancela, "O Funeral da Nossa Mãe". "A Filha do Barão" foi a sua estreia no seu género favorito: a novela histórica. Em Outubro de 2016 lança "Uma Mulher Respeitável".

Opinião

Célia Correia Loureiro, é mais uma autora portuguesa que me fez voltar à literatura portuguesa do género romance ( o meu favorito), desde o tempo em que li as obras obrigatórias no secundário. Sou muito atraída por capas bonitas e só depois leio a sinopse que me faz decidir a comprar o livro ou não. A capa deste livro é lindíssima e a sinopse muito ilustrativa do que podemos esperar. Quanto ao conteúdo - do qual não vou revelar partes porque não quero estragar a leitura a ninguém - é de leitura compulsiva. Uma escrita leve e perceptível - prova de que não é necessário usar palavras "caras" para enriquecer o texto - que, por si só já é bastante rico. A autora fez uma pesquisa exaustiva para romancear a história e foi muito bem sucedida, pessoalmente fiquei a saber mais um pouco deste período histórico do nosso país. Curiosamente a Célia vem provar que não é imperioso ser de letras para escrever bem e ter sucesso. Em Portugal é difícil publicar se não for uma figura mediática e estou muito feliz que ela o tenha conseguido. A Célia ganhou uma fã e o país uma excelente romancista. 
  Apenas faço um  reparo à editora Marcador pelo tamanho da fonte do livro. Um numero acima facilitava muito a leitura a quem já passou dos cinquenta, pois demorei mais tempo a ler o livro porque a letra é demasiado pequena. 

Avaliado por mim em 5***** no GoodReads

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os Absolvidos - André Afonso


André Teles Afonso nasceu em 1995. Atualmente está a terminar Agronomia em Beja, curso que detesta e para o qual não apresenta qualquer vocação. Os seus principais interesses são a prosa, a poesia e a música tradicional alentejana.
O Alentejo é seu berço e Serpa uma grande inspiração para a sua escrita.
É feliz assim, até ver ou até se esgotar a tinta da caneta e o café na chávena.

Esta é a descrição que o autor faz dele próprio. Conheço o André e sei que ele não detesta agronomia, apenas não a adora. André Teles é um jovem multifacetado que apesar de ter apenas 21 anos, já viveu o dobro em maturidade como fruto da vida que tem vivido, da interioridade da sua cidade que o levou a querer mais, e da influencia da mãe que é professora.
Apresentação do livro na contra capa.

O poema - nada de especial - estava escrito a tinta azul e marcou-me: cheirava a álcool e escorria de uma esferográfica banal. Tão simples, tão plástica, tão industrial. É engraçado como, às vezes, penso se os fabricantes destas canetas pensam no que elas podem fazer. 
Uma esferográfica é o poder! Nas mãos certas pode fazer maravilhas, nas mãos erradas pode matar, pode assinar tratados, leis, abaixo-assinar, promulgar misérias e dores.

Quando acabei de escrever essa singela poesia, no fundo quando acabei de escrever essa morte que teimo em passar para o papel, decidi então abrir um buraquinho no topo dessa colina e enterrar o manuscrito.

Os anos passaram, eu fui embora e nunca mais pensei na coisa... Certa vez voltei ao meu Alentejo e encontrei no cimo da colina, bem no lugar onde eu tinha enterrado o meu pequeno poema, uma árvore nascida.   

Excerto de "O Poeta e a Árvore" 


Opinião - Este livro editado pela Chiado Editora é um livro pequenino de contos - Contos velhos de um país velho - coligidos pelos autor e interpretados por ele e passados pela tradição oral, geração após geração. André foi mais além e eternizou estes sete contos em papel.
Os contos abordam a vida das gentes do interior alentejano, com as suas singularidades e, um dos contos "Os Peidos da Prima Berta" é hilariante, por isso não podia deixar de o referir. Parabéns ao autor pelo seu primeiro livro. Esperamos que venham mais.
 Deixo aqui, também, um video de um grupo musical que integra. Mais um testemunho da sua versatilidade.



