segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Plataformas de auto-publicação


A revolução digital veio para ficar, e a auto-publicação também, possibilitando a milhares de escritores pelo mundo fora realizarem o seu sonho. O fenómeno do e-publishing, ou "auto-publicação" ganha diariamente novos adeptos e existem muitos casos de sucesso que dispensam as editoras convencionais. Muitos escritores desistiram de enviar manuscritos para editoras sem obter qualquer resposta, ou em muitos casos serem convidados a comprar os próprios livros para depois ficarem entregues a si próprios na publicidade venda. Com a evolução da era digital, o filão da "ficção digital", até então refúgio de escritores iniciantes e amadores que escrevem exclusivamente para a internet, começa a atrair autores consagrados e com uma longa história de publicação em editoras convencionais. A globalização, ao nível da publicação digital, tem possibilitado que escritores iniciantes vendam os seus livros ao lado de autores que já venderam milhões de livros, como Nicolas Sparks, Lesley Pearse, Ken Follet entre muitos outros.
Nos EUA, a escritora amadora Amanda Hocking, de 27 anos, chegou à marca de 1,5 milhão de e-books vendidos no site da Amazon. o que levou Amanda a vender os seus livros na internet foi a rejeição das editoras convencionais. Há dois anos sem dinheiro, e decepcionada com as respostas negativas aos seus livros de monstros e vampiros, Amanda pegou numa das suas obras e a colocou à venda na Amazon, chegando à marca de 150 mil exemplares em apenas seis semanas.
Há sempre vozes dissonantes em relação à publicação em formato digital, no entanto creio que esse processo ainda não enfraqueceu as vendas em papel. As editoras que possibilitam ao autor independente, publicar em ebook , também publicam em papel, sob demanda, ou seja, o livro só é impresso quando a encomenda é feita. Quer isso dizer que quem gosta de sentir um livro em papel – eu ainda não dispenso o livro em papel, embora venda mais ebooks – pode escolher entre os dois formatos.
Outros problemas têm-se colocado ainda em relação aos autores independentes, relacionados com as críticas sob a qualidade do autor independente, por não existir um crivo (revisor, editor… ) que aprecie esse trabalho. Quanto a isso podem ficar descansados pois o que não presta não vende e tem críticas negativas. O autor independente vive muito da apreciação que os leitores deixam nos sites de venda, e podem acreditar que são extremamente verdadeiros sob o que leram, não hesitando em deixar críticas negativas se não gostarem, afinal o leitor pagou pelo livro; o que não acontece com os autores convencionais, pois a não ser que algum crítico literário faça uma apreciação, ninguém sabe o que pensam daquela obra em particular, senão ao fim de algum tempo. 
Em meio aos prós e contras desse negócio, não se pode negar a mudança nos hábitos de leitura e escrita que ele representa. O florescimento das publicações on-line pode ser um caminho possível diante das restrições de mercado e da recusa em as editoras apostarem em novos autores. Se tem um livro escrito e acha que tem qualidade para publicar, as hipóteses são imensas, e basta fazer uma pesquisa na internet que descobre várias plataformas onde pode publicar de graça. Pode publicar na amazon (com várias lojas pelo mundo) e pode inscrever-se de forma gratuita na Createspace.com, em inglês mas com a ajuda do Google tradutor é fácil de usar, e tem uma possibilidade muito interessante de publicar em papel, ou na Kindle (também da amazon) também muito fácil de usar. Se publicar na Createspace quando colocar o seu livro em papel, o sistema converte-o automaticamente para ebook com vista a publicar na Kindle. A minha experiencia com a amazon tem sido muito positiva.
Existe ainda a Kobo.com, a Google Play, a Bubok em Portugal (vou iniciar a minha publicação nesta plataforma portuguesa) a Lulu.com, e muitas outras grátis. Claro que todas elas têm serviços editoriais que o escritor usa se quiser. Se souber ou tiver quem lhe faça as capas, sempre o mais complicado (pessoalmente criei um estilo de capa com a ajuda de um designer) não precisa contratar os serviços das plataformas. Noutro post iremos falar sobre o processo de publicação detalhadamente.


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