sábado, 3 de dezembro de 2016

Eu e as mulheres da minha vida - Tiago Rebelo


Aos trinta e cinco anos, Zé soma uma década de casamento com a namorada da juventude, um filho e um emprego seguro. Tinha tudo o que sempre desejara, mas seria suficiente? Tornou-se num homem sem ambição, um bancário desinteressado que trabalha simplesmente para pagar as contas e cujo tempo livre passa por adormecer no sofá a fazer zapping. Um homem a entrar na inevitável crise dos 40, cinco anos antes de os completar.
Porém, um dia, tudo muda. Uma promoção inesperada no banco e o súbito interesse de Cátia por ele, uma mulher sensual e irresistível, vêm virar do avesso os dias pacatos e entediantes em que a sua vida se acomodara. Depois disto nada será como antes. Zé descobre um mundo novo, repleto de desejo e… traição. Nasce um homem novo, poderoso, sedutor, um vencedor nato. Mas conseguirá Zé lidar com esta fase vertiginosa e recuperar o equilíbrio sem consequências dramáticas para o seu casamento? Ou ver-se-á a braços com uma realidade que não consegue controlar?


Opinião

Há muito tempo que um autor português não me arrancava boas gargalhadas, talvez desde que li A Queda de Um Anjo de Camilo Castelo Branco ainda nos bancos do secundário. Este Zé, construído por Tiago Rebelo, é hilariante. O típico macho português, trapalhão, mulherengo e ingénuo que nem um caracol que se põe a jeito para ser pisado num dia de chuva, ao sair pela estrada fora deslizando. 
 Este é o segundo livro que li do autor e estou rendida. Sou fã!! Escrita leve, sem palavras difíceis que tornam a leitura por vezes densa e chata - recentemente abandonei um livro dum consagrado por esse motivo -, chama as coisas pelo nome delas e diverte-nos falando de coisas sérias, apresentando-as de forma quase cómica. Quantos Zés não existem por aí? 
O que mais me surpreendeu e agradou é que esta é a visão de um homem, e talvez por isso está tão maravilhosamente retratada. As personagens femininas são de igual forma muito bem construídas. Graça, Cátia e Sara, três mulheres diferentes, em torno do mesmo homem. Parabéns Tiago Rebelo, e desculpe de só ter lido os seus livros agora. 

Avaliado por mim em 5***** na Wook e no Goodreads.



domingo, 27 de novembro de 2016

Las Vegas - Gonçalo Coelho

Quando Luciano conhece acidentalmente a atraente Madalena em São Francisco e a leva a jantar a casa de um velho milionário do vale de Napa, está longe de imaginar que a sua vida, tal como ele a conhece, está prestes a virar de pernas para o ar. Durante a visita para jantar o milionário é assassinado e Madalena desaparece sem deixar rasto. Luciano vê a sua vida ruir a partir do momento em que a viúva o culpa publicamente por ter trazido Madalena a sua casa e coloca na praça pública suspeitas de que sejam cúmplices.

Tentando provar a sua inocência, ele lança-se em perseguição de Madalena, dando-se conta de que não sabe absolutamente nada acerca dela, nem sequer o seu verdadeiro nome. Quem é esta misteriosa mulher? Quem é esta fugitiva?

Se gosta de um livro movimentado e bem condimentado com ação, mistério e romance, então este livro é para si.

A vida de Luciano corre perigo. Linda corre contra o tempo. Com o coração a mil à hora ela faz o percurso de mota de São Francisco para LAS VEGAS mas as coisas correm horrivelmente mal. Será que ela ainda vai a tempo de as emendar? Está aí o segundo livro da série Fugitiva.


Opinião:

Este é o segundo livro da série FUGITIVA, do autor independente GONÇALO COELHO  e que publicou este mês. O Gonçalo é um daqueles autores que mereciam sair do anonimato, porque o que escreve, dentro do genéro é de qualidade. Tive oportunidade de seguir os dois livros no Wattpad e, este segundo livro supera o primeiro.
Os livros conduzem-nos ao mundo do narcotráfico através do par de protagonistas Linda e Luciano, e nos dois livros o autor fez uma apurada pesquisa sobre este submundo e quem se move nele. Da escrita do autor já disse aqui que é compulsiva - O Milagre de Yousef provou-o -, e da qualidade da sua narrativa nada a apontar: uma escrita limpa, cuidada, de fácil leitura e sem pormenores desnecessários daqueles que tornam os livros chatos e nos fazem colocá-los de lado.

O Autor, como ele próprio se define:

Gonçalo Coelho é a maior parte do tempo um cidadão comum e pacato que mora em Berlim Leste, pai de uma linda filha de três anos, casado e trabalha na gestão da qualidade num dos mais conceituados fabricantes automóveis do mundo. De vez em quando, pela calada da noite, dá-se então a metamorfose... surge o Gonçalo Coelho escritor. Alimenta-se dos retalhos do seu passado e, em particular, dos locais onde viveu (Portugal, Inglaterra, Brasil, Alemanha), das pessoas que conheceu e daquilo que lá viveu. Um dos seus habitats prediletos é o tema da diversidade cultural que acha que anda a ser tão mal tratado por esse mundo fora. Em vez de ser abordado para criar pontes, é antes abordado para desenhar fronteiras, um meio de dividir pessoas e povos através da identificação das suas diferenças. Adora criar estórias bem condimentadas com romance e acção.


Avaliado por mim em 5***** (amazon e goodreads).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Flores da Tempestade - Laura kinsale

Christian Langland, duque de Jervaulx, é dissoluto e arrogante. Mas é também um homem brilhante. Considerado um "génio" da Matemática, está a desenvolver uma teoria revolucionária com a ajuda do notável John Timms. Porém, esta parceria só é possível graças a Maddy, filha de John. Recatada e meiga, a jovem vive para ser os "olhos" do pai, que é cego há já algum tempo. Apesar de repudiar pessoas como Christian, Maddy não consegue evitar o fascínio que sente por ele. E quando Christian é dado como morto, a dimensão do seu próprio sofrimento surpreende-a profundamente…

O tempo passa e Maddy aceita trabalhar num asilo. Uma decisão que terá efeitos inesperados pois é lá que reencontra… Christian. O duque está vivo, sim, mas irreconhecível. Vítima de um trágico ataque, é tido como louco e abandonado por todos. A começar pela própria família, que tudo fará para o manter preso e açambarcar a fortuna. Frustrado com a sua incapacidade de comunicar, Christian é uma sombra do que foi em tempos. Maddy é a única a ver nele uma centelha do homem fulgurante do passado. A jovem está determinada a curá-lo, mas nunca poderia imaginar que a sua ânsia de o ajudar fosse alterar tanto as vidas de ambos… e uni-los no desejo… e no amor.

OPINIÃO
Foi o primeiro livro que li da autora e, cinquenta páginas depois estava rendida. Adoro romances de época, mas a maioria peca por falta de originalidade. Flores da Tempestade é um romance original porque apresenta protagonistas fora do comum, mesmo sendo um romance de época: um protagonista masculino que sofre um AVC e fica com afasia, e uma jovem que tem uma religião muito restritiva quanto aos prazeres da vida. A escrita da autora é fluída, simples, e que nos impele a continuar a leitura. Seiscentas e quatro páginas de uma luta diária para fugir ao manicómio numa época em que o pouco conhecimento sobre as doenças neurológicas conduzia todos os pacientes destas enfermidades ao mais degradante tratamento que se possa imaginar.
Recomendo vivamente a leitura deste livro a quem gosta de romances de época.

Avaliado em 5 *****, por mim, no Goodreads.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Como escrever um romance


Quando pensei em escrever um romance (em 2013), tomei uma série de decisões entre as quais aprender a utilizar as ferramentas básicas, ou seja, algumas técnicas de escrita, porque sempre me pareceu que só as regras de gramática não chegavam e escrever livremente sem qualquer plano, poderia ser arriscado para uma principiante como eu.
 Bom, confesso-vos que apesar de ter adquirido algumas noções de como começar a tarefa, não tinha noção das dificuldades que se iam apresentar a partir do momento em que escrevesse a primeira página.  

Mantive-me no campo das indecisões durante muito tempo, reescrevi o começo do livro várias vezes e, cada vez que abria o computador, mudava o inicio do romance.
 O meu primeiro romance foi Gabrielle, que hoje está publicado em dois livros Anna e Gabrielle e recentemente coligi os dois num volume com o mesmo nome.

 Apesar de ter um roteiro mental, previamente definido, porque o livro é baseado em acontecimentos reais, não me podia limitar a escrever os acontecimentos sem serem trabalhados antes. Foi uma tarefa árdua que passou por muitos momentos de desespero e de obscuridade. Vou para onde a seguir? Estou a ir bem? Será que o leitor vai entender o que estou a escrever? Será que este assunto não irá chocar demasiado o leitor?

Foi com estas interrogações que nasceu o meu roteiro individual, uma espécie de fórmula que utilizo em quase todos os livros que escrevi, depois de Gabrielle, e que fui construindo ao longo de muito estudo sobre escrita criativa. Ele descreve cada uma das etapas que eu sigo para concluir o livro e, é a minha modesta contribuição para partilhar com os autores independentes que estejam a começar. 

Neste artigo, deixarei aqui uma visão geral do meu processo para escrever romances, ao qual pode sempre acrescentar o seu cunho pessoal, tal como eu fiz, porque a arte de misturar palavras e construir histórias é pessoal. Ninguém lhe pode ensinar a fazê-lo. É uma arte que não dispensa muito trabalho e dedicação, como qualquer outra. Por mais habilidoso que seja, se não praticar não evolui. 

 Desta vez não vamos falar de técnicas como por exemplo «mostrar vs dizer», gramática, ponto de vista etc…. O que vou deixar aqui é como eu transformo uma ideia num romance. Importa dizer que por vezes as ideias que tenho – e tenho mais de uma dezena anotada no meu caderno –, nem todas vão dar boas histórias. Recentemente abandonei um livro por ter chegado à conclusão que a história pouco convincente, talvez noutra altura lhe volte a pegar e o consiga escrever. Já aqui disse que anoto as ideias que vou colhendo no dia-a-dia num caderninho A5 que transporto sempre comigo.
Então, o que eu faço depois de ter a ideia é um primeiro esboço, onde constam estas etapas:
  • Ideia principal
  • Esqueleto da ideia
  • Quem são os personagens
  • Uma breve sinopse – a primeira
  •  Uma sinopse ampliada – mais desenvolvida
  • Decisão – quero avançar com a história ou não.
  • Desenvolvimento dos personagens
  • Onde se passa a história
  • Esquema do romance – em traços gerais
  • Pontos de vista do personagem
  • Histórias secundárias – se existirem
  • Primeiro rascunho 

O que é um PLOT?

É um conjunto de acontecimentos interligados entre si por causas e efeitos e que dizem respeito a um protagonista que quer alcançar desesperadamente um objectivo, livrar-se de algo, e que não consegue por via de obstáculos internos ou externos. Um PLOT simples tem que obedecer a estes cinco pontos. 


Pode dividir o seu Plot (guião) em vários passos.
Mas, o livro depende dos personagens. São eles quem dão vida à história, por isso é conveniente conhecê-los bem e muito cedo. Embora possa sempre fazer alterações ao carácter dos personagens, não é prático fazê-lo durante a escrita. Certifique-se que sabe quem eles são antes de começar a escrever. 


 Faça anotações sobre todos os personagens principais da sua história. Não se preocupe em aprofundar muito nesta fase, apenas precisa de um esboço da personalidade dos seus protagonistas, na segunda fase desenvolve mais a personalidade dos personagens.  

Agora vamos sistematizar a informação que precisa para começar a escrever. Assegure-se que possui:

UMA IDEIA para uma história, mas, antes que comece a escrever a sua história assegure-se que existem:
UM PROTAGONISTA
UM OBJECTIVO – o que é que o protagonista quer/deseja
UM LOCAL
UM ANTAGONISTA
UM PROBLEMA/dilema

Aqui está um exemplo:
Um protagonista - Marta
Um objectivo – vender as terras que os pais lhe deixaram
Um local/tempo – Covilhã 2016
Um antagonista - Daniel
Um problema – Daniel é obcecado por Marta desde a adolescência.
Coloque todas essas ideias numa única frase, como esta: Quando Marta chega à Covilhã, quinze anos depois de partir, com o objectivo de se desfazer da herança dos pais - as malditas terras - depara-se com Daniel, como se o tempo não tivesse passado.

PONTOS DE VIRAGEM

Há um conjunto de pontos de viragem na história que convém contemplar no seu livro, caso contrário corre o risco de a história não ter ritmo e tornar-se monótona. 
Cada um desses pontos pode ser interpretado de um número infinito de formas, por isso não se preocupe que sua história será como todas as outras, caso consiga estabelecer um fio condutor. Uma vez que tenha esses pontos esquematizados, refiro-me aos pontos de viragem, pode passar a um esquema mais detalhado em que define o número de páginas para cada ponto de viragem. 
Se a sua história tiver quatro a cinco pontos de viragem, terá entre 200 a 250 páginas e não precisa de ter mais. Para isso é conveniente que crie um PLOT.

Pode dividir o seu Plot (guião) em vários passos.
Mas, o livro depende dos personagens. São eles quem dão vida à história, por isso é conveniente conhecê-los bem e muito cedo. Embora possa sempre fazer alterações ao carácter dos personagens, não é prático fazê-lo durante a escrita. Certifique-se que sabe quem eles são antes de começar a escrever. 
 Faça anotações sobre todos os personagens principais da sua história. Não se preocupe em aprofundar muito nesta fase, apenas precisa de um esboço da personalidade dos seus protagonistas, na segunda fase desenvolve mais a personalidade dos personagens.  

Faço sempre uma lista para todos os personagens, antes de começar a escrever, com estas características:
  • Nome
  • Idade
  • Profissão
  • Aparência física
  • Principais características do personagem
  • O que o move ou impele para a acção
  • Resumo do seu papel na história
Antes de começar a escrever, certifico-me que o meu personagem tem um OBJECTIVO; está tentando alcançar esse objectivo mas encontra um CONFLITO; os problemas aumentam e terminam num ACONTECIMENTO COM IMPACTO; os personagens têm uma reacção emocional ao acontecimento; são confrontados com um DILEMA; os personagens tomam uma DECISÃO; o que significa que o personagem tem um novo OBJECTIVO; o personagem resolve o dilema. 
Se conseguir estabelecer um esquema como este – e não precisa de dar a mesma importância/peso a todas as etapas- então a sua história está pronta para começar. Uma história de aventuras dará um ênfase maior ao acontecimento, uma história romântica ao conflito e uma história filosófica fará o oposto. Vamos agora desenvolver as personagens.

Considere fazer uma biografia dos seus personagens com aspectos fundamentais para o livro, de etapas da infância, adolescência e idade adulta ou actual, em que conste uma lista para cada um de acontecimentos marcantes que possa utilizar mais tarde.

Faça uma lista dos LOCAIS a utilizar/descrever no livro para que possa usar mais tarde. A variância dos ambientes podem ter influência no humor dos personagens, por exemplo o outono incita à reflexão, à solidão, à introspecção, etc…etc…

Decida qual o PONTO DE VISTA que vai utilizar (primeira pessoa, segunda pessoa, terceira pessoa) e volte a verificar as suas listas e se existe alguma incongruência nos esquemas que fez. É mais fácil observar que está alguma coisa mal agora que ainda não começou a escrever do que quando tiver trinta mil ou cinquenta mil palavras escritas.

Se acha que ajuda, imprima algumas fotos de ambientes ( casas, paisagens etc) e inspire-se nelas quando estiver a escrever.
Nesta altura deverá ter todo o material compilado e um PLOT bastante avançado do seu livro, então defina os capítulos com as cenas principais desde o princípio ao fim do livro, tendo sempre por base o PLOT inicial.

Depois desta etapa está pronto para escrever o primeiro rascunho do seu livro. Mãos à obra!
Acabou o primeiro rascunho? Tem entre 40.000 a 100.000 palavras? Passe para a segunda fase.

Segundo rascunho – reescreva o livro. Esta fase é importante para aprimorar a escrita, ver incongruências, alterar factos…etc. Melhore a sua história.

Terceiro rascunho – Depois de ter aguardado algum tempo (de dias a semanas) entre estas fases, volte a reescrever o seu texto. Vai ficar surpreendido com a quantidade de falhas na gramática que encontra, pequenas coisas – mas que fazem diferença na qualidade do texto – como vírgulas mal colocadas, palavras no sítio errado entre outras falhas, que convém emendar antes da última fase.

Já finalizou a revisão do terceiro rascunho do seu livro? Então imprima uma cópia e peça a alguém - leitor Beta, ou revisor – que lhe faça a revisão final do livro ( com lápis assinale todos os erros de gramática, verifique incongruências na trama...) e sugira alterações. o ponto de vista do leitor é importantíssimo!

Faça uma última leitura depois da revisão, emende as falhas assinaladas pelo revisor, faça as alterações sugeridas e, finalmente acabou o seu livro.

Quanto tempo passou neste processo? Entre quatro meses a um ano.
Próxima etapa? Publicar. 
Até ao próximo post.